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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;

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terça-feira, 20 de agosto de 2013

Luz "engarrafada": uma invencao brasileira genial


Brasileiro inventor de ‘luz engarrafada’ tem ideia espalhada pelo mundo

Ambiente Brasil, 20/08/2013

Alfredo Moser poderia ser considerado um Thomas Edison dos dias de hoje, já que sua invenção também está iluminando o mundo.

Em 2002, o mecânico da cidade mineira de Uberaba, que fica a 475 km da capital Belo Horizonte, teve seu próprio momento de “eureka” quando encontrou a solução para iluminar a própria casa em um dia de corte de energia.

Para isso, ele utilizou nada mais do que garrafas plásticas pet com água e uma pequena quantidade de cloro.

Nos últimos dois anos, sua ideia já alcançou diversas partes do mundo e deve atingir a marca de 1 milhão de casas usando a “luz engarrafada”.

Mas, afinal, como a invenção funciona? A reposta é simples: pela refração da luz do sol em uma garrafa de dois litros cheia d’água.

“Adicione duas tampas de cloro à água da garrafa para evitar que ela se torne verde (por causa da proliferação de algas). Quanto mais limpa a garrafa, melhor”, explica Moser.

Ele protege o nariz e a boca com um pedaço de pano antes de fazer o buraco na telha com uma furadeira. De cima para baixo, ele então encaixa a garrafa cheia d’água.

“Você deve prender as garrafas com cola de resina para evitar vazamentos. Mesmo se chover, o telhado nunca vaza, nem uma gota”, diz o inventor.

Outro detalhe é que a lâmpada funciona melhor se a tampa for encapada com fita preta.
“Um engenheiro veio e mediu a luz. Isso depende de quão forte é o sol, mas é entre 40 e 60 watts”, afirma Moser.

Apagões – A inspiração para a “lâmpada de Moser” veio durante um período de frequentes apagões de energia que o país enfrentou em 2002. “O único lugar que tinha energia eram as fábricas, não as casas das pessoas”, relembra.

Moser e seus amigos começaram a imaginar como fariam um sinal de alarme, no caso de uma emergência, caso não tivessem fósforos.

O chefe do inventor sugeriu na época utilizar uma garrafa de plástico cheia de água como lente, para refletir a luz do sol em um monte de mato seco e, assim, provocar fogo.

A ideia ficou na mente de Moser que, então, começou a experimentar encher garrafas para fazer pequenos círculos de luz refletida. Não demorou muito para que ele tivesse a ideia da lâmpada.

“Eu nunca fiz desenho algum da ideia. Essa é uma luz divina. Deus deu o sol para todos e luz para todos. Qualquer pessoa que usar essa luz economiza dinheiro. Você não leva choque e essa luz não lhe custa nem um centavo”, ressalta.

Pelo mundo – O inventor já instalou as garrafas de luz na casa de vizinhos e até no supermercado do bairro. Ainda que ele ganhe apenas alguns reais instalando as lâmpadas, é possível ver pela casa simples e pelo carro modelo 1974 que a invenção não o deixou rico. Apesar disso, Moser aparenta ter orgulho da própria ideia.

“Uma pessoa que eu conheço instalou as lâmpadas em casa e dentro de um mês economizou dinheiro suficiente para comprar itens essenciais para o filho que tinha acabado de nascer. Você pode imaginar?”, comemora Moser.

Carmelinda, mulher de Moser há 35 anos, diz que o marido sempre foi muito bom para fazer coisas em casa, até mesmo para construir camas e mesas com madeira de qualidade.

Mas parece que ela não é a única que admira o inventor. Illac Angelo Diaz, diretor executivo da fundação de caridade MyShelter, nas Filipinas, parece ser outro fã.

A instituição MyShelter se especializou em construção alternativa, criando casas sustentáveis feitas de material reciclado, como bambu, pneus e papel.

Para levar à frente um dos projetos do MyShelter, com casas feitas totalmente com material reciclado, Diaz disse ter recebido “quantidades enormes de garrafas”.

“Enchemos as garrafas com barro para criar as paredes. Depois enchemos garrafas com água para fazer as janelas”, conta.

“Quando estávamos pensando em mais coisas para o projeto, alguém disse: ‘Olha, alguém fez isso no Brasil. Alfredo Moser está colocando garrafas nos telhados”’, relembra Diaz.

Seguindo o método de Moser, a entidade MyShelter começou a fazer lâmpadas em junho de 2011. A entidade agora treina pessoas para fazer e instalar as garrafas e assim ganhar uma pequena renda.

Nas Filipinas, onde um quarto da população vive abaixo da linha da pobreza (de acordo com a ONU, com menos de US$ 1 por dia) e a eletricidade é muito cara, a ideia deu tão certo, que as lâmpadas de Moser foram instaladas em 140 mil casas.

As luzes “engarrafadas” também chegaram a outros 15 países, entre eles Índia, Bangladesh, Tanzânia, Argentina e Fiji.

Diaz disse que atualmente podem-se encontrar as lâmadas de Moser em comunidades que vivem em ilhas remotas. “Eles afirmam que viram isso (a lâmpada) na casa do vizinho e gostaram da ideia”.

Pessoas em áreas pobres também são capazes de produzir alimentos em pequenas hortas hidropônicas, usando a luz das garrafas para favorecer o crescimento das plantas. Diaz estima que pelo menos 1 milhão de pessoas vão se beneficiar da ideia até o começo de 2014.

“Alfredo Moser mudou a vida de um enorme número de pessoas, acredito que para sempre”, enfatiza o representante do MyShelter.

“Ganhando ou não o Prêmio Nobel, queremos que ele saiba que um grande número de pessoas admira o que ele está fazendo.”

Mas será que Moser imagina que sua invenção ganharia tamanho impacto? “Nunca imaginei isso, não”, diz, emocionado. “Me dá um calafrio no estômago só de pensar nisso.” (Fonte: G1)

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politica com "p" minusculo, quase desaparecendo; Promiscuidade com P maiusculo, vergonhoso...

Dilma libera lote recorde de emendas para congressistas

GUSTAVO PATU
BRENO COSTA
DE BRASÍLIA

Folha de S.Paulo, 19/08/2013

Sob pressão dos partidos aliados e ameaça de derrotas no Congresso, o governo Dilma Rousseff promove neste mês uma liberação inédita de verbas de interesse direto de deputados e senadores.

Apenas nos primeiros nove dias de agosto, as autorizações para despesas incluídas por congressistas no Orçamento -conhecidas como emendas parlamentares- já atingiram o maior montante mensal do ano, com folga.

Análise: Ameaça à reeleição fez Dilma acelerar abertura de cofres

Segundo levantamento feito pela Folha, as 20 iniciativas orçamentárias que mais concentram emendas receberam, no curto período, R$ 1,2 bilhão, pouco abaixo do R$ 1,4 bilhão autorizado ao longo dos sete meses anteriores.

