Mostrando postagens com marcador guerra de agressão contra a Ucrânia. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador guerra de agressão contra a Ucrânia. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 12 de novembro de 2025

Satélites capturam crise militar na Rússia - MSN

 Mr Putin está precisando de novos equipamentos militares, pois os da era soviética, e os da própria era Putin estão acabando...

Satélites capturam crise militar na Rússia

https://www.msn.com/pt-br/noticias/ciencia-e-tecnologia/sat%C3%A9lites-capturam-crise-militar-na-r%C3%BAssia/ss-

AA1OB1Co?ocid=msedgdhp&pc=EDGEESS&cvid=691273fb205f46a3925327d2d6fd9888&ei=24#image=1


O Jompy, um buscador de inteligência de código aberto que analisa, através de imagens de satélite, as condições das instalações de armazenamento militar da Rússia, fez uma revelação surpreendente, em um relatório recente.
Nele, informa-se que o exército russo esgotou mais da metade dos veículos blindados e sistemas de artilharia que tinha em seus estoques ante da invasão à Ucrânia, em fevereiro de 2022.
Isso significa que a Rússia já usou 4.799 dos 7.342 tanques que tinha armazenados, deixando apenas 19% de seu estoque de tanques pré-guerra restante.
No que diz respeito aos estoques russos de veículos de combate de infantaria BMP-1, BMP-2 e BMP-3, o cenário é igualmente preocupante. Das 7.121 unidades que a Rússia tinha armazenadas antes da guerra, 4.999 foram reformadas, restando apenas 16% de seus estoques pré-guerra.
A Jompy relatou também que a Rússia possuía um estoque de artilharia pré-guerra de 23.602 unidades, que incluía morteiros e artilharia antiaérea russos. Hoje, restam apenas 39% dele.
A Rússia teria reformado 14.486 unidades de artilharia. No entanto, Moscou também se concentrou fortemente na reforma de sistemas essenciais. A Jompy relatou que apenas 18% dos sistemas de artilharia reativa russos pré-guerra permanecem em seus depósitos de armazenamento.
Os estoques russos de veículos blindados de transporte de pessoal têm se saído melhor do que outras categorias de armas. De acordo com dados de satélite, a Rússia ainda possui 39% de seu estoque pré-guerra. Das 11.198 unidades que possuía antes da guerra, a Rússia reformou 6.161 veículos blindados de transporte de pessoal.
É importante lembrar que esta nova análise examina apenas o que pode ser visto em imagens de satélite das instalações de armazenamento militar da Rússia, muitas das quais estão localizadas ao ar livre.
De qualquer forma, o Militarnyi relatou que a “quantidade significativa de equipamentos que desaparecem dos depósitos de armazenamento não é surpreendente”, já que os militares russos enfrentaram “pesadas perdas de vários veículos de combate, desde tanques até veículos blindados de transporte de pessoal”.
Já a empresa holandesa de inteligência de código aberto Oryx confirmou visualmente a perda de 4.125 tanques russos, 8.393 veículos de combate de infantaria e veículos blindados de transporte de pessoal e mais de 2.000 sistemas de artilharia, até 14 de outubro de 2025.
O United24 explica que Moscou será forçada a depender de "veículos mais antigos e degradados e peças canibalizadas para sustentar as formações". A Rússia ainda poderá mobilizar um grande número de veículos blindados, mas esses veículos serão piores, o que acabará afetando a linha de frente na Ucrânia.
“O pequeno número de tanques em condições 'decentes' de depósito - e a grande parcela de unidades descritas como irrecuperáveis - limita a rapidez com que Moscou consegue repor as perdas em combate sem novas importações ou um grande aumento na produção e na capacidade de reforma doméstica”, explicou o site.

domingo, 25 de fevereiro de 2024

Lula ajuda Putin na sua guerra de agressão contra a Ucrânia- José Meléndez (San José, El Universal)

E alivia as sanções ocidentais contra a Rússia. Nenhuma neutralidade!

