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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;

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quinta-feira, 2 de julho de 2020

A Ordem Econômica Mundial e a América Latina: um novo livro - Paulo Roberto de Almeida

Meu novo livro, pronto e revisto, desta vez em Kindle, já publicado:


A ordem econômica mundial e a América Latina
ensaios sobre dois séculos de história econômica



Índice

Apresentação

1. As ideias e as realidades: a economia mundial do século XIX ao XX
     1.1. A força das ideias: os novos conceitos da história global
     1.2. A força das realidades: desenvolvimento desigual entre regiões e países
     
2. Economia mundial: de onde viemos, para onde vamos? 
     2.1. Existe uma economia mundial?
     2.2. Da Grande Divergência para uma modesta Convergência?

3. O equilíbrio europeu de poderes e os imperialismos 
     3.1. O retorno ao colonialismo, com tinturas imperialistas
     3.2. A importância econômica das colônias
     3.3. O novo exclusivo colonial e as restrições comerciais

4. O que move o mundo? A energia e suas transformações
     4.1. Uma história econômica essencial: a energia, sob todas as suas formas
     4.2. Todas as revoluções industriais são também revoluções energéticas
     4.3. A era do petróleo, e dos grandes conflitos globais
     4.4. Grandes mudanças institucionais, e políticas, no terreno energético 
     4.5. Brasil: acertos e equívocos em suas erráticas políticas energéticas
4.6. Quais perspectivas futuras na geopolítica da energia?

5. Os cinquenta anos que mudaram o mundo 
     5.1. As alavancas da grande transformação
     5.2. A divergência na prática

6. Sobressaltos da globalização, da belle époque ao entre guerras 
     6.1. O “mundo de ontem” foi de fato melhor?
     6.2. A segunda onda da globalização e o grande retrocesso
     6.3. Uma primeira desglobalização
     6.4. Inflação, desvalorização, depressão

7. Economia mundial: do livre comércio ao protecionismo 
     7.1. O eterno debate entre livre comércio e protecionismo
     7.2. Todas as nações são mais favorecidas, antes do retrocesso
     7.3. Justificativas oportunistas para o retorno ao protecionismo
     7.4. Antes da guerra real, a ‘guerra das tarifas’
     7.5. Do escudo tarifário à muralha dos contingenciamentos
     7.6. O impossível cálculo econômico na comunidade capitalista
     7.7. O pensamento econômico da diplomacia brasileira

8. As grandes mudanças da ordem econômica mundial desde o século XIX
     8.1. Do liberalismo clássico ao neoliberalismo contemporâneo
     8.2. Intervencionismo estatal e multilateralismo econômico no pós-guerra
     8.3. Existem analogias atuais com o mundo econômico do passado?
8.4. Existem lições a tirar, partindo dos grandes desastres do passado?

9. Os dois grandes conflitos globais: impactos econômicos 
     9.1. O espírito guerreiro, quase feudal, do início do século XX
     9.2. O nacionalismo belicoso
     9.2. Os orçamentos das guerras
     9.3. Consequências econômicas das guerras
     9.4. A grande mudança nas políticas econômicas

10. Finanças internacionais: do padrão ouro às desvalorizações agressivas 
     10.1. Construção e desconstrução do sistema financeiro internacional
     10.2. A grande transformação nas finanças internacionais
     10.3. Formação progressiva e percalços do padrão ouro
     10.4. Descoordenação monetária e cambial: as dívidas da guerra
     10.5. Novos tremores, e a descida para a anarquia monetária

11. Fundamentos de uma nova ordem econômica mundial: Bretton Woods
     11.1. O aprofundamento da desorganização econômica mundial
     11.2. Bretton Woods começou no Brasil, em 1942

12. A grande divergência e a América Latina, 1890-1940
     12.1. A concentração industrial na origem da grande divergência
     12.2. A lógica da economia malthusiana e a disparidade de rendas no mundo
     12.3. A difusão diferenciada de tecnologias inovadoras ao redor do mundo
     12.4. A América Latina começa a ficar para trás
     12.5. Rico como um argentino? Apenas por algum tempo...
12.6. As divergências se aprofundam, inclusive para o Brasil
12.7. Divergências também entre os próprios latino-americanos
12.8. Por que o mundo todo não é desenvolvido?

