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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

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terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Precisando de companhia? Quer encontrar o parceiro ideal? Olhe no mapa e escolha o seu pais...

Map: If the size of countries reflected their populations

The Washington Post Blogs, February 2
This map, compiled by Reddit user TeaDranks, shows what the world would look like if a country's size was proportional to its population. As you can see, our sense of geographic space gets rather radically rearranged as a result.
Vast countries such as Russia, Canada and Australia turn into small rump states and slivers of territory. The United States is home to only 5 percent of the world's population and its size suitably reflects that diminished reality. Europe, and not South Asia, appears to be the real Asian subcontinent.
What the map emphasizes is the primacy of Asia. The continent's immensity is understood in the West, but not truly appreciated. Another map that has trended on social media illustrates it even more starkly:
That, of course, is not echoed in the Western media, where crises in Europe and conflicts in the Middle East still hold far more attention. The lack of coverage of India's elections last year — the world's greatest exercise in democracy — was lampooned by comedians. And many Americans probably weren't even aware of a similar landmark vote in Indonesia, home to the world's largest population of Muslims.
Some Asian cities, as delineated on the map, are larger than most European countries.
Of course, many of these Asian countries are still struggling to cope with the demands posed by their massive populations. But as the continent boasts some of the world's most dynamic developing economies, this map is a useful illustration for why some believe the 21st century will be the Asian Century.
Ishaan Tharoor writes about foreign affairs for The Washington Post. He previously was a senior editor at TIME, based first in Hong Kong and later in New York.

sábado, 3 de agosto de 2013

China: de um filho a dois por familia? Os ecologistas neomalthusianos vao se horrorizar...

Será que vai ter espaço e recursos naturais para toda essa gente, caso a China resolva dobrar de população.
Já estou vendo os neomalthusianos se escandalizarem...
Acho que recursos e tecnologia existem; e vai ser bom para o mundo...
Paulo Roberto de Almeida


China considering a 2-child policy
Couples currently restricted to one child under China’s family planning policy may be allowed a second child even before the policy is redrafted in 2015.

By Li Qian
Shanghai Daily, Saturday, August 3, 2013

COUPLES currently restricted to one child under China’s family planning policy may be allowed a second child even before the policy is redrafted in 2015.
The new concession would apply to couples where only one spouse is a single child, according to insiders.
China is deliberating whether to further relax the country’s one-child policy, a spokesman confirmed yesterday.
Mao Qun’an, spokesman for the National Health and Family Planning Commission, was responding to media attention on China’s population policies, Xinhua news agency reported.
Mao reaffirmed that China must adhere to the basic state policy of family planning for a long period of time. He said that because the country’s basic conditions still include a huge population, weak economic foundations, sparse per capita resources and insufficient environmental capacity, the population will continue to put pressure on the economy, society, resources and the environment.
However, he said one of the commission’s major tasks lies in improving the family planning policy, Xinhua reported.
It is organizing surveys and studies on correlations between the size, quality, structure and distribution of China’s population, the news agency said.
To improve population policies, Mao said, China must maintain the current low birth rate while also taking into consideration the public’s needs, social and economic development, and changes in the population structure.
The family planning policy was first introduced in the late 1970s to rein in China’s surging population by limiting most urban couples to one child and most rural couples to two children, if the first was a girl.
Under the policy, most couples born in urban areas in the 1980s come from single-child families.
The policy was relaxed around 2007, allowing couples where both parents came from single-child families to give birth to two children.
A revised policy that would allow all couples to have two children is expected to be carried out in 2015, the 21st Century Business Herald reported yesterday.
The one-child policy has played a key role in curbing the rising Chinese population, but problems have begun to emerge. One hot topic is the rapid increase in China’s elderly population while birth rates remain low.
Demographers say loosening the one-child policy would normalize the ratio between males and females. Last year there were 16.35 million births in China which led to a sex ratio at birth of 117.7 boys for every 100 girls in 2012 while a normal ratio should be 103 to 107 boys for every 100 girls.
The number of people of working age in China, those between 15 and 59, decreased by 3.45 million to 937.27 million in 2012.
In comparison, there were 194 million people aged 60 or older in China last year, accounting for 14.3 percent of the total population.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Aumenta número de negros e pardos na população