Lula tendió flotador

financiero a Putin

José Meléndez Corresponsal

El Universal, febrero 2024


San José.  Más allá de la lealtad garantizada quevía propaganda o silenciorecibió de Cuba, Venezuela y Nicaragua, sus principales aliados políticos en América Latina y el Caribe, Rusia convirtió a Brasil en 2023 en uno de sus más importantes soportes financieros en tiempo de guerra para exportar diésel al mercado brasileño eludir las sanciones económicas mundialesque se le impusieron al gobierno ruso desde que hace dos años invadió Ucrania.

En contra vía de las represalias que Occidente dictó a partir de que, el 24 febrero de 2022Rusia agredió militarmente a Ucrania, el presidente de Brasil, el izquierdista Luiz Inácio Lula da Silva, tendió un salvavidas financiero a Moscú desde quasumió en enero de 2023. Lula rompió con las represalias económicas internacionales con las que Estados Unidos y sus socios intentaron castigar al gobierno del presidente de Rusia, Vladimir Putin, por atacar a Ucrania.

Moscú ofreció a Brasil una rebaja de 20% en diésel para atrapar clientes. La diferencia en diciembre de 2023 entre ese derivado del petróleo producido en Rusia fue de solo un céntimo más barato que el de EU.

Aadvertir que “se trata de un oportunismo moralmente cuestionable de Lulael analista e investigador independiente brasileño Leonardo Coutinho, presidente de Inbrain Consultants, consultora privada de Washingtonexplicó que “la justificación de la repentina preferencia de los brasileños por el diésel ruso es económica.

(Pero) el combustible ruso es una importante fuente de financiación de la guerra de agresión de Putin contra Ucrania”, dijo Coutinho a EL UNIVERSAL.

Los importadores (brasileños), incluida la estatal Petrobras (Petróleo Brasileño S.A.) afirman que los descuentos de más del 20% en comparación con los precios aplicados por otros países son una ganga que no hay que desaprovechar, recordó.

Al ir a contracorriente de las democracias que condenan la invasión rusa, Lula adopta una posición ambigua. Todavía no ha renunciado a mediar en el conflicto”, alegó, en referencia a que el mandatario brasileño intentó, sin éxito, convertirse en 2023 en un mediador imparcial entre Moscú y Kiev para terminar con la guerra.

Además de financiar a Putin con la compra de diésel, Lula tomó medidas contra los ucranianos y la Organización del Tratado del Atlántico Norte (OTAN). Vetó la venta de vehículos blindados fabricados en Brasil que habrían sido utilizados como ambulancias por los ucranianos y prohibió la venta de material militar”, recordó.

Tras aducir que en más de una ocasión, Lula y su equipo han culpado a la OTAN de iniciar la guerra y su principal asesor de asuntos internacionales ha dicho que no hay forma de hablar de paz sin pensar en la seguridad de Rusiarecalcó que se trató de una clara muestra de parcialidad.

En Brasil hay un líder que se presenta como pacificador, pero sus actos y palabras demuestran quepara él, en caso de guerra de agresión, la paz sería sinónimo de rendición ucraniana”, argumentó.

Edefensa de los negocios con Rusia, el ministro de Minas y Energía de Brasil, Alexandre Silveira, alegó desde 2023 que las compras fueron por precios, con el diésel ruso “extremadamente” competitivonegó intereses diplomáticos.

Lula inició el primero de enero de 2023 su tercer cuatrienio (gobernó en dos seguidode 2003 a 2010), y ejulio anterior en Bruselas ratificó ser neutral en el conflicto en Ucrania.

Putin, que se justificó en que la OTAN cercó a Rusia al expandirse por más de 30 años al este de Europatambién contó en la zona con Cuba, Nicaragua y Venezuela que, fieles a Moscú, negaron referirse a la guerra como invasión a Ucrania y la definieron como “operación militar especial.