Desde o início da atual administração, tal volume só tem precedentes nos meses de dezembro, quando o governo inscreve gastos atrasados para execução no ano seguinte, e em julho do ano passado, por ser prazo limite definido pela lei eleitoral para operações do gênero.

Os dados evidenciam uma nova postura da articulação política do Planalto, que, até a queda dos índices de popularidade de Dilma, submetia os partidos da base de apoio a uma ração modesta de recursos orçamentários.

Antes de agosto, as autorizações de verbas para emendas se concentravam em apenas dois dias atípicos: 28 de maio, quando a presidente ouviu queixas de líderes petistas, e 3 de junho, quando ela prometeu ao PMDB acelerar a liberação de dinheiro.

A insatisfação do mundo político coincidiu com o enfraquecimento do Executivo e deu impulso à proposta, já aprovada em primeiro turno pela Câmara, que torna obrigatória a execução da maior parte das emendas individuais -aquelas apresentadas por deputados e senadores.

Cacete nao e santo, mas de vez em quando faz milagres

64% dos leitores acham que manifestantes violentos devem ser contidos pela conjugação de diálogo e força

Os leitores desta página consideram que a Brigada Militar deve dialogar com manifestantes e só usar a força quando ela for absolutamente necessária. 64% dos leitores que responderam a enquete disponibilizada ao lado, optaram pela resposta. Uma parte menor, 32%, acha que não tem nada que dialogar, mas apenas prender e arrebentar. Leia tudo:

Como a Polícia deve interagir com manifestantes que a confrontam pela violência?
 Dialogando, mas sem empregar a força. 3 (2%)
 Usando a força, prendendo e arrebentando. 35 (32%)
 Dialogando e usando a força sempre que necessário. 69 (64%)

Da coluna do jornalista Políbio Braga, 20/08/2013

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Reserva de mercado para "istoriadores": um tema em debate (Ivan da Costa Marques)

O artigo do professor, pesquisador, cientista, historiador Ivan da Costa Marques é preciso, abrangente, elegante. Acho que ele escreveu bem e tem razão em todos os seus argumentos substantivos.
Talvez, no entanto, não precisasse de tanto: bastava dizer que os "istoriadores"  da Anpuh só estão atrás de uma reserva de mercado para exercitarem aquilo que menos sabem fazer: pesquisar, de maneira aberta, divulgar, num ambiente sadio de diálogo com todas as correntes das humanidades, desfazer-se de comportamentos corporativos.
Paulo Roberto de Almeida

Desacordo entre associações acadêmicas
Jornal da Ciência, 19/08/2013

Artigo de Ivan da Costa Marques* para o Jornal da Ciência aborda os posicionamentos discordantes em torno do projeto de lei que regulamenta a profissão de historiador

O Projeto de Lei 4699/2012 trouxe à tona um forte desacordo entre as comunidades acadêmicas brasileiras cujas atividades podem ser atingidas pela palavra "história". Ao estipular que "o exercício da profissão de historiador é privativa (sic) dos portadores de diploma de curso superior, mestrado ou doutorado em História" o projeto propõe um divisor formal entre quem pode e quem não pode legalmente ensinar, divulgar, pesquisar o passado e fazer historiografia no Brasil. Ou seja, o Projeto de Lei 4699/2012 adota um indicador radicalmente simplificado e reduzido - a posse de um diploma - para quem poderá, caso a lei seja aprovada nos termos propostos, legalmente exercer a "profissão de historiador." De tão radical pode-se duvidar que este indicador se afirme, mesmo que eventualmente amparado em Lei. Vários profissionais, com diferentes diplomas e matizes ideológicas (ao que vi, José Murilo de Carvalho, Renato Janine Ribeiro, Francisco Marshall, mas certamente há outros) vieram a público argumentando que o projeto é, no mínimo,ameaçadoramente tosco.

O projeto traz para um primeiro plano um problema de fronteiras. Onde estaria o reduto "puro" do historiador, um reduto bem delimitado por um indicador simples e reduzido? O historiador que pesquisa o passado vive o presente e seu próprio agir acontece em meio às categorias do presente. Seu mundo é formado e informado não só pela historiografia feita pelos que o precederam, mas também pela sociologia, pela filosofia, pela antropologia e, não menos, pela tecnologia do presente. Que historiador atualizado poderia deixar de reconhecer que não só o ensino da história mas talvez ainda mais o fazer da historiografia, a construção do conhecimento histórico, mudou radicalmente, não se precisa dizer de 50 ou 100, mas de 30 anos para cá? Mesmo os mais empedernidos reconhecem que não se escreve da mesma maneira depois dos processadores de textos e não se pesquisa da mesma forma depois da Internet. Não mais se duvida que as condições e as ferramentas usadas na obtenção de um conhecimento condicionam e conformam o próprio conhecimento. Hoje acumulam-se as evidências de que a compreensão das entidades de conhecimento (objetos, fatos e teorias) não se completa dentro das fronteiras das disciplinas que as estabelecem. E isto vale, felizmente, inclusive para as ciências ditas naturais. A constatação de que as histórias temáticas são limitadas enquanto forem "história de" é um resultado crucial para os historiadores que, por décadas intimidados pela suposta falta de cientificidade do fazer historiográfico, podem agora dizer que os conhecimentos científicos, eles próprios, também têm historicidade. Mas este resultado crucial não só não foi obtido só por historiadores (com ou sem diploma) como também tem seu preço epistemológico.

Ao tornar históricos, e portanto impuros ou de fronteiras problemáticas,os próprios conhecimentosda Química, da Biologia, da Física e da Matemática, ao fazer histórias das ciências e não só histórias dos cientistas ou das ideias nas ciências, o historiador também abre mão da possibilidade de ter para si um reduto "puro", um reduto de entidades de conhecimento que ele possa legitimamente considerar só suas. Hoje o historiador vê-se na contingência de situar-se, ele próprio e seu fazer, em uma rede interdisciplinar. Daí o retumbante fracasso operacional do Art. 4 do projeto de Lei 4699/2012, ao não ir além de uma tautologia ao definir as "atribuições do historiador". A leitura do Art. 4 mostra que,nos termos do Projeto de Lei 4699/2012, são "atribuições do historiador" simplesmente todas as atividades atingidas pela palavra "história". Ou seja, os próprios proponentes da Lei acabam por deixar claro que não há limites estabilizados para o que vem a ser "atribuições do historiador".

Na ausência de uma definição não tautológica de "atribuições do historiador", isto é, uma definição que permita dizer o que é e o que não é parte delas, ou seja, uma definição operacional, restará à Lei, se aprovada, para atuar, unicamente o recurso ao diploma, um instrumento formal que ela mobiliza, radicalmente simplificado, para separar o que é e o que não é legal na construção de conhecimentos históricos. Um perigo! Pois tem-se então a legalização do que é feito baseada exclusivamente no privilégio formal, na prática quase sempre exorbitado, de quem está fazendo. Voltamos à "carteirada" ou ao "sabe com quem está falando?".É claro que os vícios da tradição cartorial mobilizam-se em surdina (talvez nem tanto) para fazerem-se valer pela Lei.

Isto parece-me claro e até mesmo mero fruto do bem senso em meio ao saber sobre o saber que hoje detemos na interdisciplinaridade. A situação se complica quando lembramos que muitas vezes o apego a interesses específicos é maior do que a propensão a preservar o bom senso. Então, buscando uma atitude propositiva e conciliadora, o que fazer? Como buscar um acordo com a ANPUH (Associação Nacional de História), proponente e defensora do Projeto de Lei 4699/2012? Como chegar a uma estabilização provisional, uma vez que hoje nem mesmo as ditas leis da Natureza são eternas, muito menos as leis do homens? Parece-me que a busca de fronteiras disciplinares bem definidas na pesquisa, isto é, nas atividades de construção do conhecimento histórico, é não só indesejável mas também impossível, conforme sugeri acima. Tampouco cabem delimitações disciplinares, e muito menos de posse de diplomas, nas atividades de formação dos historiadores. Isto exclui a possibilidade de uma fronteira aceitável que delimite as "atribuições do historiador" nos estabelecimentos do ensino superior. Restaria então as atribuições no ensino fundamental e médio como área para uma negociação possível entre as diversas associações descontentes e a ANPUH.

Apresso-me a dizer que esta proposta não decorre da crença de que as atividades no ensino fundamental e médio são de menor complexidade e importância. Ou que elas caracterizariam um espaço de mera replicação de conhecimentos, como se isso fosse possível.Acreditar que atividades tidas como "mais técnicas" são desprovidas de imaginação e criatividade, como alguns muito equivocadamente chegam a sugerir no seu afã comparativo entre os historiadores, engenheiros e médicos, por terem estes últimos profissões rigidamente regulamentadas, é, além de preconceito arrogante, um grave erro analítico. Já há décadas provaram-se equivocadas as visões de mundo que retiravam da execução os atributos de imaginação e criatividade para concentrá-los na concepção. Um exemplo emblemático da superação deste equívoco foi o abandono da tradição fordista-taylorista como paradigma na organização da produção.

Feito este esclarecimento, insisto que minha atitude aqui é aquela de sugerir uma negociação de caráter político explícito e realçado- isto é, uma negociação em que será preciso ceder algo para se obter um acordo, uma situação em que o ótimo cede ao bom. Ou, alternativamente, mobilizar-se para impedir a regulamentação. Ponto.

Sabidamente, no quadro político brasileiro, a força dos interesses diretos das associações acadêmicas é limitada no âmbito do Congresso Nacional. O risco de modificações e emendas feitas à margem das associações acadêmicas, seja da ANPUH ou das descontentes, existe. Segue daí que apostar que as decisões sejam tomadas exclusivamente em função de interesses imediatos e que nossos deputados e senadores não sejam capazes de apreciar uma argumentação conceitual é perigoso. As associações acadêmicas deveriam se esforçar para mostrar que o que defendem é o que é atualizado, o que é melhor para a produção de conhecimentos históricos, melhor para o Brasil e melhor para os historiadores brasileiros, já alvo de um espanto que pode ser conferido nas manifestações de entidades internacionais contra o Projeto de Lei 4699/2012 na forma em que está. Felizmente, ao que parece, não há unanimidade na ANPUH quanto a até que ponto a própria ANPUH deve defender a aprovação da Lei nos termos propostos. Isto abre o espaço para a negociação de uma proposta alternativa, em vez de deixar para o Congresso Nacional julgar o que é melhor diante do desacordo nas comunidades acadêmicas.

Ivan da Costa Marques é professor associado e vice-voordenador do Programa de Pós-Graduação em História das Ciências e das Técnicas e Epistemologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, presidente da ESOCITE.BR (Associação Brasileira de Estudos Sociais das Ciências e das Tecnologias), membro do Conselho Consultivo da SBHC (Sociedade Brasileira de História das Ciências).

O Jornal a Ciência publica matéria sobre o assunto na página 4, o que rendeu a manchete e a charge da primeira página.

Link para acesso à publicação: http://www.jornaldaciencia.org.br/impresso/JC743.pdf

Retratos fugazes de estudantes brasileiros: vandalos e incendiarios...

O caso da escola incendiada por oito alunos demonstra que chegou a hora de endurecer e perder a ternura

Coluna diária do jornalista Políbio Braga, segunda-feira, 19 de agosto de 2013

O site www.zerohora.com.br desta tarde, informou que a Polícia Civil de Eldorado do Sul, na Região Metropolitana, entregou ao Ministério Público (MP) a conclusão da investigação do incêndio que atingiu dois prédios da Escola Municipal La Hire Guerra há uma semana. Dos nove adolescentes apontados como envolvidos no ato infracional, apenas um não tem ligação com o colégio — como aluno ou ex-aluno. Leia mais:

. Conforme o delegado Alencar Carraro, alguns adolescentes confessaram a ação em depoimentos, acompanhados de advogados e pais. Um deles se apresentou na manhã desta segunda-feira. Eles teriam ingerido bebida alcoólica antes de colocarem fogo em dois prédios do colégio, pouco depois da meia-noite da segunda-feira passada. A polícia estima um prejuízo de aproximadamente R$ 1 milhão. 

— Ainda não posso revelar detalhes das medidas que sugerimos ao MP, mas fomos bastante duros e enérgicos. Concluímos que não houve motivação para o ato, foi vandalismo puro — diz o delegado.

Os adolescentes com idades entre 15, 16 e 17 anos, são repetentes e estão entre o 6º e 7º ano. Eles já teriam participado de outros atos violentos, como agressão de colegas e arrombamento da lancheria da escola.

- Os atos foram de vandalismo puro e replicam eventos recentes de enorme impacto criminoso. O editor registra sobre o que ocorreu: 1) A perda de valores move os delinquentes, sejam eles juvenis, como esses bandidos, ou seja adultos celerados, um problema que a curto prazo apenas legislação muito mais dura e cumprimento na base da tolerância zero poderá minimizar. 2) A impunidade generalizada, começando de cima, aciona os piores instintos pessoais de renegados sociais reconhecidos, o que a curto prazo apenas o Judiciário terá condições de atacar, punido exemplarmente os bandidos de colarinho branco alojados nos governos, no setor público em geral e nas camadas superiores da sociedade.

Fantasias companheiras: talibans do Brasil se congratulam com o estado excelente da economia

Eu nunca me surpreenderei com as fantasias companheiras, mas algumas são realmente uma surpresa...

Como esta aqui, por exemplo:


O vice-líder do PT na Câmara  analisou na sexta-feira (16) os números divulgados na segunda edição de 2013 do Caderno Destaques lançado pelo Governo Federal .   “Mesmo com o mundo em crise o Brasil acerta nos rumos da economia”, disse.  Para Bohn Gass, apesar das dificuldades  os investimentos foram mantidos, a inflação controlada e a distribuição de renda foi ampliada.

