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terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Surrealismo sul-americano: governo compete com narco-traficantes no Uruguai, para ver quem vende mais baratinho.... Um barato, pois nao?

Sim, é o maior barato, em todos os sentidos.
Veja-se, por exemplo, a cotação dos mercados, nesta matéria:

O preço que será aplicado para que o produto seja competitivo com o do mercado negro será de um dólar (0,63 euros) por grama.

O ministro da Economia (ninguém menos) se tornou um especialista em mercados ilegais:

Calzada desprezou também a possibilidade de que o narcotráfico inunde o mercado com uma maconha mais barata para derrubar o plano governista.
“Na economia formal você pode descer os preços para posicionar melhor teu produto e depois aumentá-lo; mas, no mercado ilegal, por suas próprias regras e debilidades, é difícil fazer isto”, explicou

Claro, vai haver cotação no mercado de futuros, e o governo vai se esforçar para derrubar os preços, para beneficiar os consumidores, como é o seu dever.
E como vai fazer isso?
Ora, aumentando a oferta...
Os traficantes vão ter de fazer estoques reguladores, para manter os preços, como o Brasil na época em que só exportava café, ou quase...
Mundo mucho loco...
Paulo Roberto de Almeida

URUGUAI MACONHA

Uruguai nega que produção legal de maconha seja boicotada pelo narcotráfico

cannabis
Arko-Infolatam
Montevidéu, 18 fev (EFE).- O Governo do Uruguai negou nesta terça-feira que a plantação legal de maconha no país para satisfazer a demanda interna a partir da lei aprovada no ano passado vai ser um “risco”, sobretudo se for comparada com a quantidade de cannabis que se produz no Paraguai de formac.
“É uma loucura dizer que o mercado do Uruguai pode ser um risco quando não se sabe quantos hectares há plantados no Paraguai, mas presume-se que são entre 8 mil e 10 mil. Aqui não vai chegar nem a 10!”, afirmou o secretário da Junta Nacional de Drogas (JND), Julio Calzada.
Em declarações exclusiva ao jornal uruguaio “El País”, publicadas nesta terça-feira, Calzada rejeitou assim as críticas surgidas em alguns pontos da América do Sul sobre a lei uruguaia que em dezembro passado descriminalizou a produção e venda dessa droga, cujo consumo é legal há 40 anos.
Calzada admitiu que na JND não está descartada a possibilidade do narcotráfico tentar boicotar a lei impulsionada pelo presidente José Mujica, mas esclareceu que até o momento não há indícios que algo assim vá acontecer.
“Fizemos uma análise de todos os riscos que existem e obviamente este é um deles. Embora neste momento não temos nenhuma evidência de que não há ponto de atividade da droga para colocar o sistema em risco, isso não é algo que pode ser descartado”, argumentou.
O projeto governamental propõe a criação de uma agência reguladora encarregada de outorgar licenças aos consumidores e controlar a produção e distribuição da droga, que será efetiva em clubes ou farmácias.
Os consumidores poderão adquirir até um máximo de 40 gramas por mês, ou cultivar em casa até seis plantas que produzam não mais de 480 gramas por colheita.
O preço que será aplicado para que o produto seja competitivo com o do mercado negro será de um dólar (0,63 euros) por grama.
Também em declarações ao “El País”, o subdiretor da direção de Repressão do tráfico Ilícito de Drogas (Dgrtid), Carlos Noria, explicou que “a ideia é que os próprios produtores e clubes cannábicos tenham controlada sua segurança”, embora depois Calzada precisou que esse ponto ainda não estava definido.
Segundo Noria, os cultivadores serão submetidos a controles policiais e do Ministério da Saúde Pública (MSP) em suas plantações.
A Dgrtid -acrescentou- aconselhará os especialistas que preparam a regulamentação da lei em torno da segurança dos cultivos e do transporte da droga.
Por fim, Calzada desprezou também a possibilidade de que o narcotráfico inunde o mercado com uma maconha mais barata para derrubar o plano governista.
“Na economia formal você pode descer os preços para posicionar melhor teu produto e depois aumentá-lo; mas, no mercado ilegal, por suas próprias regras e debilidades, é difícil fazer isto”, explicou.
Na semana passada, o Governo do Paraguai informou sobre a realização de uma grande operação antidrogas com apoio do Brasil na fronteira comum, na qual já foram destruídos 52 hectares.
O Paraguai é o segundo maior produtor de maconha do mundo, após o México, com um volume estimado de entre 30 mil e 48 mil toneladas dessa droga por ano, em uma superfície de 5 mil a 8 mil hectares, com duas colheitas por ano.
Cerca de 80% da maconha consumida no Brasil é paraguaia. EFE