Los datos

Las exportaciones de diésel de Rusia a Brasil pasaron de 95 millones 94 mil dólares en 2022, con meses como mayo, junio, julio, agosto y septiembre con cero ventas, a 5 mil 7 millones 679 mil dólares de febrero de 2023 a enero de 2024reportó elgobierno brasileño.

Brasil pa 4 mil 530 millones 811 mil dólares a Rusia por suministro de diésel dfebrero a diciembre de 2023 y la factura de enero de 2024 ascendió a 476 millones 867 mil dólares, precisó.

Eregistro oficial brasileño demostró que el promedio mensual de febrero de 2023 a enero de 2024 de las importaciones de diésel Brasil desde Rusia fue de 417 millones 305 mil dólares, pero con tres meses de pico: diciembre con mil 34 millones 261 mil dólares, agosto con 619 millones 918 mil dólares y septiembre con 551 millones 390 mil dólares.

Lula desplazó a Estados Unidos e India como mayores vendedores de diésel del mercado brasileño y elevó a Rusia como el más importantede enero a diciembre del año anterior, el 86.65% de las importaciones brasileñas de ese combustibleprovinieron del mercado ruso.

El total de compras de diésel de Brasil a Rusia, EU y unos 22 proveedores más pasó de 272 mil 610 millones de dólares en 2022 a 240 mil 792 millones de dólares en 2023, con 14 mil 270 millones de dólares en enero de 2024informó el gobierno.


sexta-feira, 8 de dezembro de 2023

Como derrotar a Rússia em sua guerra de agressão contra a Ucrânia - Anton Geraschenko

Como derrotar a Rússia em sua guerra de agressão contra a Ucrânia 

Anton Geraschenko, 5/12/2023

“The Soviet Union lost about 15,000 soldiers dead in Afghanistan over 10  years. In the First Chechen war, the number of Russian casualties  amounted to 5,000-14,000 in almost two years (estimates differ). In both  cases, USSR/Russia acknowledged their defeat and left (with Chechnya,  Russia returned three years later). 

Russian losses due to their  aggression in Ukraine already amount to hundreds of thousands. Yet,  Putin shows no intention to stop, and Russians seem to be OK with that.

Both  Ukrainian military leadership (this was confirmed by the  Commander-in-Chief Zaluzhny) and our allies assumed that there is a  certain number of losses that Russia will consider unacceptable. Then,  either Russian leadership would make the political decision to look for  ways to exit the conflict or the Russian population would somehow revolt  against such a huge number of pointless deaths (e.g., in both  Afghanistan and Chechen wars, committees of soldiers' mothers were  eventually an influential power).

As we now know, these  assumptions were wrong. The Kremlin regime has mostly mobilized and  recruited men from the poorer parts of Russian society where the value  of human life is smaller than the chance to receive a free Lada car.

In  the same logic, our Western allies also believed that Russian  authorities would somehow be more pragmatic and rational. So their idea  was to "make the war too costly for Putin" (with sanctions, for example)  but at the same time not to threaten Putin and allow him to keep a good  face. "Making the war too costly" assumes that there is a "price" after  which the war is recognized as "unprofitable" and the regime then would  look for a way out.

(In many instances, this position remains strong among our allies).

The  logic of the Kremlin regime is completely different. There is no  "acceptable" or "unacceptable" price, there is only victory or defeat.  The Kremlin has decided that winning the war is the only way for the  current regime to retain power, and for the people at the top to stay  alive and free. Thus, defeat in the war is a "point of no return" and  any price of victory is acceptable.

What to do, then? First -  accept the new reality. Then, look for the enemy's weak points that are  more valuable and painful to them than loss of cannon fodder.

