Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, em viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas.
O que é este blog?
Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.
quarta-feira, 12 de outubro de 2011
Brasil Maior, 2: o Itamaraty Maior da política comercial...
Brasil Maior, 1: o Brasil Menor dos investimentos...
Falta lembrar que só os investimentos geram PIB
Comparando doutorados honoris causae: causas de atribuicao...
Sempre se pode comparar a atribuição de um doutorado honoris causa, com base nos atributos de cada um.
Mas será que é preciso comparar?
Paulo Roberto de Almeida
A piada (academica) da semana: acabar com o capitalismo (sort of...)
Toni Negri e Michael Hart oferecem reflexões para superar três grandes pilares do capitalismo: propriedade, trabalho subordinado e representação.
terça-feira, 11 de outubro de 2011
Acertos no Itamaraty, erros em outras partes... (Editorial OESP)
O Itamaraty e seus litigios (consigo proprio)...
Lítigios comerciais?
Não, políticos, e da pior espécie: sectarismos ideológicos, raiva, despeito, inveja, enfim, o ódio que certas pessoas têm por ideias opostas as suas, o que, ao fim e ao cabo, revela apenas estreiteza mental, mesquinharia e, sobretudo, falta de caráter...
Paulo Roberto de Almeida
Governo avalia estratégia de litígios comerciais
Valor Econômico, 11/10/2011
O seminário, que comemora os dez anos da Coordenação de Contenciosos do Itamaraty, criada durante a disputa entre Brasil e Canadá devido a subsídios da indústria aeronáutivca dos dois países, será aberto pelo ministro de Relações Exteriores, Antônio Patriota, ás 11 horas, com um discurso em que o chanceler brasileiro deverá anunciar medidas para a diplomacia no campo da defesa e da promoção comercial.
Patriota anunciará o reforço dos setores de acompanhamento de contenciosos e o treinamento de integrantes da advocacia-geral da União para atuar nessa área, além de explicitar as prioridades para a conquista de mercados para as empresas brasileiras.
Todo o apoio a Hugo Chavez (por uma vez...)
Não me lembro, em sã consciência (mas pode ter sido por distração ou inconsciência), de qualquer post neste humilde blog, umzinho sequer, em apoio ao coronel bizarro do Caribe.
Et pour cause (mas eu não preciso explicar as razões aqui e agora; depois eu volto ao assunto da bizarrice).
Mas tenho de apoiar o novo candidato a Mussolini, por uma vez, e por uma única razão.
Antes de desembolsar a sua parte (40% do valor total) de investimento para a construção de uma nova refinaria de petróleo, unilateralmente decidida por ele que tinha de ser em Pernambuco e que tinha de se chamar "Abreu e Lima" (nome do general brasileiro que lutou ao lado do venezuelano Simon Bolívar nas lutas de independência contra os espanhois) o coronel em questão, mesmo investindo não o seu dinheiro, mas o do BNDES, ainda se dá a petulância de exigir prestação de contas da Petrobras em função dos valores em causa.
O fato é que Petrobras, tão honesta em todas as coisas em que se mete (literalmente), estimou, por exemplo, o custo do equipamento para processar o petróleo venezuelano (mais pesado, com mais enxofre que o brasileiro) em US$ 400 milhões. A PDVSA venezuelana diz que o equipamento custa entre US$ 150 e US$ 200 milhões.
Juros no Brasil (sem querer estragar o seu dia...)
BRASIL: AS INACREDITÁVEIS TAXAS DE JUROS PARA OS CIDADÃOS!
Putin: o novo czar - Amy Knight (New York Review of Books)
Putin’s Risky Course
Amy Knight
Although many observers have portrayed Medvedev as a clone of Putin who was all along simply warming the president’s seat until Putin returned to power Medvedev has been publicly at odds with Putin on several occasions.
Publico e privado: dois universos distintos no Brasil - Klauber Cristofen Pires
Por Klauber Cristofen Pires
Blog Libertatum, 10 Oct 2011 12:25 PM PDT
Aviso na repartição: "desacato: detenção ou multa"; Aviso na loja: "obrigado, volte sempre".
Caro leitor,
Quando adentrar em qualquer tipo de repartição pública, observe os quadros de avisos ou as paredes ou ainda os vidros dos guichês e registre em sua memória quantas vezes você se depara com o seguinte aviso: “Código Penal: Art. 331 - Desacatar funcionário público no exercício da função ou em razão dela: Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, ou multa.”
Se permitir adiantar-me às suas constatações – sem substituí-las, quando ocorrerem – trata-se de um lugar comum, tão comum, que por assim dizer, já fazem parte do cenário.
Isto não vem por mero acaso ou costume. Trata-se, sim, de um estado de ânimo prevalecente, para não usarmos o detestável termo “coletivo”. Preste atenção você mesmo quando encontrar tal aviso até mesmo em locais de estrito atendimento e prestação de serviços ao público, tais como escolas, hospitais e postos de saúde, agências da Previdência Social e semelhantes.
Tendo tomado ciência desse fato, compare-o quando ingressar em um estabelecimento privado. Que tipo de dizeres você mais está acostumado a ler? Estarei certo se sugerir “Obrigado pela preferência”, “Volte sempre”, “Nossa meta é a sua satisfação”, e assim por diante?
Pode parecer uma mera bobagem, mas em minha opinião só e somente este fato já denunciaria porque é preferível vivermos em uma sociedade livre, em que os bens e serviços são todos privados e o estado tem algumas funções essenciais a exercer, do que uma social-democracia ou um regime socialista em que toda sorte de intervenção sobre a vida das empresas e dos cidadãos é estabelecida por algum arrogante burocrata.
A essência do estado é o uso da força, e os agentes públicos não estão interessados necessariamente em prover a satisfação dos cidadãos, e por isto mesmo nem sequer esperam pela aprovação dos mesmos. O que eles têm a fazer, quando muito, é distribuir algum bem ou serviço na forma como regulada por ordens e instruções provenientes de um órgão central. Daí a necessidade de ameaçar os administrados com as disposições do Código Penal sobre desacato. Eles já se antecipam à insatisfação do público.
Já o meio privado é totalmente dependente do patrocínio do consumidor, a quem deve servir com o cuidado sincero de conquistar dele a satisfação, caso seu intento seja perdurar no mercado por mais tempo.
Há consumidores que além de serem muito exigentes, não são nada fiéis e muito menos fazem o tipo daqueles que “vão buscar os seus direitos”. É justamente o meu caso: se percebo que não fui bem atendido, saio mudo e simplesmente não volto.
Além disso, fujo como o diabo da cruz de uma pesquisa de opinião. Pra mim isto já é indício de que o fornecedor não está se esforçando o suficiente e que está querendo arranjar uma muleta para a sua incompetência ou negligência. Quem está atento em servir bem desnecessita de tal expediente, mais próprio a serviços públicos que exercem suas atividades em regime de monopólio.
Pense nisto ao refletir sobre as suas tendências políticas, especialmente em quesitos tão enaltecidos pelos políticos em épocas de eleição, tais como saúde, educação, transporte e moradia. Pergunte a si mesmo se quer ser bem atendido pelo preço que acertou como justo ou se quer viver de favor.
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