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Feliz 2014 Uruguai, agora com maconha estatal - Carlos Alberto Di Franco

Bem, o Uruguai foi escolhido pela revista Economist, como o "país do ano", no final de 2013.
Espero apenas que no final de 2014 a revista não tenha de fazer um mea culpa pelo seu entusiástico apoio à maconha estatizada...
Paulo Roberto de Almeida

Legalização da maconha

23 de dezembro de 2013 | 2h 06
CARLOS ALBERTO DI FRANCO - O Estado de S.Paulo
O Uruguai, que já permitia o consumo de maconha, legalizou a produção e a venda da droga. A nova lei foi aprovada no Senado por 16 votos a 13 e deverá entrar em vigor no primeiro semestre de 2014. Pela nova legislação, os uruguaios e estrangeiros que residem no país e têm mais de 18 anos poderão comprar até 40 gramas da erva por mês em farmácias credenciadas pelo governo. Os defensores da liberação, armados de uma ingenuidade cortante, acreditam que a legalização reduzirá a ação dos traficantes. Mas ocultam uma premissa essencial no terrível silogismo da dependência química: a compulsividade. O usuário, por óbvio, não ficará no limite legal. O tráfico, infelizmente, não vai desaparecer.
A psiquiatra mexicana Nora Volkow é uma referência na pesquisa da dependência química no mundo. Foi quem primeiro usou a tomografia para comprovar as consequências do uso de drogas no cérebro. Desde 2003 na direção do Instituto Nacional sobre Abuso de Drogas, nos Estados Unidos, Volkow é uma voz respeitada. No momento em que recrudesce a campanha para a descriminalização das drogas, suas palavras são uma forte estocada nos argumentos politicamente corretos.
A cientista foi entrevistada pela revista Veja, em março de 2010. A revista trouxe à baila um crime que chocou a sociedade. O cartunista Glauco Villas Boas e seu filho foram mortos por um jovem com sintomas de esquizofrenia e que usava constantemente maconha e dimetiltriptamina (DMT), na forma de um chá conhecido como Santo Daime. "Que efeito essas drogas têm sobre um cérebro esquizofrênico?" A resposta foi clara e direta: "Portadores de esquizofrenia têm propensão à paranoia, e tanto a maconha quanto a DMT (presente no chá do Santo Daime) agravam esse sintoma, além de aumentarem a profundidade e a frequência das alucinações. Drogas que produzem psicoses por si próprias, como metanfetamina, maconha e LSD, podem piorar a doença mental de uma forma abrupta e veloz", sublinhou a pesquisadora.
Quer dizer, a descriminalização das drogas facilitaria o consumo das substâncias. Aplainado o caminho de acesso às drogas, os portadores de esquizofrenia teriam, em princípio, maior probabilidade de surtar e, consequentemente, de praticar crimes e ações antissociais. Ao que tudo indica, foi o que aconteceu com o jovem assassino do cartunista. A suposição, muito razoável, é um tiro de morte no discurso da ingenuidade.
