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sábado, 3 de agosto de 2013

China: de um filho a dois por familia? Os ecologistas neomalthusianos vao se horrorizar...

Será que vai ter espaço e recursos naturais para toda essa gente, caso a China resolva dobrar de população.
Já estou vendo os neomalthusianos se escandalizarem...
Acho que recursos e tecnologia existem; e vai ser bom para o mundo...
Paulo Roberto de Almeida


China considering a 2-child policy
Couples currently restricted to one child under China’s family planning policy may be allowed a second child even before the policy is redrafted in 2015.

By Li Qian
Shanghai Daily, Saturday, August 3, 2013

COUPLES currently restricted to one child under China’s family planning policy may be allowed a second child even before the policy is redrafted in 2015.
The new concession would apply to couples where only one spouse is a single child, according to insiders.
China is deliberating whether to further relax the country’s one-child policy, a spokesman confirmed yesterday.
Mao Qun’an, spokesman for the National Health and Family Planning Commission, was responding to media attention on China’s population policies, Xinhua news agency reported.
Mao reaffirmed that China must adhere to the basic state policy of family planning for a long period of time. He said that because the country’s basic conditions still include a huge population, weak economic foundations, sparse per capita resources and insufficient environmental capacity, the population will continue to put pressure on the economy, society, resources and the environment.
However, he said one of the commission’s major tasks lies in improving the family planning policy, Xinhua reported.
It is organizing surveys and studies on correlations between the size, quality, structure and distribution of China’s population, the news agency said.
To improve population policies, Mao said, China must maintain the current low birth rate while also taking into consideration the public’s needs, social and economic development, and changes in the population structure.
The family planning policy was first introduced in the late 1970s to rein in China’s surging population by limiting most urban couples to one child and most rural couples to two children, if the first was a girl.
Under the policy, most couples born in urban areas in the 1980s come from single-child families.
The policy was relaxed around 2007, allowing couples where both parents came from single-child families to give birth to two children.
A revised policy that would allow all couples to have two children is expected to be carried out in 2015, the 21st Century Business Herald reported yesterday.
The one-child policy has played a key role in curbing the rising Chinese population, but problems have begun to emerge. One hot topic is the rapid increase in China’s elderly population while birth rates remain low.
Demographers say loosening the one-child policy would normalize the ratio between males and females. Last year there were 16.35 million births in China which led to a sex ratio at birth of 117.7 boys for every 100 girls in 2012 while a normal ratio should be 103 to 107 boys for every 100 girls.
The number of people of working age in China, those between 15 and 59, decreased by 3.45 million to 937.27 million in 2012.
In comparison, there were 194 million people aged 60 or older in China last year, accounting for 14.3 percent of the total population.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Populacao Mundial: 7 bilhoes; muito?; pouco?; suficiente? - José Eustáquio Diniz Alves

COMO ESTABILIZAR A POPULAÇÃO MUNDIAL?
Fonte: José Eustáquio Diniz Alves(*), Ecodebate de 26.10.2011
 
De acordo com o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), o habitante de número 7 bilhões chegará ao mundo no dia 31 de outubro de 2011. A espécie humana chegou a 3,5 bilhões em 1968, a 4 bilhões em 1974, a 5 bilhões em 1987 e a 6 bilhões em 1999. Ou seja, em 43 anos (entre 1968 e 2011), a população global dobrou de tamanho, tendo acrescentado 1 bilhão de pessoas apenas nos últimos 12 anos.

Sete bilhões de pessoas é muito, é pouco ou é suficiente?

Evidentemente, assim como quase tudo que se refere às ciências humanas, não existe uma resposta única. Sempre vão existir aqueles que acham que a Terra tem espaço suficiente, enquanto outros acham que a Terra está superpovoada.
Porém, hoje em dia, é crescente o número de pessoas que consideram que as atividades humanas estão destruindo o Planeta e colocando em risco o futuro da humanidade e das outras espécies vivas da Terra. Mas enquanto algumas pesquisadores responsabilizam o crescimento populacional pelo estresse ambiental, outros responsabilizam o crescimento do consumo.

