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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

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domingo, 5 de outubro de 2014

Eleicoes 2014: Aecio Neves vence com 51,5pc dos votos!

Calma, calma, não foi bem assim: trata-se apenas dos resultados da votação do primeiro turno, num pequeno canto dos EUA, com apenas 644 votos válidos expressos, num processo eleitoral com o qual colaborei e que acaba de se encerrar.
Transcrevo abaixo a nota informativa que fiz a respeito desse evento, cujos resultados já foram transmitidos ao TSE para divulgação agregada nesta segunda-feira (salvo surpresa por mais alguma "surpresa" da parte de surpreendentes participantes, que vocês sabem quem são...).
Paulo Roberto de Almeida


Eleições presidenciais em Hartford: do primeiro ao segundo turno

Como previsto no calendário eleitoral, e autorizadas pelo Tribunal Superior Eleitoral, realizaram-se, no domingo 5 de outubro de 2014, as eleições gerais no Brasil: para cargos majoritários nos executivos federal e estaduais (presidente e governadores), uma vaga para o Senado, acrescida da representação proporcional para todos os deputados federais, bem como a escolha de deputados para as assembleias estaduais. No exterior, a votação se deu apenas para presidente, em 135 cidades localizadas em 89 países, com mais de mil seções eleitorais.
O eleitorado no exterior havia alcançado, até meados de 2014, um total de 354.184 votantes potenciais, embora seja bem menor o número dos eleitores habilitados que efetivamente comparecem para exercer o seu direito (que é, ao mesmo tempo, uma obrigação). Trata-se, em todo caso, de um aumento expressivo em relação aos números registrados em 2010, quando os eleitores eram em número de 200.392 (crescimento de 77% em quatro anos). Nos EUA são quase 120 mil eleitores, com mais de 20 mil nos dois principais colégios eleitorais, Flórida e Nova York, dez vezes mais do que os eleitores habilitados nos estados de Connecticut e de Rhode Island.
O Consulado Geral do Brasil em Hartford acolheu, no primeiro turno, uma parte pequena dos seus eleitores inscritos, apenas 678 num total de 2.251 habilitados a votar, ainda assim um notável crescimento em relação a 2010, quando foi realizada a primeira votação no Consulado, que recém iniciava suas atividades. Eram, então, apenas 451 eleitores inscritos, dos quais 252 compareceram para votar (ou seja, uma taxa de 55,8% de comparecimento). Em 2014, o número de eleitores potenciais era cinco vezes maior, mas compareceram para votar apenas 30,12% do total, o que representa uma taxa de abstenção de aproximadamente 70%%.
Por candidatos, os resultados foram os seguintes (descontando-se 13 votos em branco e 21 nulos), sobre 644 votos válidos: em primeiro lugar, o candidato do PSDB, Aécio Neves, com 332 votos (51,55%), seguido por Marina Silva, do PSB, com 196 votos (30,43%) e, bem mais atrás, Dilma Rousseff, do PT, que tenta a reeleição: 89 votos (23,83% do total). Todos os outros candidatos não ultrapassaram, conjuntamente, 4,20% do total de votos (27). Esses os resultados transmitidos ao TSE, em Brasília.
A votação no Consulado em Hartford transcorreu em ambiente distendido, de cortesia e bom humor, para o que foram relevantes a dedicação exemplar e os esforços de seus funcionários, dos mesários convocados, bem como dos voluntários que se ofereceram generosamente para ajudar. O bom desenrolar do processo de votação também confirma uma das grandes virtudes da democracia brasileira, qual seja, o bom funcionamento do processo eleitoral, quaisquer que sejam os problemas remanescentes em seu sistema político-partidário. Se dependesse apenas do Consulado em Hartford, a eleição presidencial já teria sido encerrada no primeiro turno, mas esta não foi a decisão da maior parte dos eleitores brasileiros, que dividiram-se entre os três principais candidatos. Dos 11 candidatos inscritos no primeiro turno, ficam, portanto, os dois mais votados neste, Dilma Rousseff e Aécio Neves, para disputar o segundo turno em três semanas. Os eleitores do Consulado em Hartford estão, portanto, convocados para novo exercício de civismo no último domingo do mês, dia 26 de outubro. Tudo indica que serão eleições extremamente disputadas, o que aumenta ainda mais a responsabilidade dos eleitores: serão eles que vão determinar que um ou outro projeto de poder, que um ou outro programa de governo, sejam convertidos, ou não, em decisões executivas a serem implementadas a partir de 1o. de janeiro de 2015.