Além disso, a maconha, droga glamourizada pelos defensores da descriminalização, é frequentemente a porta de entrada para outras drogas. "Há quem veja a maconha como uma droga inofensiva", diz Nora Volkow. "Trata-se de um erro. Comprovadamente, a maconha tem efeitos bastante danosos. Ela pode bloquear receptores neurais muito importantes." Pode, efetivamente, causar ansiedade, perda de memória, depressão e surtos psicóticos. Não dá para entender, portanto, o recorrente empenho de descriminalização. Também não serve o falso argumento de que é preciso evitar a punição do usuário. Nenhum juiz, hoje em dia, determina a prisão de um jovem por usar maconha. A prisão, quando ocorre, está ligada à prática de delitos que derivam da dependência química: roubo, furto, pequeno tráfico, etc. Na maioria dos casos, de acordo com a Lei n.º 9.099/95, há aplicação de penas alternativas, tais como prestação de serviços à comunidade e eventuais multas no caso de réu primário.
Caso adotássemos os princípios defendidos pelos lobistas da liberação, o Brasil estaria entrando, com o costumeiro atraso, na canoa furada da experiência europeia. Todos, menos os ingênuos, sabem que, assim como não existe meia gravidez, também não há meia dependência. É raro encontrar um consumidor ocasional. Existe, sim, usuário iniciante, mas que muito cedo se transforma em dependente crônico. Afinal, a compulsão é a principal característica do adicto. Um cigarro da "inofensiva" maconha preconizada pelos arautos da liberação pode ser o passaporte para uma overdose de cocaína. Não estou falando de teorias, mas da realidade cotidiana e dramática de muitos dependentes. Transcrevo, caro leitor, o depoimento de um dependente químico. Ele fala com a experiência de quem esteve no fundo do poço.
"Sou filho único. Talvez porque meus pais não pudessem ter outros filhos, me cercavam de mimos e realizavam todas as minhas vontades. Aos 12 anos comecei a fumar maconha, aos 17 comecei a cheirar cocaína. E perdi o controle. Fiz um tratamento psiquiátrico, fiquei nove meses tomando medicamentos e voltei a fumar maconha. Nessa época, já cursava medicina e convenci os meus pais de que a maconha fazia menos mal que o cigarro comum. Meus argumentos estavam alicerçados em literatura e publicações científicas. Eles mal sabiam que estavam sendo enganados, pois, além de cheirar, também passei a injetar cocaína e dolantina, que é um opiáceo. Sofri uma overdose e só não morri porque estava dentro de um hospital, que é o meu local de trabalho. Após essa fatalidade, decidi me internar numa comunidade terapêutica e, hoje, graças a Deus, estou sóbrio. O uso moderado de maconha sempre acabava nas drogas injetáveis. Somente a sobriedade total, inclusive do álcool, me devolveu a qualidade de vida que não pretendo trocar nem por uma simples cerveja ou uma dose de uísque." A.S.N., médico de Ribeirão Preto (SP), é ex-interno da Comunidade Terapêutica Horto de Deus (www.hortodedeus.org.br).
As drogas estão matando a juventude. A dependência química não admite discursos ingênuos, mas ações firmes e investimentos na prevenção e na recuperação de dependentes. A todos, um feliz Natal
!
DOUTOR EM COMUNICAÇÃO PELA UNIVERSIDADE DE NAVARRA, É DIRETOR DO DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÃO DO INSTITUTO INTERNACIONAL DE CIÊNCIAS SOCIAIS E-MAIL: DIFRANCO@IICS.ORG.BR

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Maconhabras? Despues del Ente Estatal Uruguayo de la Yerba? - Carlos Alberto Sardenberg

Não vai dar certo, claro, posso apostar minha biblioteca inteira como não vai dar certo.
Os traficantes, de inimigos, vão se tornar aliados do Estado, e até dispensar uma Ordem Cocalera de los Amigos de la Coca para o camarada José Mujica de la Yerba Buena, pelo favor de retirar a repressão de cima deles.
Agora todo mundo vai virar burocrata da maconha estatizada, sendo que alguns vão continuar vendendo e lucrando sem declarar nada ao Estado e suas entidades de arrecadação de impostos, etc.
Estou até apostando que os traficantes vão fazer concorrência para o Estado, vendendo mais barato do que as próprias farmácias estatais da maconha.
Eles podem até subsidiar uma parte, fazer dumping, pois vão lucrar com clientes domésticos e toda a malta brasileira, argentina, americanos sequiosos, que vão desembarcar no Uruguai para puxar um fuminho muy tranquilitos...
Quedáte hermano: vamos para la yerba ahora...
Só que essa yerba já não será o mate, quente ou frio, e sim um fuminho estatal, com selo de qualidade do Ente Estatal.
Aposto como os companheiros vão ficar com inveja, e como são loucos por uma estatal, para abrigar companheiros desempregados -- ou simplesmente querendo ganhar sem trabalhar -- vão providenciar logo uma Maconhabras.
Vai ter muito marxista mucho loco que vai pedir para ser diretor...
O partido dos companheiros vai partir em fumaça, literalmente...
Paulo Roberto de Almeida

