O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

Mostrando postagens com marcador subsídios. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador subsídios. Mostrar todas as postagens

sábado, 17 de dezembro de 2022

Bolsonaro deixa um rombo de R$ 500 bilhões no setor elétrico e consumidor paga o pato

 O Brasil é um “Conjunto Vazio” que acredita ser o “Centro do Universo” (Ricardo Bergamini).

Prezados Senhores

Parece que a imprensa liberou geral o esgoto do governo Bolsonaro, assim sendo para quem desejar ver o rombo de forma macroeconômica, até 2021, vide resumo abaixo:

 

É lamentável que a grande maioria dos brasileiros não tenha interesse em números, gráficos e tabelas, se tivessem conhecimento do balanço patrimonial da União, que apresentou um patrimônio líquido negativo de R$ 1,4 trilhão em 2015, de R$ 2,0 trilhões em 2016, de R$ 2,4 trilhões em 2017, de R$ 2,4 trilhões em 2018, de R$ 3,0 trilhões em 2019, de R$ 4,4 trilhões em 2020 e R$ 5,2 trilhões em 2021. Em 2021, houve crescimento do patrimônio líquido negativo de 116,67% em relação ao ano de 2018.  

Sem considerar números, gráficos e tabelas divulgados pelo governo, a estupidez coletiva brasileira comemora um governo que, em apenas três anos, aumentou o nosso buraco (patrimônio líquido negativo, ou passivo a descoberto) em R$ 2,8 trilhões, ou seja: 116,67% maior do que o ano de 2018. 

Em 2021, o patrimônio líquido negativo da União que é a diferença existente entre todos os haveres do governo (ativos – R$ 6,3 trilhões) e os deveres do governo (passivos – R$ 11,5 trilhões) foi de R$ 5,2 trilhões. Se fosse uma empresa privada estaria falida, mas como os países não falem serão eliminados os sócios (povo) mais frágeis. O Brasil não poderá fazer mais nada por grande parte do seu povo no campo da educação, da segurança e da saúde. Isso eu garanto!

 

Bolsonaro deixa um rombo de R$ 500 bilhões no setor elétrico e consumidor paga o pato

 

Quase metade da conta de luz já é composta de impostos. Os ‘jabutis’ oportunistas incluídos na privatização da Eletrobrás para beneficiar políticos pelo governo Bolsonaro podem aumentar essa proporção

 

16/12/2022

 

Matéria completa clique abaixo:

 

https://istoe.com.br/e-a-conta-e-do-consumidor/

quarta-feira, 4 de maio de 2022

Concurso do Itamaraty: minha contribuição à preparação dos candidatos: cronologias, apresentações, listas de livros

Preparação dos candidatos à carreira diplomática: 

subsídios de Paulo Roberto de Almeida

Ao longo de décadas, sem fazer parte do "mercado de preparatórios", tenho colaborado voluntariamente, ainda que ocasionalmente, com o processo de preparação e estudos dos candidatos à carreira diplomático, seja por meio de textos, artigos e livros (mas sempre alerto aos incautos que minhas posições nem sempre coincidem com as da diplomacia oficial do governo e sequer do Itamaraty), seja por meio de aulas, palestras, conferências e "aparições" em eventos de terceiros, sempre a convite, jamais procurado por mim. Foi o caso recentemente, e recolho aqui alguns dos meus registros nesse sentido, a convite do grupo Ubique: 


4144. “Política internacional, contexto regional e diplomacia brasileira, acompanhada de listagem seletiva da produção acadêmica em relações internacionais e em política externa do Brasil, de 1985 a 2022”, Brasília, 4 maio 2022, 33 p. Atualização do trabalho 4030, quadro sintético cronológico de eventos mundiais, regionais e da política externa brasileira, e da produção intelectual no período, elaborado com base no trabalho n. 2723 (de 1954 a 2014) e atualizado até maio de 2022. Postado na plataforma Academia.edu (link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida/Published-Works-by-Year-(lists)).


4103. “Evolução da Política Externa do Brasil, de 1945 a 2018: material suplementar”, Brasília, 13 março 2022, 1 p. + anexos. Material de base informativo constante das cronologias preparadas sobre a política internacional, o contexto regional e diplomacia brasileira, acompanhada de listagem seletiva da produção acadêmica em relações internacionais e em política externa do Brasil, no período de 1945 a 2022”, para servir como subsídio aos alunos do Curso Ubique, em palestra no dia 15/04, online. Enviado a Paulo Fernando Pinheiro Machado. (informado acima)


4126. “Livros de diplomatas e de terceiros sobre temas da diplomacia brasileira”, Curitiba, 5 abril 2022, 6 p. Relação de meus livros que compilam resenhas dos livros de diplomatas e não diplomatas sobre política externa e diplomacia brasileira, com uma lista suplementar de meus livros sobre os mesmos temas. Oferecida a candidatos à carreira diplomática. Encaminhada ao Curso Preparatório CACD e ao Curso Ubique. (abaixo)