13. A América Latina na ordem econômica mundial desde o século XIX
     13.1. O itinerário da América Latina em dois séculos
     13.2. Como o mundo mudou, do século XIX ao século XXI?
     13.3. A América Latina no contexto da Grande Divergência
13.4. Final do século XIX: progressos modestos e inserção internacional
     13.5. A grande catástrofe de 1914-18 e suas consequências estruturais
     13.6. Padrões de convergência e de divergência ao longo do século XX
     13.7. A Ásia começa a tomar o lugar da América Latina
     13.8. A América Latina também começa a divergir internamente
            13.8.1. Os globalizados
            13.8.2. Os reticentes
            13.8.3. Os bolivarianos
     13.9. O que mudou, o que permaneceu, no longo prazo?
     13.10. Lições de um século perdido?

14. Dinâmicas da economia no século XX 
     14.1. As grandes tendências da economia mundial
     14.2. Transformações econômicas na primeira metade do século XX
     14.3. Expansão e crise econômica no pós-II Guerra Mundial
14.4. Tendências do comércio mundial: liberalismo, protecionismo, multilateralismo e neoprotecionismo
14.5. Tendências das finanças mundiais: padrão-ouro, padrão ouro-dólar e flutuação generalizada de moedas
14.6. A globalização capitalista e as desigualdades estruturais
14.7. A estrutura institucional da economia internacional

15. O Bric e a substituição de hegemonias: um exercício duvidoso
15.1. Por que o Bric e apenas o Bric?
15.2. Bric: uma nova categoria conceitual ou apenas um acrônimo apelativo?
15.3. O Bric na ordem global: papel relevante, ou apenas instância formal?
15.4. O Bric e a economia política da ordem mundial: contrastes e confrontos
15.5. Grandezas e misérias da substituição hegemônica: lições da História
15.6. Um acrônimo talvez invertido

16. O Brasil no Brics
16.1. O Brasil e os principais componentes de sua geoeconomia elementar
16.2. O sistema político brasileiro e sua posição na geopolítica mundial
16.3. Potencial e limitações da economia brasileira no contexto mundial
16.4. A emergência econômica e a presença política internacional do Brasil
16.5. A política externa brasileira e sua atuação no âmbito do Brics
16.6. O que busca o Brasil nos Brics? O que deveria, talvez, buscar?

17. A longa trajetória da América Latina na economia mundial
17.1. Da independência política à dependência econômica
17.2. A integração latino-americana no contexto da economia mundial
17.3. O Mercosul e a sub-regionalização da integração
17.4. A América Latina troca de lugar com a Ásia Pacífico
17.5. A América Latina começa uma fase de declínio na economia mundial
17.6. A América Latina e o fantasma do “neoliberalismo”
17.7. Por que a América Latina não decola? Alguma explicação plausível?
17.8. Avanços e recuos da América Latina: diagnóstico e prescrições
       17.8.1. Estabilidade macroeconômica
17.8.2. Microeconomia competitiva
17.8.3. Boa governança, instituições sólidas, regras estáveis
17.8.4. Alta qualidade dos recursos humanos, via educação geral e especializada
17.8.5. Abertura ao comércio internacional e aos investimentos estrangeiros
17.9. Aprofundamento do declínio ou superação dos impasses? 


Apêndices:
Livros publicados pelo autor
Nota sobre o autor 


Índice de tabelas e ilustrações: 

     1.1. Desempenho econômico em diferentes épocas, 1500-1980
     1.2. Crescimento da população, do PIB e do PIB per capita, 1870-1950
1.3. Evolução da população, do PIB e do PIB per capita, 1870-1950

     3.1. Importância econômica das colônias, 1913
     3.2. Domínios coloniais e semicoloniais em 1914
     3.3. Comércio dentro dos impérios (formais e informais), 1929-1938
     
     5.1. Indicadores econômicos de base das grandes potências, 1913-1940
     5.2. Evolução da renda per capita nas grandes potências, 1890-1945

