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sexta-feira, 4 de setembro de 2020

Dossiê Nelson Werneck Sodré - livros e textos do grande intelectual marxista

Um dos grandes intelectuais marxistas do Brasil na segunda metade do século XX, com importantes livros sobre a história e a política no Brasil.
Paulo Roberto de Almeida
PUBLICAÇÃO DE UM PRECIOSO DOSSIÊ SOBRE NELSON WERNECK SODRÉ
REVIVENDO NELSON WERNECK SODRÉ
Fonte: cartaz de evento na Biblioteca Nacional por ocasião do centenário de Nelson Werneck Sodré
A EDITORA MARXISMO21 acaba de lançar um extensivo dossiê sobre Nelson Werneck Sodré, complexo intelectual que foi militar, crítico literário, jornalista, historiador, professor e escritor. Este dossiê permite o acesso a quase 40 livros, dezenas de artigos e entrevistas desse marxista brasileiro; livros, artigos e dissertações/teses acadêmicas de pesquisadores de sua extensa e variada obra são igualmente disponibilizados pela postagem de MARXISMO21 e acessível a todos que acessarem o seguinte endereço eletrônico: https://marxismo21.org/nelson-werneck-sodre/.
[Ver abaixo, PRA]
O enorme acervo de Nelson Werneck Sodré já tinha sido por ele mesmo preservado na Biblioteca Nacional, mas agora com esse grande esforço editorial foi dado um passo adiante para reviver a contribuição desse admirável brasileiro, formidável intelectual e autêntico nacionalista. Por ocasião das comemorações do centenário dele em 2011, ao abrir mão de meus direitos autorais sobre sua obra colocando-a toda em domínio público, eu almejava que ele pudesse vir a ser amplamente publicado e lido por todos aqueles que desejassem conhecer a História Brasileira e repensar os destinos de nosso povo. 
Com a disponibilização na internet desse abrangente dossiê, vejo assim se realizar um de meus mais esperançosos sonhos: o de manter viva sua memória e abrir as portas de sua obra para as futuras gerações. Desse modo, os múltiplos esforços intelectuais para a reabilitação de sua contribuição, esboçados a partir de 1970, e o impulso dado à divulgação de sua obra por ocasião do centenário ganham agora uma dimensão ainda maior ao abarcar um extenso e variado material colocado à disposição de todos. No momento atual em que atravessamos um lodaçal de corrupção, morte e destruição, é fundamental que as novas gerações conheçam a história e o pensamento de brasileiros de grande integridade, dedicação ao povo, combate pelo desenvolvimento de nosso país e afirmação nacional e democrática. 
Embora não sendo marxista, sou, portanto, profundamente grata a Caio Toledo e à Editora MARXISMO 21 pela organização desse dossiê. Trata-se de um consistente avanço para revitalizar a contribuição histórica de Nelson Werneck Sodré. Um intelectual e ser humano de sua grandeza extrapola os limites das divisões ideológicas e dos rótulos preconceituosos. Sua leitura expande e enriquece os mais diversos enfoques de pensamentos e o conhecimento da formação histórica brasileira. Espero que as pessoas das mais variadas convicções e pontos de vista possam deixar de lado seus antolhos e estreitezas intelectuais para ler e apreciar o extraordinário valor da obra que Nelson Werneck Sodré legou ao país. Enquanto a chama de brasileiros como ele for mantida viva, podemos ter a certeza que ultrapassaremos as trevas do momento presente e poderemos reconstruir um destino promissor para nossa nação. 
Cordialmente,
Olga Sodré

