Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, em viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas.
O que é este blog?
Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;
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segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018
Entrevista sobre politica economica e politica externa - Paulo Roberto de Almeida
O vídeo é este aqui.
https://www.youtube.com/watch?v=fWZXaIz8MUc&lc=z220v5vw3qz2zlkbq04t1aokg3gmr5xk1hxn4nyjhb4lrk0h00410&feature=em-comments
ou ainda aqui:
https://www.youtube.com/watch?v=fWZXaIz8MUc
O comentário deste dia (19/02/2018) foi este aqui:
"Não entendo como um vídeo com uma analise tão profunda e tão contundente sobre politica econômica brasileira nas ultimas duas décadas, possa ter apenas um pouco mais de mil visualizações. Me entristeço muito quando abro a pagina inicial do YouTube e vejo os vídeos mais visualizados e comentados aqui, com milhões de visualizações, como os videos do Portas dos Fundos por exemplo, vídeos que não agregam em nada a formação cultural do povo brasileiro, más que, muito pelo o contrario, deterioram o pouco que resta da capacidade intelectual das pessoas. Não entendo como existam tantos investidores que patrocinam esse tipo de imbecilização das massas, tornado-os tão populares por meio de uma divulgação maciça, quase que imposta ao cidadão comum, colocando isso como algo normal e atual, até mesmo de alto nível cultural. Essa pseudo cultural tem sido levada tanto a sério no meio acadêmico, ao ponto de formadores de opinião implantarem isso na base curricular das universidades brasileiras, como as chamadas "exposições de arte moderna" providas por universidades e incentivadas por ONGs interacionais, patrocinadas quando não por bancos e multinacionais, com o próprio dinheiro público. Seria esse o fim do que restou da cultura brasileira? Fica a pergunta."
Tento responder à pergunta:
Meu caro, muito grato pela gentileza do comentário, e pela pergunta formulada, mas creio que tenho uma resposta clássica para você. As chamadas grandes massas, ou seja, o trabalhador médio, o cidadão ocupado, o pai de família, ou até o estudante, leva uma vida diária voltada para suas ocupações habituais, que já são bastante absorventes. Normal que, ao voltar-se para um vídeo, um jogo de computador, um programa de TV, um espetáculo qualquer, ele não queira ainda receber uma aula "chata", cheia de economês e de termos difíceis para o entendimento do internauta médio, e sim procure um entretenimento leve, algo divertido, coisas que o obriguem a pensar e a refletir o menos possível, mas que ao contrário lhe deem prazer, que o façam rir. Minha "aula" de história econômica e de diplomacia dos últimos quinze anos não é certamente a coisa mais leve que ele pode encontrar no computador, no YouTube. Ao contrário, produtores e publicitários tentam oferecer-lhe o que é o mais elementar possível, com toques até de mediocridade, mas que façam rir, ou apelem a seus instintos, digamos assim, mais prazeirosos do que uma preleção de economia política e de relações internacionais. Por outro lado, não é segredo para ninguém que o nível médio da educação popular vem caminhando para a mediocridade, inclusive porque foi a isso que os cidadãos foram levados pelo exemplo de um presidente que era explícito no culto da ignorância, no desapreço aos livros e ao estudo, e que tinha orgulho em dizer que tinha chegado onde chegou sem precisar de diploma, sem ter curso superior. O culto da ignorância foi extremo durante a gestão populista e demagógica do falastrão. Por isso mesmo, a resposta à sua pergunta só pode ser esta: é isto efetivamente o que restou da cultura brasileira, se essa palavra ainda se aplica. Em todos os lugares, e não só no Brasil, cultura de massa sempre significou um rebaixamento dos padrões, e isso se vê até nos países de renda mais alta. A grande massa não quer pensar: ela só quer se divertir, depois de um dia de trabalho... Espero ter satisfeito sua curiosidade.
Paulo Roberto de Almeida
quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018
A ignorância triunfou (por enquanto) - José de Souza Martins
Concordo com ele, em grande medida, mas isso não é novo.
Já no começo do século XIX, observando as massas incultas que desembarcavam nos EUA, James Fenimore Cooper (sim, o romancista do Último dos Moicanos), constatava também de forma pessimista que a democratização andava de par com a mediocrização, o que é inevitável quando se abandona uma cultura de elite pela das massas populares.
O Brasil passou por uma grande processo de democratização social desde o início dos anos 40, com a urbanização e a industrialização, e depois, a partir dos anos 1960 com a ampliação do acesso às instituições de ensino. Era inevitável certa mediocrização da cultura popular e dos estratos participantes do jogo político, pois já não se podia manter apenas líderes cosmopolitas, com educação superior, nos mecanismos de decisão.
A República Sindical — corrupta, ignorante, sectária — que não tivemos em 1964, por força do golpe militar, veio com toda força a partir de 2003, com o lulopetismo no poder.
O problema aí não foi tanto a mediocrização de todas as instituições e instâncias de poder — como transparece nesse triunfo da ignorância de que fala José de Souza Martins— mas o fato de que, por um lado, o lulopetismo não foi apenas ignorante, mas também corrupto e criminoso, e que, por outro lado, as elites — industriais, banqueiros, membros das chamadas profissões liberais, a academia — se revelaram singularmente ineptas, quando não coniventes com o poder corruptor da nova República Sindical, corrupta, medíocre, ignorante, e dominada por um líder carismático que mais se aproxima de um chefe mafioso, e que continua a desafiar as instituições, com parte do Judiciário também medíocre e rastaquera — quando não conivente — incapaz de prendê-lo como reles bandido que é.
Esse é o triunfo da ignorância, da mediocridade e da completa inépcia das elites econômicas incapazes de encontrar em seu meio um estadista capaz de conduzir o Brasil para fora disso tudo.
Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 14/02/2018
terça-feira, 6 de fevereiro de 2018
Ideologie et Politique dans le Developpement Bresilien, 1945-1964 (Memoire de Licence, ULB, 1976) - Paulo Roberto de Almeida
https://www.academia.edu/5659655/032_Id%C3%A9ologie_et_Politique_dans_le_D%C3%A9veloppement_Br%C3%A9silien_1945-1964_1976_
TABLE DES MATIERES
BIBLIOGRAPHIE
terça-feira, 30 de janeiro de 2018
Atualizacao do site pessoal: pralmeida.org (ufa!, demorou...) - Paulo Roberto de Almeida
www.pralmeida.org
Paulo Roberto de Almeida
Aproveitem...
domingo, 28 de janeiro de 2018
Balancos paralelos do lulopetismo economico e diplomatico, para o Brasil Paralelo - Paulo Roberto de Almeida
Entrevista gravada em Brasília, em 14 de outubro de 2016, como depoimento ao Brasil Paralelo (https://www.facebook.com/brasilparalelo/), exibido online em novembro de 2016. Os dados básicos sobre a entrevista foram consignados por mim no blog Diplomatizzando (15/10//2016: http://diplomatizzando.blogspot.com.br/2016/10/congresso-brasil-paralelo-como-refundar.html).
Inserido no canal pessoal no YouTube:
https://www.youtube.com/watch?v=fWZXaIz8MUc
Um comentário recente, levou-me a verificar os comentários anteriores: