Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, em viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas.
O que é este blog?
Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.
segunda-feira, 9 de julho de 2018
Delfim Neto: situação econômica do Brasil, pior do que se pensa
domingo, 9 de novembro de 2014
Economia brasileira: companheiros neoliberais provocam desemprego,inflaçao e juros altos, baixo crescimento, cortam subsidios, o diabo...
Um grupo de mais de 700 economistas assinou um manifesto online criticando a ideia de que a austeridade fiscal e monetária seja o único meio para resolver os problemas brasileiros. "Esperamos contribuir para que os meios de comunicação não sejam o veículo da campanha pela austeridade sob coação e estejam, ao contrário, abertos para o pluralismo do debate econômico em nossa democracia", diz o texto.
sexta-feira, 18 de julho de 2014
Emprego em queda: deve ser alguma maldicao companheira, deu tudo errado no mes da Copa
Mas justamente logo quando o governo esperava um emprego explodindo no mês da Copa, as vendas caem, o emprego some, a seleção deu chabu, a satisfação com a soberana volta a descer a rampa do Planalto.
Não é possível. Deve ser algum vodoo da oposição, esse pessoalzinho malvado, que aproveitou a presença de um bocado de haitianos (também importados por obra e graça dos companheiros), para fazer feitiçaria contra um governo tão bonzinho, tão preocupado com a questão social, tão sem outros recursos...
Paulo Roberto de Almeida
Criação de emprego no mês da Copa cai 79,5%, mostra Caged. Número de vagas é o pior desde 1992.
Políbio Braga, 17 Jul 2014 01:11 PM PDT
Foram criadas 25.363 vagas em junho — o pior resultado para o mês dos últimos 16 anos O país registrou abertura de apenas 25.363 vagas formais em junho, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado pelo Ministério do Trabalho nesta quinta-feira. O número é 79,5% inferior ao registrado no mesmo mês de 2013 . Em maio, foram criados 58.836 postos com carteira...
Addendum:
Aliás, esses efeitos negativos da Copa já tinham sido antecipados ANTES da Copa, por Roberto Ellery, como ele revela em seu blog, em post de 19 de junho.
Participação no Globonews Alexandre Garcia
O presidente do COFECON acredita que o setor de turismo pode ser beneficiado no longo prazo. Eu não compartilho desta idéia, várias pesquisas relativas a mudanças setoriais em países que foram sede da Copa do Mundo mostram que o efeito sobre a composição setorial do emprego é pequena ou nula, ou seja, não há um crescimento significativo do setor de turismo em relação a outros setores. No caso do Brasil as inúmeras dificuldades que temos para o turismo continuarão fazendo com que o país inteiro receba mais ou menos a mesma quantidade de turista recebidos pela Torre Eiffel a cada ano. Para os que se interessarem o link para o vídeo está aqui.
sábado, 18 de janeiro de 2014
IBGE: o verdadeiro retrato do Brasil, longe da propaganda governamental enganosa
2/3 dos que estão fora das estatísticas de desemprego são mulheres; 55% não têm fundamental completo
Trata-se de 38,5% da população considerada em idade de trabalhar pelo IBGE, ou o equivalente à soma do total de habitantes dos Estados de São Paulo e do Rio.
Nos EUA, ainda se recuperando da crise, a taxa é similar, 37,4% --as metodologias, porém, não são as mesmas.
Referente ao segundo trimestre de 2013, o dado brasileiro ajuda a ilustrar como, apesar das taxas historicamente baixas de desemprego, o mercado de trabalho mostra sinais de precariedade.
Mesmo tirando da conta os menores de 18 e os maiores de 60 anos, são 29,8 milhões de pessoas fora da força de trabalho, seja porque desistiram de procurar emprego, seja porque nem tentaram, seja porque são amparados por benefícios sociais.
Esse número supera o quádruplo dos 7,3 milhões de brasileiros oficialmente tidos como desempregados nas tabelas do IBGE --o que dá uma ideia de quanto o desemprego poderia crescer se mais pessoas decidissem ingressar no mercado e disputar vagas.
Os dados sugerem que grande parte dos que estão fora da força de trabalho é dona de casa: 40,9 milhões são mulheres. Entre os desempregados, a proporção de mulheres é bem menor, de pouco mais da metade.
O grau de instrução da maioria dos que não trabalham nem procuram emprego, previsivelmente, é baixo: 55,4% não chegaram a concluir o ensino fundamental.