Undermining  and lessening Russia's combat potential still remains a key task. When  given the right tools, Ukraine is very effective at that. Therefore,  Ukraine needs to receive what we need - in full amounts and on time.  Some decisions might need to be reconsidered (like forbidding strikes on  Russian territory. Such strikes would undermine Russian logistics  significantly and would save a lot of Ukrainian lives).

Sanctions still remain a key area. Closing loopholes that are used to circumvent them is crucial.

While  Russia remains in its current state, it will continue being a threat to  the security of the region, the whole world and itself. The imperial  behemoth is incapable of real change, which plays into the hands of  Putin's regime. 

Ukrainian victory must mean Russia's defeat, not  deterrence. That is a crucial paradigm shift that would allow to end  this war sustainably and not just be a ceasefire to restore Russia's  military potential.”

Source: Yevhen Dykyj, Ukrainian military analyst, and thoughts and comments from Anton Geraschenko

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2023

Quando um Putin quer, um Putin briga, invade, tortura, estupra e mata - Lúcia Guimarães (FSP)

 Quando um Putin quer, um Putin briga, invade, tortura, estupra e mata

Lúcia Guimarães - Opinião 

Folha de S. Paulo, 8.fev.2023

"Quando um não quer, dois não brigam," disse nenhum chefe de Estado democrático quando Hitler invadiu a Tchecoslováquia em 1939, num reino de terror que custou a vida de 345 mil.

Metáforas pedestres não prestam, de maneira geral, para discutir política externa, especialmente como referência ao maior ataque militar não provocado desde a Segunda Guerra Mundial, lançado há um ano —uma ocupação cujas atrocidades valeriam múltiplas condenações no Tribunal de Haia.

Quando ouço o presidente que teve meu voto falar sobre a imensa tragédia ucraniana, sou transportada no tempo para minha adolescência de mimeógrafos, diretórios estudantis e esquerdismo infantil.

Se a pauta da reunião apressada da sexta-feira (10), em Washington, inclui o extremismo político que gerou tentativas de golpe no Brasil e nos EUA; se os dois aliados concordam sobre a gravidade da disseminação de informação falsa, Lula e Biden têm papo para um fim de semana inteiro ao pé da aconchegante lareira de pedra em Camp David.

Nesta quarta-feira (8), um time de investigadores internacionais revelou "fortes indícios" de que Vladimir Putin autorizou a transferência para os "separatistas" em território ucraniano de armas como o míssil Buk, que derrubou o avião da Malaysia Airlines sobre a Ucrânia em julho de 2014, matando 298 civis. A carnificina ocorreu quatro meses depois da invasão e anexação da Crimeia e foi rapidamente debitada da conta do Vladimir por valorosos repórteres investigativos cooperando em vários países da Europa.

Desde a primeira invasão da Ucrânia, há nove anos, assistimos ao deplorável relativismo moral de —deixo claro— apenas uma parte da esquerda, que emoldura crises no contexto da Guerra Fria e de clichês contra o imperialismo ianque —um mal que seria combatido com o imperialismo do cosplay de tzar, ex-agente bundão da KGB, gângster e assassino em massa, o cabra que precisa continuar aboletado no Kremlin para continuar vivo.

Nesta semana, uma reportagem suprimida em julho de 2020 viu a luz do dia no site britânico Byline Times. A reportagem foi encomendada pela mãe de todas as publicações protetoras da santidade da imprensa independente, a Columbia Journalism Review, ligada à mais prestigiada escola de jornalismo nos EUA, na Universidade Columbia.

De acordo com o jornalista investigativo britânico Duncan Campbell, a reportagem, encomendada para investigar o quanto a centenária publicação de esquerda The Nation estava no bolso de Moscou, foi censurada, numa acomodação stalinista repulsiva.

O cardinalato que informa Lula sobre a invasão da Ucrânia —injustificável sob qualquer critério moral ou ideológico— quer que acreditemos que há "duas lógicas" em jogo e reserva tolerância para a anexação da Crimeia e condenação idiota a noções expansionistas da Otan usando, como argumento, até comentários do impune genocida Henry Kissinger.

