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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

sábado, 5 de abril de 2014

Petrobras-Pasadena: mais uma comprovacao da intencionalidade do desfalque em favor do partido totalitario

Se algo precisasse ainda ser provado, o que já está manifestamente claro para aqueles que seguem apenas a lógica formal, e prescindem de relatórios de investigação policial, parece que já tem as provas por um órgão do próprio governo.
É só seguir a lógica formal:
A > B; B > C; logo: A > C; CQD...
Paulo Roberto de Almeida

Feito para dar errado

Revista Veja, 5/04/2014

Documento do TCU mostra que o contrato de aquisição da refinaria de Pasadena tinha tantos furos que o rombo bilionário na Petrobras era o único desfecho possível.

A marca da ruína na Petrobras vai durar 

Transformada em braço do partido, instrumento de política econômica e foco de corrupção, a empresa resistirá à gestão petista, mas vai demorar para recuperar a excelência

DEU NO QUE DEU - A refinaria, no Texas, e o ex-presidente Gabrielli: análise do TCU revela que a diretoria não calculou custos básicos embutidos no negócio, assumiu todo o risco sozinha e pôs a estatal nas mãos dos belgas

DEU NO QUE DEU - A refinaria, no Texas, e o ex-presidente Gabrielli: análise do TCU revela que a diretoria não calculou custos básicos embutidos no negócio, assumiu todo o risco sozinha e pôs a estatal nas mãos dos belgas      (Sérgio Lima/FOLHAPRESS)

Mais que um retrato a óleo do Brasil, a Petrobras sempre foi o orgulho de todos os brasileiros. Não apenas mais um daqueles símbolos ufanistas sonoros e coloridos, de aves que por aqui gorjeiam e verdes inigualáveis, mas como ponta de lança do progresso, exemplo de meritocracia, laboratório de alta tecnologia, carreira dos sonhos dos jovens mais brilhantes e indutora do crescimento econômico. Há onze anos essa complexa e bilionária estrutura funciona sob o comando do PT, partido no governo, que detém o controle executivo e gerencial da empresa. Nem o mais ardoroso militante petista pode, em sã consciência, afirmar que a Petrobras está em melhores condições agora do que antes de 2002. Não há lente ideológica capaz de produzir hoje uma imagem animadora da Petrobras.

O consenso dos analistas da indústria petrolífera é que a Petrobras está soçobrando sob a bateria de abusos de que vem sendo vítima. É consenso também que o potencial da Petrobras é tão grande que, deixada em paz pelo governo, em pouco tempo retomará a trajetória que fez dela, no auge, uma das empresas petroleiras mais valiosas do mundo. Mas abusaram do aparelhamento político da Petrobras, transformando-a em uma fonte de escândalos de corrupção. A Petrobras foi feita de ferramenta para tentar corrigir erros absurdos de política econômica, sendo obrigada a amargar prejuízos bilionários para segurar os preços do diesel e da gasolina nas bombas e, assim, mascarar a inflação. O resultado é desastroso para a empresa e para o Brasil. Se não tivesse sido submetida a esse sacrifício, teria cumprido seu bilionário plano de investimentos, responsável por 1% do PIB brasileiro. As reportagens que se seguem narram histórias relacionadas a essa lenta demolição — que precisa ser estancada logo.     

  • O PLANO ERA ENRIQUECER

    O vice-presidente da Câmara, o petista André Vargas, e o doleiro Alberto Youssef, operador da quadrilha que atuava na Petrobras, associaram-se para fraudar contratos no governo — e, juntos, ganhar uma fortuna

  • O CLUBE DOS CORRUPTOS

    Para fazer negócios com a Petrobras, empresários precisavam pagar pedágio que variava de 300 000 a 500 000 reais

  • AÇÃO ENTRE AMIGOS

    Em depoimento, o mensaleiro Marcos Valério revelou que a Petrobras foi usada para financiar negócios do PT

  • FEITO PARA DAR ERRADO

    Documento do TCU mostra que o contrato de aquisição da refinaria de Pasadena tinha tantos furos que o rombo bilionário na Petrobras era o único desfecho possível

  • A COLÔMBIA DÁ LIÇÕES AO PT

    Com foco nos resultados e livre do uso político pelo governo do momento, a Ecopetrol desbancou a Petrobras como modelo de gestão para as estatais petrolíferas da América Latina

Belgica: protesto contra austeridade acaba em batalha

Tsk, tsk, tsk, como se diz nas histórias em quadrinhos. Não precisava toda essa violência, que só deve se explicar porque os manifestantes estavam protestando CONTRA certas coisas.
Certamente seria mais pacífico se eles manifestassem a favor de outras coisas. Por exemplo:
"POR MAIS DEFICITS PUBLICOS"
"POR MAIS DIVIDA PUBLICA"
"POR MAIS INFLAÇÃO"
"POR MAIS DESVALORIZAÇÃO CAMBIAL"
"POR MAIS DINHEIRO CHINÊS, E ÁRABE"
"POR MAIS CARNAVAL"

Seria bem mais simples, e tranquilo...
Paulo Roberto de Almeida
Una multitudinaria manifestación de las principales centrales sindicales europeas contra la austeridad ha acabado este viernes en batalla campal a las puertas de las instituciones comunitarias en Bruselas. La extrema violencia con la que se han empleado unos 200 representantes de los estibadores de los puertos belgas y franceses ha dejado al menos nueve heridos y graves desperfectos en el mobiliario urbano y en los comercios del distrito europeo de la capital belga. Los convocantes de la marcha —entre los que se encuentran los dos principales sindicatos españoles, CC OO y UGT— se han desmarcado de estos actos, que han achacado a “grupúsculos ajenos” a la manifestación.
Varios testigos destacan la violencia extrema con la que han actuado este grupo de manifestantes, que han agredido a fotoperiodistas y policías. Los choques han comenzado a mitad del recorrido, cuando estas personas han empezado a lanzar adoquines y piedras a los policías que custodiaban la marcha y la han emprendido a puñetazos con un grupo de fotógrafos de agencias de prensa. “Sin mediar palabra, han empezado a pegarnos. Querían lincharnos”, relata uno de ellos, que ha recibido un fuerte golpe en la mandíbula. “Llevo 30 años de profesión y no había visto nunca tanta violencia en una manifestación”.
Al término de la marcha, los choques se han recrudecido. A los estibadores de los puertos de Amberes y Brujas se han sumado los de Dunkerque, Gante y Calais y juntos han iniciado una auténtica batalla campal contra la policía belga a apenas 50 metros del edificio de la Comisión Europea. El dispositivo policial se ha limitado a defenderse con cañones de agua y pelotas de goma mientras rodeaba el perímetro de las instituciones comunitarias. Los funcionarios europeos que abandonaban su puesto de trabajo a esa hora (las dos de la tarde) no salían de su incredulidad.
Los sindicatos convocantes se han apresurado a negar que los actos vandálicos tengan que ver con los sindicalistas. Según su versión, los choques se han limitado al tramo final del recorrido y han sido ocasionados por un grupo “ajeno” a la concentración. “Estos episodios violentos han sido muy aislados y en absoluto deslucen la manifestación, que ha sido una fiesta de los trabajadores”, señala un portavoz de la Confederación Europea de Sindicatos (CES) que, sin embargo, sí ha reconocido “problemas” en la organización del dispositivo de seguridad interno de la marcha. “No hemos conseguido que este grupo de alborotadores no se infiltrara”, resume.