4129. “Grandes etapas da política externa brasileira desde 1945”, São Paulo, 13 abril 2022, 20 slides. Apresentação reproduzindo o texto dos trabalhos 4103 e 4106, com completação dada pelos anexos enviados. Divulgado na plataforma Academia.edu (https://www.academia.edu/76375339/4129_Grandes_etapas_da_politica_externa_brasileira_desde_1945_Palestra_Curso_Ubique_2022_); informado no blog Diplomatizzando (link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2022/04/grandes-etapas-da-politica-externa.html). Vídeo disponível no canal do curso Ubique no YouTube (link: https://www.youtube.com/watch?v=xpMbR6cQxWo).

 

4130. “Questões Curso Ubique”, São Paulo, 14 abril 2022, 6 p. Respostas a questões suplementares apresentadas no curso da palestra no Curso Ubique (trabalho n. 4129), não respondidas no momento e enviadas ulteriormente, mas enviadas aos organizadores e tornadas disponíveis no blog Diplomatizzando (link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2022/04/grandes-etapas-da-politica-externa.html). Ajustes em determinadas questões para separar posturas pessoais das posições oficiais da diplomacia brasileira.


4033. “Bibliografia diplomática cronológica, 1945-2022: Relações internacionais, relações exteriores, política externa, história diplomática e diplomacia do Brasil: um guia de leituras”, Brasília, 2 dezembro 2021, 26 p. Atualização e complementação dos trabalhos 3630 e 4030, contendo uma relação linear dos livros mais importantes publicados no período. Divulgado Academia.edu (link: https://www.academia.edu/62920113/4033_Bibliografia_diplomática_cronológica_1945_2022_2021_); anunciado no blog Diplomatizzando (link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2021/12/bibliografia-diplomatica-cronologica.html).


3630. “Relações internacionais, relações exteriores, política externa, história diplomática e diplomacia do Brasil, 75 anos de livros e leituras: um guia bibliográfico cronológico, 1945-2020”, Brasília, 11 abril 2020, 22 p. Guia parcial e incompleto da bibliografia em formato de livros, brasileiros e estrangeiros, sobre as temáticas do título; divulgado em caráter preliminar na plataforma Academia.edu (link: https://www.academia.edu/42707131/Bibliografia_Diplomatica_Cronologica_1945-2020 e https://www.academia.edu/s/135002abe2), e apresentado no blog Diplomatizzando (link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2020/04/uma-cronologia-diplomatica-75-anos-de.html); disponível no Research Gate (link: https://www.researchgate.net/publication/340619058_Bibliografia_Diplomatica_Brasileira_formato_cronologico_1945_a_2020). Revisão ampliada em 3/12/2020.


Livros de diplomatas e de terceiros sobre temas da diplomacia brasileira

 

Paulo Roberto de Almeida

Diplomata, professor

(www.pralmeida.org; diplomatizzando.blogspot.com)

Relação de livros publicados, em formatos diversos, vários livremente disponíveis.

  

Apresento na lista abaixo a relação de todos os volumes que compus, em anos anteriores, compilando minhas resenhas de livros de diplomatas e de não diplomatas sobre os temas afetos à política externa, à diplomacia e às relações internacionais do Brasil. A primeira obra da lista, “Prata da Casa”, de 2014, deveria ter sido publicada pela própria Funag, mas como houve uma tentativa de censura a uma das resenhas – no caso crítica à diplomacia do ex-presidente Lula – eu objetei à tal poda, o que me levou a publicar eu mesmo o livro então composto, por acaso extremamente volumoso. Os demais volumes constituem precisamente variações dessa primeira obra, separando livros de diplomatas e de não diplomatas, assim como compondo uma relação repartida tematicamente. Desde então, efetuei outras resenhas, mas ainda não as integrei a nenhum dos volumes, o que vou fazer oportunamente. Na sequência, apresento uma relação dos meus próprios livros que possuem conexão com os mesmos temas, vários deles livremente disponíveis.

