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terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Partido Totalitario: sempre querendo censurar e controlar a midia -Ceticismo Politico

Não preciso acrescentar sequer uma vírgula ao que já está exposto e denunciado no Blog Ceticismo Político.
Paulo Roberto de Almeida


Emir Sader pede censura sutil e hegemonia após vitória de Eduardo Cunha à presidência da Câmara 

emir-sader
Petistas não sabem perder. Esta já é uma lei da política. Totalitários até a medula, qualquer menor revés os faz perder as estribeiras. E soltar a língua mais que o costumeiro, como vemos em dois momentos do texto Crônica de uma derrota anunciada, de Emir Sader, à Carta Maior.
Vamos ao primeiro:
O clima histérico criado contra o PT, a Dilma, a esquerda, levou ao isolamento político, resultado de muitos erros, mas antes de tudo o de não haver avançado na democratização dos meios de comunicação, o que permitiu a campanha de ódio e o aprofundamento da criminalização da imagem do PT.
Não dá para interpretar qualquer tipo de comunicação bolivariana sem uma tradução adequada. O que ele chama de “clima histérico contra o PT e Dilma” é o despertar de uma oposição adormecida. Assim como o que ele chama de “campanha de ódio e aprofundamento da criminalização da imagem do PT” significa a justa indignação política diante de um governo que devastou o estado. Por fim, o que ele chama de “não haver avançado na democratização dos meios de comunicação” é censura.
Logo, ele quer nos confessar que pelo fato do governo não ter imposto a censura de mídia, as pessoas puderam despertar e se indignar diante das atrocidades do PT. Ou seja, pudemos fazer o que os cubanos não podem. Não há nada além de totalitarismo nas palavras de Emir.
E o totalitarismo segue evidente abaixo:
Política é a arte da construção de hegemonia. O verdadeiro nome da governabilidade é hegemonia. Esse objetivo tem que ser o norte do governo, do PT, da esquerda, se querem consolidar e avançar decisivamente, de forma irreversível no extraordinário processo de democratização social, econômica, política e cultural apenas iniciado. Não é mais possível seguir governando empiricamente, de conjuntura em conjuntura, sem uma visão estratégica do que se quer – que tipo de sociedade, que tipo de Estado, que tipo de Brasil.
Hegemonia, para essa gente, significa “dominação consentida” (o que só pode ocorrer por vias da doutrinação escolar, do aparelhamento estatal e da censura). Como a extrema-esquerda sabe que seus governos só fazem destruir as economias de que tomam conta (vide exemplos da Venezuela e da Argentina), entendem que não dá para viver sem hegemonia, ou seja, oprimindo todos os demais pelas vias sutis.
Prestem muita atenção nas brechas dadas pelos petistas sempre que algum desastre ocorre com eles. Foi assim na época da prisão dos mensaleiros. E o mesmo se repete. Diante de um evento normal da democracia (perder a presidência da Câmara), seus formadores de opinião não conseguem segurar a língua e pedem hegemonia e censura, ou seja, uma ditadura petista.

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Eleicoes 2014: o partido totalitario tentou proibir esta materia de imprensa (faz parte da natureza deles)

A campanha da candidata-poste (atenção, a classificação não me pertence; foi dita pelo seu criador, e chefe) tentou interditar esta matéria.
Eu nem sabia dela, só tomei conhecimento quando um ministro do TSE descartou a tentativa de censura sem sequer entrar no mérito da questão, apenas em defesa da liberdade de expressão, tal como assegurada constitucionalmente, e na verdade por que a Google não tinha responsabilidade sobre o conteúdo do material, sendo apenas um instrumento de busca. Nem a revista Veja, nem a campanha do candidato oposicionista eram partes no processo, apenas a campanha da continuista e a Google.
Por isso, vou ler agora cada uma das dez questões, e postar aqui, sem ilustrações, apenas texto.
Sirvam-se, e não precisa me agradecer, apenas agradeçam à liberdade de imprensa, que se dependesse do partido totalitário não existiria mais no Brasil.
Paulo Roberto de Almeida

Eleições 2014

Dez fatos econômicos que você precisa saber antes de votar

Dos juros à inflação, do câmbio às contas públicas, saiba como os indicadores econômicos podem impactar, para o bem e para o mal, a vida dos brasileiros

Revista Veja,  3/10/2014

O ano de 2014 se sobressai quando se trata de indicadores econômicos ruins. Tudo piorou: dos juros à inflação, da balança comercial ao emprego, das contas públicas à política cambial. São informações que afetam diretamente a vida dos brasileiros e precisam ser levadas em conta na hora do voto. O site de VEJA preparou uma lista que mostra como a deterioração dos indicadores pode mudar a realidade da população a partir do ano que vem.