Contra la austeridad

La manifestación, a la que han asistido entre 25.500 personas, según la policía, y 55.000, según la CES, pretendía ser un “aviso serio” a la UE sobre el rumbo de salida de la crisis y abogaba por la aprobación de un plan de inversiones que movilice 260.000 millones —el 2% del PIB comunitario— en diez años. “La gente está bastante cabreada porque ve que las políticas de austeridad se extienden como una mancha de aceite”, ha señalado el secretario general de UGT, Cándido Méndez, al término de la marcha. “La mayor parte de manifestantes eran belgas, holandeses, franceses y alemanes. Es una prueba de que las políticas de austeridad también se dejan sentir en los países del norte de Europa”, ha apuntado el dirigente sindical. Su homólogo en CC OO y presidente de la CES, Ignacio Fernández Toxo, ha remarcado la importancia de esta jornada de movilización y ha reclamado a la UE y los Gobiernos europeos que emprendan un camino “diferente de la austeridad”. A su juicio, lo que Europa necesita en este momento de salida de la crisis económica es un “verdadero plan de inversiones, un Plan Marshall del siglo XXI”.
Los líderes de los dos principales sindicatos españoles han solicitado al presidente del Gobierno, Mariano Rajoy, una reunión en la que detallarán las líneas maestras del plan de acción acordado por unanimidad en el seno de la organización sindical europea. Su objetivo principal es, según los sindicatos, dinamizar la anémica actividad económica europea “anestesiada por años de austeridad e inmovilismo”. Tanto Toxo como Méndez han recordado que en Europa hay 26 millones de parados, 10 más que en 2008 cuando comenzó la crisis, y siete millones y medio de jóvenes europeos ni tienen trabajo ni estudian.

sexta-feira, 4 de abril de 2014

O Itamaraty nao acredita em livre-comercio, com os EUA, ou com qualquer outro pais...

Compreensível: um acordo de livre comercio entre o Brasil e os EUA é virtualmente impossível, assim como parece ser a possibilidade de acordos de livre comércio entre os EUA e a UE, ou entre a UE e o Mercosul.
E, no entanto, os EUA têm acordos de livre comércio na América do Norte (Nafta), com Israel, com o Chile, Peru Colômbia, Austrália e Nova Zelândia, com a Coreia do Sul, e com vinte outros países.
A UE tem acordos comerciais com Chile, México, e vinte outros países.
O Chile tem acordos de livre comércio com os EUA, a UE, a China, Japão e mais de vinte outros países.
Ou seja, mesmo que sejam difíceis, acordos de livre comércio são factíveis e possíveis. E mesmo sendo difíceis, países ao redor do Brasil tem feito esse tipo de acordo.
Esses países estão piores ou melhores com esse tipo de acordo, ou seja, numa situação de maior ou menor bem estar?
E o Brasil, estaria pior com esse tipo de acordo, como parecem acreditar nossos dirigentes, nossos diplomatas, nossos empresários?
Não acredito.
Acho que ele estaria melhor.
Mas, o problema do Brasil é que os decisores não acreditam em livre comércio.
As simple as that...
Paulo Roberto de Almeida

Jornal do Senado, 04/04/2014

Presidente da entidade defende na CRE que o livre comércio aumentaria a competitividade da economia brasileira, que estaria parada

Seis meses após o adiamento da visita de Estado que a presidente Dilma Rousseff faria a Washington, em razão da publicação de denúncias de que mensagens eletrônicas dela haviam sido espionadas pela NSA (agência de segurança nacional norte-americana), uma proposta ousada marcou o debate sobre o relacionamento bilateral realizado ontem pela Comissão de Relações Exteriores (CRE): a assinatura de um acordo de livre comércio entre o Brasil e os Estados Unidos.
A proposta é do presidente da Câmara Americana de Comércio no Brasil (Amcham), Gabriel Rico. Na opinião dele, o Brasil precisa ampliar a competitividade da economia e buscar maior inserção nas cadeias globais de produção. O acordo de livre comércio tem o apoio — segundo Rico — de 93% das empresas que integram a entidade, tanto brasileiras como norte-americanas.
— O Brasil precisa dar um salto muito grande na sua competitividade, que tem que vir junto com a negociação do acordo. Quando se expõe a um acordo de livre comércio, uma economia é obrigada a se repensar. Se um país fica parado, só um lado leva vantagem — afirmou Rico, lembrando que os Estados Unidos já estão começando a negociar acordos de livre comércio com a União Europeia e com os países da região da Ásia-Pacífico.
Também convidado para a audiência pública, realizada a pedido do presidente da comissão, Ricardo Ferraço (PMDB-ES), o diretor do ­Instituto Brasil do Centro Internacional Woodrow Wilson, Paulo Sotero, ressaltou igualmente a oportunidade de debater a negociação de um acordo com os Estados Unidos. Ele recordou que o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, defendeu a ­negociação desse acordo, no final do ano passado.
A iniciativa foi recebida com cautela, porém, pelo representante do Ministério das Relações Exteriores, embaixador Carlos Antonio da Rocha Paranhos, que lembrou a falta de consenso sobre a questão.

— Evidentemente, a concentração de esforços apenas em acordos comerciais não constitui consenso interno e não pode ser vista como ­panaceia — disse Paranhos.
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Copa-estadios superfaturados: sim, vivemos na Republica Federativa da Mafia...