O Estado brasileiro –e a diplomacia é de Estado, não de partido— nada tem a ganhar acomodando o autoritarismo fascista de Vladimir Putin, Narendra Modi ou Recep Tayyip Erdogan. O governo que trouxe Marina Silva de volta precisa parar de relativizar o papel dos assassinos da democracia.


sexta-feira, 2 de setembro de 2022

Putin enterrou legado de Gorbachev com guerra na Ucrânia - Anton Troianovski (OESP)

 Putin enterrou legado de Gorbachev com guerra na Ucrânia

Conhecido por chamar o fim da URSS de tragédia genuína, líder russo culpa Mikhail Gorbachev por se curvar às demandas de um Ocidente traiçoeiro e desonesto

Por Anton Troianovski
O Estado de S. Paulo, 31/08/2022

No dia em que a Rússia invadiu a Ucrânia, 24 de fevereiro, o legado de Mikhail Gorbachev pairou sobre o discurso proferido pelo presidente Vladimir Putin antes do amanhecer. “A paralisia do poder e da vontade é o primeiro passo na direção da degradação completa e do esquecimento”, entoou Putin, referindo-se ao colapso da União Soviética. “Perdemos nossa confiança apenas por um instante, mas isso foi suficiente para perturbar o equilíbrio de forças no mundo.”

Para Putin, o fim da União Soviética foi a “maior catástrofe geopolítica do século”, uma “tragédia genuína” para os milhões de russos, porque os deixou dispersos por fronteiras nacionais recém-formadas. O desastre foi provocado, segundo a narrativa de Putin, pela fraqueza de um líder disposto demais a se curvar às demandas de um Ocidente traiçoeiro e desonesto — um erro, agora recordado com frequência pela propaganda televisionada do Kremlin, que Putin está determinado a não repetir.

Na Ucrânia, Putin luta sob a sombra do império cujo fim Gorbachev presidiu, iniciando uma guerra que mata milhares em nome da restauração do domínio da Rússia sobre o que Moscou alega ser território russo. Mas a batalha de Putin para reverter o legado de Gorbachev resvala para além do controle territorial, tolhendo as liberdades pessoais e políticas que o último presidente soviético preconizou — e que o Kremlin agora trata de desfazer rapidamente.

“Todas as reformas de Gorbachev agora estão aniquiladas, só restou cinza e fumaça”, disse em entrevista um amigo de Gorbachev, o jornalista de rádio Alexei Venediktov, em julho. “Eram a obra de sua vida.”

Herança apagada
Gorbachev, que morreu aos 91 anos, ainda estava no poder quando a independente e progressista estação de rádio de Venediktov, Eco de Moscou, entrou no ar pela primeira vez em 1990, passando a simbolizar liberdades recém-descobertas na Rússia. Depois de Putin ordenar a invasão à Ucrânia, em fevereiro, o Kremlin obrigou a rádio a fechar.

E a Novaya Gazeta, jornal em que Gorbachev investiu no início dos anos 90 o que ganhou ao ser laureado com o Prêmio Nobel da Paz, foi obrigada a suspender sua atividade em março, ameaçada por uma nova lei de censura para tempos de guerra.

Gorbachev, com a saúde debilitada, não disse nada publicamente a respeito da guerra na Ucrânia. Mas sua Fundação Gorbachev, instituto de pesquisa que “busca promover valores democráticos”, emitiu um comunicado pedindo um “fim expedito das hostilidades” e “o início imediato de negociações de paz”.

Gorbachev, porém, filho de mãe ucraniana e pai russo, apoiou a visão de Putin sobre a Ucrânia como uma “nação-irmã” que deveria integrar legitimamente a órbita da Rússia. Gorbachev apoiou a anexação da Península da Crimeia praticada por Putin em 2014, descrevendo a manobra como representação da vontade de uma região densamente povoada por pessoas que se identificam como russas. E Gorbachev criticou o Ocidente por “tentar atrair a Ucrânia para a Otan”, alertando que tais tentativas “não ocasionam nada além de discórdia entre Ucrânia e Rússia”.