Nelson Werneck Sodré (1911-1999) teve uma vida fecunda em termos de produção intelectual e atuação política. Foi um cultivado autor, tendo publicado 56 livros e cerca de três mil artigos que tematizavam diferentes problemáticas teóricas (história social e econômica, política, cultura e literatura, teoria materialista, assuntos militares, imprensa etc.). Militar de convicções nacionalistas, sua obra historiográfica – orientada pela teoria marxista –, é uma referência obrigatória para o conhecimento da história social, política e cultural brasileira contemporânea. Pensador comprometido com as lutas políticas e sociais de seu tempo, Sodré foi, durante toda a ditadura militar – que o encarcerou e o afastou discricionariamente de suas fileiras – uma voz destemida na batalha pela redemocratização do país e, nos anos seguintes, um incansável crítico da ordem liberal-burguesa vigente nos “governos democráticos” da Nova República.
Este dossiê permite o acesso a quase 40 livros, dezenas de artigos e entrevistas do marxista brasileiro; livros, artigos e dissertações/teses acadêmicas de pesquisadores de sua extensa e variada obra são igualmente disponibilizados por esta postagem de marxismo21.
Editoria
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I. Livros:
II. Artigos
III. Entrevistas:
IV.Arquivo com fotos, cartas, textos, livros:
V. Vídeos
VI. Comentadores e críticos da obra de Nelson Werneck Sodré
a) Coletâneas:
Marcos Silva (org.). Dicionário crítico Nelson Werneck Sodré
Paulo Ribeiro da Cunha e Fátima Cabral (orgs.). Nelson Werneck. Sodré: entre o sabre e a pena
b) Livro:
c) Dissertações e teses:
Pedro Bueno de Melo Serrano. A crítica bandeirante (1920-1950)
 d) Artigos:
Alexandre Manuel Esteves Rodrigues. Nelson Werneck Sodré e a história militar no Brasil
Alexandre Manuel Esteves Rodrigues. História e literatura em Nelson Werneck Sodré
Carlos Alberto Cordovano Vieira e Fábio Antonio de Campos. Imperialismo e questão nacional em. Nelson Werneck Sodré
Daniel de Souza Lemos e Louise Lanes Lemões. O lugar de Nelson Werneck Sodré no pensamento político brasileiro
José Geraldo dos Santos Junior. Nelson Werneck Sodré: um intérprete do Brasil
Lincoln de Abreu Penna. Nelson Werneck Sodré, presente!
Marcos Silva. Werneck Sodré Hoje
Octavio Penna Pieranti, Paulo Emilio Matos Martins. O Estado e a Imprensa no Brasil: Uma análise da obra de Nelson Werneck Sodré 
Paulo Ribeiro da Cunha. Nelson Werneck Sodré

http://www.artnet.com.br/gramsci/arquiv72.htm

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Brasil: os subterraneos do Estado policialesco e ilegal

Estamos falando não de simples golpes de alguns espertos, mas do próprio ovo da serpente totalitária, o Estado policialesco, como existia na RDA, com a Stasi, e como existe em Cuba, com o aparelho de segurança. A corja a serviço de uma causa política coloca o Estado como mero provedor de informações estratégicas para seu projeto de poder.
Não compreendo como as pessoas não se sentem pessoalmente atingidas por esse tipo de crime. É isto que nos espera...
Paulo Roberto de Almeida

Receita vasculhou sigilos de mais 3 pessoas ligadas a Serra e FHC
Leandro Colon e Rui Nogueira
O Estado de S.Paulo, 25 de agosto de 2010

Investigação revela que Luiz Carlos Mendonça de Barros, Ricardo Sérgio de Oliveira e Gregório Marin Preciado também tiveram sigilos quebrados

BRASÍLIA - Investigação interna da Receita Federal revela que acessos suspeitos aos sigilos fiscais de adversários do PT foram além do manuseio dos dados do vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge. Os documentos mostram que, no mesmo dia, de um mesmo computador e em sequência, servidores do Fisco abriram os dados sigilosos de Eduardo Jorge e de mais três pessoas ligadas ao alto comando do PSDB. São elas: Luiz Carlos Mendonça de Barros, Ricardo Sérgio de Oliveira e Gregório Marin Preciado.

O Estado teve acesso a informações do processo aberto pela Corregedoria da Receita para saber quem acessou e por que os dados de Eduardo Jorge foram abertos em terminais da delegacia da Receita Federal em Mauá (SP). Essas informações foram parar num dossiê que teria sido montado por integrantes do comitê de campanha da candidata à Presidência Dilma Rousseff (PT). A oposição acusa funcionários do governo de violarem os sigilos fiscais de tucanos para fabricar dossiês na campanha eleitoral.

Os dados da investigação revelam que as declarações de renda de Eduardo Jorge e dos outros três tucanos foram acessadas do mesmo computador, por uma única senha, entre 12h27 e 12h43 do dia 8 de outubro do ano passado. O terminal usado foi a da servidora Adeilda Ferreira Leão dos Santos. A senha era de Antonia Aparecida Rodrigues dos Santos Neves Silva. Às 12h27, foi aberta a declaração de renda de 2009 de Mendonça de Barros, ex-ministro das Comunicações do governo de Fernando Henrique Cardoso. Três minutos depois, às 12h30, acessaram os dados do empresário Gregorio Marin Preciado, casado com uma prima de José Serra. Às 12h31, a declaração de Renda de Ricardo Sérgio foi aberta. Ele é ex-diretor do Banco do Brasil no governo FHC. Às 12h43m41s daquele mesmo dia, o mesmo terminal acessou a declaração de renda de 2009 de Eduardo Jorge. Quatorze segundos depois, os dados referentes a 2008 foram abertos por um servidor da Receita.

Os nomes dos tucanos foram destacados pela própria investigação da Receita Federal, como "contribuintes que despertaram interesse na apuração". O trabalho de apuração da Receita compreendeu os acessos ocorridos naquela delegacia entre 3 de agosto e 7 de dezembro de 2009. Em depoimento à corregedoria da Receita, as duas funcionárias negam envolvimento na abertura desses dados. Dona da senha usada, Antonia Aparecida alega que repassou o código a outras duas colegas e que não sabe quem fez essas consultas.