Uol Notícias, 4/04/2014
O estádio Mané Garrincha, propagandeado pelo governo federal e pelo Distrito Federal como um exemplo de sucesso de público e renda, pode levar até cerca de mil anos para recuperar aos cofres do DF o valor investido na obra. A arena teve um resultado operacional de R$ 1,371 milhão no primeiro ano de funcionamento -- um período em que o estádio recebeu 30 eventos entre jogos e shows, incluindo uma apresentação da cantora norte-americana Beyoncé e a partida de maior renda na história do Campeonato Brasileiro. O custo total da obra é até agora calculado em R$ 1,6 bilhão pelo TC-DF (Tribunal de Contas do Distrito Federal). Neste ritmo o estádio irá levar exatos 1.167 anos para recuperar o que custou. 
Considerada a previsão do tribunal de contas de que o custo chegará a R$ 1,9 bilhão quando todas as obras de sustentabilidade e no entorno do local estiverem concluídas e a taxa de ocupação se mantenha no mínimo como neste primeiro ano -- tido como "um êxito" pelo ministro do Esporte, Aldo Rebelo, e "um exemplo contra o derrotismo" pelo secretário-executivo da pasta, Luis Fernandes -- o tempo para retorno do investimento chega a 1.385 anos. A conta não considera oscilações nas taxas de câmbio, inflação e outras variantes no período.
O Mané Garrincha em Brasília é o estádio mais caro dentre os 12 construídos ou reformados para a Copa do Mundo, e irá receber sete partidas da competição este ano. Até agora, o local recebeu uma média de um evento a cada duas semanas e meia.
De acordo com o governo do DF, de maio, quando a arena foi inaugurada, até agora, a arrecadação para os cofres públicos com aluguel e taxas de uso do espaço foi de R$ 2,871 milhões. Como a conta de luz e água custou R$ 1,5 milhão ao governo no mesmo período, o Mané Garrincha rendeu R$ 1,371 milhão líquido nos primeiros 11 meses de funcionamento.
Segundo a Secopa-DF (Secretaria Especial da Copa do Mundo do Distrito Federal), na conta não está incluído o custo de manutenção do espaço, já que a construção possui cinco anos de garantia e outros 20 anos para a cobertura. Dos custos também está excluído o que é gasto com pessoal e material de segurança e limpeza.
"Estes serviços são realizados por contrato celebrado pela Secretaria de Planejamento, para atender a diversos órgãos do GDF. Ou seja, não se trata de um contrato exclusivo para atender a arena brasiliense", afirma a Secopa-DF por meio de sua assessoria de imprensa. "É importante destacar que a grande demanda por serviços de limpeza e segurança no estádio ocorre durante os eventos e, portanto, as despesas são de responsabilidade dos organizadores", completa a nota enviada à reportagem.
Assim, se incluirmos o preço fixo de limpeza e segurança e o fato de que daqui a cinco anos a manutenção ficará por conta do governo do DF, o custo operacional deve elevar-se ainda mais. Até o final de 2014, está prevista a inauguração do sistema e captação de energia solar, o que deve baratear a conta de luz.
'Elefante dourado'
No dia 26 de maio, o Mané Garrincha recebeu a partida de maior renda na história do Brasileirão: o jogo entre Santos e Flamengo, despedida de Neymar do time da Baixada Santista, gerou uma arrecadação na bilheteria de R$ 6,9 milhões de acordo com a CBF. Foi também o maior público da edição do campeonato, com 63.501 torcedores. Apesar disso para o dono do estádio de 72 mil lugares, o governo do DF, a renda com o aluguel foi de apenas R$ 4 mil. 
Em 2013, o Mané Garrincha recebeu 10 jogos do Brasileirão e, com eles, também obteve a melhor média de público do campeonato, com cerca de 36 mil pessoas por jogo. Desde inaugurado, o estádio já recebeu 655 mil pessoas ao todo. Foram 24 partidas de futebol -- entre campeonatos Brasileiro e Brasiliense, abertura da Copa das Confederações e um torneio internacional de futebol feminino -- três shows e dois eventos institucionais.
Os números autorizaram o ministro do Esporte a referir-se à arena como "elefante dourado" em entrevistas e pronunciamentos oficiais, para contrapor o sucesso ao temor que o estádio de Brasília se tornasse um "elefante branco".
"Já está consagrado o êxito da reconstrução do Mané Garrincha. Isso é importante para Brasília, e muito mais para o Brasil", afirmou Aldo Rebelo nesta terça-feira (1), durante inspeção da Fifa e do COL (Comitê Organizador Local) no local. "A Copa, para nós, é uma oportunidade de ouro que significa a geração de milhares de empregos", emendou o governador do DF, Agnelo Queiroz. "Sempre que somos questionados sobre elefantes brancos, apresentamos como grande exemplo o Mané Garrincha, contra esse derrotismo", arrematou o secretário-executivo do Ministério do Esporte.
Na ocasião o titular da Secopa-DF, Claudio Monteiro, irritou-se com a pergunta de jornalistas sobre a suspeita do TC-DF de que a obra da arena tenha tido um superfaturamento de pelo menos R$ 400 milhões. "É a turma do fura-bolo, que quer estragar a festa", disse, prometendo que vai responder um a um os questionamentos do órgão de controle.
Contradição
O que existe é uma contradição: enquanto o estádio gera lucros para quem usa o espaço  -- sejam jogos de futebol de times grandes ou shows internacionais -- a arrecadação é baixa para o governo, tendo em vista que conseguiu para os cofres públicos apenas R$ 2,871 milhões em quase um ano, mesmo com todo esse sucesso. Até agosto do ano passado, o aluguel da arena possuía um custo fixo de R$ 4 mil, independentemente do porte do evento.
A partir de então, um decreto assinado pelo governador definiu uma nova tabela de preços. Além dos custos operacionais, quem quiser usar o estádio para um jogo de futebol tem de pagar 15% do valor da renda bruta a título de aluguel. No caso dos clubes fecharem pacotes de quatro ou mais jogos, a taxa cai para 13%. As seleções brasileiras não pagam nada para jogar ali.
O decreto prevê ainda uma tabela de preços para utilização do Mané Garrincha em eventos culturais, religiosos, artísticos, educacionais e recreativos. Para uso apenas do gamado e da arquibancada inferior o aluguel sai por R$ 200 mil. Com a inclusão da área VIP, sobe para R$ 250 mil. Para utilização também dos camarotes o valor é de R$ 300 mil. O custo para uso de todo o estádio é de R$ 500 mil ou 13% da renda bruta do evento, considerado o maior valor entre os dois.
Futuro incerto
Além dos sete jogos da Copa do Mundo, que não geram renda ao governo, e outras seis partidas anunciadas nesta semana pelo titular da Secopa-DF (finais do Candangão, a final da Copa Verde, em abril, Botafogo x Goiás pelo Brasileirão, um jogo da Copa do Brasil e uma partida ainda indefinida), o calendário está indefinido para o Mané Garrincha após a Copa.
De acordo com a Secopa-DF, há conversas para mais partidas do Campeonato Brasileiro e para shows, mas nada concreto. Em 2016 a arena deve receber partidas do futebol olímpico, e em 2019 a Universíade.
No que depender do futebol brasiliense, o estádio só não fica vazio em uma final. "Para abrir o estádio precisa de uma empresa de limpeza com 50 funcionários, e mesmo para usar apenas o anel inferior você precisa de pelo menos 200 brigadistas", diz Regis de Carvalo, gerente de futebol do Brasília, time local.
"A média de um jogo, por baixo, é R$ 60 mil. Numa partida final você até consegue fazer uma renda superior a esse valor. Mas num jogo local entre times do Campeonato Brasiliense você não consegue", diz. A média de público do time no campeonato local foi de 500 pessoas. 
De acordo com a FBF (Federação Brasiliense de Futebol), os ingressos custam de R$ 1 a R$ 20. "Geralmente acabamos com jogos deficitários, isso sem usar o Mané Garrincha", resume a situação Josafá Dantas, presidente da entidade. "Outros campeonatos também têm rendas baixas. E se você comparar nosso futebol com o de outras regiões, ainda somos debutantes. Somos mais novos. Isso não quer dizer que não tenhamos de lutar para melhorar", completa.
'Não se paga a curto prazo'
"Ressaltamos que os resultados financeiros de shows, partidas de futebol e demais eventos realizados no Mané Garrincha não devem ser mensurados tendo em vista tão somente o retorno para a arena. Nem o Estádio Nacional de Brasília nem qualquer outra arena do mundo se paga em curto prazo", diz a assessoria de imprensa da Secopa-DF. "Não se pode aferir a eficiência do estádio se baseando, apenas, na geração de lucro financeiro. O estádio é um instrumento de desenvolvimento econômico e social para todo o Distrito Federal. E já vem demonstrando isso".
Segundo o governo do DF, cada evento no estádio injeta cerca de R$ 12 milhões na economia local e gera pelo menos dois mil empregos. Diz que quando há atividade no local, o faturamento do comércio no entorno da arena aumenta em até 30%. 