Maconheiro estatal
Carlos Alberto Sardenberg
O Globo, 12/12/2013

Legalizar a maconha não é uma boa ideia. Mas pode levar a uma situação menos ruim que a atual. Os usuários continuariam aí ─ e necessitando de cuidados ─, mas os traficantes perderiam o mercado e, pois, o dinheiro com o qual ganham a guerra, assassinando desde adversários até usuários inadimplentes, intimidando e corrompendo policiais, juízes e governantes. O Estado economizaria bilhões hoje torrados em operações policiais.


E por que legalizar só a maconha ou inicialmente a maconha? Porque é a menos prejudicial das drogas e porque forma a maior parte do mercado.

A tese não é nova. Tem sido debatida por um grupo de ex-presidentes, incluindo Fernando Henrique Cardoso. Nos EUA, os estados de Colorado e Washington aprovaram há um ano o “uso recreativo da maconha”, sob regras, agora estabelecidas, que organizam a produção e a venda. No Uruguai, o Congresso acaba de legalizar a maconha, prevendo normas que ainda serão explicitadas por ato do presidente José “Pepe” Mujica.

É curioso. A ideia de legalizar é, na origem, liberal. Melhor deixar a escolha por conta do cidadão livre, o mercado para a livre iniciativa. Decisão polêmica, certamente, e mais ainda para o esquerdista Mujica. Consequência: o governo uruguaio tenta dar à ideia uma aparência de política pública de esquerda. Quer sair das sombras do tráfico para o controle total do Estado.

Acreditem: nas primeiras discussões, Mujica e seus seguidores falaram em estatizar tudo, desde as fazendas de cannabis até as fábricas de cigarros e as redes de varejo. A lei aprovada nesta semana não foi assim explícita. Prevê, por exemplo, o licenciamento de produtores, mas não diz como isso será feito, nem quais empresas poderão se habilitar. Fica claro, porém, que todo o processo, inclusive a importação de sementes e eventual exportação de maconha, será controlado diretamente pelo Estado.

Entre “entregar” o negócio ao capital privado que só busca lucro e criar uma superestatal agroindustrial e comercial, no que o leitor apostaria?

Os consumidores, esses serão estatizados. Para comprar os cigarros, a pessoa, maior de 18 anos, precisa se cadastrar em um órgão governamental. Terá assim uma carteirinha de maconheiro, com a qual poderá comprar até 40 cigarros por mês.

O preço será tabelado pelo governo. Talvez um dólar por cigarro, para competir com o tráfico, dizem as autoridades, e também para não se tornar uma atividade muito lucrativa. Ora, se não for lucrativa, terá que ser assumida ou subsidiada pelo Estado.

Usuários poderão plantar e processar sua própria erva, em casa. Isso com licença do governo, limitada a seis plantas por domicílio, sob rigorosa fiscalização, claro.

Então, vamos reparar? É ou não é uma das melhores ideias de jerico já produzidas pela esquerda latino-americana? Estatizar e subsidiar o barato é uma proeza.

Mas, dirão, a maconha estatizada deve ser melhor que um mercado dominado pelo tráfico. Seria, se a estatizada não estivesse prontinha para cair nas mãos dos traficantes.

Começa pela carteirinha de maconheiro. Digamos que uma minoria de militantes da droga tope isso, para marcar posição. Mas o maconheiro, digamos, normal, não vai querer manchar seu nome.

Não é por que terá sido legalizada que a maconha ganhará aprovação social e absolvição médica. Todos sabem que a droga é nociva, vicia e prejudica o desempenho das pessoas.