 

Obras compilando resenhas de livros: 

 

Prata da Casa: os livros dos diplomatas, Hartford, 11 novembro 2013, 691 p. Compilação das resenhas mais importantes de livros de diplomatas e acadêmicos de livros da área, com Prefácio, Introdução, Índice Alfabético de Autores e Livros e demais informações de expediente. Edição de Autor; Versão de: 16/07/2014, 663 p.; disponível na página pessoal da plataforma Academia.edu, link: https://www.academia.edu/5763121/Prata_da_Casa_os_livros_dos_diplomatas_Edicao_de_Autor_2014_

 

Polindo a Prata da Casa: mini-resenhas de livros de diplomatas; Hartford, 16 outubro 2014, 124 p. Nova edição resumida do Prata da Casa, restruturada em partes e contando apenas as mini-resenhas preparadas para o Boletim ADB. Serviu de base para publicação em formato Kindle (Amazon Digital Services: Kindle edition, 2014, 151 p. 484 KB; ASIN: B00OL05KYG; DOI: 10.13140/2.1.4630.4325; disponível na Amazon; link: http://www.amazon.com/dp/B00OL05KYG; e na plataforma Academia.edu; link: https://www.academia.edu/8815100/23_Polindo_a_Prata_da_Casa_mini-resenhas_de_livros_de_diplomatas_2014_). Prefácio e Sumário disponíveis no blog Diplomatizzando (link: http://diplomatizzando.blogspot.com/2014/10/mini-resenhas-de-livros-de-diplomatas.html). 

 

Codex Diplomaticus Brasiliensis: livros de diplomatas brasileiros, Hartford, 2 novembro 2014, 326 p. Livro digital, em edição de autor, composto de resenhas de livros de diplomatas, já publicadas no Prata da Casa. Tornado disponível na plataforma Academia.edu (link: https://www.academia.edu/9084111/24_Codex_Diplomaticus_Brasiliensis_livros_de_diplomatas_brasileiros_2014_) e em formato Kindle (1118 KB; 444 p.; ASIN: B00P6261X2; link: http://www.amazon.com/dp/B00P6261X2); Researchgate.net (DOI: 10.13140/2.1.2008.9927).

 

Rompendo Fronteiras: a Academia pensa a Diplomacia, Hartford, 4 novembro 2014, 414 p. Livro de resenhas de não-diplomatas, completando os dois anteriores na série de três derivados do Prata da Casa. Editado em formato Kindle (1202 KB, ASIN: B00P8JHT8Y; link: http://www.amazon.com/dp/B00P8JHT8Y). Disponível na plataforma Academia.edu (link: https://www.academia.edu/9108147/25_Rompendo_Fronteiras_a_academia_pensa_a_diplomacia_2014_). Researchgate.net (DOI: 10.13140/2.1.4106.1447). Informado no blog Diplomatizzando (link: http://diplomatizzando.blogspot.com/2014/11/rompendo-fronteiras-academia-pensa.html).

 

 

Outros livros de Paulo Roberto de Almeida: 

 

Sumários dos livros do ciclo do bolsolavismo diplomático: 

       Link: https://www.academia.edu/48857809/Relações_Exteriores_Pol%C3%ADtica_Externa_e_Diplomacia_Brasileira_livros_de_Paulo_Roberto_de_Almeida_maio_2021_

 

Apogeu e demolição da política externa: itinerários da diplomacia brasileira (Curitiba: Appris, 2021, 291 p.; ISBN: 978-65-250-1634-4). Informação no link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2021/06/apogeu-e-demolicao-da-politica-externa_18.html

 

O Itamaraty Sequestrado: a destruição da diplomacia pelo bolsolavismo2018-2021 (Brasília, 1-9 maio 2021, 114 p.; ISBN: 978-65-00-22215-9; blog Diplomatizzando; link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2021/05/o-itamaraty-sob-ataque-2018-2021.html).

 

O Itamaraty num labirinto de sombras: ensaios de política externa e de diplomacia brasileira (Brasília: Diplomatizzando, 2020, 225 p.), Brasília, 1 junho 2020, 225 p. Publicado (sem índice) em 11/06/2020; Edição Kindle: 204 p.; 1302 KB; ASIN: B08B17X5C1; ISBN: 978-65-00-05968-7; disponível no link: https://www.amazon.com/-/pt/dp/B08B17X5C1/ref=sr_1_1?__mk_pt_BR=ÅMÅŽÕÑ&dchild=1&keywords=O+Itamaraty+num+labirinto+de+sombras&qid=1591845003&s=digital-text&sr=1-1).

 

Uma certa ideia do Itamaraty: a reconstrução da política externa e a restauração da diplomacia brasileira, Brasília, 7 setembro 2020, 169 p. Livro sobre a diplomacia, incorporando o Programa Renascença, do Instituto Diplomacia para Democracia, do diplomata Antonio Cottas Freitas. Anunciado no blog Diplomatizzando (link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2020/09/uma-certa-ideia-do-itamaraty_7.html). Academia.edu (link: https://www.academia.edu/44037693/Uma_certa_ideia_do_Itamaraty_A_reconstrucao_da_politica_externa_e_a_restauracao_da_diplomacia_brasileira_2020_); Research Gate (link: https://www.researchgate.net/publication/344158917_Uma_certa_ideia_do_Itamaraty_A_reconstrucao_da_politica_externa_e_a_restauracao_da_diplomacia_brasileira_Brasilia_Diplomatizzando_2020_169_p).