Os primeiros dizem que o consumo é elevado porque existem muitas pessoas no mundo (overpopulation) e que a demanda por bens e serviços sempre tende a crescer porque as aspirações humanas são infinitas. Os segundos consideram que o alto consumo (overconsumption) ocorre devido à máquina de propaganda mobilizada pelo modelo capitalista de produção e acumulação de lucro.

De fato, a população e o consumo têm crescido de maneira exponencial nos últimos 200 anos. Mesmo países como a China e o Vietnã, que resistiram às ideologias dos países capitalistas ocidentais (inclusive são até hoje dirigidos por partidos comunistas), têm adotado medidas para controlar a população, enquanto promovem o consumo amplo e irrestrito. Cada vez existem mais países em desenvolvimento que querem copiar os "sucessos" da China contemporânea na produção de bens de consumo. Os países em desenvolvimento já são responsáveis pela metade da produção econômica mundial.
Com um número maior ou menor de pessoas, o fato inequívoco é que precisamos mudar o padrão de produção e consumo. Este é o grande desafio do século XXI. Principalmente, é preciso controlar, o consumo desregrado que reduz cada vez mais a capacidade de regeneração do meio ambiente. Inclusive ajuda muito quando as pessoas optam por viver de maneira ambientalmente sustentável e adotam a filosofia de vida baseada na simplicidade voluntária. Mas isto não é excludente com a autodeterminação reprodutiva e autonomia para ter o número de filhos desejados.

Sete bilhões de habitantes no mundo poderia não ser muito se houvesse a adoção de um nível de consumo compatível com a sustentabilidade ambiental. Porém, o consumo médio da população mundial já está acima da capacidade de regeneração do Planeta e a demanda agregada continua crescendo. Um crescimento do PIB de 3,5% ao ano significa dobrar a produção econômica em 20 anos. O crescimento populacional, em última instância, tem funcionado como força impulsora de mais crescimento econômico.

Porém, o Planeta tem os seus limites e os próprios autores da economia clássica já falavam que o crescimento econômico chegaria, algum dia, ao "Estado Estacionário".

Assim, mais cedo ou mais tarde, a hipótese da estabilização populacional estará colocada no horizonte. Ao invés de uma população crescendo rumo ao infinito, uma estabilidade do número de habitantes poderá ajudar os investimentos em qualidade de vida e bem-estar das pessoas e não em aumentos puramente quantitativos. Ou seja, a estabilização da população mundial pode ser uma forma de valorização do ser humano e do meio ambiente ao mesmo tempo.

A estabilidade da população mundial não requer esforços extraordinários. Já existem países nos quais a população está decrescendo, como: Cuba, Rússia, Japão, Ucrânia, etc. Existem outros que vão ter suas populações caindo num futuro próximo, pois já possuem taxas de fecundidade abaixo do nível de reposição, tais como: Brasil, Chile, China, Coréia do Sul, Irã, Vietnã, etc. Também há um grande grupo de países que estão em processo de transição de altas para baixas taxas de fecundidade e devem atingir o nível de reposição em um espaço curto de tempo.

O Plano de Ação da Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento (CIPD), realizada no Cairo em 1994, diz em seu parágrafo 3.14: "Estão se fortalecendo mutuamente os esforços para diminuir o crescimento demográfico, para reduzir a pobreza, para alcançar o progresso econômico, melhorar a proteção ambiental e reduzir sistemas insustentáveis de consumo e de produção. Em muitos países, o crescimento mais lento da população exigiu mais tempo para se ajustar a futuros aumentos demográficos. Isso aumentou a capacidade desses países de atacar a pobreza, proteger e recuperar o meio ambiente e lançar a base de um futuro desenvolvimento sustentável. A simples diferença de uma única década na transição para níveis de estabilização da fecundidade pode ter considerável impacto positivo na qualidade de vida".

Portanto, a estabilização das taxas de fecundidade pode melhorar o bem-estar do população. Contudo, existem atualmente cerca de 30 países que possuem taxas de fecundidade muito altas e cujos governos apresentam dificuldades para ajudar suas populações a atingir o tamanho de famílias que desejam. Nestes países -- que geralmente são pobres e possuem altos índices de violência e insegurança -- o fenômeno da gravidez indesejada é muito alto. A maior parte do crescimento populacional projetado até 2.100 está concentrada nestes poucos países (a grande maioria na África ao sul do Saara).
Desta forma, não é tarefa impossível evitar o crescimento populacional não planejado (e não desejado). As populações pobres, de modo geral, e os pobres dos países pobres, em particular, têm muitos filhos por falta de acesso aos métodos de regulação da fecundidade, falta de acesso aos direitos sexuais e reprodutivos e falta de acesso à educação, saúde e trabalho. Existem cerce de 215 milhões de mulheres no mundo sem acesso aos métodos contraceptivos.