A Secopa-DF afirmou, em diversas repostas ao UOL Esporte ao longo do último ano, que prepara um edital de licitação para fazer uma concessão do local à iniciativa privada, mas até agora não há prazo para isso acontecer nem apareceram interessados no projeto.
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Petrobras-Pasadena: vivemos na Republica Federativa da Mafia? - Valor Economico

A avalanche de dados impressionantes sobre esses escândalo de Pasadena vai muito além, MUITO ALÉM, de Pasadena. Começou antes, continuou durante toda a gestão companheira, e continua ainda agora, pois os mesmos companheiros continuam à frente da companhia, e de seus Conselho, e atuam desesperadamente para impedir que a sociedade tome conhecimento desses... "malfeitos", como diria alguém.
Não querem que a sociedade saiba, não querem que o Parlamento examine essa podridão, não querem sequer que se discuta a questão.
Os fundamentalistas do partido totalitário fazem apenas o seu trabalho de disciplina cega. Os responsáveis são os donos do empreendimento, infelizmente muito conhecido por outro nome em outras circunstâncias.
Em que país vivemos?
Paulo Roberto de Almeida

Gastos com refinaria ultrapassam US$ 1,5 bilhão
Por Cláudia Schüffner | Do Rio/
Valor Econômico, 4/04/2014

Os bastidores das negociações na Petrobras para a compra da refinaria de Pasadena, em 2005, mostram que a negociação causou uma série de negócios ruinosos para a estatal que ainda não foram totalmente esclarecidos. Vários documentos produzidos pela Petrobras, inclusive relatórios em resposta a auditores, e um conjunto de atas das reuniões da diretoria executiva e do conselho de administração às quais o Valor teve acesso, mostram que logo depois da compra já era possível notar que a refinaria de Pasadena tinha sérios problemas operacionais e ambientais. E eles poderiam ter sido detectados no período de "due dilligence", quando se estudam os ativos e que normalmente ocorre no período após o acerto para compra e antes do pagamento. No caso de Pasadena, esse período durou de fevereiro até setembro de 2006.
Uma auditoria da empresa Sage Environmental Consulting feita em maio de 2005 tinha detectado vários problemas. Essa avaliação foi mencionada sete anos depois da compra, em documento da área internacional produzido em 2012 e que respondia a uma auditoria interna da estatal. Investimentos posteriores da Petrobras na refinaria, que até hoje não produz gasolina nos padrões exigidos pela regulação americana, elevaram o investimento da Petrobras na refinaria texana para cerca de US$ 1,6 bilhão. Mas o valor pode superar os US$ 2 bilhões quando forem conhecidos os resultados de Pasadena, que não são divulgados separadamente mas sim dentro do resultado de todas as áreas internacionais reunidas em uma subsidiária no exterior.
Os problemas ambientais e a necessidade de investimentos na refinaria foram obscurecidos pela briga entre os sócios, cujos detalhes começaram a vir a público no último mês. Os primeiros pedidos de recursos para investimento na refinaria americana surgiram em 2006, quando a Astra ainda era sócia. Pela sequência de investimentos e contratos subsequentes, fica difícil compreender por que essa refinaria não foi vendida antes.
Na reunião do dia 21 de setembro de 2006, um ano depois da compra de Pasadena, o então diretor da área internacional da Petrobras, Nestor Cerveró, propôs que a diretoria autorizasse "investimentos típicos de fases mais avançadas do Revamp [expansão] de Pasadena" e que os representantes da Petrobras no "board e superboard" (esse último o comitê gestor formado por representantes dos sócios) aprovassem orçamento de gastos de US$ 61,87 milhões. O Revamp é um investimento para ampliação e modernização da refinaria, para que ela pudesse processar o óleo pesado brasileiro extraído do campo de Marlim.
O representante da Petrobras no comitê gestor que a presidente da estatal Graça Foster disse recentemente desconhecer era o ex-diretor de Refino e Comercialização Paulo Roberto Costa, preso pela Polícia Federal em 20 de março, em uma operação para desbaratar um esquema de lavagem de dinheiro. O valor proposto por Cerveró para início do obra, segundo a ata, correspondia à participação acionária da estatal, podendo atingir um máximo de US$ 123 milhões.
Dois meses depois, na reunião de diretoria do dia 16 de novembro de 2006, foi proposta a assinatura de uma carta de intenção, sem licitação, com a construtora Norberto Odebrecht para essa obra. A proposta foi levada à diretoria pelo então gerente executivo de engenharia, Pedro Barusco, representando o diretor de Serviços, Renato Duque, e não o diretor internacional (Cerveró). Barusco submeteu o pedido de autorização para que o representante no superboard (Paulo Roberto Costa) atuasse "de modo a obter a concordância" daqueles colegiados para assinatura da carta de intenção com a Odebrecht.
Em fevereiro daquele ano, o assunto veio à tona novamente. Outra ata mostra que Cerveró recomenda à Petrobras America Inc (PAI) que "participe nos investimentos de adaptação da refinaria de Pasadena ao processamento de petróleo Marlim". O custo avaliado então era de US$ 588 milhões para a Petrobras. Considerando-se que a brasileira tinha 50%, é possível supor que o investimento total - a ser feito pela Odebrecht sem concorrência - seria de US$ 1,176 bilhão. A ampliação e adaptação da planta nunca ocorreram.
Cerveró deixou a Petrobras em março de 2008. Em maio daquele ano, seu sucessor, Jorge Zelada, fez sua estreia no colegiado com proposta para obras do chamado Plano de Ação na Área de Segurança, Meio Ambiente e Saúde (SMS). A diretoria aprovou, mas submeteu o assunto ao conselho de administração. Graça Foster, então diretora de Gás e Energia, não participou da segunda reunião. Em setembro de 2009, o assunto SMS voltou à pauta. Jorge Zelada pediu que a diretoria recomendasse à Petrobras América "a continuidade" do plano de SMS e "confiabilidade operacional da Refinaria de Pasadena".
Na exposição de motivos Zelada afirmava ainda que o desembolso previsto no plano anual de negócios da Petrobras de 2009 era de US$ 89 milhões, provavelmente em referência aos valores destinados aos Estados Unidos. Não fica claro se esse gasto aconteceu. Um ano depois, na reunião de diretoria de 30 de setembro de 2010, Zelada já apresentou a Odebrecht como vencedora de uma licitação que posteriormente foi questionada pela auditoria interna. O preço era de US$ 825,66 milhões para fazer serviços em nove países. Esse valor já trazia um "desconto" com relação ao preço inicial, de US$ 850 milhões.
Um dado curioso sobre esse contrato de SMS é que a Petrobras já tinha manifestado a intenção de vender vários ativos internacionais em alguns dos países contemplados pelo contrato "guarda-chuva". Mesmo assim, a Odebrecht assinou o contrato em outubro de 2010. Previa serviços de SMS para a Petrobras, como limpeza e troca de tanques de armazenamento nos vários postos de combustíveis nos diversos países e também em gasodutos, oleodutos e refinarias. Os países atendidos eram Paraguai, Uruguai, Argentina, Equador, Chile, Colômbia, Bolívia, Japão e Estados Unidos.
A refinaria San Lorenzo, na Argentina, tinha sido vendida em maio de 2010 por US$ 36 milhões que somados a 386 postos de serviços e estoques renderam à estatal brasileira US$ 110 milhões, restando apenas a de Bahía Blanca. Mesmo assim, o preço estabelecido no contrato de SMS para a Argentina previa investimento inicial de US$ 305 milhões - quase três vezes o custo de San Lorenzo e da rede de postos vendida. O valor foi reduzido posteriormente para US$ 182 milhões. Em novembro daquele ano o então presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, informava ao Valor que analisava a venda das refinarias no exterior para ajuste de portfólio.