 

Miséria da diplomacia: a destruição da inteligência no Itamaraty, Boa Vista: Editora da UFRR, 2019, 165 p., Coleção “Comunicação e Políticas Públicas”, vol. 42; ISBN: 978-85-8288-201-6 (livro impresso); ISBN: 978-85-8288-202-3 (livro eletrônico; disponível nos links: https://docs.wixstatic.com/ugd/6e2800_3e88aadf851b4b2ba4b54c6707fd9086.pdf e do Google Books: https://books.google.com.br/books?id=tvqjDwAAQBAJ&printsec=frontcover&hl= pt-BR&source=gbs_ge_summary_r&cad=0#v=onepage&q&f=false). Incorporado à plataforma Academia.edu (link: https://www.academia.edu/39882114/Miseria_da_diplomacia_a_destruicao_da_inteligencia_no_Itamaraty_Ed._UFRR_2019_) e a Research Gate (https://www.researchgate.net/publication/334593501_Miseria_da_diplomacia_a_destruicao_da_inteligencia_no_Itamaraty). Anunciado no blog Diplomatizzando (https://diplomatizzando.blogspot.com/2019/07/miseria-da-diplomacia-edicao-da- ufrr.html). 

 

Miséria da diplomacia: a destruição da inteligência no Itamaraty, Brasília: Edição do autor, 2019, 184 p., ISBN: 978-65-901103-0-5. Incorporado à plataforma Academia.edu (link para o miolo do livro: https://www.academia.edu/40000881/A_Destruicao_da_Inteligencia_no_Itamaraty_Edição_do_Autor_2019_) e a Research Gate (link: https://www.researchgate.net/publication/334450922_Miseria_da_diplomacia_a_destruicao_da_Inteligencia_no_Itamaraty_2019). 

 

Contra a corrente: Ensaios contrarianistas sobre as relações internacionais do Brasil (2014-2018) (Curitiba: Appris, 2019, 247 p.; ISBN: 978-85-473-2798-9); apresentação na página da editora (link: https://www.editoraappris.com.br/produto/2835-contra-a-corrente-ensaios- contrarianistas-sobre-as-relaes-internacionais-do-brasil-2014-2018). Expediente postado no blog Diplomatizzando (11/02/2019; link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2019/02/contra-corrente-ensaios- contrarianistas.html). Apresentação postada na plataforma Academia.edu (links: http://www.academia.edu/38338893/ContraCorrenteShort.pdf https://www.academia.edu/38338893/Contra_a_Corrente_ensaios_contrarianistas_sobre_as_RI_do_Brasil_2014-2018_2019_).

 

Nunca Antes na Diplomacia...: A política externa brasileira em tempos não convencionais (Curitiba: Appris, 2014, p. 289; ISBN: 978-85-8192-429-8); Blog Diplomatizzando (link: http://diplomatizzando.blogspot.com/2014/07/nunca-antes-na-diplomacia-todos-os.html). 

 

A ordem econômica mundial e a América Latina: ensaios sobre dois séculos de história econômica; Edição Kindle, 2020; 363 p.; 2029 KB; ASIN: B08CCFDVM2; ISBN: 978-65-00-05967-0; Info blog Diplomatizzando (link: https://www.academia.edu/43494964/A_ordem_economica_mundial_e_a_America_Latina_ensaios_sobre_dois_seculos_de_historia_economica_2020_). 

 

O Mercosul e o regionalismo latino-americano: ensaios selecionados, 1989-2020; Edição Kindle, 2020; 453 p.; 1567 KB; ASIN: B08BNHJRQ4; ISBN: 978-65-00-05970-0; Info blog Diplomatizzando (23/06/2020; links: links: https://diplomatizzando.blogspot.com/2020/06/o-mercosul-e-o-regionalismo-latino.html) e https://diplomatizzando.blogspot.com/2020/06/o-mercosul-e-o-regionalismo-latino_23.html). 

 

Um contrarianista na academia: ensaios céticos em torno da cultura universitária, 2020, 363 p. Apresentação sumária no blog Diplomatizzando (link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2020/03/meu-proximo-livro-um-contrarianista-na.html); Academia.edu (link: https://www.academia.edu/42265476/Um_contrarianista_na_academia_ensaios_c%C3%A9ticos_em_torno_da_cultura_universit%C3%A1ria); Edição Kindle (ASIN: ASIN: B08668WQGL; ISBN: 978-65-00-06751-4; link: https://www.amazon.com/-/pt/dp/B08668WQGL/ref=sr_1_1?__mk_pt_BR=%C3%85M%C3%85%C5%BD%C3%95%C3%91&keywords=Paulo+Roberto+de+Almeida&qid=1584737696&s=digital-text&sr=1-1). 