Paulo Roberto de Almeida
Hartford, 5 de outubro de 2014.

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Eleicoes 2014: mercados sao contra o continuismo

Mercado precifica cenário ‘todos contra o PT’

Apesar de todas as incertezas que cercam o quadro político depois da morte de Eduardo Campos, as ações da Petrobras sobem 4% hoje.<image001.jpg>
O mercado está fazendo o seguinte cálculo:
1. Com Marina Silva candidata, o segundo turno é garantido.
2. Mesmo que o segundo turno seja entre Dilma e Marina, o PSDB muito provavelmente a apoiaria. Os tucanos não nutrem por Marina o horror que ela frequentemente manifesta em relação a eles. Além disso, figuras como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, reconhecendo a fragilidade partidária de um Governo Marina Silva, provavelmente incentivariam o PSDB a ajudá-la no Congresso e com equipe de governo.
3. Na política econômica, a equipe que aconselhava Campos e foi herdada por Marina — Eduardo Giannetti da Fonseca e André Lara Resende — tem total afinidade com o time do PSDB, capitaneado por Armínio Fraga.
4. Na parte de energia e infraestrutura, dá-se a mesma afinidade. O economista Adriano Pires (pelo PSDB) e Alexandre Rands (pelo PSB) têm dito coisas na mesma direção.
Em linha com esta tese, as ações da Eletrobras sobem hoje, mas bem menos. No setor de energia, Marina Silva e o PSDB têm posturas diferentes, particularmente em relação ao tipo de reservatórios nas hidrelétricas. Marina é uma crítica das hidrelétricas na Amazonia e favorável aos reservatórios a fio d’água, que armazenam menos energia.
Por Geraldo Samor

sábado, 5 de abril de 2014

Eleicoes 2014: transferencia de votos e prognosticos com base em pesquisas de opiniao - Alberto Carlos Almeida

A avaliação do governo Dilma está no limbo
Alberto Carlos Almeida
Valor Econômico, 4/04/2014

César Maia reapareceu. Durante 2009 e no início de 2010, ele defendeu o argumento complexo e mirabolante de que Lula não seria capaz de transferir votos para Dilma. Em seu ex-blog Cesar Maia, em abril de 2010, ao ilustrar a incapacidade de transferência de votos de Lula para Dilma, o ex-prefeito do Rio disse: "Em fevereiro do 2009 fiz uma análise do personagem Dilma Rousseff lembrando que a transferência de votos entre políticos de personagens diferentes é muito difícil. No caso de Lula e Dilma, trata-se de personagens antípodas. Aliás, o personagem Dilma - séria, tecnocrática, vertical, inflexível - foi criado pelo próprio Lula pós-mensalão. Lula, do ponto de vista da psicologia social, é um personagem feminino, próximo, amigo, acarinhável, vitimizável. Dilma é um personagem, do ponto de vista da psicologia social, masculino, distante, vertical. Talvez Patrus fosse um personagem com perfil mais próximo a Lula. Agora é tarde, Inês é morta".

Ler esse texto hoje, quando sabemos que Dilma derrotou Serra por uma margem de 12 pontos percentuais (em nenhuma eleição recente nos Estados Unidos o vencedor abriu uma margem tão folgada no voto popular), é um exercício revelador do desacerto da análise. O texto de Maia indicava que se tratava de um raciocínio sofisticado, inteligente, brilhante, genial. A realidade foi mais dura e simples. O eleitorado que avaliava o governo como ótimo ou bom, ao tomar conhecimento de que Dilma era a candidata governista, decidiu passar a votar nela.