     6.1. Evolução da produção de petróleo, 1890-1938
     
     7.1. Preços de commodities selecionadas, 1883-1913
     7.2. Tarifas sobre bens manufaturados, 1902-2000
     7.3. Tarifas médias de manufaturados importados, 1875 e 1913
     7.4. Tarifas Gerais e de Manufaturados, 1913 e 1925
     7.5. Tarifas médias ad valorem aplicadas a produtos manufaturados, 1913
     7.6. Declínio nos valores do comércio internacional, 1928-1938
     7.7. Declínio nos valores e recuperação nos volumes do comércio mundial, 1929-1937

     9.1. Valores per capita dos gastos militares (inclusive navais), 1870-1914
9.2. Despesas militares em % do PIB 1a. e 2a. guerras mundiais

     10.1. Estrutura internacional do padrão-ouro, final do século XIX
     10.2. EUA: Empréstimos estrangeiros insolventes, 31/12/1936

11.1. Valores das ações, setembro-dezembro 1929

     12.1. Potencial industrial total, 1880-1938
     12.2. Potencial industrial dos países em % do mundo, 1880-1938
     12.3. Renda per capita e crescimento econômico no mundo, 1700-1820
     12.4. Renda per capita no mundo e como % da Europa ocidental, 1820-1913
     12.5. Renda per capita e crescimento econômico no mundo, 1913-1940
     12.6. Tempo de difusão internacional, em anos, de tecnologias inovadoras
     12.7. Exportações líquidas de fios e tecidos de algodão, 1910
     12.8. População mundial e renda, % por regiões, 1879-1913
     12.9. Taxas de crescimento do PIB per capita, 1890-1929
     12.10. PIB per capita nas Américas, 1890-1940
     12.11. Crescimento econômico em países da América Latina, 1870-1950
     12.12. Concentração de exportações na periferia, 1900
     12.13. Estrutura da proteção comercial em 1913
     12.14. Taxas de matrículas no ciclo primário, 1830-1975
     12.15. Desigualdade na América Latina e na Europa ocidental pré-industriais
     12.16. Desigualdade de renda na América Latina, 1870-1970

     13.1. Renda per capita e crescimento econômico por regiões, 1700-1820
     13.2. Tarifas Aduaneiras Comparadas, 1865-1913
     13.3. Tarifas protecionistas e tarifas normais, 1913
     13.4. Integração de países da América Latina na economia mundial, 1913
     13.5. PIB per capita da América Latina em % do PIB per capita dos EUA
     13.6. Termos de intercâmbio, produtos primários
13.7. Comércio exterior da América Latina, 1913-1938
13.8. PIB per capita e taxas anuais de crescimento nas Américas, 1850-1989
13.9. Desempenho do PIB per capita em três fases do desenvolvimento capitalista
13.10. PIB per capita em % do PIB per capita dos EUA
13.11. América Latina e Ásia dinâmica comparadas

     15.1. Brics: posições no ranking mundial, indicadores selecionados, 2008
     15.2. Brics: dados macroeconômicos fundamentais, 2003-2010
     15.3. Brics: transações internacionais
     15.4. Brics: PIB em PPC em proporção do PIB mundial (%)
15.5. G7 e Brics: participação no PIB agregado, nas exportações de bens e serviços e na população mundial, 2008
     
16.1. A primeira divisão do mundo entre portugueses e espanhóis, 1493, 1494
16.2. A linha de Tordesilhas e o alargamento posterior do Brasil
16.3. Constituições e regimes políticos no Brasil, 1824-2014
16.4: Indicadores econômicos em duas fases do regime militar, 1970-1984
16.5. Indicadores econômicos nos governos FHC: 1995-2002
16.6. Indicadores econômicos nos governos Lula: 2003-2010
16.7. Indicadores econômicos agregados para as presidências FHC e Lula
16.8. Indicadores econômicos do governo Dilma Rousseff: 2011-2014
16.9. Brasil: taxas de crescimento médio anual cumulativo, 1995-2013
16.10. Quadro SWOT para o Brasil
16.11. Resultados do PISA 2012 para os países do Brics
16.12. Brics: receitas públicas em % do PIB, 2013
16.13. Doing Business, 2013, países e indicadores selecionados
16.14. Índice de Competitividade Global, 2014, países selecionados
16.15. Poupança nos Brics, 2013
16.16. Índice de preços de todas as commodities, 2000-2014