 

Marxismo e socialismo no Brasil e no mundo: trajetória de duas parábolas da era contemporânea; 2019; Edição em Kindle; ASIN: B082YRTKCH. ISBN: 978-65-00-05969-4; Disponível nas plataformas Academia.edu (link: https://www.academia.edu/41255795/Marxismo_e_Socialismo_2019_) e Research Gate (link: https://www.researchgate.net/publication/337874789_Marxismo_e_Socialismo_trajetoria_de_duas_parabolas_na_era_contemporanea_2019). 

 

Contra a corrente: Ensaios contrarianistas sobre as relações internacionais do Brasil (2014-2018) (Curitiba: Appris, 2019, 247 p.; ISBN: 978-85-473-2798-9); Disponível na página da editora (link: https://www.editoraappris.com.br/produto/2835-contra-a-corrente-ensaios- contrarianistas-sobre-as-relaes-internacionais-do-brasil-2014-2018). Info blog Diplomatizzando (11/02/2019; link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2019/02/contra-corrente-ensaios- contrarianistas.html), plataforma Academia.edu (links: http://www.academia.edu/38338893/ContraCorrenteShort.pdf https://www.academia.edu/38338893/Contra_a_Corrente_ensaios_contrarianistas_sobre_as_RI_do_Brasil_2014-2018_2019_). 

 

Pontes para o mundo no Brasil: minhas interações com a RBPI, Edição Kindle, 2019, 481 p.; ASIN: B08336ZRVS; ISBN: 978-65-00-06769-9. Info blog Diplomatizzando (link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2019/12/ontes-para-o-mundo-no-brasil- minhas.html) e Academia.edu (link: https://www.academia.edu/41447612/Pontes_para_o_mundo_no_Brasil_minhas_interacoes_com_a_RBPI_2019_). 

 

Vivendo com Livros: uma loucura gentil, Brasília, Edição de Autor, 2019, 265 p. Edição Kindle; ASIN: B0838DLFL2; ISBN: 978-65-00-06750-7. Info blog Diplomatizzando (link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2019/12/vivendo- com-livros-uma-loucura-gentil.html). 

 

Um contrarianista no limbo: artigos em Via Política, 2006-2009, Brasília, Edição de Autor, 2019, 240 p.; Edição Kindle; ASIN: B083611SC6; ISBN: 978-65-00-06752-1Divulgado no blog Diplomatizzando (link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2019/12/um-contrarianista-no-limbo-artigos- em.html). plataforma Academia.edu (link: https://www.academia.edu/41459572/Um_contrarianista_no_limbo_artigos_em_Via_Politica_2019_). 

 

Minhas colaborações a uma biblioteca eletrônica: contribuições a periódicos do sistema SciELO, 2019, 300 p. Edição Kindle, ASIN: B08356YQ6S; ISBN: 978-65-00-06768-2Divulgado no blog Diplomatizzando (link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2019/12/minhas-contribuicoes-periodicos-do.html); plataforma Academia.edu (link: https://www.academia.edu/41459945/Minhas_colaborações_a_uma_biblioteca_eletronica_contribuicoes_a_periodicos_do_sistema_SciELO_2019_). 

 

O panorama visto em Mundorama: ensaios irreverentes e não autorizados, 2019, 477 p.; edição em Kindle, ASIN: B082ZNHCCJISBN: 978-65-00-06753-8. Divulgado via Diplomatizzando (link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2019/12/o-panorama-visto-em-mundorama-livro-em.html) e em Academia.edu (link: https://www.academia.edu/41447822/O_panorama_visto_em_Mundorama_ensaios_irreverentes_e_nao-autorizados_2019_). 

Paralelos com o Meridiano 47: Ensaios Longitudinais e de Ampla Latitude, 2019, 398 p.; Edição Kindle (ASIN: B082Z756JH). Anunciada no blog Diplomatizzando (link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2019/12/paralelos-com-o-meridiano-47-ensaios.html) e na plataforma Academia.edu (link: https://www.academia.edu/41460298/Paralelos_com_o_Meridiano_47_Ensaios_Longitudinais_e_de_Ampla_Latitude_2019_). 

 

Volta ao Mundo em 25 Ensaios: Relações Internacionais e Economia Mundial, Brasília, 2018, 110 p.; Edição Kindle, 2018; ASIN: B07BCRM1YF; link: https://www.amazon.com/dp/B07BCRM1YF); Blog Diplomatizzando (link: https://diplomatizzando.blogspot.com.br/2018/03/volta-ao-mundo-em-25-ensaios-prefacio.html). Relação de Originais n. 2712. Publicados n. 1275.