A interpretação positiva, ou leniente, desse aumento nos últimos dez anos, é a de que a população negra ou parda está aumentando sua auto-estima e escolhe declarar sua cor verdadeira. 
A interpretação realista, ou menos leniente, diria que essas pessoas estão querendo se beneficiar das ditas políticas afirmativas, que privilegiam "afrobrasileiros" em relação a todos os demais brasileiros, criando o que eu chamo de novo Apartheid.
Ou seja, a população brasileira está sendo dividida em linhas raciais.
Belo futuro que nos espera: enfatizar a separação, em lugar da mestiçagem...
Paulo Roberto de Almeida 

Negros e pardos são maioria em 56,8% dos municípios, mostra estudo
Flávia Villela
Folha de S.Paulo14/11/2011

Estudo do IBGE mostra que em 2010, aproximadamente 91 milhões de pessoas se classificaram como brancas15 milhões como pretas82 milhões como pardas, 2 milhões como amarelas e 817 mil como indígenas

 Rio de Janeiro - O número de municípios onde os domicílios tinham maioria de pretos e pardos aumentou 7,6 pontos percentuais, entre 2000 e 2010, ao passar de 49,2% para 56,8%. A constatação faz parte do Mapa da População Preta & Parda no Brasil segundo os Indicadores do Censo de 2010, divulgado nesta segunda-feira (14).

Em 1.021 cidades (18,3% do total), pretos e pardos eram mais de 75% da população. O estudo foi elaborado pelo Laboratório de Análises Econômicas, Sociais e Estatísticas das Relações Raciais (Laeser), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

O percentual de pessoas que se declararam pretas passou de 6,2% para 7,6% em uma década. O aumento foi maior entre as que se declararam pardas, de 38,5% para 43,1% no mesmo período.

Em 2010, aproximadamente 91 milhões de pessoas se classificaram como brancas, 15 milhões como pretas, 82 milhões como pardas, 2 milhões como amarelas e 817 mil como indígenas.

O coordenador da pesquisa, Marcelo Paixão, acredita que os indicadores com base no Censo 2010 foram influenciados pelo processo de valorização da presença afrodescendente na sociedade brasileira e pela adoção das políticas afirmativas.

“Esses dados demonstram não só uma mudança demográfica, mas também política, social e cultural, porque expressa uma nova forma de visibilidade da população negra brasileira ao estimular que as pessoas assumam sua cor de pele de uma maneira mais aberta.”

O censo, elaborado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) a cada dez anos, introduziu, em 2010, a pergunta sobre cor ou raça para todos os domicílios e não mais por amostra, como era feito anteriormente.

Segundo Marcelo Paixão, a comparação dessa informação com dados futuros do IBGE, como a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) do ano que vem e o Censo de 2020, será muito útil para traçar um perfil mais fiel da população.

“O interessante para 2020 é verificar se esse percentual da população preta e parda no Brasil vai continuar aumentando. Porque é claro que tem também uma população que não é negra. O ideal é que as bases de dados expressem melhor o perfil da população brasileira, que corresponda à realidade”, disse o economista.

De acordo com o levantamento de 2010, São Paulo é a cidade com maior número de pretos e pardos em todo o país, com cerca de 4,2 milhões, seguido do Rio de Janeiro (cerca de 3 milhões) e Salvador (cerca de 2,7 milhões).

Se forem considerados apenas negros, Salvador lidera o ranking com 743,7 mil, seguida de São Paulo (736 mil) e do Rio (724 mil).