Esse processo de aumento de conhecimento do candidato governista se acelerou e se massificou com o início do horário eleitoral gratuito. Todos os argumentos supostamente brilhantes foram anulados pela realidade, foram atropelados por um rolo compressor denominado conversão de avaliação positiva do governo em votos para o candidato governista.

Cesar Maia, em todo aquele período eleitoral, utilizou metáforas pouco conhecidas e tentou cunhar novos termos: luta de espadachins, jogo de xadrez, jogo go e também "jogo de coordenação", segundo ele uma expressão que significa processo de distribuição de informações e de troca de opiniões entre as pessoas até que a intenção de voto se transforme em decisão de voto. Foram muitas metáforas e muitos termos não usuais. O que realmente aconteceu é que à medida que o eleitorado tomou conhecimento de que Dilma era a candidata do governo, passou a votar em Dilma. Como a maioria aprovava o governo, a maioria decidiu, no decorrer do último ano, abandonar Serra e passar a votar em Dilma.

Os dados mostram que em janeiro de 2009, em segundo turno, Serra tinha 63% de votos de quem avaliava Lula como ótimo e bom. Essa proporção veio caindo desde então, atingiu 43% em maio de 2009, ficou estabilizado daí até dezembro e continuou caindo em seguida para 31% em maio de 2010 e 21%, apenas, em agosto. Dilma conheceu trajetória oposta à de Serra. Em janeiro de 2009, tinha somente 15% de quem avaliava o governo Lula como ótimo ou bom. Ela subiu para 39% em maio de 2009, ficou estabilizada em quase 50% no primeiro semestre de 2010 e subiu bastante depois que começou a propaganda na TV, convertendo em votos 70% do ótimo e bom de Lula. Óbvio e ululante.

Cesar Maia reapareceu e afirmou, na semana passada, que os erros de Aécio e do PSDB podem levar Dilma a vencer no primeiro turno. Será que mais uma vez o ex-prefeito do Rio vai errar em suas análises?

O Instituto Análise fez um levantamento de 104 eleições para governador ocorridas no Brasil entre 1994 e 2010. A partir de 1998 passou a haver reeleição. De lá para cá, 46 governadores eleitos quatro anos antes disputaram a sua reeleição. A primeira descoberta importante é que todos os governadores que disputaram a reeleição com a soma de ótimo e bom igual ou maior do que 46% foram reeleitos.

Sérgio Cabral está nesse grupo. Ele foi reeleito em 2010, quando sua avaliação positiva estava em torno de 60% no fim de setembro. Aécio Neves, em 2006, estava com mais de 65% de ótimo e bom; Eduardo Campos tinha em 2010, às vésperas da eleição, mais do que 70% de ótimo e bom. Aqueles que ficaram mais próximos do limite de 46% foram Joaquim Roriz em 2002; Cássio Cunha Lima, que tinha 47% em 2006; Roseana Sarney, com 48% em 2010; e Jarbas Vasconcelos, com 50% de avaliação positiva em 2002.

Igualmente importante é a conclusão desse mesmo estudo: todos que tiveram menos de 34% de ótimo e bom foram derrotados em seu objetivo de ser reeleitos - Miguel Arraes, em 1998; Yeda Crusius, no Rio Grande do Sul, em 2010; José Bianco, em Rondônia, em 2002; e Valdir Raupp, no mesmo Estado, quatro anos depois; Ana Júlia, no Pará, em 2006; Germano Rigotto, no Rio Grande do Sul, no mesmo ano; e Paulo Afonso, em Santa Catarina, em 1998. Esses sete governadores não conseguiram ser reeleitos porque sua avaliação estava abaixo de 34% de ótimo e bom. Trata-se de uma avaliação muito ruim - quando isso acontece, o desejo de mudança é mais disseminado do que o desejo de continuidade. O eleitorado foi claro nessas sete eleições: queremos trocar de governo.