Em alguns casos, o valor dos serviços a serem pagos para a Odebrecht estava próximo do preço de aquisição dos ativos. É o caso da rede de postos do Paraguai, Uruguai e Colômbia, que juntos custaram US 140 milhões em dezembro de 2005 e cujo SMS custaria quase US$ 86 milhões, somando-se os valores estipulados inicialmente para cada um dos três países. Uma fonte informa que o contrato não foi efetivado na Colômbia (onde estavam previstos US$ 31,3 milhões), enquanto que no Paraguai foram gastos US$ 47 milhões, mais que os US$ 38 milhões aprovados inicialmente, devido a problemas ambientais encontrados.
Voltando à gênese desse contrato, o colegiado aprovou os US$ 825,6 milhões ressalvando que os serviços relativos às refinarias Bahía Blanca (Argentina), Okinawa (Japão) e Pasadena (Estados Unidos) fossem apresentados aos demais diretores antes de sua execução e que os serviços executados fossem os "essenciais à segurança operacional, pessoal, da saúde e do meio ambiente". Nas atas às quais o Valor teve acesso, não se vê nenhum estranhamento com o fato de a licitação ter sido desenhada para um bloco de países, quando é possível imaginar que empresas no Japão teriam custo menor para qualquer obra em Okinawa, o mesmo acontecendo no Texas, um dos berços da indústria de petróleo ocidental.
Como o conselho pediu apresentação prévia dos orçamentos para as refinarias, em março de 2011 Zelada submeteu ao colegiado contrato de US$ 175,959 milhões para Pasadena. Na ata, o ex-diretor internacional explica que o contrato com a Odebrecht Construction Inc pedindo que a controladora recomendasse à Petrobras America, subsidiária integral da Petrobras nos Estados Unidos, fosse orientada a contratar "de imediato", a empresa da Odebrecht para o início dos trabalhos.
A ata diz ainda que o diretor financeiro, Almir Barbassa, registrou a "necessidade de avaliação prévia acerca da viabilidade econômica da refinaria". A execução do contrato de SMS nos Estados Unidos tinha orçamento inicial de US$ 191 milhões, mas com desconto o valor caiu para US$ 175 milhões, todos para a refinaria Pasadena. Do total, uma fonte explicou que nem tudo foi executado, porque um equipamento chamado Sistema de Lavagem de Gás foi comprado, mas não foi instalado. Com isso, faltaram ser executados US$ 14 milhões, segundo a fonte, que foram deduzidos no final.
Um dos inúmeros problemas no contrato de SMS apontados em 2012 pela auditoria interna da Petrobras, quando Graça Foster já ocupava a presidência da estatal e interinamente a diretoria da área internacional (que ela acumula até hoje), é que a licitação foi feita às pressas. O prazo inicial era de 20 dias, que foram esticados para 35 dias. Entre os vários vícios apontados pela auditoria interna da estatal realizada em outubro de 2012, estava a inexistência de uma cópia do edital em língua inglesa (numa concorrência internacional) e a exigência de preenchimento manual de 8,8 mil itens das planilhas de preços, só para citar alguns. Participaram as gigantes japonesas Mitsui e Marubeni, o mesmo acontecendo com as americanas KBR (novo nome da Halliburton) e a Bechtel. Mas as estrangeiras perderam, assim como as brasileiras Construtora Andrade Gutierrez e Construtora OAS. A Construtora Camargo Corrêa declinou do convite.
Uma fonte envolvida disse, no ano passado, que o chefe da auditoria da Petrobras, Gerson Luiz Gonçalves, considerou esse o pior contrato que ele tinha visto em seus 35 anos na estatal. Lendo o relatório, vê-se o porquê. Segundo dados da auditoria interna, a Atnas Engenharia, empresa contratada pela Petrobras para fiscalizar o contrato com a Odebrecht - pelo qual foram pagos R$ 29 milhões - fez um diagnóstico concluindo que "80% dos projetos analisados não possuíam dados suficientes para a sua execução". Os auditores também consideraram que houve superdimensionamento de custos entre as diversas irregularidades identificadas. Os auditores apontaram ainda o fato de o contrato definir pagamentos de 11% para mobilização e 29% para supervisão do contrato, uma quantia equivalente a US$ 330,9 milhões "dissociados de qualquer dos serviços contratados".
Também foram encontrados gastos de mobilização no Brasil de US$ 33 milhões, onde não havia nenhuma obra a ser feita. Na resposta aos auditores, a área internacional informou que a centralização dos serviços em nove países possibilitaria "ganhos de escala, com serviços geridos sob uma única estrutura de gestão", ressaltando ainda redução de custos indiretos. Sobre a mobilização no Brasil, a área explicou que "uma vez que o contrato possua um caráter não permanente em diversos países a serem mobilizados, espera-se também uma quantidade de expatriações e movimentações de funcionários da contratada através do seu referente custeio a partir dos custos de supervisão, como por exemplo, adicionais por transferência, pagamento de aluguéis, escolas, retorno à base a partir da política de expatriação e outros".
Em 2012, Graça Foster passou a investigar esse contrato e forçou uma redução e o valor final pago para a Odebrecht, que em janeiro de 2013 acabou ficando em US$ 481 milhões. Como não haviam sido feitos desembolsos na Colômbia, Bolívia, Equador e Japão, uma parte dos valores referentes a esses países puderam ser deduzidos do preço inicial. No Brasil, por exemplo, o orçamento de US$ 83,2 milhões ficou por US$ 62,9 milhões. Já tinham transcorridos os três anos previstos inicialmente e o contrato foi encerrado em fevereiro de 2014, apesar da possibilidade de ser prorrogado.
Em nota enviada ao Valor sobre a diminuição dos valores, a Odebrecht Engenharia Ambiental afirma que "a redução foi consequência da diminuição do escopo dos contratos, decorrência do plano de desinvestimentos da Petrobras no exterior, no qual a prestação de serviços, originalmente prevista para nove países, foi reduzida para quatro". E esclareceu ainda que "as obras contratadas já foram concluídas e entregues".
Na nota, a Odebrecht negou irregularidade nos contratos com a Petrobras, que segundo a empresa foram "conquistados legitimamente por meio de concorrências públicas". A companhia também afirma que sua proposta "foi elaborada com base no processo licitatório lançado pela Petrobras, com informações necessárias para a formação de preços". A Odebrecht disse ainda que "desconhece o relatório da auditoria interna da Petrobras em relação aos contratos".

Considerando-se apenas os contratos aprovados nas reuniões cujas atas o Valor teve acesso, a "conta" de Pasadena já chega a quase US$ 1,6 bilhão. Além dos US$ 1,18 bilhão gastos na aquisição de 100% da refinaria de Pasadena, os gastos da estatal foram bem acima desse valor. É preciso acrescentar, por exemplo, os US$ 175 milhões gastos só no contrato de SMS (para adequar as instalações para atender as normas de saúde, meio ambiente e segurança dos funcionários) com a Odebrecht. Mas não é só. Diversas atas das reuniões da diretoria executiva da Petrobras obtidas mostram aprovações para investimentos diversos em Pasadena com pedidos de autorização para remessas ou a contratação de serviços que somam US$ 218 milhões com diversas empresas. Com elas e mais o SMS, chega-se à quantia de US$ 400 milhões gastos pela Petrobras.
Atas das reuniões do colegiado entre outubro de 2008 e janeiro de 2011 mostram pedidos de autorização para contratação de diversas empresas que fariam reparos nos sistemas de tancagem, para fornecimento de gás, serviços de manutenção e até para conserto da unidade de craqueamento catalítico fluido (FCC) que é um dos sistemas mais importantes de uma unidade de refino. Não fica claro porque esses investimentos, que deviam ser resolvidos pelos executivos da empresa nos Estados Unidos, tiveram que ser levados à diretoria no Rio de Janeiro.