17.1. Taxas decenais de crescimento médio anual por regiões, 1980-2020


A história econômica da América Latina nos últimos dois séculos é de desenvolvimento: sua população e o produto per capita cresceram enormemente. Embora ocorrendo mais lentamente, também são observadas melhorias na expectativa de vida ao nascer e na educação. A porcentagem da população que vive em condições de pobreza tem caído substancialmente, embora com notáveis altos e baixo.
A história da região é também de instabilidade, tanto pela volatilidade do financiamento externo e dos termos de troca internacionais como pelos resultantes ciclos de atividade produtividade, com períodos de progresso sucedidos por outros de relativa estagnação ou retrocesso. É igualmente uma história de modificações frequentes e profundas nas políticas e nos modelos de desenvolvimento, em resposta a processos econômicos, sociais, políticos e a ideologias.
Finalmente, e muito importante, é uma história de desigualdade, que não apenas se expressa nas bem conhecidas desigualdades dentro de cada país, mas também naquela existente entre países latino-americanos e, mais ainda, entre esses últimos e os líderes da economia mundial.

Luis Bértola e José Antonio Ocampo: 
O desenvolvimento econômico da América Latina desde a Independência
Rio de Janeiro, Elsevier, 2015; Prefácio, p. xi-xii.

domingo, 14 de junho de 2020

Desenvolvimento, relações internacionais, diplomacia brasileira - livros Paulo Roberto de Almeida

Aos eventuais interessados em temas de economia e desenvolvimento, e suas conexões com a política externa e a diplomacia brasileira, assim como as relações internacionais de modo geral, sinalizo a existência de vários livros meus, a maior parte livremente disponível, nos links indicados.
Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 14 de junho de 2020



Formação da Diplomacia Econômica no Brasil: as relações econômicas internacionais no Império. 3ra. edição, revista; apresentação embaixador Alberto da Costa e Silva, membro da Academia Brasileira de Letras; Brasília: Funag, 2017, 2 volumes; Coleção História Diplomática; ISBN: 978-85-7631-675-6 (obra completa; 964 p.); Volume I, 516 p.; ISBN: 978-85-7631-668-8 (link: http://funag.gov.br/loja/index.php?route=product/product&product_id=907) e Volume II, 464 p.; ISBN: 978-85-7631-669-5 (link: http://funag.gov.br/loja/index.php?route=product/product&product_id=908).

"A América Latina na ordem econômica mundial, de 1914 a 2014", p. 464-497; in: NEGRI, Camilo, RIBEIRO, Elisa de Sousa (coords.), Retratos SulAmericanos: perspectivas brasileiras sobre história e política externa (Brasília: UniCEUB, ICPD, 2019, 1057 p.; ISBN: 978-85-7267-005-0; disponível no link: https://www.academia.edu/t/Poy5-M3G3JLw-wFpn2/38909345/NEGRI_Camilo_RIBEIRO_Elisa_S._Org._._Retratos_SulAmericanos_Perspectivas_Brasileiras_sobre_História_e_Pol%C3%ADtica_Externa ._Volumes_I_a_IV).

         "A grande divergência na economia mundial e a América Latina (1890-1940)", p. 437-463; in: NEGRI, Camilo, RIBEIRO, Elisa de Sousa (coords.), Retratos SulAmericanos: perspectivas brasileiras sobre história e política externa (Brasília: UniCEUB, ICPD, 2019, 1057 p.; ISBN: 978-85-7267-005-0; disponível no link: https://www.academia.edu/t/Poy5-M3G3JLw-wFpn2/38909345/NEGRI_Camilo_RIBEIRO_Elisa_S._Org._._Retratos_SulAmericanos_Perspectivas_Brasileiras_sobre_História_e_Pol%C3%ADtica_Externa ._Volumes_I_a_IV).
       "Consequências econômicas das constituições brasileiras", p. 221-246; in: NEGRI, Camilo, RIBEIRO, Elisa de Sousa (coords.), Retratos SulAmericanos: perspectivas brasileiras sobre história e política externa (Brasília: UniCEUB, ICPD, 2019, 1057 p.; ISBN: 978-85-7267-005-0; disponível no link: https://www.academia.edu/t/Poy5-M3G3JLw-wFpn2/38909345/NEGRI_Camilo_RIBEIRO_Elisa_S._Org._._Retratos_SulAmericanos_Perspectivas_Brasileiras_sobre_História_e_Pol%C3%ADtica_Externa ._Volumes_I_a_IV).