Assim, companhias aéreas, empresas de ônibus, construtoras, fábricas com equipamentos complexos têm um bom argumento para recusar os maconheiros oficiais. Isso cria uma questão jurídica. Se a maconha é legal, como a empresa pode discriminar o usuário? Por outro lado, admitindo que tudo esteja montado, forma-se um baita mercado. Cada maconheiro oficial tem direito a 40 cigarros/mês. Eis um novo emprego. Os traficantes vão mobilizar “funcionários” que ganharão algum dinheiro sem trabalhar, apenas se registrando como maconheiros.

Na verdade, a produção estatizada vai dispensar o tráfico de boa parte do plantio, produção e distribuição. Se os traficantes hoje compram até juízes, não conseguirão seduzir um funcionário de uma lojinha oficial? Ou convencer moradores a plantar e vender o excedente? Vão financiar a produção doméstica.

Finalmente, todo o complexo estatal da maconha será um grande negócio. Ou seja, muitos cargos ─ e dinheiro ─ para serem disputados pelos políticos.

Quem defende a legalização da maconha reconhece que a maior dificuldade é justamente o processo. A estatização à Uruguai é a pior proposta. As regras dos estados americanos? Próximo assunto.

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Noticias de certo continente: por que tao ridiculas, por que tao tristes?

Abro um desses boletins de notícias, vindos do Império, sempre tão meticuloso em selecionar o que existe de mais relevante em nosso continente, e me deparo com estas duas manchetes:




E me pergunto: será que só temos notícias tristes, ou ridículas, para mostrar ao mundo?
Que realidade, que cenário, que retrato do país e do continente queremos exibir para o mundo?

Brazil's child sex trade thrives as World Cup looms
BY ADRIANA BRASILEIRO
FORTALEZA, Brazil Tue Dec 3, 2013 1:25am EST

(Reuters) - With Brazil hosting the World Cup next year, officials fear an explosion in child prostitution as sex workers migrate to big cities and pimps recruit more underage prostitutes to meet the demand from local and foreign soccer fans.
"We're worried sexual exploitation will increase in the host cities and around them," said Joseleno Vieira dos Santos, who coordinates a national program to fight the sexual exploitation of children at Brazil's Human Rights Secretariat.
"We're trying to coordinate efforts as much as we can with state and city governments to understand the scope of the problem."

Child prostitution is driven mostly by local demand in Brazil, with more than 75 percent of clients coming from the same or nearby states as their victims, according to estimates from the secretariat. Sex tourism targeting children is active in larger cities along the coast and increases at times of big events such as Carnival or New Year's Eve festivities.

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Uruguay pide apoyo mundial en legalización de mariguana

El presidente José Mujica espera que la comunidad internacional ayude a su país en este 'experimento'; insiste en que el efecto del narco es peor que el de la propia droga

BRASILIA, 1 de diciembre.- El presidente uruguayo, José Mujica, dijo en una entrevista que publica hoy el diario brasileño Folha de Sao Paulo que espera que "el mundo ayude" a su país en el "experimento" que supondrá legalizar la compraventa y el cultivo de mariguana.
No defiendo la mariguana y quisiera que no exista pues ningún vicio es bueno, pero vamos a regular un mercado que ya existe y frente al cual no se puede cerrar los ojos, sobre todo porque la vía represiva contra las drogas fracasó", declaró el gobernante.
El proyecto para legalizar la compraventa y el cultivo de la mariguana, que propone la creación de un ente estatal regulador que emitirá licencias y controlará la producción y la distribución, será votado en el Senado uruguayo el próximo 10 de diciembre y Mujica dijo confiar en su aprobación.
El efecto del narcotráfico es peor que el de la propia droga", declaró en la entrevista.
El gobernante uruguayo insistió en que el proyecto propuesto por su Gobierno apunta a minimizar el poder de las mafias.
También admitió que esa iniciativa puede tener un coste político alto, e indicó que ex presidentes como el brasileño Fernando Henrique Cardoso o el chileno Ricardo Lagos defienden ahora la liberación de la mariguana.
Lo más curioso es que hacen eso cuando ya no son presidentes. ¿Por qué no lo hicieron cuando eran presidentes", preguntó.
Mujica reconoció, además, que existen presiones de algunos países vecinos, entre los que citó a Brasil, que temen que la mariguana uruguaya penetre en sus territorios.
Siempre va a haber presiones pues hay un aparato en el mundo que vive de reprimir y cuesta mucho", aseguró.
En ese marco, pidió que el mundo ayude a hacer esta experiencia, que permita adoptar un experimento sociopolítico frente a un problema tan grave como es el narcotráfico, y garantizó que, si el proyecto es aprobado, Uruguay "no será un país de 'fumo' (mariguana) libre".