No Norte e no Nordeste, respectivamente, 97,1% e 96,1% dos municípios eram formados por maioria preta e parda. No Centro-Oeste, esse percentual chegava a 75,5%, no Sudeste, a 37,1% e, no Sul, a apenas 2,3%. Cunhataí, em Santa Catarina, é a única cidade brasileira sem a presença de pessoas que se declararam pretas.

sábado, 29 de outubro de 2011

Espaço para 7 bilhoes de pessoas: Veja, especial

Materia de capa da revista Veja desta semana:


VEJA / A bomba populacional / 7 bilhões de oportunidades

http://books.boxnet.com.br/books/impressao.aspx?ID_CLIP=17775338&ID_MESA=607&TP_CLIPPING=I


Seven Billion People, One Planet

October 26, 2011
The UN estimates that the seven billionth member of the earth's population will be born on October 31. Demographer-in-residence Elizabeth Leahy Madsen explains how we got to that number and where our demographic path might take us from here.
November 01, 2011 // 3:00pm — 5:00pm
It took only 12 short years for the world's population to grow from six to seven billion. While the "Day of Seven Billion" will receive widespread media coverage, how widely reported – and more important, how well understood – is the impact of this rapid growth on our planet's resources? The Wilson Center, National Geographic, and the Pulitzer Center on Crisis Reporting discuss population-environment connections.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Populacao Mundial: 7 bilhoes; muito?; pouco?; suficiente? - José Eustáquio Diniz Alves

COMO ESTABILIZAR A POPULAÇÃO MUNDIAL?
Fonte: José Eustáquio Diniz Alves(*), Ecodebate de 26.10.2011
 
De acordo com o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), o habitante de número 7 bilhões chegará ao mundo no dia 31 de outubro de 2011. A espécie humana chegou a 3,5 bilhões em 1968, a 4 bilhões em 1974, a 5 bilhões em 1987 e a 6 bilhões em 1999. Ou seja, em 43 anos (entre 1968 e 2011), a população global dobrou de tamanho, tendo acrescentado 1 bilhão de pessoas apenas nos últimos 12 anos.

Sete bilhões de pessoas é muito, é pouco ou é suficiente?

Evidentemente, assim como quase tudo que se refere às ciências humanas, não existe uma resposta única. Sempre vão existir aqueles que acham que a Terra tem espaço suficiente, enquanto outros acham que a Terra está superpovoada.
Porém, hoje em dia, é crescente o número de pessoas que consideram que as atividades humanas estão destruindo o Planeta e colocando em risco o futuro da humanidade e das outras espécies vivas da Terra. Mas enquanto algumas pesquisadores responsabilizam o crescimento populacional pelo estresse ambiental, outros responsabilizam o crescimento do consumo.

Os primeiros dizem que o consumo é elevado porque existem muitas pessoas no mundo (overpopulation) e que a demanda por bens e serviços sempre tende a crescer porque as aspirações humanas são infinitas. Os segundos consideram que o alto consumo (overconsumption) ocorre devido à máquina de propaganda mobilizada pelo modelo capitalista de produção e acumulação de lucro.

De fato, a população e o consumo têm crescido de maneira exponencial nos últimos 200 anos. Mesmo países como a China e o Vietnã, que resistiram às ideologias dos países capitalistas ocidentais (inclusive são até hoje dirigidos por partidos comunistas), têm adotado medidas para controlar a população, enquanto promovem o consumo amplo e irrestrito. Cada vez existem mais países em desenvolvimento que querem copiar os "sucessos" da China contemporânea na produção de bens de consumo. Os países em desenvolvimento já são responsáveis pela metade da produção econômica mundial.
Com um número maior ou menor de pessoas, o fato inequívoco é que precisamos mudar o padrão de produção e consumo. Este é o grande desafio do século XXI. Principalmente, é preciso controlar, o consumo desregrado que reduz cada vez mais a capacidade de regeneração do meio ambiente. Inclusive ajuda muito quando as pessoas optam por viver de maneira ambientalmente sustentável e adotam a filosofia de vida baseada na simplicidade voluntária. Mas isto não é excludente com a autodeterminação reprodutiva e autonomia para ter o número de filhos desejados.