Os primeiros anos do século XXI: o Brasil e as relações internacionais contemporâneas (São Paulo: Editora Paz e Terra, 2002, 286 p.; ISBN: 85-219-0435-5), Brasília, 22 março 2020, 310 p. Reformatação completa do livro para fins de livre acesso nas redes de intercâmbio acadêmico. Divulgado no blog Diplomatizzando (link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2020/03/os-primeiros-anos-do-seculo-xxi-o.html); na plataforma Academia.edu (link: https://www.academia.edu/42283521/PRAlmeida_Primeiros_Anos_Sec_XXI). 


Mercosul: Fundamentos e Perspectivas (São Paulo: Editora LTr, 1998, 160 p.; ISBN: 85-7322-548-3), Brasília, 23 março 2020, 143 p. Reformatação completa do livro para fins de livre acesso nas redes de intercâmbio acadêmico. Divulgado no blog Diplomatizzando (link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2020/03/mercosul-fundamentos-e-perspectivas.html); na plataforma Academia.edu (link: https://www.academia.edu/42290608/Mercosul_fundamentos_e_perspectivas_1998_).

O estudo das relações internacionais do Brasil (São Paulo: Editora da Universidade São Marcos, 1999, 300 p.; ISBN: 85-86022-23-3), Brasília, 24 março 2020, 173 p. Reformatação completa do livro para fins de livre acesso nas redes de intercâmbio acadêmico. Divulgado no blog Diplomatizzando (link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2020/03/o-estudo-das-relacoes-internacionais-do.html); na plataforma Academia.edu (link: https://www.academia.edu/42301157/O_estudo_das_relacoes_internacionais_do_Brasil_1999_ e, para as tabelas: https://www.academia.edu/42301158/Tabelas_Estat%C3%ADsticas_e_Quadros_Anal%C3%ADticos_O_Estudo_RI_Br_).

O Estudo das Relações internacionais do Brasil: um diálogo entre a diplomacia e a academia (Brasília: LGE Editora, 2006, 385 p.; ISBN: 85-7238-271-2), Brasília, 9 abril 2020, 301 + 53 p. Reformatação completa do livro para fins de livre acesso nas redes de intercâmbio acadêmico. Divulgado no blog Diplomatizzando (link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2020/04/o-estudo-das-relacoes-internacionais-do.html); na plataforma Academia.edu (links: https://www.academia.edu/42674261/O_Estudo_das_Relacoes_internacionais_do_Brasil_um_dialogo_entre_a_diplomacia_e_a_academia_2006_ e https://www.academia.edu/42674262/O_Estudo_das_Relacoes_internacionais_do_Brasil_-_Quadros_Analiticos_Horizontais);

A Grande Mudança: consequências econômicas da transição política no Brasil (São Paulo: Editora Códex, 2003, 200 p.; ISBN: 85-7594-005-8). Nova disponibilidade de livro fora do comércio. Divulgado, com o arquivo original em pdf da editora, e as orelhas, o prefácio e o índice, transcritos, no blog Diplomatizzando (link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2020/03/um-livro-contrarianista-grande-mudanca.html) e na plataforma Academia.edu (link: https://www.academia.edu/42309421/A_Grande_Mudanca_consequências_econômicas_da_transição_politica_no_Brasil_2003_ https://www.academia.edu/42309422/Capa_e_Contra_Capa_A_Grande_Mudanca_2003_) e Research Gate (link: https://www.researchgate.net/publication/342094857_A_GRANDE_MUDANCA_CONSEQUENCIAS_ECONOMICAS_DA_TRANSICAO_POLITICA_NO_BRASIL).