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Baseado a UM DOLAR: Oba, pessoal, vamos todos ao Uruguai...

Vai aumentar exponencialmente o turismo no pequeno país sul-americano. Ele vai ser literalmente submergido por todos os altos e baixos usuarios, a menos que o governo exija cadastro previo, uma espécie de Ente Nacional del Fumito...
Enfim, a estatização da maconha pode dar vários resultados. O turismo é só uma expectativa, talvez não a melhor...
Isso vai dar ideias ao pessoal para propor uma Maconhabras, com os companheiros mais altos no comando, claro...
Paulo Roberto de Almeida

Uruguay marihuana

Uruguay se prepara para cultivar y vender marihuana a un dólar el gramo

Porro marihuana
Infolatam
Montevideo, 21 de octubre de 2013

Las claves
  • La iniciativa prevé tres formas de acceder a la droga: el autocultivo personal, el cultivo en clubes de membresía y el acceso a través del expendio de farmacias.
  • La Junta Nacional de Drogas estima que en Uruguay, un país de 3,3 millones de habitantes, hay unos 120.000 consumidores de marihuana, aunque las asociaciones de consumidores sostienen que la cifra ronda los 200.000.
El gobierno uruguayo prepara la reglamentación para cultivar y cosechar cannabis el año próximo y planea venderla al público a un dólar el gramo una vez que el Senado apruebe su legalización.
El secretario general de la Junta Nacional de Drogas, Julio Calzada, adelantó el domingo al diario El País que “seguramente en el segundo semestre de 2014 el sistema ya puede empezar a desarrollarse. Da tiempo para cosechar y vender”.
Aunque la ley que legalizará la plantación y comercialización de marihuana en Uruguay todavía debe ser votada en el Senado, el Ejecutivo ya está trabajando en la reglamentación e implementación de la norma, explicó el jerarca.
La iniciativa prevé tres formas de acceder a la droga: el autocultivo personal (con un límite de seis plantas), el cultivo en clubes de membresía (con entre 15 y 45 socios y un número de plantas proporcional, con un máximo de 99) y el acceso a través del expendio de farmacias, con un tope de 40 gramos mensuales por usuario.
Todos deberán registrarse en un banco de datos único y la compra en farmacias estará limitada a mayores de edad residentes del país.
El objetivo del gobierno encabezado por el presidente José Mujica es arrebatarle el mercado al narcotráfico, bajo el entendido de que la guerra frontal a las drogas ha fracasado, postura defendida por la Comisión Global de Política de Drogas. Así, el cannabis legal tendría mejor calidad y precio que el del mercado negro, explicó Calzada.
“El costo de la marihuana en el momento del expendio se tiene que asimilar al rango en que se consigue la marihuana ilegal”, indicó. “Estamos hablando que el precio hoy del prensado paraguayo, que es lo que se suele vender acá, está en el entorno de un dólar el gramo; por esto, vamos a poner la marihuana producida bajo control estatal también en el entorno de ese precio”.
“El mercado ilegal es de mucho riesgo y mala calidad”, añadió, por lo que el Estado va a “ofrecer un lugar seguro para comprar, un producto de buena calidad y encima, lo va a vender al mismo precio”.
Según supo la AFP, en el mercado ilegal se consigue un gramo de marihuana a unos 30 pesos (1,4 dólares).
Calzada sostuvo que el máximo de 40 gramos mensuales podría variar en función de la cantidad de THC (sustancia psicoactiva) que tenga el cannabis vendido por el Estado.
El jerarca viajó este lunes a Estados Unidos para conocer las experiencias de Washington y Colorado, donde el cannabis es legal desde hace años para uso medicinal y desde el año pasado también para uso recreativo.
Senado votará en noviembre
El proyecto que convertiría al Estado uruguayo en el primero en el mundo en asumir el control de todo el proceso de producción y venta de cannabis fue aprobado el 31 de julio en la Cámara de Diputados y llegaría a la cámara alta en noviembre.
El oficialista Frente Amplio (FA, izquierda) se encontró de todas formas con una nueva dificultad: que el proyecto prevé la creación del cargo -remunerado- de director del Instituto de Regulación y Control del Cannabis que creará la ley, y la Constitución impide al parlamento aprobar nuevos gastos en los 12 meses previos a las elecciones nacionales, que serán en octubre de 2014.
Los legisladores debatían el lunes alguna “solución legal” para subsanar el problema, entre las cuales aprobar el proyecto y votar de inmediato otra ley que elimine ese cargo, lo que permitiría al instituto comenzar a operar en forma transitoria con integrantes de distintos organismos, explicó Gallo, que aseguró que los votos para aprobar la iniciativa están.
La Junta Nacional de Drogas estima que en Uruguay, un país de 3,3 millones de habitantes, hay unos 120.000 consumidores de marihuana, aunque las asociaciones de consumidores sostienen que la cifra ronda los 200.000.
Según los cálculos de la Junta, alcanzarían unas 20 hectáreas para satisfacer la demanda estimada en el país. Para producir cannabis, el gobierno planea entregar licencias a privados, que producirían en predios de no más de una hectárea, bajo control estatal.
En agosto, en entrevista con la AFP, el presidente Mujica dijo que el plan “es un experimento” y aclaró que si tras la legalización la marihuana se descontrola en el país está dispuesto a dar marcha atrás.

