Lendo hoje um boletim europeu, falando das eleições britânicas do próximo dia 7 de maio, deparei-me com o seguinte trecho, na qual o autor cita a frase em questão de Marx, em apoio ao seu argumento de que essas eleições não vão determinar absolutamente nada na vida política inglesa.
Que seja, mas vamos ao trecho em questão:
The mode of production of material life,” Marx wrote, “conditions the general process of social, political and intellectual life”: economic developments give rise to politics, not the other way round. And economics will determine the politics of Britain’s relationship with the EU.
Bem, eu também fui adepto desse tipo de pensamento, quando comecei a ler Marx, bem jovem aliás, e acreditei piamente que ele estava correto.
A frase me parece sair de um texto de juventude (ou primeira maturidade), A Ideologia Alemã (1845) ou mais provavelmente da Introdução à Contribuição à Crítica da Economia Política (1851), e reza assim:
O modo de produção da vida material condiciona o processo geral da vida social, política e intelectual.
Bem, qualquer pessoa sensata saberia hoje reconhecer que se trata de um equívoco fundamental, e que a vida intelectual pode não ter absolutamente nada a ver com a vida material, como aliás provam todos os dias os companheiros. A despeito de se proclamarem partido dos trabalhadores, o conjunto de medidas que eles tomaram no governo privilegiaram, antes de mais nada, sobretudo, principalmente, essencialmente (etc., etc., etc.) a burguesia, ou seja, industriais e banqueiros.
Alguém quer me desmentir?
Paulo Roberto de Almeida
Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas. Ver também minha página: www.pralmeida.net (em construção).
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quarta-feira, 25 de março de 2015
sábado, 13 de dezembro de 2014
A frase do seculo: Margaret Thatcher sobre o dinheiro do Estado
A frase merece ser lida, relida, internalizada e convertida em norma de comportamento político, uma vez que nos defrontamos, quase todo dia, por demandas, tanto de políticos quanto dos próprios contribuintes, por maiores "serviços públicos", por programas que tentam fazer o Estado gastar mais do que ele pode, realmente, esquecendo, quase sempre, que o Estado só gasta o que ele arrecada previamente de cada um de nós.
Devo esta rememoração desta frase que já tinha lido várias vezes, sempre sem anotar, a uma postagem no blog Libertatum, mantido pelo colega blogueiro blogueiro Klauber Pires.
Um dos grandes debates do nosso tempo é sobre quanto do seu dinheiro deve ser gasto pelo Estado e com quanto você deve ficar para gastar com sua família. Não nos esqueçamos nunca desta verdade fundamental: o Estado não tem outra fonte de recursos além do dinheiro que as pessoas ganham por si próprias. Se o Estado deseja gastar mais ele só pode fazê-lo tomando emprestado sua poupança ou cobrando mais tributos. E não adianta pensar que alguém irá pagar. Esse ‘alguém’ é você. Não existe essa coisa de dinheiro público. Existe apenas o dinheiro dos pagadores de impostos. Por inventarmos mais e mais programas generosos de gastos públicos. Você não enriquece por pedir outro talão de cheque ao banco. E nenhuma nação jamais se tornou próspera por tributar seus cidadãos além de sua capacidade de pagar. Nós temos o dever de garantir que cada centavo que arrecadamos com a tributação seja gasto bem e sabiamente. Pois é o nosso partido que é dedicado à boa economia doméstica. Proteger a carteira do cidadão, proteger os serviços públicos essas são duas maiores tarefas e ambas devem ser conciliadas. Como seria prazeroso ‘gaste mais nisso, gaste mais naquilo’. É claro que todos nós temos causas favoritas. Mas alguém tem que fazer as contas. Toda empresa tem que fazê-lo, toda dona de casa tem que fazê-lo, todo governo deve fazê-lo, e este irá fazê-lo.
Margaret Thatcher, estadista britânica
Devo esta rememoração desta frase que já tinha lido várias vezes, sempre sem anotar, a uma postagem no blog Libertatum, mantido pelo colega blogueiro blogueiro Klauber Pires.