 

Globalizando: ensaios sobre a globalização e a antiglobalização; Rio de Janeiro: Lumen Juris Editora, 2010, 281 p. ISBN: 978-85-375-0875-6; disponível em Academia.edu: link: https://www.academia.edu/42313006/Globalizando_ensaios_sobre_a_globalizacao_e_a_antiglobalizacao_2011_

 

O Estudo das Relações internacionais do Brasil, Brasília, 24 de agosto de 2006. LGE Editora, 2006; ISBN: 85-7328-271-2; disponível na plataforma Academia.edu, link: https://www.academia.edu/42674261/O_Estudo_das_Relacoes_internacionais_do_Brasil_um_dialogo_entre_a_diplomacia_e_a_academia_2006_https://www.academia.edu/42674262/O_Estudo_das_Relacoes_internacionais_do_Brasil_Quadros_Analiticos_Horizontais

 

Os primeiros anos do século XXI: relações internacionais contemporâneas. São Paulo: Editora Paz e Terra, 2002; ISBN: 85-219-0435-5; disponível na plataforma Academia.edu; link: https://www.academia.edu/42283521/Os_Primeiros_Anos_do_Seculo_XXI_o_Brasil_e_as_relações_internacionais_contemporaneas_2002_

 

O estudo das relações internacionais do Brasil. São Paulo: Editora da Universidade São Marcos, 1999, 300 p.; ISBN: 85-86022-23-3; Divulgado no blog Diplomatizzando (link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2020/03/o-estudo-das-relacoes-internacionais-do.html); na plataforma Academia.edu (link: https://www.academia.edu/42301157/O_estudo_das_relacoes_internacionais_do_Brasil_1999_ e, para as tabelas: https://www.academia.edu/42301158/Tabelas_Estat%C3%ADsticas_e_Quadros_Anal%C3%ADticos_O_Estudo_RI_Br_).

 

Mercosul: fundamentos e perspectivas. São Paulo: LTr, 1998, 160 p. ISBN: 85-7322-548-3; disponível na plataforma Academia.edu, link: https://www.academia.edu/42290608/Mercosul_fundamentos_e_perspectivas_1998_

 

O Mercosul no contexto regional e internacional. São Paulo: Edições Aduaneiras, 1993, 204 p.; disponível na plataforma Academia.edu; link: https://www.academia.edu/42007009/O_Mercosul_no_Contexto_Regional_e_Internacional_1993_

 

 

Paulo Roberto de Almeida

Brasília, 4126: 5 abril 2022, 6 p.


segunda-feira, 20 de dezembro de 2021

Uma entrevista (não concedida) a revista A Granja sobre a política agrícola europeia, em 2001, e a postura brasileira

"Descobri" mais um texto inédito em meus arquivos. Como o assunto permanece de atualidade, permito-me divulgar agora seu teor: 

836. “O Brasil e o Comércio Agrícola Mundial”, Washington, 5 dezembro 2001, 9 p. Elementos de informação para eventual entrevista à revista A Granja (agranja.com), de Porto Alegre, não concedida por motivo de restrições à expressão livre do pensamento por parte do Itamaraty (“lei da mordaça”). 


O Brasil e o Comércio Agrícola Mundial

 

Paulo Roberto de Almeida

Washington, 5/12/2001

 

1.     Primeiramente, gostaria que o Sr. fizesse uma análise do agronegócio brasileiro sob a ótica de seu livro Os Primeiros Anos do Século XXI: Relações Internacionais Contemporâneas. (discorrer sobre esse enfoque) 

No início do século XXI, o agronegócio internacional não tem mais nada a ver com a concepção tradicional das atividades rurais ou agrícolas, tais como descritas pelos economistas fisiocratas do século XVIII e conhecidas durante grande parte do século XIX e XX. O agronegócio hoje representa o que se poderia chamar de “grane indústria” e talvez ele seja ainda mais do que isso, pois se trata de um complexo de atividades que engloba a mobilização de insumos altamente especializados no setor propriamente produtivo, mas que mobiliza também serviços qualificados de organização e distribuição do chamado novo terciário (pesquisa e desenvolvimento, assistência técnica, mercados futuros, marketing), ademais dos serviços mais tradicionais (transportes, comunicações, publicidade), que, tomados em sua totalidade nada ficam a dever às mais sofisticadas atividades produtivas da atualidade (na informática ou na biotecnologia, por exemplo, aos quais ele aliás faz apelo).

O agronegócio brasileiro está seguindo plenamente essas tendências internacionais e, em função de nossa excepcional dotação de fatores e capacidade gerencial e espírito moderno dos agricultores brasileiros, deve converter-se num dos setores de ponta da economia brasileiro, sendo já responsável por uma das principais fontes de geração de renda e inovação tecnológica. 

 

2.     Nesse mundo globalizado, quais as expectativas e desafios do agribusiness nacional nesse ano que se inicia (2002)?  