10 fatos econômicos que você precisa saber antes de votar
 1) Comprar carros não é mais tão simples. Por quê?

O governo protelou até onde foi possível, mas permitiu a subida dos juros a partir de 2012. Com os financiamentos mais caros, menos brasileiros se sentem seguros para assumir uma dívida tão alta como é a compra de um veículo. Além disso, diante do crescimento baixo da economia, os bancos se tornaram mais criteriosos na hora de conceder empréstimos, o que fez com que menos brasileiros tivessem acesso a crédito. O resultado é que as montadoras enfrentam um de seus piores anos, com queda de 9% nas vendas de veículos somente em 2014. Com isso, as fábricas passaram a demitir. O setor automotivo, que inclui também as fábricas de autopeças, é um dos maiores empregadores da indústria brasileira. Se o setor vai mal, o emprego é sacrificado. Segundo o IBGE, a indústria automotiva já demitiu mais de 8.000 funcionários até agosto deste ano.

 2) A inflação voltou para ficar. Isso faz diferença?

A inflação tem sido o grande inimigo dos brasileiros. No acumulado de doze meses, ela bate 6,5%. Esse patamar é o teto da meta estabelecida há quase vinte anos com o objetivo de domar a alta dos preços que era tão feroz no Brasil nos anos 1980. O centro da meta é de 4,5% e é esse número que deve ser perseguido pelo Banco Central, o órgão responsável por controlar o indicador. A inflação, contudo, tem sido sentida com muito mais força pelos brasileiros do que os 6,5% indicam. Aluguéis, mensalidades escolares, compras de supermercado e preços de serviços têm sofrido reajustes mais dolorosos. Alimentos, por exemplo, subiram 8% em 2013 e 4,8% no acumulado de janeiro a agosto de 2014. Já os serviços subiram 6,64% nos primeiros oito meses nesse mesmo período. A inflação só não está mais alta porque há os chamados preços administrados, como a gasolina, energia elétrica e impostos, como o IPVA, por exemplo. São valores que precisam da chancela de governos federal, estaduais e municipais para serem reajustados. O governo dispõe de mecanismos para contribuir com o controle da inflação, como redução dos gastos públicos, por exemplo. Contudo, essa não tem sido a diretriz da atual presidente. Ela tem sacrificado o controle inflacionário em função de políticas de aumento de gastos. Outra forma de controlar a inflação é subindo os juros. Na prática, com juros mais altos, a população reduz o consumo num primeiro momento e os preços se reequilibram. O problema é que o BC não teve liberdade para subir juros quando necessário. No momento em que recebeu o aval, passou a elevá-los, mas já era tarde demais. Há três anos o Brasil não consegue trazer a inflação para o centro da meta.

3) Os ricos estão cada vez mais ricos. O que aconteceu?

Está engavetado no Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) um estudo inédito que mostra uma realidade bem diferente da que vem sendo pregada pelo PT na campanha eleitoral de Dilma Rousseff. O mostra que a concentração de renda aumentou no Brasil entre 2006 e 2012. Dados do Imposto de Renda dos brasileiros coletados por pesquisadores do Instituto mostram que os 5% mais ricos do país detinham, em 2012, 44% da renda. Em 2006, esse porcentual era de 40%. Os brasileiros que fazem parte da seleta parcela do 1% mais rico também viram sua fatia aumentar: passou de 22,5% da renda em 2006 para 25% em 2012. O mesmo ocorreu para o porcentual de 0,1% da população mais rica, que se apropriava de 9% da renda total do país em 2006 e, em 2012, de 11%. Outro estudo feito pelos mesmos pesquisadores, usando dados da Pnad e do imposto de renda, mostram que houve sim crescimento da renda durante os governos petistas. Porém, diz o estudo, "os ricos se apropriaram da maior parte desse crescimento”.

