O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;

Meu Twitter: https://twitter.com/PauloAlmeida53

Facebook: https://www.facebook.com/paulobooks

quinta-feira, 21 de março de 2024

Lula e PT saúdam Putin por eleição que deu 5º mandato - Felipe Frazao (Estadao)

 Lula e PT saúdam Putin por eleição que deu 5º mandato

Felipe Frazão
O Estado de S. Paulo | Internacional
21 de março de 2024
Aliado no Brics

Desde domingo, legitimidade da vitória do líder russo foi contestada por países ocidentais como Reino Unido e EUA

FELIPE FRAZÃO

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o Partido dos Trabalhadores (PT) cumprimentaram ontem, por meio de duas cartas o presidente da Rússia, Vladimir Putin, pela sua reeleição. O Palácio do Planalto não divulgou o teor da carta do petista.

Em 2022, Putin, enviou uma carta a Lula após a vitória sobre o ex-presidente Jair Bolsonaro, com quem mantinha boa relação. O texto do PT, assinado pela secretaria de Relações Internacionais do partido, foi tornado público.

Desde o domingo, a legitimidade da vitória do líder russo foi contestada por países ocidentais como Reino Unido, Estados Unidos e Alemanha. Os países denunciaram que as eleições não foram livres.

Governantes de ditaduras de esquerda como China, Cuba, Venezuela e Nicarágua reconheceram a vitória e a saudaram como uma demonstração de apoio popular a Putin.

Em disputa de cartas marcadas, sem oposição real, o líder russo conquistou 87% dos votos e assegurou seu quinto mandato de seis anos. Se terminá-lo, se tornará o mais longevo a comandar o país, desde o ditador Josef Stalin.

Desde o ano passado, Lula deu diversas declarações públicas interpretadas como simpáticas ao Kremlin, como quando disse que os dois lados eram responsáveis pela guerra na Ucrânia e que Putin, se viesse ao Brasil, não seria preso, apesar de ter um mandado do Tribunal Penal Internacional contra si ? posteriormente, reformulou essa declaração, dizendo que esse seria um tema para a Justiça. Ele também evitou recentemente condenar a morte do dissidente russo Alexei Navalni, numa prisão no Ártico.

PARTIDO. O PT, por sua vez, divulgou uma nota oficial sobre a vitória de Putin. O partido fora convidado para acompanhar a votação em Moscou. O secretário de Relações Internacionais da legenda, Romênio Pereira, disse que acompanhou a votação com "grande interesse" e felicitou o partido Rússia Unida pelo "resultado expressivo". O comunicado foi enviado ao ex-presidente russo Dmitri Medvedev, atual vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia.

"Com uma participação impressionante de mais de 87 milhões de eleitores, representando 77% do eleitorado do país, esse feito histórico ressalta a importância do voto voluntário na Rússia. Renovamos nosso compromisso em fortalecer nossos laços de parceria e amizade, trabalhando juntos rumo a um mundo mais justo, multilateral e plural. Enviamos nossas calorosas saudações à Rússia e seu povo neste momento importante e especial para o país", escreveu Pereira.

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, disse que a reeleição de Putin ocorreu em ambiente doméstico de aparente tranquilidade, em entrevista à rádio CBN. O Itamaraty não divulgou nota sobre a eleição, uma forma comum de reação a processos eleitorais estrangeiros.

Putin usou a eleição como forma de fortalecimento político e, em discurso na Praça Vermelha, afirmou que o território ucraniano da Crimeia "voltou para casa" quando foi anexado em 2014. Já as áreas anexadas no Donbas, após a invasão da Ucrânia, fazem agora parte, segundo ele, da "nova Rússia".

Nenhum comentário: