A embaixada do Reino Unido em Brasília reuniu, nesta quarta-feira (5), diplomatas de várias partes do mundo para se manifestarem sobre a anexação de territórios ucranianos pela Rússia.

O encarregado de negócios da Ucrânia no Brasil, Anatoliy Tkach, teve a oportunidade de apresentar a posição do seu país, que rejeita condena a anexação de quatro províncias ucranianas, após referendos classificados como “fraude” por Kiev.  “Esta é uma guerra que, sem nenhuma dúvida, é imperialista e está violando a Carta das Nações Unidas e o direito internacional.”, asseverou.

Além da anfitriã Melanie Hopkins, encarregada de Negócios do Reino Unido, estavam presentes no evento Ignácio Ybáñez. embaixador da União Europeia; Douglas Koneff, encarregado de Negócios dos EUA; Odd Magne Rudd, embaixador da Noruega; Richard Prendergast, embaixador da Nova Zelândia; Marc Bogdahn, encarregado de negócios da Alemanha; Grant Morrison, encarregado de negócios da Austrália; e Simon Cridland, ministro-conselheiro da embaixada do Canadá.

Todos os diplomatas manifestaram repúdio à guerra e à violação do direito internacional e do princípio da soberania promovida pela Rússia. Eles reforçaram a posição de seus países e bloco nas Nações Unidas, que realizará uma reunião de emergência para discutir ao tema no dia 10 de outubro.

Melanie Hopkins enfatizou que “o apoio do Reino Unido ao povo da Ucrânia e nosso comprometimento em denunciar e combater as ações ilegais de Putin se mantêm. O governo britânico tem um lado muito claro e reafirma, todos os dias, que a Rússia deve acabar imediatamente com esta invasão ilegal e sem justificativa”.

Conforme Douglas Koneff, “o povo ucraniano tem expressado consistentemente seu desejo de um futuro livre e democrático, de permanecer independente e de governar a si próprio. . Os ucranianos deixaram claro que não são russos e que não querem fazer parte da Rússia”.

Já Ignácio Ibañez reforçou que a União Europeia não reconhecerá as províncias como parte da Federação Russa e que a anexação de territórios ocupados pela força é ilegal pelo direito internacional.

Também foi manifestado o desejo de que o Brasil reveja sua posição no Conselho de Segurança da ONU, onde ocupa uma cadeira não permanente. Na última sexta-feira, a decisão brasileira foi se abster na votação da resolução que condenava a anexação russa das quatro províncias ucranianas.