Mas Gorbachev também pareceu confiante de que o pior seria evitado. Questionado sobre as tensões entre Ucrânia e Rússia em 2014, ele afirmou a um meio de comunicação da Sibéria: “Uma guerra entre Rússia e Ucrânia é algo absurdo”.

“Gorbachev era um homem que se opunha a violência e derramamento de sangue enquanto princípio”, afirmou Dmitri Muratov, editor da Novaya Gazeta e ganhador do Nobel da Paz no ano passado, em entrevista pelo telefone.

Ainda assim, as opiniões precisas de Gorbachev a respeito da invasão iniciada seis meses antes de sua morte permanecem um mistério. Muratov afirmou que visitou Gorbachev no hospital com frequência ao longo dos dois últimos anos e acredita que Gorbachev “não estava em condição de comentar os atuais acontecimentos políticos”.

Conciliação
Putin emitiu uma declaração na quarta-feira que soou como uma mensagem conciliatória — mesmo enquanto seus aliados no Parlamento e nos meios de comunicação estatais tinham chegado ao ponto de relegar Gorbachev ao seu lugar no inferno.

Putin, dirigindo-se aos “parentes e amigos” de Gorbachev, afirmou: “Mikhail Gorbachev foi um político e estadista que surtiu enorme impacto no curso da história mundial”. “Ele entendeu profundamente que reformas eram necessárias e se empenhou para oferecer suas próprias soluções para problemas urgentes”, acrescentou Putin.

A breve declaração permitiu a Putin se colocar como um estadista acima do embate político, mas prontamente ficou claro que Gorbachev não seria venerado pelo Kremlin. Seu porta-voz afirmou que o formato do funeral de Gorbachev — e se a cerimônia preverá honras de Estado — ainda não foi determinado.

Uma das mensagens fundamentais da propaganda de Putin é que Putin é o responsável por estabilizar a Rússia — reconstruindo a economia do país e seus status de grande potência — depois do caos e da humilhação nos anos 90 engendrados por Gorbachev.

Como resultado, em sua morte, Gorbachev tornou-se imediatamente um símbolo para aliados do Kremlin argumentarem que tentar liberalizar a sociedade e ser bonzinho com o Ocidente pode resultar em desastre. Putin deixou transparecer sua visão de que Gorbachev era um negociador fraco no ano passado, quando afirmou à NBC que o Ocidente havia ludibriado o último líder soviético no fim da Guerra Fria sugerindo que a Otan não teria se expandido para o leste se essa promessa tivesse sido firmada por um tratado. (Autoridades americanas afirmam que não assumiram nenhum compromisso nesse sentido).

“Vocês enganaram o bobo na casca do ovo”, afirmou Putin na entrevista, citando o provérbio infantil.

Esse ressentimento histórico fundamenta a alegação de Putin de que não se pode confiar no Ocidente e de que a Rússia precisa de um líder mais forte e mais assertivo, uma visão que os meios de comunicação estatais do país reafirmaram na quarta-feira em críticas sonoras contra Gorbachev.

“Mikhail Gorbachev pode servir como exemplo de que boas intenções de um líder nacional têm capacidade de criar inferno na terra para um país inteiro”, afirmou uma coluna publicada na manhã da quarta-feira pela agência de notícias estatal RIA Novosti. O texto descreveu Gorbachev como o responsável “por um país destruído, pelo pesadelo dos anos 90 e por milhões de vidas perdidas em guerras civis, limpezas étnicas, ataques terroristas e guerras entre gangues”.

Igor Korotchenko, analista militar que aparece com frequência em talk-shows na TV estatal russa, foi ainda mais rude. “Queime no inferno!”, tuitou ele a respeito de Gorbachev.