Atualmente, o governo Dilma tem 36% de ótimo e bom. Se ela estivesse disputando uma eleição para um governo estadual, não estaria na faixa cuja vitória é certa, acima de 46% de ótimo e bom, nem na faixa na qual a derrota é certa, abaixo de 34% de ótimo e bom. O atual patamar de avaliação do governo Dilma, entre 35 e 45% de ótimo e bom, a põe na faixa na qual 42% dos governadores que disputaram a reeleição foram vitoriosos, ao passo que 58% foram derrotados. Dilma é candidata à reeleição, mas não para um governo estadual. Ela é candidata a presidente. Assim, alguns poderiam argumentar que as eleições de governador são um parâmetro ruim para analisar uma eleição presidencial. Pode ser que sim, pode ser que não.

Nas duas reeleições ocorridas no Brasil, Fernando Henrique em 1998 e Lula em 2006, os candidatos foram vitoriosos com uma avaliação muito próxima dos 46% de ótimo e bom dos governadores reeleitos: Fernando Henrique tinha 43% às vésperas da eleição e Lula, 47%. Considerando-se as margens de erro das pesquisas, é possível que Fernando Henrique tivesse uma avaliação um pouco melhor, talvez 44 ou 45% de ótimo e bom. O fato é que a diferença entre os 43% de FHC e os 46% acima do qual todos os governadores foram reeleitos é irrisória. Os dois candidatos a presidente que disputaram a reeleição se encaixam na regra dos governadores.

O Instituto Análise também estudou as eleições para prefeito. Foi analisado qual é o patamar de ótimo e bom a partir do qual as chances de um prefeito ser reeleito é de 100% ou próximo disso. Ao contrário do que acontece nas eleições para governadores, há prefeitos que são derrotados mesmo com uma avaliação positiva na casa dos 60%. O inverso também ocorre com frequência: prefeitos com avaliação muito negativa, menor do que 34% de ótimo e bom, são vitoriosos.

Isso se dá porque o prefeito está mais próximo do eleitor do que o governador ou o presidente. Muitas vezes a vida pessoal do prefeito é bem conhecida em seu município - mesmo em lugares populosos, sabe-se onde o prefeito mora, que viagens ele fez no último ano, como é sua vida familiar etc. Isso faz que a avaliação de governo tenha outros competidores, todos bem menos impessoais do que simplesmente a aprovação ou desaprovação de um governo.

Os cargos de presidente ou de governador estão muito distantes do eleitor. São cargos que suscitam uma relação mais impessoal entre o representante e o representado. Dificilmente ele se encontrará com um deles em uma campanha eleitoral ou durante o mandato. A melhor maneira de escolher, a mais racional e mais eficiente, é por meio de um critério igualmente distante e impessoal. Eis que nesses casos a avaliação do governo tem um peso maior. É nesse sentido que talvez seja possível aproximar a eleição de presidente com as eleições de governador. Além disso, não devemos nos esquecer de que muitos de nossos Estados são, em área geográfica e população, maiores do que numerosos países.

O estudo de 104 eleições para governador e 2 para presidente serve de alerta para o governo Dilma. A avaliação do governo Dilma está no limbo. Considerando-se o estudo das eleições para governador, caso a avaliação caia de três a cinco pontos percentuais, a oposição tende a se tornar favorita para vencer. Caso a avaliação melhore de três a cinco pontos percentuais, vá para perto de 40% de ótimo e bom, e caso ocorra com Dilma o mesmo que ocorreu com Fernando Henrique e Lula - que melhoraram sua avaliação depois de agosto do ano eleitoral -, ela se torna favorita para vencer. Limbo vem do latim "limbus", que significa beira. O governo Dilma está entre duas beiras, na beira do inferno e na beira do céu. Já Cesar Maia não tem eira nem beira.


Alberto Carlos Almeida, sociólogo, é diretor do Instituto Análise e autor de "A Cabeça do Brasileiro".

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

O mapa das eleicoes americanas: azuis ganham dos vermelhos...