Sete bilhões de habitantes no mundo poderia não ser muito se houvesse a adoção de um nível de consumo compatível com a sustentabilidade ambiental. Porém, o consumo médio da população mundial já está acima da capacidade de regeneração do Planeta e a demanda agregada continua crescendo. Um crescimento do PIB de 3,5% ao ano significa dobrar a produção econômica em 20 anos. O crescimento populacional, em última instância, tem funcionado como força impulsora de mais crescimento econômico.

Porém, o Planeta tem os seus limites e os próprios autores da economia clássica já falavam que o crescimento econômico chegaria, algum dia, ao "Estado Estacionário".

Assim, mais cedo ou mais tarde, a hipótese da estabilização populacional estará colocada no horizonte. Ao invés de uma população crescendo rumo ao infinito, uma estabilidade do número de habitantes poderá ajudar os investimentos em qualidade de vida e bem-estar das pessoas e não em aumentos puramente quantitativos. Ou seja, a estabilização da população mundial pode ser uma forma de valorização do ser humano e do meio ambiente ao mesmo tempo.

A estabilidade da população mundial não requer esforços extraordinários. Já existem países nos quais a população está decrescendo, como: Cuba, Rússia, Japão, Ucrânia, etc. Existem outros que vão ter suas populações caindo num futuro próximo, pois já possuem taxas de fecundidade abaixo do nível de reposição, tais como: Brasil, Chile, China, Coréia do Sul, Irã, Vietnã, etc. Também há um grande grupo de países que estão em processo de transição de altas para baixas taxas de fecundidade e devem atingir o nível de reposição em um espaço curto de tempo.

O Plano de Ação da Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento (CIPD), realizada no Cairo em 1994, diz em seu parágrafo 3.14: "Estão se fortalecendo mutuamente os esforços para diminuir o crescimento demográfico, para reduzir a pobreza, para alcançar o progresso econômico, melhorar a proteção ambiental e reduzir sistemas insustentáveis de consumo e de produção. Em muitos países, o crescimento mais lento da população exigiu mais tempo para se ajustar a futuros aumentos demográficos. Isso aumentou a capacidade desses países de atacar a pobreza, proteger e recuperar o meio ambiente e lançar a base de um futuro desenvolvimento sustentável. A simples diferença de uma única década na transição para níveis de estabilização da fecundidade pode ter considerável impacto positivo na qualidade de vida".

Portanto, a estabilização das taxas de fecundidade pode melhorar o bem-estar do população. Contudo, existem atualmente cerca de 30 países que possuem taxas de fecundidade muito altas e cujos governos apresentam dificuldades para ajudar suas populações a atingir o tamanho de famílias que desejam. Nestes países -- que geralmente são pobres e possuem altos índices de violência e insegurança -- o fenômeno da gravidez indesejada é muito alto. A maior parte do crescimento populacional projetado até 2.100 está concentrada nestes poucos países (a grande maioria na África ao sul do Saara).
Desta forma, não é tarefa impossível evitar o crescimento populacional não planejado (e não desejado). As populações pobres, de modo geral, e os pobres dos países pobres, em particular, têm muitos filhos por falta de acesso aos métodos de regulação da fecundidade, falta de acesso aos direitos sexuais e reprodutivos e falta de acesso à educação, saúde e trabalho. Existem cerce de 215 milhões de mulheres no mundo sem acesso aos métodos contraceptivos.

Portanto, com inclusão social as famílias tendem a limitar seu tamanho pelos seus próprios meios. A cidadania é o melhor contraceptivo.

Além do mais, como colocado no parágrafo 3.14 da CIPD/1994 do Cairo, quando as taxas de fecundidade começam a cair se reduz, também, a razão de dependência demográfica e se cria uma janela de oportunidade para melhorias na educação, saúde, mercado de trabalho, etc. Em geral, a redução do ritmo de crescimento demográfico e a mudança da estrutura etária cria um círculo virtuoso que tende a contribuir para o bem-estar da população.