Mas uma parcela considerável, de quase um quarto do total, inclui os que contam com ensino médio completo ou mais escolaridade.
Considerando toda a população em idade de trabalhar, de 159,1 milhões, as proporções dos grupos menos e mais escolarizados são semelhantes, na casa dos 40%.
Estudo de 2012 do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) apontou que mais da metade das mulheres participa atualmente da força de trabalho, ante menos de um terço no início da década de 1980.
O ministro do Trabalho, Manoel Dias, disse que a pasta ainda está avaliando os resultados da nova pesquisa. Ele ressaltou que não é possível dizer que houve alta do desemprego, já que se trata de nova metodologia.
> PEA (População Econo-micamente Ativa): Passa a se chamar Força de Trabalho (soma das pessoas ocupadas ou à procura de trabalho)
> PIA (Pessoas em Idade Ativa):* Passa a se chamar Pessoas em Idade de Trabalhar
> Recorte de idade: Antes, a idade mínima era 10 anos. Agora, é 14 anos
A PME é restrita às seis maiores regiões metropolitanas. Já a Pnad contínua vai a 3.500 municípios em todos os Estados. Outra diferença é o período de coleta e divulgação dos dados. A PME é feita mensalmente, a Pnad contínua, trimestralmente.
Até o fim do ano, a nova pesquisa vai incorporar dados que havia no levantamento antigo e que não foram divulgados ontem, como a ocupação por setores da economia e o rendimento.
As primeiras informações deste ano (relativas ao primeiro trimestre) serão divulgadas em 27 de maio.
A PME vai continuar sendo feita até o fim deste ano e depois será encerrada. Como são pesquisas distintas, a série de dados sobre o mercado de trabalho brasileiro será novamente descontinuada (a última vez que isso ocorreu foi em 2002).
Existe uma demanda de economistas e até de outras áreas de dentro do instituto para que parte das informações da nova pesquisa seja produzida mensalmente. O cálculo da inflação, feito pelo IBGE, usa dados mensais de rendimento extraídos da PME.
Segundo Cimar Azeredo, coordenador de trabalho e emprego do IBGE, os técnicos estudam como fornecer a cada mês a taxa de desemprego, o rendimento e o número de trabalhadores com carteira assinada. A expectativa é concluir esse trabalho até o fim deste ano.
Além da maior abrangência, houve mudanças no conceito de desocupação e na população considerada apta para trabalhar. A idade mínima subiu de 10 para 14 anos (idade que a legislação permite o trabalho como aprendiz).
Na nova pesquisa, se uma pessoa procurar emprego nos últimos 30 dias, mesmo tendo feito um "bico" no período, será considerada desempregada. Antes, ela não poderia ter tido nenhum trabalho no período.
Outra mudança é considerar desempregada uma pessoa que não procurou emprego, mas estava disposta a trabalhar. Até agora, ela estava fora da força de trabalho.
Especialistas afirmam que as mudanças contribuíram para aumentar o patamar da taxa de desemprego do país, que subiu cerca de 1,5 ponto percentual.
Segundo o IBGE, as alterações seguiram orientações da OIT (Organização Internacional do Trabalho).
(MARIANA CARNEIRO E PEDRO SOARES)
5,9% é a taxa da PME no 2º trimestre de 2013
segunda-feira, 30 de dezembro de 2013
Socialistas e social-democratas, no mundo todo, estao inviabilizando a economia de mercado, aumentando salario minimo...
Como evidenciado em matéria publicada pouco antes neste blog, a medida vai tornar a Alemanha menos competitiva, encarecendo seus bens e serviços, e provocar desemprego (na faixa de 400 a 500 mil, foi calculado).
Agora, os EUA se preparam para fazer as mesmas bobagens, sob os "socialistas" de Obama.
Como escrevi num recente artigo, ainda não publicado:
Salário mínimo nacional e compulsório é um alimentador da inflação, do desemprego e do déficit público. As pessoas estão convencidas de que ele “protege” os trabalhadores, quando na verdade destrói a empregabilidade de milhões de pessoas, inferniza a vida dos empresários, compromete o equilíbrio das contas públicas e cria um indutor inflacionário automático. Países que construíram sua prosperidade o fizeram sem esse constrangimento microeconômico e essa camisa de força macroeconômica. Todos os ativos estariam empregados se não fosse pelo salário mínimo; ele é anti-pobre.
Paulo Roberto de Almeida