Na avaliação do deputado,  os resultados refletem a força dos programas sociais e mostram a sintonia do governo com seu programa.  “Porém, se quisermos ampliar temos que realizar reformas mais profundas como a reforma política, a reforma urbana e a reforma tributária”, destacou.

Um balanço da conjuntura econômica recente mostra que o emprego com carteira assinada continua crescendo e a inflação em queda deve encerrar o ano dentro da meta pelo décimo ano consecutivo.

A solidez econômica brasileira também é confirmada por outros indicadores. O superávit primário do setor público consolidado (Governo Central, governos regionais e empresas estatais) foi de R$ 52,2 bilhões no primeiro semestre de 2013, correspondendo a 2,25% do Produto Interno Bruto (PIB). Já o superávit do Governo Central – que inclui, além do Governo Federal, o Banco Central e o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) – correspondeu a R$ 33,7 bilhões (1,46% do PIB).

A manutenção de superávits primários sucessivos tem permitido uma queda consistente do endividamento público. Em junho de 2013 a dívida líquida do setor público correspondia a 34,5% do PIB.  Em 2002, último ano de FHC, a dívida  era 60,4%
.

Os companheiros acham que anda tudo uma maravilha, e estão sempre focados nos resultados do governo FHC, mais de dez anos atrás. Eles não dizem, por exemplo, que a dívida pública ao início do governo FHC era de apenas 32% do PIB, e que ela só aumentou porque o governo teve de absorver todas as dívidas estaduais e municipais, além de bancos em falência, com o que a dívida foi a mais de 60% do PIB. Mas, pelo menos ele deixou a casa em ordem para os companheiros.
Paulo Roberto de Almeida

Fantasias companheiras: talibans do Afeganistao lamentam violencia e mortes no Egito

Este mundo é mesmo surpreendente...

Os talibãs, ou seja, os companheiros fundamentalistas do Afeganistão, emitiram um comunicado lamentando, sinceramente, ao que parece, a violência no Egito.

O Emirado Islâmico do Afeganistão -- que é o nome oficial do regime talibã -- soltou uma nota lamentando, com grande pesar, os atuais acontecimentos no Egito, com grande perda de vidas. O comunicado lamenta a perda de vidas e a queda do presidente constitucionalmente eleito do Egito.

Não é engraçado?
Paulo Roberto de Almeida.



A Unesp-Marilia faz simulacro de concurso para escolher um "marquissista" companheiro; minha "Opiniao" (PRA)

O assunto é antigo, e já tinha sido veiculado aqui por minha própria iniciativa.
Vejam aqui.

A Unesp de Marília está fazendo concurso para um novo professor de Ciência Política I e II.

O edital está aqui: 
http://www.marilia.unesp.br/Modulos/Editais/pdfs/Edital-151-2013.pdf

Este é o programa aprovado para o concurso: 

1. O movimento operário e a democratização liberal
2. A sociedade de massas e a democracia como seleção de dirigentes
3. Intelectuais e planejamento democrático
4. A teoria do totalitarismo
5. A democracia como expressão de conflito de interesses
6. As teorias neo-contratualistas da democracia
7. O marxismo da Internacional Comunista
8. O marxismo da Escola de Frankfurt
9. Teorias do Estado capitalista
10. Teorias da democracia e do Direito no marxismo
11. Marxismo, crise e transição socialista


Como se pode constatar, eles não querem um professor de Ciência Política, mas um de "marquissismo"; de preferência algum companheiro que já esteja previamente selecionado. (Atenção, este é um chute, ou minha opinião, e tenho o direito de expressá-la.)

Como eu achei estranho, tanto o programa quanto a bibliografia -- onde constam títulos em italiano de livros que já foram publicados em Português, como comentei aqui --, escrevi, em 20 de Julho de 2013, para a Faculdade, para saber se eles estavam de acordo com um concurso assim tão, tão, como diremos?, tão direcionado...

A Ouvidoria da Universidade, muito gentilmente, me respondeu o seguinte no dia 22 de julho: 

"Encaminho seu email ao Departamento de Ciência Política, caso considerem pertinente comentar o assunto."

No dia 6 de agosto, nova nota da Ouvidoria, nos seguintes termos: 

"Senhor Paulo,

Tendo encaminhado seu email ao Departamento, recebemos a seguinte nota do vice-chefe departamental, a qual repasso para seu conhecimento:

" [...] os critérios adotados para concurso em uma dada área do conhecimento é discutida e proposta pelos membros da área, que no caso é a de Política. Como o conjunto desses professores que é composto por doutores, livre docentes e titular julga pertinente uma dada bibliografia e um certo conjunto de temas a serem abordados em um dado concurso, a posição do conjunto do departamento é a de referendar o que se é proposto. Além disso, o departamento preza pela liberdade de posicionamento frente a uma dada filosofia e/ou ideologia científica, e que fatalmente irá direcionar a bibliografia e o conjunto de temas, o que não consideramos isso uma falta acadêmica, e sim uma transparência nos modos de agir e pensar daqueles que integram o DCPE. Assim, irei incluir a nota da ouvidoria na próxima reunião departamental para que a mesma seja discutida amplamente, e se julgarmos oportuno daremos uma resposta".

Assim, considero que apesar de opiniões opostas, o senhor teve a atenção às suas colocações sobre o assunto.
Cordialmente
[Professor responsável]
Ouvidora da FFC"

Fiquei um pouco chocado com o Português da resposta do vice-chefe departamental -- "os critérios adotados para concurso em uma dada área do conhecimento é discutida e proposta pelos membros da área" -- mas entendo que o professor encarregado estava encarregado de altas questões de "liberdade de posicionamento", não de baixas questões de correção gramatical. Também achei estranho a falta de lógica do conjunto do departamento referendar o que se é proposto, sobretudo o "fatalmente" no direcionamento da bibliografia, e por aí segue o Português arrevesado do vice-chefe departamental. Ele ainda confunde a nota da Ouvidoria com a minha surpresa... Passons...

Enfim, eles fizeram a tal reunião prevista, e veio a resposta previsível, em 15 de agosto, que transcrevo a seguir:

"O Departamento de Ciências Políticas e Econômicas reunido em 13/08/2013 discutiu a manifestação do Sr. Paulo Roberto de Almeida encaminhado a este Departamento pela Ouvidoria e se manifesta com a seguinte nota:
"Consideramos a manifestação do Sr. Paulo Roberto de Almeida como uma opinião, e como opinião deve ser tratada. Ressaltamos que os concursos do Departamento de Ciências Políticas e Econômicas são pautados pela
transparência, pela lisura e pela legalidade e o concurso em tela não é exceção".
Atenciosamente,
Dr. Paulo Eduardo Teixeira
Vice-Chefe do Departamento de Ciências Políticas e Econômicas

Comento: PRA: 

Como é minha opinião, permito-me externá-la novamente.
Considero uma vergonha que um Departamento de Ciência Política promova um concurso para Professor para duas matérias dessa área e que o programa oferecido e a bibliografia exigida sejam os que constam do Edital.
Para refrescar a memória, transcrevi acima, novamente, o programa, que pode até se pautar pela transparência, mas certamente não pela lisura e muito menos pela legalidade, uma vez que circunscreve todo o universo da Ciência Política a um ajuntamento de "opiniões" deformadas pela ideologia de quem formulou o edital e sobretudo porque lista uma série de livros totalmente irrelevantes, ou marginais, para o estudo do núcleo programático que deveria integrar qualquer programa decente de Ciência Política.
Como eu fiz a sugestão desde o início, melhor chamar essa coisa de "concurso para professores de 'marquissismo' I e II".