Um dos grandes debates do nosso tempo é sobre quanto do seu dinheiro deve ser gasto pelo Estado e com quanto você deve ficar para gastar com sua família. Não nos esqueçamos nunca desta verdade fundamental: o Estado não tem outra fonte de recursos além do dinheiro que as pessoas ganham por si próprias. Se o Estado deseja gastar mais ele só pode fazê-lo tomando emprestado sua poupança ou cobrando mais tributos. E não adianta pensar que alguém irá pagar. Esse ‘alguém’ é você. Não existe essa coisa de dinheiro público. Existe apenas o dinheiro dos pagadores de impostos. Por inventarmos mais e mais programas generosos de gastos públicos. Você não enriquece por pedir outro talão de cheque ao banco. E nenhuma nação jamais se tornou próspera por tributar seus cidadãos além de sua capacidade de pagar. Nós temos o dever de garantir que cada centavo que arrecadamos com a tributação seja gasto bem e sabiamente. Pois é o nosso partido que é dedicado à boa economia doméstica. Proteger a carteira do cidadão, proteger os serviços públicos essas são duas maiores tarefas e ambas devem ser conciliadas. Como seria prazeroso ‘gaste mais nisso, gaste mais naquilo’. É claro que todos nós temos causas favoritas. Mas alguém tem que fazer as contas. Toda empresa tem que fazê-lo, toda dona de casa tem que fazê-lo, todo governo deve fazê-lo, e este irá fazê-lo.
Margaret Thatcher, estadista britânica
sábado, 29 de março de 2014
A frase do seculo: Clemenceau sobre a Franca, seus funcionarios e os impostos
A França é um país extremamente fértil.
Ali se plantam funcionários e se recolhem impostos...
Georges Clemenceau (em algum momento da primeira metade do século XX).
Acrescento: vale para o Brasil, também...
Paulo Roberto de Almeida
Ali se plantam funcionários e se recolhem impostos...
Georges Clemenceau (em algum momento da primeira metade do século XX).
Acrescento: vale para o Brasil, também...
Paulo Roberto de Almeida
domingo, 20 de outubro de 2013
A frase da decadencia garantida: Peron continua vivo na Argentina
Depois dessa, creio que a Argentina realmente não tem futuro: só tem passado, e este é cada vez pior.
- Queremos resgatar o melhor Perón!
Sergio Massa, candidato provável à presidência argentina, em ato em comemoração do Dia da Lealdade Peronista.
segunda-feira, 2 de abril de 2012
A frase do seculo: ainda pendente de realizacao...
On April 2, 1917, President Woodrow Wilson asked Congress to declare war against Germany, saying:
The world must be made safe for democracy.
Bem, parece que o mundo ainda não se conformou com essa simples ideia.
Leiam a matéria neste link:
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sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012
La frase du siecle (du XIX, tout au moins...)
Quand je me regarde, je me désole...
Quand je me compare, je me console...
Chateaubriand
François-René de Chateaubriand, peint par Girodet-Trioson, au début du xixe siècle.
La vie me sied mal; la mort m'ira peut-être mieux.
Chateaubriand, Mémoires d'Outre-Tombe, Préface testamentaire de 1833.
Quand je me compare, je me console...
Chateaubriand
François-René de Chateaubriand, peint par Girodet-Trioson, au début du xixe siècle.
La vie me sied mal; la mort m'ira peut-être mieux.
Chateaubriand, Mémoires d'Outre-Tombe, Préface testamentaire de 1833.
sábado, 25 de junho de 2011
A frase do seculo - socialismo, segundo Margareth Thatcher
Parece uma fórmula simples, mas, no fundo, ela tinha razão nesta constatação prosaica:
O socialismo dura até terminar o dinheiro dos outros.
Margareth Thatcher
A frase resume toda a experiência prática do socialismo durante as décadas em que ele foi aplicado (ainda é, em alguns lugares), conscientemente ou não, por tantas "almas cândidas" (como diria Raymond Aron).
O socialismo dura até terminar o dinheiro dos outros.
Margareth Thatcher
A frase resume toda a experiência prática do socialismo durante as décadas em que ele foi aplicado (ainda é, em alguns lugares), conscientemente ou não, por tantas "almas cândidas" (como diria Raymond Aron).
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