 4) O dólar disparou. Isso é um problema?

Quando a presidente Dilma assumiu, o dólar estava cotado a 1,68 real. Hoje, está em 2,49 reais. As razões da subida são muitas e incluem desde erros cometidos pelos governantes até uma tendência internacional de alta da moeda. No caso do Brasil, os problemas internos contaram mais que as situações vindas de fora. Quando o dólar custava menos que 1,70 real, o governo o considerava baixo demais e começou a cobrar mais impostos sobre os investimentos estrangeiros que eram feitos no país. O objetivo era limitar a entrada de dólares justamente para sua cotação subir. Num primeiro momento, não adiantou nada. Mas, conforme os investidores foram perdendo a confiança no Brasil, os dólares, de fato, começaram a minguar. Com isso, a moeda passou a subir até superar o patamar de 2 reais. O dólar mais alto encarece os produtos que o Brasil importa, como gasolina e trigo. Mas, por outro lado, beneficia os exportadores brasileiros. O dólar começou a subir tanto que o governo mudou de ideia. Descobriu que, se moeda ficasse muito cara, a inflação subiria muito — o que é ruim para o bolso da população e pode gerar um alto índice de desaprovação nas urnas. Assim, por meio do Banco Central, o governo começou a estimular a entrada de dólares. Os efeitos dessas ações, no entanto, não impediram a moeda de subir. Aliás, quanto mais as pesquisas mostram que a presidente Dilma tem chances de se reeleger, mais dólares deixam o Brasil e mais alto fica o valor da moeda americana.

5) O setor elétrico está em crise. Como isso afeta o seu bolso?

Com o intuito de reduzir a conta de luz em cerca de 20%, a presidente Dilma anunciou, em 2012, um pacote de medidas para o setor elétrico. Em suma, as geradoras e distribuidoras que levam a energia até as residências teriam de se adaptar a novas regras que, num primeiro momento, reduziria seus ganhos. Nem todas as geradoras aceitaram os novos termos e deixaram de fornecer para o mercado regulado, que é o jargão do setor para explicar o mercado residencial. Com isso, a oferta de energia se arrefeceu para as residências. Outro agravante foi a estiagem que atingiu o centro-sul do país. As distribuidoras que estavam descontratadas, ou seja, precisavam fechar novos contratos com as geradoras para oferecer energia aos brasileiros, tiveram de comprar energia a um preço cinco vezes maior no mercado de curto prazo. As distribuidoras também tiveram de arcar com o custo das termelétricas. Devido à estiagem, muitas hidrelétricas não conseguiram suprir a demanda de energia. Por isso as térmicas, que são movidas a combustível e por isso são mais caras, tiveram de assumir o fornecimento. Sem caixa para bancar esse aumento de custo, as distribuidoras tiveram de pedir ajuda ao governo e reajustar a tarifa de energia dos brasileiros. Resultado disso é que o corte na conta de luz anunciado em 2012 causou tamanho desequilíbrio no mercado que gerou um ônus de mais de 60 bilhões de reais para o país. Essa conta está sendo paga pelos consumidores, por meio do aumento da conta de luz, e pelos contribuintes, que financiam a ajuda que o governo deu às distribuidoras. 

 6) Contas públicas estão um desastre. E daí?