Para os russos que anseiam por relações melhores com o Ocidente e mais liberdades dentro de seu país, Gorbachev permanece uma figura visionária. Para Muratov, o editor da Novaya Gazeta, o maior legado do ex-líder soviético talvez decorra das negociações para controle de armas atômicas com o ex-presidente americano Ronald Reagan, que reduziram as chances da aniquilação nuclear. Putin, em contraste, não se absteve de ameaçar o Ocidente com seu arsenal atômico e seus temíveis mísseis novos.

“Eles nos deram um presente: ao menos 30 anos de vida sem a ameaça de uma guerra nuclear global”, afirmou Muratov a respeito de Gorbachev e Reagan. “Nós jogamos fora esse presente. Esse presente deixou de existir.” / TRADUÇÃO DE GUILHERME RUSSO

https://www.estadao.com.br/internacional/putin-enterrou-legado-de-gorbachev-com-guerra-na-ucrania-leia-a-analise/

sexta-feira, 5 de agosto de 2022

Pode a Ucrânia vencer a Rússia em sua criminosa guerra de agressão? Brian E. Frydenborg

 How Ukraine War Will Likely Go Rest of 2022, or, Kherson: The Beginning of the End for Russia

August 3, 2022

Brian E. Frydenborg

It’s possible Ukraine can push Russia out entirely (including from Crimea & the Donbas) in the coming months; here’s how that would most likely go down.  If my last piece focused on the “why” Ukraine will win, this one focuses on the “how.”

(Russian/Русский переводBy Brian E. Frydenborg (Twitter @bfry1981LinkedInFacebook), 

Um artigo que prevê a vitória da Ucrânia em face da criminosa agressão da Rússia: 

How Ukraine War Will Likely Go Rest of 2022, or, Kherson: The Beginning of the End for Russia
August 3, 2022Brian E. Frydenborg

It’s possible Ukraine can push Russia out entirely (including from Crimea & the Donbas) in the coming months; here’s how that would most likely go down. If my last piece focused on the “why” Ukraine will win, this one focuses on the “how.”
(Russian/
Русский перевод
By Brian E. Frydenborg (Twitter @bfry1981, LinkedIn, Facebook), August 3, 2022;see the previous July 30 sister article Russia’s Defeat in Ukraine May Take Some Time, But It’s Coming and Sooner Than You Think

"Morale is the greatest single factor in successful war."
Dwight E. Eisenhower, Crusade in Europe

"If we had only deployed our forces against the Finns in the way even a child could have figured out from looking at a map, things would have turned out differently."
Nikita Khrushchev, on relative Soviet failure in the Soviet-Finnish Winter War of 1939-1940, Khrushchev Remembers

"Stupid is as stupid does."
Forrest Gump

A Russian soldier enters Heaven.
St. Peter: “So you’re dead…”
Russian: “Oh no—Soviet spokesmen say I’m bravely advancing on the Finns.”
Finnish joke/@realtimewwii/Twitter

SILVER SPRING and WASHINGTON—In my last article, I already went into why the specific, major dynamics of Russian President Vladimir Putin’s absurd war will be favoring Ukraine more and more over time for the foreseeable future—why Ukraine is winning and Russia is losing—but here, I would like to get into what specifically this means for the current and foreseeable future: how Ukraine will win.
(...)


https://realcontextnews.com/how-ukraine-war-will-likely-go-rest-of-2022-or-kherson-the-beginning-of-the-end-for-russia/

 

August 3, 2022;see the previous July 30 sister article Russia’s Defeat in Ukraine May Take Some Time, But It’s Coming and Sooner Than You Think

Postagem em destaque

Livro Marxismo e Socialismo finalmente disponível - Paulo Roberto de Almeida

Meu mais recente livro – que não tem nada a ver com o governo atual ou com sua diplomacia esquizofrênica, já vou logo avisando – ficou final...