Le Monde, 7 Novembre 2012

Résultat État par État

  •   Parti démocrate
  •   Parti républicain
  •   Résultat indécis
  •   Résultat en attente
  • Alabama (9 grands électeurs) :
    Obama 38% / Romney 61% (résultat estimé)
  • Alaska (3 grands électeurs) :
    Romney vainqueur (résultat estimé)
  • Arizona (11 grands électeurs) :
    Romney vainqueur (résultat estimé)
  • Arkansas (6 grands électeurs) :
    Romney vainqueur (résultat estimé)
  • Californie (55 grands électeurs) :
    Obama vainqueur (résultat estimé)
  • Caroline du Nord (15 grands électeurs) :
    Obama 48% / Romney 51% (résultat estimé)
  • Caroline du Sud (9 grands électeurs) :
    Romney vainqueur (résultat estimé)
  • Colorado (9 grands électeurs) :
    Obama vainqueur (résultat estimé)
  • Connecticut (7 grands électeurs) :
    Obama vainqueur (résultat estimé)
  • Dakota du Nord (3 grands électeurs) :
    Obama 39% / Romney 59% (résultat estimé)
  • Dakota du Sud (3 grands électeurs) :
    Romney vainqueur (résultat estimé)
  • Delaware (3 grands électeurs) :
    Obama 59% / Romney 40% (résultat estimé)
  • District of Columbia (3 grands électeurs) :
    Obama vainqueur (résultat estimé)
  • Floride (29 grands électeurs) :
    Résultat non communiqué
  • Géorgie (16 grands électeurs) :
    Obama 45% / Romney 53% (résultat estimé)
  • Hawaii (4 grands électeurs) :
    Obama vainqueur (résultat estimé)
  • Idaho (4 grands électeurs) :
    Romney vainqueur (résultat estimé)
  • Illinois (20 grands électeurs) :
    Obama vainqueur (résultat estimé)
  • Indiana (11 grands électeurs) :
    Romney vainqueur (résultat estimé)
  • Iowa (6 grands électeurs) :
    Obama vainqueur (résultat estimé)
  • Kansas (6 grands électeurs) :
    Romney vainqueur (résultat estimé)
  • Kentucky (8 grands électeurs) :
    Obama 38% / Romney 61% (résultat estimé)
  • Louisiane (8 grands électeurs) :
    Obama 40% / Romney 59% (résultat estimé)
  • Maine (4 grands électeurs dont 2 pour Obama et 0 pour Romney) :
    Obama vainqueur (résultat estimé)
  • Maryland (10 grands électeurs) :
    Obama vainqueur (résultat estimé)
  • Massachusetts (11 grands électeurs) :
    Obama vainqueur (résultat estimé)
  • Michigan (16 grands électeurs) :
    Obama vainqueur (résultat estimé)
  • Minnesota (10 grands électeurs) :
    Obama vainqueur (résultat estimé)
  • Mississippi (6 grands électeurs) :
    Romney vainqueur (résultat estimé)
  • Missouri (10 grands électeurs) :
    Romney vainqueur (résultat estimé)
  • Montana (3 grands électeurs) :
    Obama 44% / Romney 54% (résultat estimé)
  • Nebraska (5 grands électeurs dont 0 pour Obama et 3 pour Romney) :
    Romney vainqueur (résultat estimé)
  • Nevada (6 grands électeurs) :
    Obama vainqueur (résultat estimé)
  • New Hampshire (4 grands électeurs) :
    Obama vainqueur (résultat estimé)
  • New Jersey (14 grands électeurs) :
    Obama vainqueur (résultat estimé)
  • Nouveau-Mexique (5 grands électeurs) :
    Obama vainqueur (résultat estimé)
  • New York (29 grands électeurs) :
    Obama vainqueur (résultat estimé)
  • Ohio (18 grands électeurs) :
    Obama vainqueur (résultat estimé)
  • Oklahoma (7 grands électeurs) :
    Romney vainqueur (résultat estimé)
  • Oregon (7 grands électeurs) :
    Obama vainqueur (résultat estimé)
  • Pennsylvanie (20 grands électeurs) :
    Obama 52% / Romney 47% (résultat estimé)
  • Rhode Island (4 grands électeurs) :
    Obama vainqueur (résultat estimé)
  • Tennessee (11 grands électeurs) :
    Romney vainqueur (résultat estimé)
  • Texas (38 grands électeurs) :
    Romney vainqueur (résultat estimé)
  • Utah (6 grands électeurs) :
    Romney vainqueur (résultat estimé)
  • Vermont (3 grands électeurs) :
    Obama vainqueur (résultat estimé)
  • Virginie (13 grands électeurs) :
    Obama vainqueur (résultat estimé)
  • Virginie-Occidentale (5 grands électeurs) :
    Romney vainqueur (résultat estimé)
  • Washington (12 grands électeurs) :
    Obama vainqueur (résultat estimé)
  • Wisconsin (10 grands électeurs) :
    Obama vainqueur (résultat estimé)
  • Wyoming (3 grands électeurs) :
    Romney vainqueur (résultat estimé)