Portanto, com inclusão social as famílias tendem a limitar seu tamanho pelos seus próprios meios. A cidadania é o melhor contraceptivo.

Além do mais, como colocado no parágrafo 3.14 da CIPD/1994 do Cairo, quando as taxas de fecundidade começam a cair se reduz, também, a razão de dependência demográfica e se cria uma janela de oportunidade para melhorias na educação, saúde, mercado de trabalho, etc. Em geral, a redução do ritmo de crescimento demográfico e a mudança da estrutura etária cria um círculo virtuoso que tende a contribuir para o bem-estar da população.

Da mesma forma como é impossível o consumo crescer ao infinito, também é impossível que a população cresça infinitamente. Por isto, algum dia, a população vai se estabilizar. Mas devido à estrutura etária jovem prevalencente em uma parcela ampla da população mundial, mesmo com uma queda rápida da fecundidade, o crescimento atual da populaçao vai continuar devido à inércia demográfica. Depois dos 7 bilhões de habitantes de 2011 os 8 bilhões de habitantes já estão encomendados para algum ano entre 2025 e 2030. Entretanto, a população mundial pode parar de crescer antes de chegar aos 9 bilhões de habitantes.

Na verdade, o problema de alto crescimento demográfico é um problema localizado nos citados cerca de três dezenas de países e que pode ser solucionado com vontade política e uma fração dos recursos mundiais gastos com despesas militares. O processo de urbanização do mundo, que vai se aprofundar nas próximas décadas, tende a abrir novas oportunidades para a implementação dos direitos de cidadania.

Para estabilizar a população dos países com alto crescimento demográfico, ainda no século XXI, seria preciso trazer as taxas de fecundidade para o nível de reposição (2,1 filhos por mulher), por meio das seguintes medidas:

1.Universalizar o ensino fundamental para todas as crianças e jovens do mundo;
2.Garantir o pleno emprego e o trabalho decente;
3.Garantir direitos iguais para homens e mulheres (equidade de gênero);
4.Garantir habitação e serviços adequados de água, esgoto, lixo e luz para todos;
5.Reduzir a mortalidade infantil e garantir o acesso universal à saúde, à higiene, combatendo as principais causas de epidemias;
6.Garantir acesso universal à saúde sexual e reprodutiva (o que inclui disponibilidade e variedade de métodos de regulação da fecundidade);
7.Garantir liberdade de organização, manifestação e acesso à informação;
8.Garantir a governança nacional e o apoio e a coordenação internacional para implementar, de maneira universal e indivisível, a plenitude dos direitos humanos.

(*) José Eustáquio Diniz Alves, colunista do EcoDebate, é Doutor em demografia e professor titular do mestrado em Estudos Populacionais e Pesquisas Sociais da Escola Nacional de Ciências Estatísticas -- ENCE/IBGE; Apresenta seus pontos de vista em caráter pessoal. E-mail: jed_alves@yahoo.com.br

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Defusing population bomb: expanding survival of children

Acabo de assistir a mais uma das apresentações geniais do TED:

Hans Rosling on global population growth

About this talk
The world's population will grow to 9 billion over the next 50 years -- and only by raising the living standards of the poorest can we check population growth. This is the paradoxical answer that Hans Rosling unveils at TED@Cannes using colorful new data display technology (you'll see).

About Hans Rosling
As a doctor and researcher, Hans Rosling identified a new paralytic disease induced by hunger in rural Africa. Now he looks at the bigger picture of social and economic development with his… Full bio and more links

Open interactive transcript

Subtítulos disponíveis em várias línguas, inclusive Português do Brasil:
Translated into Portuguese (Brazil) by Luiz Alexandre Gruszynski
Reviewed by Belucio Haibara
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