O que o governo faz do dinheiro arrecadado com impostos pagos pela população é de grande importância. Pena que os governantes não se preocupam muito em prestar esclarecimentos sobre esses gastos. Por isso muitos brasileiros nem sabem ao certo o que são as contas públicas, que nada mais é do que o fluxo de caixa do governo — ou seja, o dinheiro que recebe em impostos e como esse valor é aplicado para o bem estar da população. A forma como o governo gasta o dinheiro público é um indicador importantíssimo da saúde financeira do país, sobretudo no caso do Brasil, que tem de pagar mensalmente os juros sobre sua dívida com outros países, investidores, bancos nacionais e estrangeiros, entre outros credores. Para pagar os juros, é preciso economizar mensalmente. Ou seja, gastar menos do que se arrecada. Assim, consegue-se o superávit primário, que é o jargão econômico usado para descrever essa economia. Quando o governo não cumpre o superávit, tem de aumentar sua dívida para conseguir pagar os juros. É como se o governo recebesse dos brasileiros o valor suficiente para pagar seus compromissos mas, por má gestão, não conseguisse pagar as contas devidas. Assim, ele toma mais empréstimo em nome dos brasileiros para conseguir pagar os juros. 
O governo Dilma tem deixado de lado o superávit. Somente em 2011 conseguiu cumpri-lo. Em 2014, o governo precisa economizar 80,7 bilhões de reais para o pagamento de juros. Até agora, a economia não passa de 4 bilhões de reais. O prejuízo de se ter as contas públicas no vermelho é o mesmo que se tem quando um indivíduo entra no cheque especial. Ao gastar mais do que ganha, o cliente paga juros mais caros e o banco começa a restringir seu acesso a mais crédito. Se sua renda cai, o cliente pode entrar numa bola de neve que, cedo ou tarde, pode fazer com que ele venda bens para saldar suas dívidas. Ele perde credibilidade na praça e corre o risco de ter que diminuir outros gastos com saúde e educação para pagar dívidas.

7) Arrumar trabalho não é mais tão fácil. Por quê?

Com a inflação no teto da meta, os juros começaram a subir e o emprego, consequentemente, deu sinais de esgotamento. A criação de vagas com carteira assinada em 2014 (até agosto) é a mais baixa desde 2002, início da série histórica disponibilizada pelo Ministério do Trabalho. Dados do Ministério mostram que, em 2014, alguns segmentos já registram mais demissões do que contratações. É o caso do Comércio, que fechou mais de 6.000 vagas nos oito primeiros meses deste ano. Não à toa, justamente o setor varejista, que foi o que mais cresceu durante o boom econômico dos últimos anos, é a ponta mais sensível à variação no bolso da população. Com a inflação acima do teto da meta (de 6,5% ao ano) e os juros em seu maior patamar desde 2011 (11% ao ano), a renda e o consumo diminuem. Os brasileiros estão também menos confiantes de que terão emprego no ano que vem, como mostra levantamento recente da CNI. O mercado de trabalho é o principal termômetro da economia. Se os empresários estão confiantes, investem e criam emprego. Mas, diante dos problemas econômicos que se colocam, a confiança do empresário também está no nível mais baixo da história, segundo a CNI.

8) Os brasileiros estão mais endividados. Quem discorda?

Com a inflação corroendo a renda da população e as parcelas de financiamentos abocanhando grandes pedaços do orçamento das famílias, é natural que o consumo caia. As vendas no varejo, por exemplo, cresceram apenas 4,2% no primeiro semestre — o segundo pior resultado desde 2006, diz o IBGE. Além disso, o último dado de inadimplência contabilizado pela Serasa mostrou que 57 milhões estão com contas em atraso. Um número recorde que representa mais de 40% da população adulta.  Nessa dinâmica, o mercado de trabalho tem papel vital. Numa situação de pleno emprego, ainda que as dívidas assustem, tem-se a perspectiva de conseguir pagá-las. Esse já não é o caso, segundo aponta a pesquisa da CNI, que mostra que os brasileiros estão temerosos em perder o emprego e não conseguir recolocação. 

9) A Petrobras foi devastada. E daí?

A Petrobras é uma empresa mista. Uma fatia minoritária pertence a investidores e a outra, majoritária, está sob o comando do governo. A Petrobras opera num setor estratégico, que é o óleo e gás, e por isso é compreensível que tenha entre seus acionistas o governo. Contudo, a empresa se transformou num centro de corrupção operado por partidos políticos. Isso significa que o governo deixa à disposição de legendas alguns cargos estratégicos da empresa. O escândalo envolvendo o doleiro Alberto Yousseff e o ex-diretor da empresa Paulo Roberto Costa trata justamente disso: as denúncias apontam que o diretor favorecia determinadas empresas prestadoras de serviços para, em troca, receber propina e repassá-la parcialmente a partidos políticos. A derrocada da empresa significa que boa parte do dinheiro público investido lá dentro, pois o governo é seu maior acionista, foi pelo ralo. Dinheiro dos contribuintes brasileiros, que não sabem ao certo como foi gasto, investido ou desviado. Mesmo com o benefício de ser a "dona" do pré-sal, a Petrobras tem 300 bilhões de reais de dívida. É a empresa de petróleo mais endividada do mundo. Mais da metade dessa dívida será paga pelo governo, ou seja, novamente pelo dinheiro dos impostos dos brasileiros.