domingo, 7 de outubro de 2012

Venezuela: a maldicao ou a bondade do petroleo? (Le Monde)


La manne du pétrole, enjeu de la présidentielle au Venezuela

LE MONDE | 


Qui, du président vénézuélien, Hugo Chavez, ou de son rival, Henrique Capriles Radonski, va remporter l'élection du dimanche 7 octobre ? "Plus que la présidence de la République, les deux hommes se disputent le contrôle de l'entreprise pétrolière PDVSA", considère l'ingénieur vénézuélien José Bruno. Neuvième producteur de brut mondial et cinquième exportateur, le Venezuela vit de la rente pétrolière. Elle fournit 95 % des recettes à l'exportation et la moitié du budget de l'Etat.
Au pouvoir depuis 1999, M. Chavez a mis PDVSA (Petroleos de Venezuela SA) au service de la "révolution bolivarienne". L'entreprise publique finance directement les programmes sociaux mis en place en matière d'éducation, de santé, d'alimentation, et maintenant de logement. "PDVSA est rouge, bien rouge", affirmait en 2008 son président, Rafael Ramirez, également ministre de l'énergie et des mines. La formule a fait date.
L'opposition juge catastrophique la politisation de l'entreprise et l'élargissement de ses fonctions.
"Pressée comme un citron par la révolution bolivarienne, PDVSA ne parvient plus à assurer la maintenance de ses installations, ni à investir pour assurer sa compétitivité sur le long terme. Alors qu'elle reçoit des ressources phénoménales – évaluées à plus de 100 milliards de dollars [77 milliards d'euros] par an, elle n'a cessé de s'endetter", explique M. Bruno. Et de rappeler que, le 25 août, une explosion à la raffinerie d'Amuay, à l'ouest du pays, a causé la mort de 42 personnes.
"FAIRE DE PDVSA UNE ENTREPRISE EFFICACE ET BIEN GÉRÉE"
M. Bruno a perdu son poste à PDVSA pour avoir participé à la grande grève de 2002 qui, orchestrée par l'opposition, prétendait défendre l'autonomie de l'entreprise publique. Le mouvement a permis au président Chavez de prendre le contrôle de PDVSA. Dix-huit mille employés, la moitié des effectifs de l'époque, avaient alors été licenciés.
"PDVSA doit produire du pétrole, c'est tout. Pas des poulets ni des HLM", résumait au Monde le candidat de l'opposition, Henrique Capriles, lors d'un de ses déplacements en province. Il jure qu'il n'a pas l'intention de privatiser l'entreprise publique, créée en 1976 à la suite de la nationalisation du pétrole. Son programme ? "Faire de PDVSA une entreprise efficace et bien gérée."
Pourtant, les 105 000 employés que compte désormais PDVSA n'auraient pas à craindre des licenciements. "J'ai besoin de tous les travailleurs de PDVSA, assure M. Capriles. Mais j'ai besoin d'eux à leur poste de travail, pas en casquette rouge en train de manifester leur soutien à la révolution."
Comme M. Chavez, le candidat de l'opposition veut doubler la production de brut (3 à 6 millions de barils par jour) d'ici à 2019. Et, comme le chef de l'Etat, M. Capriles promet d'utiliser les fonds ainsi obtenus pour développer l'agriculture et industrialiser le pays. "Semer le pétrole", tous les gouvernements vénézuéliens en ont eu l'ambition.
"Grâce aux phénoménales ressources en pétrole de la "Ceinture de l'Orénoque", PDVSA reste une entreprise solide", juge, pour sa part, José Bodas, secrétaire général de la Fédération unitaire des travailleurs du pétrole. Que PDVSA soit sollicitée pour financer la politique sociale du gouvernement ne le choque pas. "Promue par l'ONU et la Banque mondiale, la responsabilité sociale est pratiquée aujourd'hui par toutes les grandes entreprises privées ou publiques", justifie le dirigeant syndical.
LES ETATS-UNIS ABSORBENT 75 % DES EXPORTATIONS DE BRUT
Employé de PDVSA depuis vingt-deux ans, il partage sur un point l'analyse de l'opposition : "La nouvelle technocratie est rouge, bien rouge, mais largement incompétente sur le plan technique et incapable en matière de gestion." Selon le dirigeant syndical, PDVSA est un patron comme un autre, "avide de bénéfices, qui tente par tous les moyens de limiter les droits des travailleurs, qui sont rouges, eux aussi, mais pas idiots".
A l'en croire, M. Chavez n'a pas changé le modèle d'exploitation du pétrole. "Il a maintenu les entreprises mixtes, avec une participation de 60 % pour PDVSA et de 40 % pour les entreprises étrangères, explique M. Bodas. Peu importe qu'elles soient aux mains des Américains, des Chinois ou des Biélorusses, il y a atteinte à la souveraineté nationale."
Les Etats-Unis, qui absorbent 75 % des exportations vénézuéliennes de brut, restent le premier partenaire commercial du pays. Et, par le biais de l'entreprise Chevron, un gros investisseur. Ils doivent redevenir un "allié privilégié", juge M. Capriles. Mais le candidat de l'opposition admet que "la diversification des partenariats engagée par Hugo Chavez n'est pas complètement négative". Les contrats signés par PDVSA avec les alliés du gouvernement vénézuélien, de la Chine à l'Iran, en passant par la Russie et le Brésil, seront donc, affirme-t-il, révisés "au cas par cas".
Outre Cuba, plusieurs pays d'Amérique latine et des Caraïbes bénéficient, pour l'acquisition du pétrole vénézuélien, de conditions de financement très favorables, crédits à taux réduits ou paiements en espèces. En cas de victoire à l'élection présidentielle, M. Capriles entend mettre fin à "toutes ces largesses socialistes".
Marie Delcas (Caracas, envoyée spéciale)