Coonestando com esse bando de iluminados, a Unesp perde em credibilidade, em lisura e em respeitabilidade. Perdem os alunos, perde o estado de São Paulo, perde o Brasil.
De fato, é uma vergonha que um concurso desse tipo possa ser feito por uma instituição que se considere séria. 
Como disseram os professores do Departamento, se trata de uma opinião.
Minha opinião é a de que eles estão abusando dos alunos, conspurcando a Universidade e desmerecendo o salário que recebem do setor público (aliás, pago por todos nós).
Paulo Roberto de Almeida



Mercosul: marcha a passo unido, mas cada vez para uma direcao...

Uruguay calls on Mercosur to sign a free trade agreement with United States


Uruguayan Vice-President Danilo Astori said Mercosur must decisively address the signing of a free trade agreement with the United States, but also admits that “opportunities must be built”.

Addressing a business forum on “Uruguay’s insertion in the world” the top official and former economy minister admitted that Mercosur has many problems and needs to address different policies and “it is essential that each Mercosur country should have a multiplicity of memberships”, which opens the possibility for Uruguay to diminish risks and increase its potential.

“Mercosur must have joint international policies, an agreement on moderate protection from third parties and above all must have agreements with other trade blocks”, insisted Astori, who faces strong opposition inside the Uruguayan populist ruling coalition to any trade links with the US.

Astori has also been severely questioned for wanting Uruguay to become a full member of the Alliance of the Pacific (Colombia, Chile, Peru and Mexico, with Panama and Costa Rica in the doorstep), an open economies and markets accord geared to make business with Asia, but which is strongly rejected by Brazil.

Nevertheless Astori underlined that Mercosur for Uruguay is a strategic instrument for the development of the economy and to increase trade, “a platform to the region which must be open to the world”, even when this is not necessarily the case currently because of Argentina’s protectionist policies and Brazil’s policy of safeguarding certain sectors of its economy.

But Uruguay, given its size, “must open to the world, and for this it must think in quality production, in excellence standards” supported with an efficient education system which delivers to the whole population.

Astori pointed out that the vision of the Uruguayan State has been that political and cultural issues are not absent from such a reality of openness to the world, “and that has been the historical position of Uruguay when addressing international affairs, and in this the different political parties agree, although with some minor shades”.

The Vice-president then enumerated some of the advances achieved by Uruguay since the return of democracy, which have been sustained by the three major parties of the country when in office.

He mentioned, an attractive business atmosphere, a generous Investment bill with emphasis in quality jobs, innovation and de-centralization, likewise the system of temporary admission to promote exports, the free-zones, open air terminals and ports, promotion of investments through bilateral agreements and accords to avoid double taxing.
As to the rating of Uruguay with OECD, Astori said the country has advanced considerably in transparency and exchange of information, which has been supported by pro-active legislation on the issue.

Likewise regarding the investment rate in Uruguay, Astori said it currently stands at 22% of GDP, when historically it had averaged above 10%, but the target is to take it to 27% to 29%. Likewise foreign investment which historically had been equivalent to 2% of GDP, now has reached 6 to 7% of GDP.

Finally the Uruguayan Vice-president said the country must target improving education, knowledge, innovation, efficiency, productivity, competitiveness and equal conditions for everyone.

His last words were a message to the teachers unions which have been in conflict with reiterated strikes since March, which means children at the Uruguayan government run primary and high schools on average and if lucky this year will have at the most 130 days of class (instead of the targeted 200 days). The conflict only affects government schools, not private schooling.

MercoPress - Mercosur ‘remains a fiction’ admits Uruguayan foreign minister


Mercosur as an only market ‘remains a fiction’ since it is missing the effective implementation and ironing out of trade and macroeconomic reforms, said Uruguayan foreign minister Luis Almagro, who went on to promote “double and triple membership” for Mercosur members.

The minister made the statements during a forum discussion “Integration for Development” organized by Uruguay’s Proposal 2030 and Ibero-American secretary general Enrique Iglesias.

“Venezuela is a member of ALBA, (Bolivarian Alliance of the Americas Peoples) and Mercosur; Ecuador belongs to ALBA and the Andean Community and also wants to join Mercosur”, pointed out Almagro in support of the Uruguayan government position.

“This weaving of double and triple memberships are positive for the Latinamerican integration convergence”, added Almagro, who nevertheless said that the bilateral process with other regional groups “must have the approval of all countries in the customs union block, made up of Argentina, Brazil, Uruguay, Venezuela and Paraguay, which had been temporarily suspended.

Almagro also called for stronger bilateral relations inside Mercosur since “it will help to improve integration with the rest of the other integration processes in Latin-America” 

Uruguay has lately and publicly expressed its intention of coming closer to the Pacific Alliance, made up of Chile, Peru, Colombia and Mexico, and with Panama and Costa Rica in the process of incorporation. Uruguay has observer status.

However the Uruguayan decision was strongly criticized at the latest Mercosur summit in Montevideo, where President Cristina Fernandez warned about the ‘siren songs’ which have an only purpose ‘break up the unity of the Mercosur trade block’.

Almagro statements follow on President Jose Mujica comments in his daily radio broadcast when he gave his full support to, Brazil’s intention of speeding up negotiations with the European Union for a free trade agreement, even if that means a “two speeds” negotiations.

“Frankly we have decided to support Brazil in negotiations with the EU because that is a variable we have to continue along and beware of the danger of having all interests in a single basket”, underlined Mujica.

The Uruguayan president also underlined the significance of China for the region’s trade since that is “a huge country, a continent” and it is possible “to reach specific policies that will enable us to reserve some of our sectors from the aggressive competition from China, because of their costs, scale and efficiency”.

Finally Mujica said that “you can’t bet to an open paddock and likewise to a closed paddock”, that is why negotiations exist and that is why talks with China, you simply can’t ignore relations with Beijing”.

Pedidos de Agrement: nos tempos de antigamente...

... quando vivíamos no ancien régime, muito antes destes tempos maravilhosos, quando finalmente somos ativos e altivos, pedidos de agrément eram geralmente considerados temas fechados, para deixar ao Estado receptor pelo menos a liberdade de expressar sua opinião, antes de divulgar pela imprensa quem vai ser o representante aqui e ali. Parece que os tempos mudaram, e agora vivemos uma época ativa, altiva e muy transparente...

"El ministro de Relaciones Exteriores, Eladio Loizaga, confirmó que la presidenta Dilma Rousseff remitió ayer al Gobierno el pedido de plácet (aceptación) del diplomático José Eduardo Martins Felicio como nuevo embajador del Brasil en el Paraguay."