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Mundo loco che! Mujica y Soros, unidos, jamas seran vencidos! (Por supuesto)

Nem Ché Guevara imaginaria ser isto possível: unir o maior guerrilheiro tupamaro da história uruguaia e o maior megacapitalista financeiro da história do capitalismo em favor da maconha transgênica.
Chose de loques...
Paulo Roberto de Almeida

Uruguay Legalización de la marihuana

Oposición contra acuerdo de Mujica con Soros

MONTEVIDEO (URUGUAY), 16/05/2013. EFE/Iván Franco
Infolatam/Efe
Montevideo, 24 de septiembre de 2013

Las claves
  • Mujica y Soros, presidente de la Open Society Foundation, se reunieron ayer en la sede de la ONU a pedido del millonario estadounidense e intercambiaron ideas sobre el proceso de regularización del cannabis que se realiza en Uruguay.
La oposición uruguaya expresó hoy su indignación por la reunión que el presidente José Mujica mantuvo con el multimillonario George Soros, en la que se trató la legalización de la marihuana y en la que el inversor calificó al país de “laboratorio” para el mundo en esta materia.
“No debemos aceptar ser un laboratorio ni que se experimente con los uruguayos”, cargó en las redes sociales el líder del Partido Colorado Pedro Bordaberry, nada más conocerse el contenido de dicha reunión.
Otros legisladores, como el senador José Amorín, también atacaron este encuentro, uno de los muchos que el presidente uruguayo tenía en la apretada agenda con la que viajó a Nueva York para participar durante esta semana en la Asamblea General de las Naciones Unidas, y consideró que el Gobierno uruguayo con sus planes para legalizar la marihuana está convirtiendo al país “en el conejillo de indias de un millonario”.
“Vázquez llamó a Bush por apoyo militar. Mujica con Soros por dinero. Y después sacan el cuco de la derecha y el neoliberalismo en Uruguay”, se lamentó el senador.
Mujica y Soros, presidente de la Open Society Foundation, se reunieron ayer en la sede de la ONU a pedido del millonario estadounidense e intercambiaron ideas sobre el proceso de regularización del cannabis que se realiza en Uruguay.
En dicho encuentro, Soros ofreció a Mujica toda la ayuda posible para que el proceso iniciado en Uruguay pueda avanzar con mayor facilidad en el entendido compartido por ambos de que la política general actual respecto al narcotráfico no está dando resultado.
“Yo me siento orgulloso por el Uruguay, porque la humanidad nos ha castigado mucho, pero también nos ha dado mucho y esto es una manera de retribuir a la humanidad, intentar un experimento (legalizar la marihuana) que le sirva a la propia humanidad”, dijo el presidente durante la reunión.
Por su parte, Soros razonó que los cambios que se puedan realizar a escala internacional en el futuro dependen del éxito que tenga Uruguay con su plan regularizador, al tiempo que se ofreció a apoyar programas educativos en Uruguay para combatir el consumo de drogas y otras adicciones.
Una de las críticas más duras a la reunión provino de la diputada Verónica Alonso, que alertó sobre la posibilidad de que Soros, accionista de la empresa Monsanto, apoye la legalización del cannabis en el país para poder producir marihuana transgénica.
“Me preocupa que nuestro país sea un laboratorio, un experimento para que un especulador financiero como Soros se divierta, como lo ha hecho presionando y apretando a otros países en el mundo”, dijo Alonso en un comunicado difundido a la prensa.
Así, para la legisladora, la reunión entre Mujica Soros explica que el “proyecto improvisado” sobre la legalización que “pretende aprobar el gobierno” no es más que un favor a “un multimillonario que dice hacer filantropía a través de una multinacional como Monsanto, una de los principales productoras de semillas transgénicas en el mundo”
En ese sentido, pidió expresamente al Gobierno que prohíba la producción de marihuana transgénica.

terça-feira, 28 de maio de 2013

EUA mores: americanos adoram puxar um fuminho...

Brookings Institution

Dear Colleague,

Last November, Colorado and Washington became the first two states to legalize marijuana.  But based on new public opinion research—legalization now has the support of about half the country—it’s reasonable to assume they may not be the last.  Is a new national consensus emerging, or a new stage of the culture war? What are the implications, especially in light of the fact that legalization remains contrary to federal law?

Tomorrow, May 29, at 2 PM EDT, Governance Studies at Brookings and the Washington Office on Latin America will host a public forum on changing attitudes towards marijuana legalization.  The event will be live webcast and we invite you join us for the discussion.

You can register for a webcast reminder at:

In a conversation moderated by Jonathan Rauch, Brookings Senior Fellows William Galston and E.J. Dionne will present findings of a detailed study of evidence from opinion surveys, some of it newly available. Anna Greenberg and Sean Trende, two experts on politics and public opinion, will also bring their expertise to the discussion.

You can also follow along on Twitter using the hashtag #MJLegalization. We hope you can join us.

Sincerely,
Darrell West
Vice President and Director, Governance Studies at Brookings

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Olhai, pessoal do baseado: voces vao retroceder...

Fumar maconha na adolescência diminui QI na vida adulta, diz estudo

Danos à memória e à atenção são maiores quanto mais jovem for o usuário.
Pesquisa acompanhou mais de mil pessoas por 35 anos na Nova Zelândia

Adolescentes que fumam maconha podem se tornar adultos menos inteligentes, segundo um novo estudo feito em conjunto por pesquisadores britânicos e neozelandeses.

Os resultados, publicados na revista científica americana "Proceedings of the National Academy of Sciences" (PNAS), apontam que o quoeficiente de inteligência, o famoso QI, sofre uma redução pelo uso contínuo da planta da espécie Cannabis sativa.
Foram avaliadas 1.037 pessoas (52% homens) nascidas entre 1972 e 1973 na cidade neozelandesa de Dunedin. A maioria foi acompanhada dos 3 aos 38 anos de idade.
De acordo com os autores da Universidade de Otago, na Nova Zelândia, da Universidade Duke e do King’s College de Londres, ambos no Reino Unido, o prejuízo psicológico e cognitivo – ligado a áreas como atenção, raciocínio e memória – é maior entre os usuários mais jovens.