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quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Debate politico: presidencialismo de coalizao, Rio, 10 de setembro, ACRJ-Instituto Millenium

Um importante debate, com especialistas na história republicana e na política contemporânea do Brasil.
O presidencialismo de coalizão é mais um rótulo do que uma realidade determinada, pois ele muda a cada maioria presidencial, e a cada fragmentação partidária, o que tem sido uma constante no Brasil atual. Sob o reino petralha, por exemplo, esse presidencialismo não foi tanto de coalizão quanto foi um presidencialismo de mensalão, sob o qual os chefes mafiosos faziam o que fazem todas as máfias: compram possíveis aliados, com promessas e dinheiro, do contrário recorrem a golpes baixos, chantagens e outras formas de pressão (como é a distribuição do dinheiro federal e a imensa capacidade que tem o Estado de facilitar ou de infernizar a vida das pessoas, contribuintes, empresários, políticos, magistrados, segundo sejam aliados, ou submissos, ou adversários, vistos como unimigos.
Esta é a realidade no reino do Nunca Antes.
Lamento não poder assistir ao debate, mas já antecipo o que vai ocorrer: Marco Antonio Villa vai ser bastante crítico do espetáculo circense de horror em que se converteu a política brasileira atualmente, em especial pelas práticas petralhas e lulistas, e o Murillo de Aragão vai se esforçar por "racionalizar" o comportamento de gregos e goianos, como é do seu feitio, pois como analista político (que ganha dinheiro com seu trabalho de assessoria) não pode se indispor com os que lhe pagam...
Enfim, posso estar errado mas é isso que vai ocorrer.
Em todo caso, quem puder assistir e me relatar o que se passou eu agradeço.
Paulo Roberto de Almeida