Paraguai, Mercosul: stand-by, em todos os temas... - ABC Color

Senado no obstaculizaría el retorno al Mercosur, dice titular del Congreso
 ABC Color (Paraguai), 17/08/2013

Si el Ejecutivo marca una hoja de ruta, el Senado apoyaría el retorno al Mercosur, dijo ayer el titular del Congreso, Julio Velázquez. Sin dar detalles, expresó que el gobierno de Cartes “planteó algunos temas y se está buscando esa reivindicación”.

Ante una consulta periodística, Velázquez manifestó que no recibió ninguna nota de parte del presidente de Venezuela y pro témpore del Mercosur, Nicolás Maduro, en la cual supuestamente le abre las puertas al Paraguay para su retorno al bloque.

El regreso de Paraguay al Mercosur tropieza con dos visibles obstáculos: primero de orden constitucional porque la Cámara de Senadores de nuestro país rechazó el 23 de agosto de 2012 el Protocolo de Adhesión de Venezuela como socio pleno. Es decir, el Estado paraguayo no aprobó su ingreso y pese a ello Argentina, Brasil y Uruguay (los tres socios restantes) violaron el Tratado de Asunción y lograron la adhesión venezolana. Pero antes suspendieron a Paraguay supuestamente porque con la destitución del presidente Fernando Lugo el 22 de junio de 2012 se produjo un quiebre democrático.

El segundo problema es que la Cámara de Diputados de nuestro país declaró el 28 de junio de 2012 persona no grata al entonces canciller Maduro (hoy presidente) por amenazar al Parlamento durante el desarrollo del juicio político a Lugo e intervenir en asuntos internos.

La medida de la Cámara Baja fue planteada sobre tablas y tuvo el apoyo de prácticamente todo el pleno. La única que se opuso fue la diputada luguista Aida Robles, quien pidió dejar constancia de su postura.

Embajadas
Velázquez manifestó también que el Senado está atento a los candidatos a embajadores paraguayos que remitirá el Ejecutivo para cubrir las vacancias en las embajadas de la región.

Canciller ratifica la postura de pedir respeto a la legalidad en el Mercosur
El canciller Eladio Loizaga, en su discurso de posesión al cargo, expresó ayer que “Paraguay quiere convivir en una sociedad internacional, donde se respete el estado de derecho” y en que la igualdad jurídica “sea una realidad y no una mera declaración”. Reivindicó el derecho de tránsito de los ríos internacionales.

Con la presencia de prácticamente todos los excancilleres, el nuevo ministro de Relaciones Exteriores asumió ayer el cargo en un acto realizado en el salón principal del Palacio Benigno López. Tras recibir formalmente el cargo, inició su discurso recordando que la política exterior la trazó el presidente de la República, Horacio Cartes, antes de asumir, en su comunicado del 12 de julio pasado, donde pedía el respeto del estado de derecho y cuestionaba la legalidad del ingreso de Venezuela al bloque.

Loizaga dijo que en el documento, divulgado tras la finalización de la Cumbre del Mercosur en Uruguay, señalaba claramente que nuestro país quiere convivir en una sociedad internacional donde “la autodeterminación de los pueblos sea respetada en la misma dirección que todos queremos que sea, que la soberanía de nuestro país no sea en ningún momento puesta en duda ni socavada”.

El secretario de Estado dijo que con el apoyo de los excancilleres se “irá construyendo una política internacional de Estado, teniendo en cuenta los intereses más importantes de nuestro país, que es el respeto que merecemos de transitar libremente por los ríos internacionales como país sin litoral consagrado en las normas y tratados internacionales, como las Naciones Unidas”.

Instó a los diplomáticos
Loizaga hizo un llamado a los funcionarios diplomáticos de la Cancillería “a respetar la carrera”. “Les pido que pongan toda la voluntad. Aunemos esfuerzos porque lo que hagamos bien es para el bien del país y lo que hagamos mal es el mal para todos nosotros”, subrayó.

Fernández es asesor
El exministro de Relaciones Exteriores del gobierno anterior, José F. Fernández Estigarribia señaló en su discurso que el canciller Loizaga asume una Cancillería que prestó un invalorable servicio al país en momentos difíciles. Dijo que la secretaría “cree que la mejor forma de integración es el respeto de la autodeterminación de los pueblos”.

Fernández informó a los periodistas que volverá a su cargo de asesor jurídico de la Cancillería. El diplomático aseguró que desconoce si irá al servicio exterior.

ABC Color (Paraguai) - Cartes dice que hay voluntad para resolver la crisis en el Mercosur

El presidente de la República, Horacio Cartes, brindó ayer su primera conferencia de prensa a medios nacionales e internacionales. Habló de los más diversos temas. Indicó que hay voluntad para resolver la crisis con el Mercosur, defendió la designación de sus colaboradores y pidió a los colorados un “poco de crédito”. Dijo también que en las binacionales hay que ser firmes y serios para tener resultados.

Cancilleres buscan arreglo
Uno de los temas recurrentes ayer en la conferencia de prensa del Primer Mandatario fue el conflicto que mantiene el Mercosur con nuestro país. Empezó el tema aclarando que no recibió ninguna carta del presidente de Venezuela, Nicolás Maduro, como publicaron agencias internacionales, y confirmó que en breve visitará el Brasil. Reveló también que en las conversaciones que tuvo con las presidentas de Brasil y Argentina durante los actos de asunción de mando encontró la mejor predisposición para buscar una salida al conflicto. “Nosotros hemos hablado tanto con la Presidenta del Brasil como con la de Argentina.


Hemos hablado de Venezuela, y a ambas presidentas les dije: ‘Nuestra predisposición es total. Nosotros tenemos un problema jurídico a arreglar. Apelé al conocimiento y experiencia de ambas Presidentas para pedir a nuestros cancilleres, que ya han iniciado gestiones para que vayan encontrando la solución, porque acá lo que importa es, sobre todo, que haya predisposición... Hay problemas, puntos a solucionar jurídicamente. Es el tema (en) que Paraguay tuvo una posición. Y pedí colaboración a ellas, ya han empezado a trabajar. A veces el tiempo es el mejor médico”, aseguró.

Monday morning: back to work (oh, God!)

Voltando ao trabalho, segunda-feira pela manhã, depois de 400 milhas percorrendo três estados do nordeste dos EUA, em visita a museus de primeira linha, com três exposições excepcionais:
1) Georgia O'Keeffe and Lake George, na Hyde Collection, em Glens Falls, NY;
2) Winslow Homer, no Clark Art Institute, de Williamstown, MA;
3) Louis Comfort Tiffany, no New Britain Museum of American Art, em New Britain, CT.