sábado, 29 de setembro de 2012

Cuba-Venezuela = Castro-Chavez:intercambiaveis?

O embaixador deve ter inteiramente razao.

Cuba: Embajador venezolano en La Habana dice que votar por Chávez es votar por Fidel Castro

El Universal, SEPTEMBER 28, 2012 

El representante en La Habana detalló que en Cuba están registrados unos 400 residentes venezolanos que podrán ejercer su derecho al voto en la isla.
El embajador de Venezuela en Cuba, Edgardo Antonio Ramírez, defendió hoy en La Habana que votar el 7 de octubre por el presidente Hugo Chávez “es votar también por Fidel” Castro, “por la paz” y “por la unión de América Latina y el Caribe”.
“Estaremos votando el 7 de octubre también por la unión de dos grandes hombres del planeta tierra. Votar el 7 de octubre es votar también por Fidel, por ese gran hombre que ha luchado, seguirá luchando y está luchando por la perpetuidad de la especie humana y por el respeto a la madre tierra”, manifestó Ramírez.
En una conferencia de prensa en La Habana el embajador venezolano explicó las características del sistema electoral de su país e insistió en defender su transparencia, seguridad y limpieza, destacó Efe.
“Es imposible que haya trampa en este proceso”, aseveró Ramírez.
También sostuvo que la popularidad de Chávez sigue en ascenso a pesar de los “cuentos” y “mentiras” de la oposición, a cuyo principal candidato, Henrique Capriles, se refirió el embajador en varias ocasiones como “el candidato del Pentágono”, sin citar su nombre.
“La popularidad del presidente Chávez ha crecido a pesar de toda esta campaña nacional e internacional. Si existiera una emisora, una prensa, una radio en el planeta Marte, allá existiría propaganda contra el presidente Chávez por parte de la burguesía y el periodismo”, indicó el diplomático.
El embajador Ramírez detalló que en Cuba están registrados unos 400 residentes venezolanos que podrán ejercer su derecho al voto en la isla.
Fuente: El Universal (Venezuela)

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Venezuela: para que debate presidencial?