Globalizando: ensaios sobre a globalização e a antiglobalização (Rio de Janeiro: Lumen Juris Editora, 2011, xx+272 p.; Inclui bibliografia; ISBN: 978-85-375-0875-6); Divulgado no blog Diplomatizzando (link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2020/03/globalizando-ensaios-sobre-globalizacao.html); disponível na plataforma Academia.edu (link: https://www.academia.edu/42313006/Globalizando_ensaios_sobre_a_globalizacao_e_a_antiglobalizacao_2011_). Relação de Originais n. 2130. Relação de Publicados n. 1044.

O Brasil dos Brasilianistas: um guia dos estudos sobre o Brasil nos Estados Unidos, 1945-2000organizadores: Rubens Antônio Barbosa, Marshall C. Eakin e Paulo Roberto de Almeida (São Paulo: Paz e Terra, 2002, 514 p.; ISBN: 85-219-0441-X); Brasília, 7 maio 2020, 455 p. Reformatação da edição comercial, fora do mercado, para fins de divulgação nas redes sociais. Disponível nas plataformas Academia.edu (link: https://www.academia.edu/42973774/O_Brasil_dos_Brasilianistas_um_guia_dos_estudos_sobre_o_Brasil_nos_Estados_Unidos_1945-2000_2002_) e Research Gate (link: https://www.researchgate.net/publication/341220241_O_Brasil_dos_Brasilianistas_um_guia_dos_estudos_sobre_o_Brasil_nos_Estados_Unidos_1945-2000); 


“Três novas listas de livros próprios, editados e capítulos de livros de Paulo Roberto de Almeida”, Brasília, 12 março 2020, Livros próprios, 8 p.; Livros editados, 3 p.; Colaborações a obras coletivas, 23 p. Postados em Academia.edu (Livros próprioshttps://www.academia.edu/42204253/Livros_de_Paulo_Roberto_de_Almeida_up_to_2020_editados: https://www.academia.edu/42204279/Livros_editados_por_Paulo_Roberto_de_Almeida_2020_; e capítulos: https://www.academia.edu/42204288/Colaboracoes_a_obras_coletivas_Paulo_Roberto_de_Almeida_2020_). Divulgado no blog Diplomatizzando (link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2020/03/listas-atualizadas-de-livros-proprios.html).

   O Itamaraty num labirinto de sombras: ensaios de política externa e de diplomacia brasileira (Brasília: Diplomatizzando, 2020, 225 p.), Brasília, 1 junho 2020, 225 p. (204 p.; 1302 KB; ASIN: B08B17X5C1; disponível no link: https://www.amazon.com/-/pt/dp/B08B17X5C1/ref=sr_1_1?__mk_pt_BR=ÅMÅŽÕÑ&dchild=1&keywords=O+Itamaraty+num+labirinto+de+sombras&qid=1591845003&s=digital-text&sr=1-1).

quinta-feira, 11 de junho de 2020

O Itamaraty num labirinto de sombras - Kindle book, Paulo Roberto de Almeida



Índice

Prólogo 

1. A política externa e a diplomacia em tempos de revolução cultural  
2. De uma diplomacia a outra no Itamaraty: conceitos e práticas 
3. A destruição da inteligência no Itamaraty 
4. A ideologia da diplomacia brasileira  
5. Os desastres da política externa do olavo-bolsonarismo   
6. Questões de diplomacia e de política externa do Brasil 
7. Desafios da diplomacia no Brasil, do lulopetismo ao bolsonarismo 
8. O espectro do globalismo: a emergência da irracionalidade oficial 
9. Manifesto Globalista  
10. Um ornitorrinco no Itamaraty   
11. O Itamaraty e a diplomacia brasileira em debate   
12. Política externa e diplomacia brasileira no século XXI  
13. A diplomacia brasileira em tempos de olavo-bolsonarismo  
14. A diplomacia brasileira na corda bamba, sem qualquer equilíbrio 
15. Pandemia global e pandemia nacional: um futuro pior que o passado 
16. A diplomacia e a negociação como fundamentos das relações internacionais 
17. Meu ‘manifesto’ diplomático: em defesa do Itamaraty 
18. O mundo pós-pandemia: contextos políticos e tendências internacionais
19. A política externa e a diplomacia brasileira em tempos de pandemia global
20. A diplomacia brasileira em uma fase de inédito declínio histórico
22. O Itamaraty no seu labirinto

Apêndices:
Uma pequena reflexão sobre o trabalho de resistência intelectual
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Nota sobre o autor