Sem o chapéu, sem o chapéu, mas carregando livros...
Paulo Roberto de Almeida


Inovacao: os burocratas fariam melhor que os capitalistas individualmente? - Robert Shiller

O governo brasileiro cria mais uma estatal, a Embrapii, achando que vai fazer para a indústria o que foi feito para a agricultura, com a Embrapa.
Ele se engana redondamente, e só vai gastar dinheiro da sociedade inutilmente.
Abaixo o artigo de Robert Shiller sobre como a inovação é basicamente uma questão melhor deixada aos empreendedores individuais.
Paulo Roberto de Almeida

ECONOMIC VIEW
By ROBERT J. SHILLER
The New York Times,18/08/2013

An economist says his own experience in starting a business has helped shape his thinking on the subject of capitalism and culture.

CAPITALISM is culture. To sustain it, laws and institutions are important, but the more fundamental role is played by the basic human spirit of independence and initiative.
  The decisive role of the “spirit of capitalism” is an old concept, going back at least to Max Weber, but it needs refreshing today with new evidence and new thinking. Edmund S. Phelps, a professor of economics at Columbia University and a Nobel laureate, has written an interesting new book on the subject. It’s called “Mass Flourishing: How Grassroots Innovation Created Jobs, Challenge and Change” (Princeton University Press), and it contains a complex new analysis of the importance of an entrepreneurial culture.
  Professor Phelps discerns a troubling trend in many countries, however, even the United States. He is worried about corporatism, a political philosophy in which economic activity is controlled by large interest groups or the government. Once corporatism takes hold in a society, he says, people don’t adequately appreciate the contributions and the travails of individuals who create and innovate. An economy with a corporatist culture can copy and even outgrow others for a while, he says, but, in the end, it will always be left behind. Only an entrepreneurial culture can lead.
  Is the United States really becoming corporatist? I don’t entirely agree with such a notion. Even so, President Obama has been talking a lot about innovation as a job creator this year, and while some of his intentions may be good, I’m afraid that some of his proposals look a little corporatist, and might suppress individual initiative.
  In his State of the Union address in January, for example, the president proposed that the government should create 15 new “innovation institutes,” modeled on a public-private partnership that he helped start in Youngstown, Ohio, that is devoted to developing 3-D printers. There was more in this vein in his administration’s 2014 budget, offered in April. And in a  speech on July 30 in Chattanooga, Tenn., Mr. Obama suggested extending the number of innovation institutes to 45, or almost one for every state. The institutes, he said, would be “getting businesses, universities, communities all to work together to develop centers of high-tech industries all throughout the United States.”
  Will such measures work? Should the government really be trying to start a 3-D printer center? And why in Youngstown? It is easy to be skeptical of such a plan, especially when it was started in a swing state just before the presidential election. Web sites of the two senators and two representatives introducing bills this month  supporting the president’s latest proposals are suggesting, in not-too-subtle terms, that the legislation would bring jobs to their own states.
  Successful companies aren’t usually started this way. Professor Phelps, citing a McKinsey study, suggests that in free-market capitalism, “from 10,000 business ideas, 1,000 firms are founded, 100 receive venture capital, 20 go on to raise capital in an initial public offering, and two become market leaders.” It is easy to doubt, as Professor Phelps does, that the odds are favorable for a Youngstown 3-D printer center.
  How you view the innovation institutes, and the topic of capitalism and culture, may depend on your own experience. Many people have never seen the hatching of a successful business idea. That makes it hard to judge the subtle changes that may be occurring in the nation’s culture and in its potential for innovation.
  My own business experience has certainly helped shape my thinking. Yale, like many other universities, sensibly allows its professors to spend limited time in business, providing the opportunity for faculty members to gain valuable experience outside of the ivory tower and to offer their technical skill to the business world.
  In 1991, I started a business with Karl Case, an economics professor at Wellesley College, and Allan Weiss, a former student of mine at Yale. We called it Case Shiller Weiss, Inc., and it was devoted to an innovation we dreamed up. The idea was a new “repeat sale” home price index — which would track the changes in the value of the same houses over time. 
  At the time, this was an entirely new line of business. And, at first, that posed a problem: we were spectacularly unsuccessful in raising money. We talked to venture capitalists and their committees, to no avail. They just didn’t seem to get our business plan. We must have appeared odd to them — overly academic, perhaps. One remarked that we’d do better proposing a new shopping center. 
  But we went ahead with our idea anyway. At first, Allan worked without pay. A friend of Professor Case, Chuck Longfield, contributed some money. And in 1995, I took out a home equity line of credit on my house in New Haven so I could personally lend more money to help keep our business afloat. The experience was stressful, especially when adding it to the burdens of my main job, as a professor. I have much to thank my wife, Virginia, for her tolerance of my overwork and my worrying, and for allowing me to put our family savings at risk. 
  In the end, our business was successful, and I think a big part of it was that we relied on our own ideas and energy and, to a large extent, our own money. In 2002, we sold the business to Fiserv Inc., then licensed Standard & Poor’s to create what are now known as the S&P/Case-Shiller Home Price Indices. In 2006, the Chicago Mercantile Exchange began trading futures on 11 of our indexes. Fiserv sold the index business to CoreLogic early this year. 
  In short, our business made its mark without any help from the government.
  This little real-life experiment convinces me that committees of experts, even at smart venture capital firms, will often not recognize real innovation. I think that America’s business success through the decades has occurred because we have so many people with specialized knowledge who are willing to put their money, time and resources on the line for ideas that can’t be proved to a committee. 
  THAT experience may also help explain why I think the new crowdfunding initiative, started by the Jobs Act that the president signed last year, is an exciting step forward. It’s all about finding and mobilizing people who really understand specific, hard-to-prove ideas for important investments.
  At the same time, other of my experiences incline me to think that government-appointed committees of experts can help set the stage for an entrepreneurial culture, under certain limited circumstances. 
  Long before I started any commercial ventures of my own, I received some federal government support — in the form of National Science Foundation research grants, awarded to me decades ago as a young professor. They allowed me to do research, and though it was not directly related to my later business endeavors, the process developed my expertise and reinforced a sense of entrepreneurial opportunity. 
  These grants were awarded competitively, based on the quality of the proposals, and gave me experience with a system focused on creating opportunities for those who try hard. Later, from 1983 to 1985, I evaluated others’ proposals when I served on the foundation’s panel for economics. Observing the process from the government side convinced me that the foundation really works. Maybe it’s because the panelists are chosen from successful scientists, who serve anonymously out of public spirit. 
  In any case, as Professor Phelps has argued, direct government involvement in capitalism is a delicate thing. The system’s success depends on subtle cultural factors — and these require careful nurturing. ■

Robert J. Shiller is Sterling Professor of Economics at Yale.