Elecciones Presidenciales 2012

Venezuela: Chávez rechaza el debate con Capriles y le tilda de “la nada”

Infolatam/Efe
Caracas, 11 de septiembre de 2012
Las claves
  • El presidente venezolano afirmó que "no hay debate posible con la nada, no hay argumentos", y señaló que Capriles debería debatir con sectores de la oposición que en los últimos días se han desmarcado de la propuesta que encabeza el exgobernador por un supuesto documento que demostraría un "paquetazo" económico oculto.
  • Chávez también se refirió a la próxima salida de su vicepresidente ejecutivo, Elías Jaua, quien se presentará precisamente como candidato a la gobernación de Miranda, y dijo que está buscando alguien para reemplazarle, aunque no adelantó quién será.

El plan B de Chávez

El análisis
Teodoro Petkoff
Lo que el capo y sus acólitos están lanzando es pura bola mala. Ahora tienen montada una campañita para convencer al país de que la oposición va a desconocer los resultados supuestamente favorables a Chacumbele, gritando “fraude” y llamando a armar un zafarrancho de combate. (Tal Cual. Venezuela)
El presidente venezolano, Hugo Chávez, rechazó el desafío al debate lanzado por el candidato de unidad de la oposición, Henrique Capriles, al que volvió a descalificar y tildó de ser “la nada”.
“¿Un debate con quién?, con la nada, ¿qué se va a debatir? No hay debate posible”, dijo Chávez, al ser preguntado por la propuesta lanzada por el candidato opositor el pasado viernes.
“Yo reto al Gobierno, en cualquier rincón del país, vamos a debatir nuestras propuestas de Gobierno”, dijo el viernes Capriles, abogado de 40 años y exgobernador del céntrico estado Miranda, al asegurar que el único debate que propone Chávez es el de los “insultos”.
El presidente venezolano afirmó que “no hay debate posible con la nada, no hay argumentos”, y señaló que Capriles debería debatir con sectores de la oposición que en los últimos días se han desmarcado de la propuesta que encabeza el exgobernador por un supuesto documento que demostraría un “paquetazo” económico oculto.
“El debate que deberían dar es con esos que están pidiendo un debate”, añadió Chávez, en alusión a una petición de un diputado opositor que reclamó conversar sobre esa supuesta propuesta económica oculta, reiteradamente desmentida por Capriles.
El candidato opositor ha asegurado que ese supuesto “paquetazo” es un documento “forjado” y respondería a una estrategia de “guerra sucia” por parte del Gobierno.
Chávez volvió a asegurar que el próximo 7 de octubre ganará a Capriles por “nocaut” y reiteró que aspira a llegar al 70 % de los votos, para asegurarse un cuarto mandato para el periodo 2013-2019.
De nuevo volvió a defender que la opción que encabeza representa la tranquilidad y la estabilidad y llamó a las clases pudientes a que le respalden en las urnas para que puedan seguir haciendo negocios con un clima de normalidad.
Lo que “tendrían que votar es por Chávez por la tranquilidad del país”, dijo.
Insistió en que “si alguien pretende desmontar” las políticas públicas de apoyo a las clases desfavorecidas del país pudiera hacer volver “a atrás” al país “y generar en Venezuela un proceso de desestabilización”.
Chávez también se refirió a la próxima salida de su vicepresidente ejecutivo, Elías Jaua, quien se presentará precisamente como candidato a la gobernación de Miranda, y dijo que está buscando alguien para reemplazarle, aunque no adelantó quién será.
Igualmente confirmó a Nicolás Maduro como canciller.