10) O país está em recessão técnica. O que é isso?

O Produto Interno Bruto (PIB) é o resultado de todas as riquezas produzidas pelo país. É um dos principais sinais de que a economia está avançando, a população está vendo sua renda aumentar e mais empregos estão sendo gerados. Quando o PIB cai, sinaliza que essa riqueza recuou. Se cai por dois trimestres consecutivos, o país entra em recessão técnica. E isso não é bom. O PIB é importante porque sintetiza em um único número os resultados de políticas do governo, o ânimo dos empresários para investir e criar emprego e o ímpeto de consumo da população. Quando não há nenhuma crise grave no mundo e, mesmo assim, o PIB de um país mostra retração, significa que algum desses três fatores (ou todos eles) não vão nada bem. O governo tem afirmado que o PIB brasileiro, que recuou 0,6% no primeiro semestre de 2014, vai mal por causa da crise internacional. Fica difícil acreditar nisso quando apenas o Brasil está em recessão, se comparado aos Estados Unidos, à Alemanha, à França e outros países atingidos pela crise financeira de 2008. O problema de se estar em recessão é que o país se torna menos atrativo para investimentos que geram emprego. Uma empresa alemã, por exemplo, investirá mais na filial do país que mais cresce, não daquele que está em recessão. Um PIB ruim cria um círculo vicioso. E revertê-lo não é fácil, nem rápido.

sábado, 18 de outubro de 2014

Totalitarismo: espiritos autoritarios necessitam controlar todas asinformacoes - Ipea

Política

Diretor do Ipea pede exoneração após órgão se negar a divulgar estudo sobre desigualdade

A análise social dos dados da Pnad é feita anualmente logo após a divulgação da pesquisa; neste ano, Ipea afirmou que fará a análise só depois das eleições

Herton Araújo, diretor do Ipea
Herton Araújo, diretor do Ipea que pediu exoneração nesta sexta (Ipea/Reprodução)
Veja.com, 17/10/2014
Uma decisão inédita tomada pela direção do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), de proibir a publicação de estudos realizados pelos pesquisadores envolvendo dados públicos divulgados entre julho e o fim das eleições presidenciais, deu origem a mais uma crise interna. O diretor de estudos e políticas sociais do Ipea, Herton Araújo, colocou seu cargo à disposição por discordar da definição da cúpula do Instituto e, nesta sexta-feira, pediu sua exoneração.
Disposto a publicar um estudo técnico com dados sobre miséria social no Brasil a partir da mais recente Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), divulgada há três semanas, Araújo trouxe o assunto à reunião da diretoria colegiada do Ipea, realizada no dia 9 deste mês. Ele não conseguiu. A decisão do Ipea foi mantida: estudos somente serão divulgados a partir do dia 27 de outubro, após a realização do segundo turno eleitoral. Segundo nota do Ipea "o Sr. Araújo procurou convencer os demais membros do colegiado a rever a decisão, restando vencido".
Não se trata do primeiro estudo preso nas gavetas do Ipea. O site de VEJA revelou, em setembro, que o Instituto havia engavetado outro levantamento, desta vez, feito com base nos dados das declarações de Imposto de Renda de brasileiros, e que mostrava que a concentração de renda havia aumentado no Brasil entre 2006 e 2012. A tese, curiosamente, contraria o discurso recorrente dos governos petistas. 
A credibilidade do Instituto foi colocada em risco em outra ocasião em 2014. Levantamento divulgado em março deste ano mostrava que 65% dos brasileiros concordariam total ou parcialmente com a ideia de que mulheres que usam roupas que mostram o corpo merecem ser atacadas. O dado correto, divulgado posteriormente, era de 26%. 
O incidente ocorrido no Ipea se soma a outros deslizes em órgãos de pesquisa, em teoria, técnicos, que sofreram algum tipo de ingerência durante o governo do PT. Confira alguns casos:

Cinco institutos que 'pisaram na bola' 