Da mesma forma como é impossível o consumo crescer ao infinito, também é impossível que a população cresça infinitamente. Por isto, algum dia, a população vai se estabilizar. Mas devido à estrutura etária jovem prevalencente em uma parcela ampla da população mundial, mesmo com uma queda rápida da fecundidade, o crescimento atual da populaçao vai continuar devido à inércia demográfica. Depois dos 7 bilhões de habitantes de 2011 os 8 bilhões de habitantes já estão encomendados para algum ano entre 2025 e 2030. Entretanto, a população mundial pode parar de crescer antes de chegar aos 9 bilhões de habitantes.

Na verdade, o problema de alto crescimento demográfico é um problema localizado nos citados cerca de três dezenas de países e que pode ser solucionado com vontade política e uma fração dos recursos mundiais gastos com despesas militares. O processo de urbanização do mundo, que vai se aprofundar nas próximas décadas, tende a abrir novas oportunidades para a implementação dos direitos de cidadania.

Para estabilizar a população dos países com alto crescimento demográfico, ainda no século XXI, seria preciso trazer as taxas de fecundidade para o nível de reposição (2,1 filhos por mulher), por meio das seguintes medidas:

1.Universalizar o ensino fundamental para todas as crianças e jovens do mundo;
2.Garantir o pleno emprego e o trabalho decente;
3.Garantir direitos iguais para homens e mulheres (equidade de gênero);
4.Garantir habitação e serviços adequados de água, esgoto, lixo e luz para todos;
5.Reduzir a mortalidade infantil e garantir o acesso universal à saúde, à higiene, combatendo as principais causas de epidemias;
6.Garantir acesso universal à saúde sexual e reprodutiva (o que inclui disponibilidade e variedade de métodos de regulação da fecundidade);
7.Garantir liberdade de organização, manifestação e acesso à informação;
8.Garantir a governança nacional e o apoio e a coordenação internacional para implementar, de maneira universal e indivisível, a plenitude dos direitos humanos.

(*) José Eustáquio Diniz Alves, colunista do EcoDebate, é Doutor em demografia e professor titular do mestrado em Estudos Populacionais e Pesquisas Sociais da Escola Nacional de Ciências Estatísticas -- ENCE/IBGE; Apresenta seus pontos de vista em caráter pessoal. E-mail: jed_alves@yahoo.com.br

terça-feira, 6 de setembro de 2011

O bicho-papao do seculo XXI: ele mesmo, el profesor "al reves"...

Bem, cada país tem suas paranoias, suas paúras, seus medos, suas fixações, obsessões, manias (freudianas ou não), enfim, um conjunto, ou pelo menos uma ou duas fantasmagorias, que despertam suores frios, medos, ou até pânico.
No caso da Venezuela, o professor ao contrário de Economia (tudo o que ele fizer, está nos manuais, só que num sentido completamente inverso) é o bicho-papão do momento.
Vai ser um fracasso esse censo.
Bem feito...
Paulo Roberto de Almeida

El censo de Chávez desata el miedo

Venezuela – El País – 06/09/11.