Continuar incessantemente a marcha da contínua qualificação técnica do aparato produtivo, vincular-se de maneira estreita aos sistemas de informação e comercialização no plano mundial e desenvolver nossos próprios vetores de “poder” no campo do agribusiness internacional, o que significa capacidade de influenciar as tendências do mercado e antecipar-se às suas transformações. Isto significa superar as fronteiras exclusivamente nacionais do agronegócio e continuar no sentido de uma inserção cada vez mais dinâmica na economia internacional. O Brasil tem todas as condições para ser o que se chama de “major player” nos mercados agrícolas internacionais e não devemos renunciar a esse papel 

 

3.     Na sua opinião, o Brasil é competitivo na área agrícola?

Plenamente, ainda que diversos fatores restritivos ainda atuem negativamente em nossa inserção competitiva. Esses fatores podem ser intrínsecos (como a necessidade de continuar fazendo progressos em termos de pesquisa agrícola, biotecnológica, de incorporação de técnicas informatizadas na organização produtiva e de comercialização), mas são também e principalmente de natureza extrínseca à atividade propriamente agrícola. Esses problemas estão em grande medida associados ao chamado “custo Brasil”, estando vinculados a uma estrutura tributária ineficiente ou anticompetitiva, custos elevados nos setores de transportes e armazenagem, e sobretudo no que se refere ao custo do capital, isto é, recursos financeiros para produção e comercialização (que são ainda bastante elevados no Brasil, comparativamente a outros países).

Não devemos, contudo, cair na “facilidade” dos programas subvencionados para a produção ou comercialização externa dos produtos do agronegócio. Trata-se de um custo que a sociedade brasileira claramente não pode suportar e que, ademais, vai no sentido contrário ao das tendências internacionais, que caminham para a eliminação desses fatores distorcivos do comércio internacional e do próprio processo de formação de preços no plano interno.

 

4.     O que nos falta, falando em mercado internacional, é puramente posicionamento político e/ou marketing?

Ambos, mas cada um deve ser apreciado à sua justa medida. O marketing depende apenas de nós, de nosso esforço interno, da capacidade de nossos líderes empresariais e da incorporação de know-how que nossos jovens agricultores podem e devem aprender tanto dentro como fora do País e colocar a serviço do agronegócio nacional.

O posicionamento político no plano externo é bem mais complicado, pois estamos em face de competidores poderosos – como são os Estados Unidos e a União Européia – que mobilizam recursos imensos para proteger de maneira escandalosa, quase obcena, seus setores agrícolas, ao mesmo tempo em que concedem generosos subsídios à produção interna e às exportações.

 

5.     Podemos afirmar que o protecionismo agrícola, dos Estados Unidos e da Europa, é o nosso principal obstáculo em relação ao comércio exterior?

Ele é certamente um obstáculo poderoso, mas devemos considerar igualmente barreiras técnicas (normas e regulações fito e zoosanitárias) que podem ser utilizadas de maneira indevida, bem como o próprio complexo financeiro-mercadológico dos mercados externos de commodities e outros produtos processados de origem agrícola. As medidas de apoio interno são provavelmente ainda mais danosas do que o protecionismo estrito senso. Mas certamente que devemos combater com toda a força o protecionismo dos países mais avançados. 

 

6.     Como podemos nos armar e articular para derrubar estas barreiras impostas pelos ditos países ricos?

Realizando articulações entre grupos de países, construindo alianças com parceiros ostentando interesses similares, mas sendo também extremamente vocais em todo e qualquer encontro internacional: não podemos deixar passar uma ocasião sequer de protestar, reivindicar, reclamar, expor os fatos, mostrar a crueza dos números relativos a subsídios maciços ou denunciar a arbitrariedade de determinadas “normas técnicas”. A toda e qualquer viagem no exterior, a toda e qualquer visita de dirigente estrangeiro neste país devemos mostrar nossa realidade: uma economia agrícola pujante, que se vê injustamente já obstaculizada por barreiras e subsídios ilegais e imorais nos países desenvolvidos.

 

7.     A ALCA e a OMC podem ser um caminho real e concreto para o governo brasileiro abrir novos mercados para o nosso produto?

A Alca no plano regional, a OMC no plano multilateral, certamente podem constituir vias concretas de abertura de mercados para os produtos brasileiros, assim como de criação de novas oportunidades de projeção estratégica internacional. O agronegócio brasileiro não pode mais ser pensado apenas em escala nacional, ele deve projetar-se externamente e constituir marcas e redes de distribuição no plano internacional. Esta é a condição de seu crescimento contínuo.

 

8.     No seu ponto de vista, acordos internacionais realmente serão eficientes para a economia brasileira ou nunca deixaremos de atender totalmente as ‘normas’ dos países ricos?

Os acordos internacionais são basicamente normas reguladoras de acesso a mercados e de imposição de regras de concorrência. Eles são a única garantia de que o comércio exterior não será obstaculizado por regras arbitrárias e protecionistas impostas pelos mais poderosos. Devemos tornar-nos negociadores internacionais mais eficientes, com a incorporação de economistas agrícolas e de representantes dos produtores em todas as delegações de interesse regional e multilateral que comparecem em foros negociadores.