Na página da Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos, na internet, aparecem várias autuações do órgão ambiental contra Pasadena. A agência, que é equivalente ao Ibama brasileiro, aplicou multas de US$ 322,269 mil na refinaria de Petrobras por violações à regulação ambiental e que mostram que essa refinaria continua sendo um pesadelo para a Petrobras. Ela já teve dois incêndios e em dezembro de 2011 houve um de grandes proporções na unidade de coque que, segundo documento produzido na estatal ao qual o Valor teve acesso, causou "praticamente a destruição total da unidade". Mas não foi o único. Mesmo assim a refinaria foi retirada da lista de ativos à venda, pois o preço baixo da oferta recebida pela Petrobras, próxima de US$ 100 milhões, faria com os prejuízos da estão nessa unidade sejam cristalizados no balanço.

Escola sem Partido, de esquerda ou de direita - Miguel Nagib

Excelente artigo e bons argumentos os do Miguel Nagib sobre esse triste espetáculo da S. Francisco da USP.
Grato ao Orlando Tambosi.
Paulo Roberto de Almeida 

Em artigo publicado na Gazeta do Povo, o advogado Miguel Nagib, que mantém o site Escola sem Partido, comenta o triste espetáculo ideológico promovido na Faculdade de Direito da USP:

Um dos episódios mais comentados da semana foi a invasão de uma sala de aula da Faculdade de Direito da USP, ocorrida no momento em que o professor de Direito Administrativo Eduardo Lobo Botelho Gualazzi lia para seus alunos um artigo em que expressa suas convicções políticas e ideológicas e defende a revolução/golpe/contragolpe (como queiram) de 1964. O vídeo está disponível no YouTube.

Não há dúvida de que o espetáculo promovido pelos estudantes é inaceitável: coisa de extremistas ideológicos. Ainda não dá para comparar com a violência dos guardas vermelhos durante a Revolução Cultural, na China, mas é só uma questão de tempo para esses fascistas de esquerda chegarem lá.

A invasão, todavia, não é o único aspecto que chama a atenção nesse episódio lamentável. Há também a conduta do professor. Não nos parece que ele tivesse o direito de usar uma aula da sua disciplina (que é obrigatória) para constranger os alunos a ouvi-lo dissertar sobre assuntos que nada têm a ver com Direito Administrativo.

Com efeito, a única forma de conciliar o caráter obrigatório de uma disciplina com a liberdade de consciência (ou liberdade de aprender) dos estudantes é limitar a liberdade de cátedra (ou liberdade de ensinar) do professor ao conteúdo específico dessa disciplina, que é a área, afinal, na qual se supõe que ele tenha algo a ensinar aos alunos.

Se o estudante não é livre para se levantar e sair da sala sem que esse ato possa lhe acarretar algum prejuízo, o professor não pode ser livre para ir além do conteúdo específico de sua disciplina para dizer, ex cathedra, o que bem entenda. Ainda que se possa tolerar, aqui e ali, algum comentário de cunho político ou ideológico, isso não pode ser a regra. Não se pode admitir que um professor se aproveite da autoridade que lhe é conferida pela cátedra e da audiência (literalmente) cativa dos alunos para promover suas próprias concepções políticas e ideológicas, sejam elas quais forem.

Portanto, se o professor desejava expor suas ideias sobre assuntos que não fazem parte da sua disciplina – política, economia, história etc. –, deveria ter dito aos estudantes: “No dia tal, a tal hora, no auditório tal, farei uma palestra sobre tais assuntos. Quem quiser, que apareça”.

O melhor antídoto contra a instrumentalização do ensino para fins políticos e ideológicos ainda é a conhecida, mas negligenciada, lição de Max Weber: “Tanto ao profeta quanto ao demagogo se deve dizer: ‘Vá às ruas e fale em público’, quer dizer, que ele fale em lugar onde possa ser criticado. Em uma sala de aula enfrenta-se o auditório de maneira totalmente diversa: a palavra é do professor, e os estudantes estão condenados ao silêncio. Impõem as circunstâncias que os alunos sejam obrigados a seguir os cursos de um professor, tendo em vista a futura carreira e que ninguém dos presentes a uma sala de aula possa criticar o mestre. É imperdoável a um professor valer-se dessa situação para buscar incutir em seus discípulos as suas próprias concepções políticas, em vez de lhes ser útil, como é seu dever, através da transmissão de conhecimento e de experiência científica”.

Em suma: erraram os invasores; errou o professor.

EUA a caminho do desastre europeu: cada vez mais dependentes do Estado

The New Welfare Map
                                                         
11 States of the USA now have More People on Welfare than they do Employed! Last month, the Senate Budget
Committee reports that in fiscal year 2012, between food stamps, housing support, child care, Medicaid and other benefits, the average U.S. Household below the poverty line received $168.00 a day in government support.
What's the problem with that much support? Well, the median household income in America is just over $50,000,
which averages out to $137.13 a day.To put it another way, being on welfare now pays the equivalent of $30.00 an hour for a 40-hour week, while the average job pays $20.00 an hour. 
*************************************
Furthermore:
There are actually two messages here. The first is very interesting, but the second is absolutely astounding - and
explains a lot. 
A recent "Investor's Business Daily" article provided very interesting statistics from a survey by the United Nations
International Health Organization. 
Percentage of men and women who survived a cancer five years after diagnosis:
U.S. 65%
England 46%
Canada 42%

Percentage of patients diagnosed with diabetes who received treatment within six months:
U.S. 93%
England 15%
Canada 43%

Percentage of seniors needing hip replacement who received it within six months:
U.S. 90%
England 15%
Canada 43%

Percentage referred to a medical specialist who see one within one month:
U.S. 77%
England 40%
Canada 43%

Number of MRI scanners (a prime diagnostic tool) per million people:
U.S. 71
England 14
Canada 18

Percentage of seniors (65+), with low income, who say they are in "excellent health":
U.S. 12%
England 2%
Canada 6%
*************************************
And now..for the last statistic:
National Health Insurance?
U.S. NO
England YES
Canada YES
*************************************
Check the last set of statistics!!
The percentage of each past president's cabinet... who had worked in the private business sector...prior to their
appointment to the cabinet. You know what the private business sector is; a real-life business...not a government
job.Here are the percentages. 

T. Roosevelt................38%
Taft.............................40%
Wilson .......................52%
Harding.......................49%
Coolidge......................48%
Hoover.........................42%
F. Roosevelt.................50%
Truman........................50%
Eisenhower..................57%
Kennedy.......................30%
Johnson.......................47%
Nixon............................53%
Ford.............................42%
Carter...........................32%
Reagan........................56%
GH Bush......................51%
Clinton ........................39%
GW Bush.....................55%
Obama............... 8%

This helps explain the incompetence of this administration: 
ONLY 8% of them...have ever worked in private business! 
That's right! Only eight percent---the least, by far, of the last 19 presidents!And these people are trying to tell our big corporations...how to run their business?
How can the president of a major nation and society...the one with the most successful economic system in world history, stand and talk about business...when he's never worked for one? Or about jobs...when he has never really had one? And, when it's the same for 92% of his senior staff and closest advisers?They've spent most of their time in academia, government, and/or non-profit jobs.Or...as "community organizers."

