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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;

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sexta-feira, 27 de dezembro de 2019

Minhas contribuições a periódicos do sistema SciELO - Kindle Book, by Paulo Roberto de Almeida

Minhas colaborações a uma biblioteca eletrônica: Contribuições a periódicos do sistema SciELO 

(Portuguese Edition) eBook Kindle




Novo volume em edição de Autor, coletando exclusivamente os principais trabalhos publicados nas revistas Contexto Internacional, Sociologia e Política e Revista Brasileira de Política Internacional, e poucas outras. Ficaram de fora os materiais relativos à RBPI e ao IBRI, assim como diversas resenhas de livros publicados na RBPI, que serão objeto de publicação especial.

Índice:
Apresentação: Da máquina de escrever aos sistemas online

Primeira Parte: O Brasil na economia mundial
1)A democratização da sociedade internacional e o Brasil: ensaio sobre uma mutação histórica de longo prazo (1815-1997)
2)Transformações da ordem econômica mundial, do final do século 19 à Segunda Guerra Mundial
3)A economia internacional no século XX: um ensaio de síntese
4)O Brasil e a construção da ordem econômica internacional contemporânea.
5)As relações econômicas internacionais do Brasil dos anos 1950 aos 80
6)O Brasil e o FMI, desde Bretton Woods: 70 anos de história
7)Sovereignty and regional integration in Latin America: a political conundrum?
8)O Brasil e os blocos regionais: soberania e interdependência
9)Propriedade intelectual: os novos desafios para a América Latina.
10)A formação da diplomacia econômica do Brasil

Segunda Parte: História e política do Brasil
11)A política internacional do Partido dos Trabalhadores: da fundação à diplomacia do governo Lula
12)Uma política externa engajada: a diplomacia do governo Lula
13)A política externa do novo governo do presidente Luís Inácio Lula da Silva: retrospecto histórico e avaliação programática
14)Uma nova ‘arquitetura’ diplomática? - Interpretações divergentes sobre a política externa do governo Lula (2003-2006).
15)Never before seen in Brazil: Luis Inácio Lula da Silva's grand diplomacy
16)Brasileiros na guerra civil espanhola: combatentes na luta contra o fascismo

Livros do autor
Nota sobre o Autor

Detalhes do produto

  • Tamanho do arquivo: 916 KB
  • Número de páginas: 525 páginas
  • Quantidade de dispositivos em que é possível ler este eBook ao mesmo tempo: Ilimitado
  • Data da publicação: 25 de dezembro de 2019
  • Vendido por: Amazon Digital Services LLC
  • Idioma: Portuguese
  • ASIN: B08356YQ6S
  • Dicas de vocabulário: Não habilitado
  • Empréstimo: Habilitado