 

9.     Quando se trata de mercado internacional porque toda e qualquer negociação é tão complicada?

Estamos falando de um número muito grande de países, ostentando níveis diversos de desenvolvimento, com estruturas econômicas e produtivas desiguais e sobretudo com instituições políticas e sociais respondendo a diferentes prioridades. No caso da agricultura, ela ainda desperta sentimentos e reações que não são os mesmos dos fatores associados à indústria ou serviços tradicionais, daí o número elevado de disposições especiais que regulam esse setor nos diferentes países que participam do mercado internacional. Devemos, portanto, esforçar-nos para demonstrar que não existe, na atualidade, riscos de ruptura alimentar e que a agricultura deve ser tratada como uma atividade como qualquer outra, submetida às regras sadias da concorrência e aberta aos talentos e competitividade.

 

10.  Qual é o peso, a participação, atual da agricultura brasileira lá fora?

Bastante importante em diversos mercados setoriais, mas ainda pouco relevante em termos de definição do equilíbrio de mercados globais, por falta de condições financeiras, pela ausência de multinacionais brasileiras no setor etc. O panorama está mudando e certamente nossa “hegemonia” setorial (no complexo soja, por exemplo) poderá vir a constituir uma poderosa alavanca de participação brasileira nos mercados agrícolas mundiais.

 

11.  Qual a sua análise sobre os efeitos do custo Brasil nas exportações brasileiras?

Extremamente danoso de forma geral, mas mais importante no setor industrial do que para a área agrícola que, ainda assim, consegue ser competitiva, graças a uma boa dotação de fatores e à capacidade superior de nossos homens de negócios do “campo”. Na verdade, o custo Brasil depende inteiramente de nós mesmos e, portanto, pode ser resolvido com base num consenso político em torno das reformas necessárias.

 

12.  E a crise da Argentina, de que maneira poderá refletir no mercado agrícola brasileiro?

Trata-se de uma influência marginal, já que ambos os países são ofertantes e bons competidores em diversos setores do agribusiness mundial. A Argentina certamente conseguirá superar seus atuais problemas de competitividade e o Brasil, corrigido o custo Brasil, também tem todas as condições de ser, como já é em parte, uma grande potência agrícola internacional.

 

13.  O Mercosul está cada vez mais perdendo espaço e força?

Não, ele atravessa uma crise temporária que não deriva de seus fundamentos ou mecanismos internos. Trata-se de uma crise dos países membros, não do próprio Mercosul. Uma vez superada essa crise, ele voltará a desempenhar um papel importantíssimo na estratégia brasileira de inserção internacional.

 

14.  Existe futuro para o bloco econômico do Sul tendo em vista a crise da Argentina, nosso principal parceiro comercial?

Certamente, estou plenamente confiante em que a crise será superada e que o Mercosul voltará a representar um fator estratégico na capacidade externa de barganha, sobretudo na área do agronegócio. A Argentina continuará sendo um dos principais parceiros comerciais do Brasil qualquer que seja o destino ou evolução ulterior do Mercosul.

 

15.  É recente no Brasil a tomada de decisões que desafiam as grandes potências, como a da quebra de patentes dos remédios do coquetel anti-aids  e  a imposição da inclusão do agronegócio nas negociações da ALCA. Estamos abandonando a cultura da submissão?

Não quebramos nenhuma patente ainda, mas apenas indicamos que estaríamos dispostos a coibir o abuso de poder econômico na área patentária, eventualmente utilizando o mecanismo do licenciamento compulsório. Certamente que na última conferência ministerial da OMC, em Doha, fomos um dos mais ativos participantes, como aliás já tinha sido o caso em ocasiões anteriores. Desta vez, ocorreu uma combinação de fatores favoráveis, entre eles uma coordenação adequada no plano interno e externo, o dinamismo dos nossos negociadores, o que permitiu alcançar resultados altamente satisfatórios… em termos de “promessas”. Não nos iludamos, porém, os grandes combates ainda estão por vir e não será fácil lograrmos alcançar nossos objetivos em termos de resultados negociadores.

Nunca houve submissão na diplomacia econômica brasileira, mas havia a percepção de que podíamos ser mais ativos. Esse ativismo tornou-se mais transparente nos últimos meses e anos. Cabe destacar o papel da diplomacia presidencial, mas igualmente a alta qualidade profissional, intelectual, e a competência técnica de nossos negociadores, tanto do Itamaraty, como dos ministérios setoriais. A mobilização da chamada sociedade civil também foi importante para alcançarmos uma “massa crítica” que nos fez defender de maneira tenaz nossos objetivos negociais.