1 de 5

IBGE

Presidente do IBGE, Wasmália Bivar
A corda no pescoço da presidente do IBGE, Wasmália Bivar, ficou ainda mais apertada após o desgaste gerado pela correção de dados Pnad de 2013, na semana passada. Um erro no cálculo do peso de sete regiões (Ceará, Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul) na amostragem resultou em indicadores incorretos. Para o instituto, uma falha "grave". Para a ministra do Planejamento, Miriram Belchior, um "choque". Já Para a presidente Dilma, um erro "banal". O índice Gini, por exemplo, que mede a desigualdade no país, foi revisado de 0,498 para 0,495; em 2012 havia sido de 0,496. Ou seja, em vez de indicar leve alta, o resultado caiu 0,001 ponto porcentual, o que, segundo economistas, ainda reforça um cenário de estagnação da distribuição de riqueza. Ana Magni, diretora-executiva do sindicato de funcionários do IBGE (Assibge-SN), disse ao site de VEJA que os deslizes foram provocados pela pressão elevada sobre um quadro de funcionários reduzido. Ela lembra que, em 1990, o instituto contava com 14 mil colaboradores efetivos - o equivalente ao quadro atual do instituto nacional de estatísticas do México -, e que hoje esse número não alcança 6 mil. Outro agravante é que 70% deste total deve se aposentar nos próximos anos, já que têm mais de 26 anos de casa. "É um problema estrutural e generalizado, que tem uma repercussão muito dramática sobre o grande volume de dados que produzimos na sociedade. Nosso receio é de que, estrangulando mais as condições de trabalho, o cenário piore", afirmou. 

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Fascismo companheiro: Big Brother petista ativo e censurando...

Recebo, de um amigo, que trabalha na administração direta em Brasilia, uma mensagem qualquer sugerindo que eu escreva sobre um determinado assunto.
Informo a ele que já escrevi, e recomendo uma consulta a meu blog, em tais e tais links, que forneço, diretamente, ou seja, URLs específicas.
Ele me diz então que o órgão em que ele trabalha bloqueou o acesso a meu blog.
Respondo que não deve ser só o meu, mas uma política geral do órgão, contra o que, na antiga Revolução Cultural chinesa se chamava de "inimigos do povo".
Eis o que ele me respondeu:

Caro Professor,
Os "censores" petistas estão bloqueando vários web sites e blogs além do seu!
Não é nada pessoal!
Lamentável!!!


Bem, parece que existem muitos inimigos do povo petista.
Tenho a honra de integrar o quilombo de resistência intelectual contra os novos totalitários.
Não me surpreende, e já esperava isso.
Esse é o Brasil no qual viveremos se a máfia neobolchevique continuar no poder.
Paulo Roberto de Almeida

sábado, 23 de agosto de 2014

Eleicoes 2014: a natureza do escorpiao e o partido totalitario

Partido Totalitário quer pautar a imprensa

O PT convive mal com o Estado de Direito, com a democracia e com as liberdades em geral, particularmente a liberdade de imprensa, que Lula considera "uma sacanagem". Editorial do Estadão, 23/08/2014


A direção do Partido dos Trabalhadores (PT) entrou na Justiça Eleitoral para obrigar a Rede Globo a ampliar a cobertura das atividades de campanha de Alexandre Padilha, candidato do partido ao governo do Estado de São Paulo. Ao pretender determinar o que uma emissora de TV deve mostrar a seus telespectadores, os petistas reafirmam sua visão autoritária a respeito do trabalho da imprensa e seu desprezo pelo jornalismo independente.

A tarefa de informar bem seus leitores, ouvintes e telespectadores obriga as empresas jornalísticas a estabelecer critérios de seleção de informações, para entregar a seu público as notícias que terão relevância em sua vida, deixando de lado as que, a seu juízo, têm menor importância. Assim, cada redação define quais acontecimentos serão dignos de cobertura extensiva e quais merecerão espaço menor. Tais parâmetros, que integram o bê-á-bá do jornalismo, podem mudar de veículo para veículo, mas há algo que, em democracias, não mudará nunca: o princípio de que as empresas jornalísticas devem ter ampla liberdade para adotar os padrões de seleção de informações que melhor atendam seu público.