PUBLISHED AUGUST 17, 2013 
http://www.nytimes.com/2013/08/18/business/why-innovation-is-still-capitalisms-star.html

domingo, 18 de agosto de 2013

Paraguai-Argentina: usina de Yacireta inviavel segundo novo presidente paraguaio

Paraguay energía

Cartes dice que la represa de Yacyretá es “inviable”

Yacyretá represa hidroelectrica
Infolatam/Efe
Asunción, 18 de agosto de 2013

Las claves
  • La hidroeléctrica, en la que Paraguay puso un 80 por ciento del territorio y Argentina los fondos, cubre en torno al 20 por ciento de las necesidades energéticas argentinas.
  • Cartes dijo que está a la espera de un informe para conocer la dimensión de la deuda y abogó por llevar adelante las obras previstas de ampliación de Yacyretá (cinco nuevas turbinas sobre un brazo lateral de la represa) para hacerla sustentable financieramente.
El presidente paraguayo, Horacio Cartes, calificó de “inviable” la represa de Yacyretá, que Paraguay comparte con Argentina, país con el que, dijo, hay “intereses comunes” y proyectos y obras “importantes” por desarrollar.
“Hemos hecho inviable un negocio como una gran represa, los intereses (de la deuda por su construcción) son mayores a toda la generación de riqueza de Yacyretá”, dijo Cartes en su primera aparición pública tras su investidura del jueves.
El presidente repitió la queja del nuevo director paraguayo de la hidroeléctrica, Juan Schmalko, quien hace unos días dijo que Yacyretá genera energía por valor de 900 millones de dólares cuando su deuda y cargas financieras alcanzan los 1.000 millones de dólares.
Fruto de un tratado suscrito en 1973, la represa de Yacyretá, sobre el río Paraná, tardó 38 años en completarse, 12 de los cuales estuvo parada por el Gobierno del expresidente argentino Carlos Menem (1989-1999), y costó al menos 12.500 millones de dólares.
Paraguay cuestiona el importe de su deuda, que a fines de 2011 se situaba en 15.652 millones de dólares, de los cuales 14.459 millones son con el Tesoro argentino: 5.773 millones de principal y el resto de intereses y actualizaciones.
La hidroeléctrica, en la que Paraguay puso un 80 por ciento del territorio y Argentina los fondos, cubre en torno al 20 por ciento de las necesidades energéticas argentinas.
Paraguay cede a Argentina su excedente energético a cambio de compensaciones económicas que, en 2012, alcanzaron los 120 millones de dólares.
Cartes dijo que está a la espera de un informe para conocer la dimensión de la deuda y abogó, como Schmalko, por llevar adelante las obras previstas de ampliación de Yacyretá (cinco nuevas turbinas sobre un brazo lateral de la represa) para hacerla sustentable financieramente.
Tras compartir con los periodistas el “dolor” que le causa el “destrozo” ocasionado por la construcción de Yacyretá en el lado paraguayo, dijo que no quiere “condenar a futuras generaciones” manteniendo la mala gestión de la hidroeléctrica.
El mandatario aludió a la breve reunión que tuvo con la presidenta argentina, Cristina Fernández, poco después de su investidura, y en la que constató “una gran atmósfera de recomponer todas las relaciones”.

Oposicao quantica - Milton Simon Pires

OPOSIÇÃO  DA  INCERTEZA -  OS MUDOS E OS CALADOS.

Milton Simon Pires

Uma das coisas mais incríveis, e também divertidas, de se observar cada vez que um de nós (monstros “fascistas”) ousa se insurgir contra o discurso petralha que infecta todo meio intelectual brasileiro é a capacidade desse mesmo meio de fazer algo para nós impossível – a unificação e organização da oposição. Isso mesmo! Chega a ser cômico escrever isso, mas não tenho absolutamente nenhuma dúvida de que a oposição brasileira (que deveria chamar-se oposição.com.br.) só existe quando identificada pelo PT. Ela – a oposição – lembra aquelas aulas de Química do segundo grau em que o professor, explicando Heisenberg e o seu “Princípio da Incerteza”, afirma que determinadas partículas comportam-se de uma maneira que depende de como olhamos para ela. A oposição “existe se o PT olha pra ela. Se ele não olha; ela não existe”...Nasceu no Brasil a “Oposição da Incerteza”...
Começo esse artigo dessa maneira para, mais uma vez, repetir aquilo que venho escrevendo “há séculos” - NÃO EXISTE OPOSIÇÃO AO PT NO BRASIL! A oposição ao PT é aquilo que o próprio PT identifica como oposição, ou seja: qualquer pessoa ou partido político que discorde dele. Existe problema nisso?? É claro que existe! Nada mais perigoso do que deixar o inimigo definir nossas características, estabelecer quais são nossos próprios valores, e situar-nos na própria História – Mao Tse Tung escreveu sobre isso!
Desde Carlos Lacerda até Fernando Henrique Cardoso, o PT usa e abusa de comparações para rotular como oposição tudo que não lhe serve. Ao fazê-lo, toma um cuidado todo especial: não definir em absoluto um conjunto de valores culturais e de comportamento que poderia fornecer à oposição as condições para ela ser exatamente isso: oposição! Não há, vou insistir mais uma vez, política dissociada de cultura. Se aceitarem isso que escrevi como verdade, busquem na sociedade brasileira um conjunto de valores culturais coesos e com representação política organizada e verão que ele não existe. Ninguém, mas absolutamente ninguém mesmo, se opõem organizadamente a ideia de que a Terra está “aquecendo”, que o “SUS é o sistema de saúde ideal”, e de que a “família com pais homossexuais” pode ser uma alternativa viável. Não estou dizendo, vejam bem, que não existem pessoas que não se oponham a isso que escrevi. Tenho certeza de que elas existem! O que não existe é representação política delas. É uma “vergonha” dizer isso que escrevi acima em qualquer roda de “amigos civilizados” (segundo o conceito de “civilização” petista). Há um constrangimento incrível..um medo de passar-se por “fanático radical”...uma sensação de que vamos ficar “sozinhos” que não permite à absolutamente ninguém expressar divergência do politicamente correto.
Enquanto esse clima de medo..essa sensação de abandono persistir, insisto que não vai haver oposição nem muito menos “direita” alguma no Brasil a não ser quando o próprio PT faz questão de identificar sua existência. Há que se construir, portanto, imediatamente a chamada “cultura de oposição”. Um conjunto de valores e um grupo de pessoas que oponha-se ao PT por princípio; não por conveniência no momento de disputa do governo. Eu já expliquei a diferença entre poder e governo. Não vou voltar ao tema. Recomendo que aqueles que, como eu, querem o fim do PT construam em primeiro lugar uma teoria do poder; só depois pensem em alcançar o governo. Não há, atualmente no Brasil, poder capaz de opor-se ao PT. Isso é verdade desde a década de 1980. Ou entendemos isso; ou estamos perdidos.
Observem que a luta contra os petralhas é de uma desigualdade incrível..A cultura inteira e toda a visão ...toda maneira de entender a realidade está nas mãos deles. A oposição não acaba quando todas as pessoas perdem o direito de resposta. Ela desaparece quando restringe-se a muito poucos a mera capacidade de fazer perguntas! Essa é a diferença fundamental entre a ralé petista e o Regime Militar..Nesse sentido há que se entender a distância gigantesca entre as duas ditaduras....
Os militares calaram uma certa parte do Brasil...O PT deixou o país inteiro mudo...

Porto Alegre, 15 de agosto de 2013.