Fukuyama e a Confianca: base da riqueza das nacoes - Gary North

O francês Alain Peyrefytte também tem um livro chamado La Société de Confiance, que vale a pena ler.
Paulo Roberto de Almeida

Uma característica crucial para o enriquecimento de qualquer economia: a confiança
por , Instituto Mises Brasil, segunda-feira, 31 de março de 2014

 

firma.jpgFrancis Fukuyama ficou famoso em 1988 por causa da publicação de seu livro O Fim da História.  A tese que ele defendia era tola e simplória: a democracia liberal havia derrotado todos os sistemas e, dali em diante, passaria a ser o arranjo preponderante e superior a todos os outros.  Isso se comprovou uma óbvia inverdade.  Pense no Islã.  Pense na política burocrática reinante na China.  Pense em Hong Kong e em Cingapura, que não têm democracia — ao menos, não no estilo defendido por Fukuyama.
À época, o livro recebeu uma estrondosa publicidade.  Hoje, ele raramente é citado.  Nunca entendi por que esse livro foi levado a sério.  No entanto, durante um bom tempo, várias pessoas o levaram a sério.
Em 1995, Fukuyama publicou outro livro: Confiança.  A publicidade recebida por este livro foi ínfima.  Mas o livro é excelente.  Digo mais: é um dos mais importantes livros já escritos sobre economia e ordem social.
Neste livro, Fukuyama analisa os efeitos da confiança sobre uma sociedade.  Ele concentra sua análise nos Estados Unidos, no Japão, na China e no sul da Itália, onde praticamente não há confiança nenhuma em nada e ninguém confia em ninguém.  Ato contínuo, ele analisa como a presença ou a ausência da confiança pode se tornar uma fonte de ordem social, de crescimento econômico e de aumento da produtividade geral. 
Ele descobriu, de maneira nada surpreendente, que os EUA, até aproximadamente 1960, possuíam uma enorme vantagem competitiva em relação ao resto do mundo por causa do alto nível de confiança que seus habitantes tinham em relação aos seus conterrâneos.  À medida que a confiança foi declinando, a taxa de crescimento econômico também declinou.  Concomitantemente ao declínio na confiança houve um aumento no número de advogados.
Uma das sociedades menos produtivas de toda a Europa Ocidental é a do sul da Itália.  Ele atribui isso à falta de confiança que reina na região.  Esse é um dos motivos pelos quais as sociedades secretas, especialmente a Máfia, têm tanta influência no sul da Itália: tais organizações provêm um mínimo de ordem social para seus membros, e a população em geral não oferece muita resistência à existência destas organizações.
A seção sobre a China é a mais interessante.  Fukuyama diz que os chineses apresentam um grande nível de confiança, mas somente em relação às suas famílias.  Isso faz com que seja muito difícil para empresas chinesas concorrerem com pequenos empreendimentos geridos por famílias ou com pequenos empreendimentos que tenham conexões familiares.  Faz com que seja mais difícil criar grandes empresas.  E faz com que seja ainda mais difícil levantar fundos e conseguir capital para financiar essas grandes empresas.
Já o Japão está em um meio-termo entre os EUA e a China.  No Japão, ao contrário da China, há mais confiança em organizações que não estejam ligadas a famílias.  No entanto, os grandes conglomerados japoneses possuem em suas raízes um pequeno número de famílias japonesas.
Em seu livro, Fukuyama dizia acreditar que as corporações japonesas poderiam concorrer no mercado internacional de maneira mais efetiva do que as empresas chinesas porque os japoneses podiam contratar as melhores pessoas, muito embora suas empresas não apresentassem conexões familiares.  Os japoneses também seriam capazes de conseguir dinheiro para investimentos mais facilmente do que as empresas chinesas.
Se olharmos o que ocorreu ao longo das últimas décadas, creio que essa tese se comprovou.  Empresas chinesas demonstraram uma maior tendência de serem mais intimamente associadas ao governo chinês.  O estado tem sido a fonte de financiamento das empresas chinesas.  O sistema bancário está mais intimamente ligado ao estado na China do que nas nações ocidentais.
A ausência de instituições formais pode ser observada quase que em sua integralidade na República Popular da China, onde a ideologia maoísta foi a grande responsável pelo atraso na introdução de instituições "burguesas", como o direito comercial.  Até o presente momento, empreendedores na China têm de enfrentar um ambiente jurídico extremamente arbitrário, no qual os direitos de propriedade são tênues, os níveis de tributação são variáveis e mudam de acordo com as vontades de cada governo provincial, e o suborno é a rotina quando se lida com funcionários do governo. (p. 330)
Empresas chinesas têm sido bem-sucedidas em exportar bens manufaturados.  E continuará sendo assim por um bom tempo, pois o governo mercantilista está declaradamente comprometido em manter a moeda desvalorizada para seguir estimulando as exportações, mesmo que à custa do bem-estar de todo o resto da população.  A economia chinesa funciona mais na base do "quem você conhece" do que na base do "o que você sabe fazer". 
Meu palpite é que as empresas chinesas serão menos eficazes no setor de serviços do que no setor industrial, pois a confiança dos chineses não vai além das ligações familiares.  E é aí que surge o problema: à medida que uma nação enriquece, o setor de serviços ganha mais importância.  A tendência da economia é diminuir a importância do setor industrial e aumentar a participação do setor de serviços.  Isso será um grande fator restringente sobre o desenvolvimento da economia chinesa.
Fukuyama também escreveu o seguinte:
Um estado liberal é, em última instância, um estado limitado; um estado em que a atividade do governo é estritamente delimitada pela esfera da liberdade individual.  Se tal sociedade não se degenerar no caos ou se tornar ingovernável, ela será capaz de apresentar uma autonomia governamental em todos os níveis de organização social.  A sobrevivência de tal sistema dependerá não somente da lei, mas também do autocontrole e do comedimento dos indivíduos.  Se eles não forem capazes de apresentar uma coesão em prol de um propósito comum; se eles não forem tolerantes e respeitosos em relação aos conterrâneos, ou não respeitarem as leis que eles próprios criaram para si mesmos, uma agência com grande poder coercivo terá de ser criada para manter cada indivíduo na linha. 
Por outro lado, um arranjo sem estado pode funcionar em uma sociedade que apresente um grau extraordinariamente alto de sociabilidade espontânea; uma sociedade na qual o comedimento, a temperança e o comportamento baseado em normas fluam naturalmente do cerne desta sociedade, sem ter de ser trazido de fora. 
Um país com um capital social baixo não apenas é mais propenso a ter empresas pequenas, fracas e ineficientes, como também sofrerá mais com a corrupção generalizada de seus funcionários públicos e com uma administração pública ineficaz.  Tal situação é dolorosamente evidente na Itália, onde, à medida que se sai do norte e do centro do país em direção ao sul, percebe-se uma relação direta entre atomização social e corrupção (pp. 357-58).
Creio que a teorização acima é correta.  Ela é perceptível em todos os países que enriqueceram.  Além dos EUA, pense na Suíça, no Canadá, na Austrália e na Nova Zelândia.  Pesquise o nível de confiança vigente nestes países.  Pesquise como sua população interage entre si.  Pesquise o grau de burocracia exigido para se fechar um negócio.  Depois, faça o mesmo para os países da América Latina e da África.
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Leia também:

Venezuela: Alvaro Uribe (ex-presidente de Colombia) escreve sobre o castro-chavismo

Recebido pela internet, de amigo, em 4/04/2014:

 No entendía la furia y ensañamiento hacia Uribe hasta que leí este escrito del Expresidente de Colombia. Hasta ahora no había leído una descripción tan exacta sobre la situación venezolana; y adicionalmente, en obsequio a la expresión “lo bueno si breve mejor”, contiene, en dos páginas, la historia de Venezuela en los primeros catorce años del siglo XXI.