Apêndice:
  
Uma pequena reflexão sobre o trabalho de resistência intelectual


A resistência puramente “literária”, conduzida solitariamente na reclusão reflexiva de uma quarentena, no isolamento de um limbo institucional, ou no contexto de uma longa travessia do deserto, pode ser a menos eficiente de todas: ela não pertence a nenhum movimento, não está ligada a nenhum partido, não tem vínculos organizacionais nem pretende ter seguidores próprios.
Ela se sustenta em si mesma, na convicção de defender uma causa legítima, a preservação das liberdades, a necessidade de pensar com sua própria cabeça, a vontade de não fazer parte de nenhum rebanho, a certeza de que não se pode jamais renunciar à reflexão independente, ao espírito crítico, à contestação eventual das idées reçues, das verdades estabelecidas.
Isolada no seu canto, ela pode ter de se instalar numa pequena fortaleza feita de cadernos e livros, de se refugiar num humilde e obscuro quilombo de resistência intelectual, tendo como “armas” unicamente a palavra e a escrita, raramente um megafone, simplesmente pequenas mensagens, em garrafas, lançadas em um mar desconhecido.
Dificilmente, essas “pílulas” de resistência obstinada alcançam repercussão. Elas se perdem, na voragem do entusiasmo pelos novos tempos, na promessa dos lendemains qui chantent, nas mentiras confortáveis que satisfazem os ingênuos e os espíritos incautos.
Mas é preciso persistir, por um simples dever de consciência, individual e, no mais das vezes, solitária, cidadã se for o caso. Não importa: o que se faz não tem intenção de criar nenhum movimento, de mobilizar nenhuma força organizada, apenas tem a pretensão de alertar os demais membros da comunidade, a partir do conhecimento do passado, de uma atenta observação do presente e de alguma percepção quanto ao que pode vir pela frente.
Tive essa percepção, precocemente, em 2003, adquiri plena certeza em 2004, e vi confirmados meus piores temores nos dois anos seguintes. Mas aí já era tarde: eu já estava no limbo. E permaneci na minha longa travessia do deserto pelos dez anos seguintes, só cercado de meus livros e cadernos, refugiado em meu quilombo de resistência intelectual, de onde eu eventualmente lançava uma garrafa ao mar.
Não foi suficiente: o problema cresceu, o câncer da inépcia e da corrupção se agigantou, e terminou por engolfar o país na Grande Destruição, a maior de toda a nossa história.
Tive novamente a mesma percepção em meados de 2018, antes mesmo que a possibilidade se confirmasse. Imaginei que o desastre pudesse ser contido em algum momento, pelo temor de um novo desastre, por alertas que pudessem ser feitos em apelo à consciência cidadã – abafada, porém, pela ignorância eleitoral –, pela ilusão de que, uma vez consumada a escolha, as necessidades práticas da administração corrigissem as piores perspectivas de gestão.
Não foi suficiente: adquiri a certeza de estávamos embarcando numa viagem para o desconhecido logo nos dois primeiros dias da nova aventura, e obtive todas as confirmações nas semanas seguintes. Desde então, as etapas e sinais construtores da nova caminhada ao precipício foram se acumulando.
Fui levado novamente ao ostracismo, ao que eu chamo de limbo de resistência intelectual, e iniciei nova jornada de uma penosa viagem pelo deserto de minha solidão, cujo percurso e duração são ainda indeterminados. Não importa, eu me disse: persistirei, como da outra vez, embora não deseje um novo desastre para a comunidade.
Recém adquiri a percepção de que essa é uma possibilidade real, um novo mergulho no desconhecido, tantas são as paixões desatadas. De novo sinto necessidade de lançar novas garrafas ao mar. Assim faço, assim farei...
O desastre agora pode ser inclusive maior, por externalidades que nada têm a ver com as inconsistências da dinâmica interna, própria à inépcia e à corrupção embutidas no pacote adquirido lá atrás.
Como disse, não tenho movimento, nem partido, nem seguidores. Apenas minha liberdade, minha consciência, minha pluma, de vez em quando a palavra, quase inaudível.
Não importa!
Persistirei...


Brasília, 27 de abril de 2020

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