É justamente nessa liberdade, central para o exercício do jornalismo independente, que o PT pretende interferir, em defesa de uma suposta "isonomia" de tratamento para todos os candidatos ao governo paulista. Tal exigência de igualdade, da maneira como está sendo enunciada pelos petistas, serve apenas para ferir a autonomia que um veículo deve ter para determinar o que é digno de ser publicado e o que não é.

A Rede Globo entendeu que deveria dar mais espaço em seus telejornais aos candidatos ao governo paulista com mais de 6% de intenções de voto. Com isso, recebem destaque diário apenas os dois primeiros colocados, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) e Paulo Skaf (PMDB). Na última pesquisa do Ibope, Padilha, o candidato petista, surge em terceiro lugar, com 5% das menções. É o mais bem colocado entre os "nanicos" - está à frente de outros três candidatos que dispõem de 1% cada - e por isso aparece com frequência menor no noticiário da emissora.

No entender dos petistas, porém, a Globo estabeleceu parâmetros sob medida para, deliberadamente, sonegar de seus telespectadores o noticiário sobre a campanha de Padilha. Em carta à emissora, o presidente estadual do PT e coordenador da campanha petista, Emidio de Souza, disse que "não cabe a um veículo de comunicação definir critérios" para a veiculação de informações sobre a eleição. Para questionar as escolhas da Globo, Emidio diz que, pela margem de erro da pesquisa, de três pontos porcentuais, Padilha pode estar com 8% - acima, portanto, do piso estabelecido pela emissora. Por essa lógica, porém, o petista pode estar com 2%, em empate técnico com os outros "nanicos".

O aspecto relevante nessa polêmica, no entanto, não são alguns pontos porcentuais para mais ou para menos, e sim a reafirmação da vocação autoritária do PT e de sua hostilidade contra a imprensa livre. Em nota sobre sua petição à Justiça Eleitoral, o partido chega a exigir que a Globo "abra espaço diariamente em sua programação normal para todos os candidatos" ou então "que se abstenha de cobrir a agenda de qualquer um deles". Trata-se de uma tentativa grosseira de pautar uma emissora de TV.

Ainda que arrogante, no entanto, a manifestação petista não se compara às grosserias do ex-presidente Lula, que qualificou como "sacanagem" os critérios da Globo para a cobertura eleitoral em São Paulo. "Já fui vítima de todas as sacanagens que vocês possam imaginar, mas tem coisa que vai ficando insuportável", disse Lula num evento de campanha no início de agosto. "Em São Paulo, a sacanagem é tamanha que eles decidiram que só vão colocar os candidatos acima de 10% (sic) para tirar o Padilha da televisão. Cada jogo, em cada eleição, é uma sacanagem."

Como aquele que jamais se constrangeu ao fazer propaganda eleitoral fora de hora nem a colocar a máquina do Estado a serviço de seus candidatos, Lula deveria saber o que, de fato, é "sacanagem".

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

TSE repele censura dos companheiros a consultoria economica; vou fazer a minha...

Bem, já que estamos livres da ameaça, vou fazer a minha previsão, de consultor amador: não será o Fim do Brasil, mas já estamos numa longa decadência econômica, à la Argentina...
Pronto, já fiz. 
E os companheiros não poderão dizer nada: eles amam los hermanos, até já inventaram um peronismo de botequim...
Paulo Roberto de Almeida 

TSE repele tentativa de censura do PT contra consultoria que decretou "O Fim do Brasil"

Coluna de Políbio Braga, 20/08/2014

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) julgou improcedente representação da campanha da presidente Dilma Rousseff (PT) contra as propagandas da consultoria Empiricus que apontavam piora do cenário econômico em caso de reeleição. Eis o que sentenciou Gilmar Mendes:

-  Não vamos querer que a Justiça Eleitoral, agora, se transforme em editor de consultoria.

CLIQUE AQUI para ler o relatório "O fim do Brasil", análise que irritou Dilma e o PT. 

. O caso mais notável, além do Empiricus, foi do Banco Santander, censurado publicamente pelo PT e pelo próprio governo. 

.  A decisão deve nortear futuros julgamentos sobre análises econômicas que tratem de eleições

CLIQUE AQUI para ler, também, “Briga com os números”, de Percival Puggina.