domingo, 19 de janeiro de 2014

Eugenio Gudin: um liberal classico, homenageado pela ACRJ

ACRJ cria Prêmio de Jornalismo e exposição sobre a vida e obra de Eugênio Gudin

A Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ) vai homenagear, durante todo o ano de 2014, um dos maiores expoentes do pensamento neoliberal do país, o economista e ex-ministro da Fazenda Eugênio Gudin. Segundo o presidente da entidade, Antenor Barros Leal, a medida visa recolocar os ideais do patrono dos economistas na memória dos brasileiros. Da série de homenagens que ocorrerão, dois eventos já estão confirmados. Os lançamentos, no segundo semestre, do Prêmio Visconde de Mauá de Jornalismo Eugênio Gudin, que concederá viagens internacionais aos dois primeiros colocados, e de uma exposição sobre sua vida e obra. Ainda de acordo com Barros Leal, o economista e ex-presidente do Banco Central durante o governo FHC, Gustavo Franco, será o responsável por uma comissão julgadora que vai escolher os dois vencedores do prêmio e que organizará a mostra. No último dia 27 de novembro, Barros Leal e Gustavo Franco se reuniram na Casa de Mauá para discutirem sobre o assunto.
Gudin sempre afirmou que a inflação era o mais cruel dos impostos e que ocasionava uma tragédia distributiva
“Não podemos deixar que a grande obra de Eugênio Gudin, um dos primeiros homens a discutiu a realidade econômica brasileira, caia em esquecimento. Em 2014 nós examinaremos profundamente sua obra e faremos seminários para divulgá-la. Até porque ele tem uma ligação conosco muita boa. Foi sócio honorário da Casa por quinze anos, desde abril de 1971”, lembrou Barros Leal.
Nascido em 12 de julho de 1886 no Rio de Janeiro, Eugênio Gudin formou-se em Engenharia Civil e, ao longo de 100 anos de vida, trabalhou por muito tempo em empresas estrangeiras. No cenário econômico nacional, teve atuação, em 1944, como delegado brasileiro na Conferência Monetária Internacional, realizada em Bretton Woods (EUA), que decidiu pela criação do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Internacional para a Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD); governador brasileiro junto ao FMI e BIRD de 1951 a 1956 e Ministro da Fazenda no governo Café Filho, entre 1954 e 1955. Discutiu de forma qualificada os principais problemas econômicos brasileiros e procurou adaptar a teoria desenvolvimentista dos países de primeiro mundo à realidade dos subdesenvolvidos.
Segundo o economista e presidente do Conselho de Governança do Instituto Millenium, Gustavo Franco, Gudin esteve à frente do seu tempo ao combater durante toda a vida a ideia de que a inflação era funcional, necessária ou mesmo inevitável para o desenvolvimento econômico. O ex-presidente do Banco Central afirmou ainda que os ideais de educação em conexão com a nossa competitividade, sustentabilidade das contas públicas, responsabilidade fiscal e moeda sadia tiveram origem ilustre nesse grande homem.
“Gudin sempre afirmou que a inflação era o mais cruel dos impostos e que ocasionava uma tragédia distributiva. Acreditava ser essencial que homens treinados e educados enfrentassem o desafio da concorrência com vistas a procurar a inovação e a competitividade. Era esse o coração do processo de desenvolvimento autossustentado que deveria ser baseado em incentivos corretos e na iniciativa privada, e não em proteção tarifária e outros artificialismos”, avaliou.
O ex-presidente do Banco Central afirmou que refazer a trajetória intelectual de Eugênio Gudin, um dos mais destacados pioneiros do ensino e pesquisa em economia no Brasil, é uma tarefa empolgante. Ele comemorou ainda o bom relacionamento entre a Associação Comercial do Rio de Janeiro e o Instituto Millenium.
“Como presidente do Conselho do Instituto Millenium, instituição comprometida com os valores próprios da economia de mercado, a liberdade e a democracia, não poderia estar mais entusiasmado com essa homenagem e com as possibilidades de colaboração com a ACRJ que se abrem para o Millenium. Oxalá possamos iniciar um ciclo de reflexões sobre o futuro do país à luz das ideias ainda muito atuais do professor Eugenio Gudin”, concluiu.
Fonte: Associação Comercial do Rio de Janeiro


terça-feira, 25 de junho de 2013

Maua: um empresario do Imperio (e um derrotado do Brasil) - homenagem da ACRJ

Irineu Evangelista de Sousa, o Barão de Mauá (bem mais tarde), foi um visionário e uma pessoa absolutamente prática; tinha visão de futuro, mas também tinha senso pragmático. Queria fazer um Brasil desenvolvido, capitalista, liberal, democrático, mas foi derrotado pelas forças do atraso, do escravismo, da fatalidade agrária, do monopólio estatal (alguns dos quais, aliás, o beneficiaram, na exploração de várias atividades, mas assim funcionava o Estado desfuncional do Brasil).
Foi um derrotado, como muitos outros, como José Bonifácio, antes dele, como Joaquim Nabuco, pouco depois, como Monteiro Lobato, no século 20, como muitos outros reformadores sociais e paladinos da educação brasileira.
Eugênio Gudin, também, foi p vencedor intelectual do debate sobre mercado e intervencionismo estatal no Brasil, sobre liberalismo e protecionismo, mas foi derrotado na prática pelos que pretendiam um Estado empresário.
Deu no que deu.
Agora querem homenagear Mauá, justamente, legitimamente. Mas precisamos recordar que sua mensagem principal ainda não passou no Brasil. Ainda continuamos no Estado patrimonialista, prebendalista, intervencionista.
Até quando?
Minha proposta seria aprovada por Mauá: a de uma fronda empresarial.
Vai ser difícil.
Mas os derrotados tampouco deixam de pensar, de falar, de escrever e de pensar...
Paulo Roberto de Almeida

A Associação Comercial do Rio de Janeiro criou um site para destacar as comemorações do Bicentenário de Nascimento do Visconde de Mauá. No endereço www.maua200anos.com.br  há informações sobre a programação de eventos, matérias, vídeos, fotos etc. O objetivo é destacar a importância de Irineu Evangelista de Souza para o país.