Apresentação

Da máquina de escrever aos sistemas online

Meus primeiros trabalhos escolares, entre o primário e o ginasial, eram feitos cuidadosamente à mão, em papel almaço pautado, escritos em caneta tinteiro, o que exigia extremo cuidado na elaboração, para não gastar tempo e materiais preciosos e caros. Só comecei verdadeiramente a escrever em máquinas de escrever ao ingressar na faculdade, ou talvez um pouco antes, ainda no colegial, mas basicamente alguns trabalhos feitos à margem das obrigações escolares, quando eu queria transcrever os muitos escritos em cadernos pautados, repletos de notas de leituras. Tudo isso está refletido em minha relação de trabalhos, que pode ser conferida em meu site pessoal, mas vários trabalhos dessa época – segunda metade dos anos 1960 – se perderam, tanto quanto os primeiros cadernos, na partida para meu exílio europeu, que se prolongou por sete anos. Lembro-me, por exemplo de um resumo de uma versão já resumido do Capital, de Marx, traduzido de uma versão francesa das Éditions Sociales (a editora oficial do PCF), um longo trabalho de mais de 70 páginas, lentamente e penosamente datilografado durante a hora de almoço na companhia multinacional em que eu então trabalhava, usando a máquina de escrever do escritório, papel e duas folhas de papel carbono. Nunca mais encontrei esse laborioso trabalho, que talvez tenha sido descartado no quadro da repressão política do final dos anos 1960, antes de eu partir para a Europa.
Na Europa, preenchi igualmente muitos cadernos de leitura, especializados em áreas de estudo ou temáticas (entre elas o marxismo, ainda), mas esses eu guardei, e providenciarei um dia transcrição e digitalização dos textos mais interessantes: resumos de leituras, notas bibliográficas, trabalhos completos, etc. Alguns desses últimos foram oportunamente datilografados, em máquinas emprestadas, e cuidadosamente guardados e se encontram hoje arquivados em meus primeiros maços de originais (ainda que não em meu computador). Vários deles foram assinados sob pseudônimo, eventualmente publicados em revistas estrangeiras ou na imprensa de oposição no Brasil, e caberá algum dia recuperar todos esses textos mantidos sob reserva ou até hoje inéditos.
Em algum momento de minha estada europeia, adquiri ou ganhei uma pequena máquina de escrever portátil, com teclado francês (azerty), o que no retorno ao Brasil, pelo menos no início, me causou inúmeros erros de digitação, ou de datilografia, como dizíamos então. A máquina portátil francesa me acompanhou ao voltar da Europa, e me serviu ainda durante longos meses, inclusive quando já tinha me incorporado à carreira diplomática e dispunha das velhas Olivetti em serviço nas Divisões, quando já se dispunha, nos gabinetes das chefias, de cobiçadas máquinas elétricas, algumas até com esfera (da IBM), o que por acaso simboliza a diferença que havia, no Itamaraty, entre a Casa Grande (o Palácio) e a Senzala (o anexo, único, então, onde estavam as divisões de proletários que mourejavam na redação de telegramas e outros expedientes, disputando as poucas máquinas existentes). As crianças e jovens da atualidade jamais conheceram máquinas de escrever, como tampouco mimeógrafos à álcool e outros sistemas rudimentares de reprodução de textos, que usávamos com alguma dificuldade nos tempos duros da ditadura militar no Brasil.
Meu primeiro investimento “pesado” nas artes da escrita mecânica e da reprodução já se deu durante a elaboração da tese de doutorado, quando servia em meu primeiro posto: na Suíça adquiri uma IBM elétrica de esfera e uma copiadora Xerox e ambos devem ter custado o equivalente a um carro usado, mas todo o sacrifício foi feito para ter uma bela tese de doutorado, elegantemente datilografada, depois de vários rascunhos. Os cadernos de notas da graduação e do mestrado me serviram brilhantemente nessa etapa. Essa máquina me acompanhou durante alguns anos, só tendo sido descartada alguns anos depois, em 1987, quando adquiri meu primeiro computador pessoal, um MacIntosh Plus, sem disco rígido e tudo (sistema operacional, soft e arquivos) tinha de caber num disquete de 720 kb.
Nessa época, eu já tinha começado a colaborar com revistas acadêmicas, mas antes da era do computador, tudo precisava ser impresso, copiado e remetido por correio para os periódicos dispostos a publicar essas contribuições. Quando acabou a Idade Média da escrita e ingressei finalmente na era do computador, tudo ficou mais fácil, mas ainda assim, os processos eram lentos e sempre sujeitos a pequenas surpresas de revisão. Praticamente todas as revistas eram impressas e de circulação espaçada, geralmente semestral. Os progressos, no entanto, foram rápidos, e já nos anos 1990, estamos tendo as enormes facilidades criadas pelos sistemas disponíveis na Internet, com conexões geralmente estabelecidas por e-mail. Na segunda metade dessa década, começam a estar mais em voga no Brasil os processos de editoração eletrônica, importados ou copiados de softs americanos, o que representou enorme avanço nos esforços de produção e publicação de material científico.
Um desses sistemas, ao qual agora recorro para coletar minhas colaborações a alguns dos periódicos acadêmicos que se associaram ao mundo eletrônico de publicações científicas é o SciELO. O que é o SciELO? O Scientific Electronic Library Online é uma biblioteca eletrônica que abrange uma coleção selecionada de periódicos científicos brasileiros e que resulta de um projeto de pesquisa da FAPESP – Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo –, com o apoio do CNPq – Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. Seu objetivo principal é o desenvolvimento de uma metodologia comum para a preparação, armazenamento, disseminação e avaliação da produção científica em formato eletrônico. Sua base de dados pode ser localizada na seguinte URL: http://www.scielo.br, que permite buscas mediante diferentes entradas.
No meu caso, os periódicos principais que acolheram minhas colaborações são: Revista Brasileira de Política Internacional, Sociologia e Política, Contexto Internacional e algumas outras, mas sua cobertura se dá apenas a partir do final dos anos 1990, deixando de lado, portanto, inúmeras outras contribuições feitas em anos anteriores ou a periódicos não inscritos no sistema do SciELO. No final de 2019, o sistema catalogava, aliás, um número de “colaborações” superiores às por mim computadas, resultado de autores homônimos em outras áreas de conhecimento.
Algumas dessas colaborações são listadas a seguir, no índice deste volume, e coletadas em seguida no corpo do volume, mas apenas os artigos mais relevantes. Deixei de fora todo o material relativo à própria RBPI e ao IBRI – já objeto de um volume desta série dedicado aos meus textos principais na revista –, assim como todas as resenhas de livros, publicadas na RBPI ou em outros veículos, que serão objeto de uma edição especial, o que já fiz, igualmente, com minhas resenhas voltadas precipuamente para livros de diplomatas. Como em diversos outros casos, o mundo cibernético tem facilitado enormemente a vida dos trabalhadores intelectuais – os manuais também – o que aliás abre certo campo para trabalhos ao estilo Lavoisier – na vida, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma – e também para algumas fraudes que se traduzem no plágio ou autoplágio, com as facilidades do copy&paste.
No meu caso, algumas repetições existem, entre este volume e o da RBPI, mas aqui também figuram outros artigos publicados em outras revistas. Boa leitura a todos...

Paulo Roberto de Almeida
Dezembro de 2019

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