Sobre o “Estado” predatório que foi construído no Brasil
Paulo Roberto de Almeida
O estupro orçamentário iniciado pelas emendas obrigatórias instituídas sob Eduardo Cunha na presidência da CD chegou ao ápice com as emendas secretas do relator, na gerência criminosa dos dois meliantes políticos do governo do Bozo: o presidente da CD e o chefe da Casa Civil.
Junto com os dois fundos pornográficos, o partidário e o eleitoral, as emendas parlamentares arbitrárias e compulsórias representam a destruição de qualquer arremedo racional de administração dos orçamentos públicos.
Ao lado das imensas mordomias e gastos abusivos dos estamentos políticos em todos os níveis da federação, assim como dos privilégios aristocráticos dos grandes mandarins do Estado, essa predação, essa extorsão e o assalto à luz do dia, tudo isso legalizado pelos donos do poder CONTRA os seus “súditos”, nesta contrafação de nação que se chama Brasil, asseguram a semiestagnação do país no futuro indefinido.
Como está atualmente organizado “politicamente”, o Brasil se revela uma nação inviável no plano do crescimento econômico sustentado e do desenvolvimento socialmente inclusivo no horizonte histórico que é o da atual e das próximas gerações. A nação produtiva — empresários e trabalhadores do setor privado — se arrasta penosamente, pois que carregando nas costas esse ogro famélico e predatório que se chama Estado brasileiro. Como a ignorância ganhou foros de virtude política sob os populistas e demagogos que tomaram de assalto o poder nos últimos 20 anos, não vejo nenhuma possibilidade de progresso real da nação nas atuais condições de funcionamento do Estado no futuro previsível.
Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 17/09/2022