Un hombre de unos 50 años abre la puerta de su casa en el barrio de clase alta de Prados del Este, en Caracas. “Fuera de aquí. El Gobierno ya me ha jodido dos veces y no pienso darle más información para que me vuelva a joder”. Luego desaparece y le cierra la puerta a Jesús,uno de los encargados de realizar el censo nacional.
Desde que comenzó el recuento, el pasado jueves, Jesús ha recibido respuestas similares. El empleado marca en su base de datos la opción: esta familia “se negó a brindar información”. De las 15 casas que le correspondía censar durante el día, solo le han recibido en una.
Tienen miedo a responder. Tras la ola de expropiaciones de los últimos años y tras la amarga experiencia con la Lista de Tascón (nombre popular que se le dio en 2003 a la base de datos de solicitantes de un referendo revocatorio contra Chávez, que fue usada luego para purgar la Administración Pública de opositores), un amplio sector de los venezolanos cree que la información del censo podría utilizarse como represalia.
“¿Para qué necesita saber el Gobierno cuántos cuartos utilizan las personas de este hogar para dormir?”, se queja Rosa García, una señora de unos 60 años que vive en una urbanización de clase media del este de Caracas. “Quieren saberlo para llenarte los cuartos vacíos de gente, como en Cuba, o para expropiarte la casa”.
Hay otras tres preguntas del censo que, aunque se corresponden con los estándares internacionales para medir factores como el hacinamiento o el ingreso promedio de la población, son vistas con suspicacia bajo las circunstancias políticas actuales de Venezuela.
Organizaciones como el partido socialcristiano Copei creen que el hecho de que se le pregunte a los venezolanos su nombre y apellido, el nombre de la empresa para la cual trabaja y su ingreso mensual exacto, revela que la medición tiene un objetivo ideológico.
Otros representantes de la oposición al Gobierno de Hugo Chávez, como el gobernador del Estado de Miranda, Henrique Capriles Radonski, han intentado cortarle el paso a las críticas siendo ellos mismos los primeros en ser censados.
El director del Instituto Nacional de Estadística, Elías Eljuri, ha hecho un llamamiento a la calma y ha dicho que ningún venezolano está obligado a responder lo que no quiera. A pesar de la resistencia de algunos, confía en que el proceso tendrá éxito.
“En cuatro días hemos censado más de 160.000 hogares y el rechazo que ha habido ha sido del 0,2%. Eso es totalmente normal dentro de cualquier investigación. La gente sentirá más confianza cuando vea que las preguntas son las mismas de los censos anteriores y que la información que suministra queda encriptada”, comenta Eljuri a este diario.
Durante la hora que dura la entrevista sobre las condiciones de vida familiar de seis personas, Pedro Gutiérrez, de 54 años, espera las polémicas preguntas. Estas nunca llegan. “La información que me han solicitado está correcta. Pero con la política que lleva este Gobierno a cualquiera le da miedo el censo. Yo, lo que no me convenga, no lo contesto”, dice Gutiérrez.
Los que se llevan la peor parte son los empleados del censo. A Brienza, una chica de 25 años, sin empleo y graduada como técnico superior en informática, la echaron el viernes de una casa con un perro pitbull. La joven apuntó en el dispositivo electrónico que utilizan para almacenar las encuestas la siguiente frase: “Finalizó la entrevista por problemas de seguridad”.
Su salario es de 10,75 bolívares fuertes (2,5 dólares) por cada encuesta realizada. Ellos mismos costean los gastos de transporte y alimentación, y están obligados a hacer hasta tres intentos en los hogares donde no consigan a alguien que les responda.
El censo nacional se lleva a cabo en Venezuela cada diez años y de sus resultados depende, entre otras cosas, el reparto de dinero entre las regiones, el diseño de las políticas públicas y la conformación de las circunscripciones electorales.
Un resultado positivo contribuiría a evitar, por ejemplo, lo que ocurrió en las elecciones parlamentarias de 2010. En aquella ocasión, la oposición, a pesar de contar con más votos nominales a su favor, obtuvo menos escaños en la conformación final de la Asamblea Nacional. Esta vez el proceso tendrá una duración de tres meses y culminará el 30 de noviembre próximo.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Acompanhe o movimento da Terra, como numa televisao

O site abaixo indicado, enviado por um colega de lista, dá uma imagem imediata da dinâmica demográfica dos países, ademais de outras informações sobre a sustentabilidade.
Colocando o cursor sobre cada país, além de indicar quantos nascem e morrem a cada instante,indica a população local e as toneladas de emissões de CO2.
É impressionante o movimento na China e na India.
Verifique que a população da Europa não consegue se substituir.
Em contrapartida, a da África e a da Ásia não param de aumentar.
Ponha o mouse em cima de um país e vc terá a informação de quantas pessoas nascem e morrem a cada momento, a população de cada país e o que ele produz de CO2.

http://www.breathingearth.net/