ALVARO URIBE SOBRE VENEZUELA
El ex-presidente colombiano Uribe conoció bien a Chávez y a Maduro.  Los enfrentó duramente por 8 años.  No es de sorprender entonces la certeza de las palabras que verás más adelante.  Incluso conoce mejor a su sucesor el presidente Santos, a quien dedica al final un párrafo demoledor. 

ALVARO URIBE
Fecha: 20 de Febrero de 2014

Declarar empate en Venezuela es como mandar condolencias al asesino por las molestias que en su agonía le causó la víctima.

Lo que pasa en Venezuela tenía que llegar y llegó, así sea que todavía falte lo peor. Por desgracia.
El castrochavismo será recordado como autor de un milagro económico a la inversa, de los que se registran tan pocos en el devenir de los pueblos. Convertir en país miserable el más rico de América no es hazaña de todos los días. Habiendo tanta pobreza en tantas partes, en pocas tiene que pelear la gente, a dentelladas, por una bolsa de leche, por una libra de harina o por un pedazo de carne.
Convertir en despojos una de las más organizadas, pujantes y serias empresas petroleras del mundo no es cualquier tontería. Llevar a la insolvencia una nación ante las líneas aéreas, los proveedores comerciales y los que suministran material quirúrgico y hospitalario no es cosa que se vea cualquier día. Y arruinar al tiempo el campo y la industria, el comercio y los servicios, la generación eléctrica, la ingeniería, la banca y las comunicaciones es tarea muy dura, cuando se recuerda que la sufre el país que tiene las mayores reservas petroleras del mundo.
En esa frenética carrera hacia el desastre, el gobierno castrochavista tuvo que proceder a la eliminación paulatina de todas las libertades, al sacrificio del pensamiento y la conciencia, a la ruina de las instituciones, del periodismo, de los partidos, de la universidad, de los gremios, de los sindicatos. 
Pues todo se ha cumplido tras el designio implacable de los ancianos inspiradores del sistema, Fidel y Raúl Castro, que una vez más han demostrado su audacia, su carencia total de consideración y respeto por los valores más caros de la especie humana, pero también su falta absoluta de talento. Llevar a Venezuela a la ruina total es matar su propia fuente de subsistencia. Y es lo que han hecho, moviendo los resortes del fanatismo más imbécil, de los odios más cerriles, de los desquites más torpes.
Nicolás Maduro tiene la inteligencia y el tacto político que exhibe en cualquiera de sus discursos. Pero al fin de cuentas es un pobre rehén de los intereses inconfesables de la clase corrupta que ha llevado a Venezuela a su perdición. Si ese títere fuera libre, hasta de sus menguadas condiciones de estadista pudiera esperarse algún acto de rectificación, algún gesto de apaciguamiento, alguna voluntad de comprender el desastre y de corregirlo. Pero Maduro es el primer esclavo de las pasiones atroces que dominan en Venezuela. Los saqueadores de esa gran nación no están dispuestos a que nadie ensaye el menor examen de su conducta. En los antros del delito se pierde todo, empezando por el pudor.
El régimen de Venezuela se va a caer, porque se tiene que caer. No podría subsistir sino amordazando totalmente al pueblo, imponiendo cartillas de racionamiento, levantando un paredón, como el del Che Guevara en La Cabaña. Y no están dadas las condiciones para que el mundo soporte estas afrentas. Con una Cuba le basta a América.
El pueblo está en las calles, dispuesto a hacerse matar. Y lo están matando. La juventud estudiantil, que sabe cerrados los caminos del porvenir, le apuesta a cualquier cosa, menos al continuismo cobarde. Los empresarios lo perdieron todo hace rato. No tienen cuentas para hacer. Y los paniaguados del sistema ven con horror que el sistema ya no tiene mercados para comprar sus conciencias.

Y ante esta catástrofe, el presidente Santos no ofrece más que su silencio perplejo. Porque, si sigue ofendiendo a ese pueblo, tendrá un enemigo formidable. Y si ofende a Maduro, se le cae el proceso de paz. Esa es la consecuencia del primero de sus actos torpes, el de tomar por nuevo mejor amigo a un tirano despreciable. Y el de montar un proceso que llama de paz sobre los hombros caducos de unos patriarcas en su ocaso.

Aumento de salario minimo causa mais desemprego e mais pobreza - George Reisman (Mises)

Aliás, não só o aumento, mas a própria instituição do salário mínimo exclui dezenas, centenas, milhares, centenas de milhares, talvez milhões, do mercado de trabalho, ou seja, confirmando o que diz o articulista abaixo, do Mises Institute, dos EUA.
Por outro lado, um salário mínimo nacional homogêneo, como existe no Brasil, desprezando as desigualdades regionais e os diferentes componentes de custo de vida em cada uma das regiões não é apenas excludente socialmente, é também estúpido economicamente, pois que tendo de ficar no meio termo entre SP e os confins da Amazônia, sendo inadequado para ambas as regiões, muito pouco para a primeira, muito para a segunda.
Já sabemos, por outro lado, o que ocorre com as taxas reais de desemprego, graças ao artigo de Leandro Roque, mais abaixo. O Brasil deve ser o único país do mundo em que o "desemprego" cai, ao mesmo tempo em que o seguro-desemprego aumenta. Mais uma jabuticaba.
O Brasil é repleto de irracionalidades desse tipo...
Paulo Roberto de Almeida


Mises Institute, on April 4, 2014

An Open letter to Thomas Perez, U.S. Secretary of Labor
Dear Secretary Perez:

Raising the minimum wage is a formula for causing unemployment among the least-skilled members of society. The higher wages are, the higher costs of production are. The higher costs of production are, the higher prices are. The higher prices are, the smaller are the quantities of goods and services demanded and the number of workers employed in producing them. These are all propositions of elementary economics that you and the President should well know.
It is true that the wages of the workers who keep their jobs will be higher. They will enjoy the benefit of a government-created monopoly that excludes from the market the competition of those unemployed workers who are willing and able to work for less than what the monopolists receive.
The payment of the monopolists’ higher wages will come at the expense of reduced expenditures for labor and capital goods elsewhere in the economic system, which must result in more unemployment.
Those who are unemployed elsewhere and who are relatively more skilled will displace workers of lesser skill, with the ultimate result of still more unemployment among the least-skilled members of society.
The unemployment directly and indirectly caused by raising the minimum wage will require additional government welfare spending and thus higher taxes and/or greater budget deficits to finance it.
Your and the President’s policy is fundamentally anti-labor and anti-poor people. While it enriches those poor people who are given the status of government-protected monopolists, it impoverishes the rest of the economic system to a greater degree. It does this through the combination both of taking away an amount of wealth equal to the monopolists’ gains, and of causing overall production to be less by an amount corresponding to the additional unemployment it creates. The rise in prices and taxes that results from raising the minimum wage both diminishes the gains of the monopolists and serves to create new and additional poor people, while worsening the poverty of those who become unemployed.
Furthermore, the higher the minimum wage is raised, the worse are the effects on poor people. This is because, on the one hand, the resulting overall unemployment is greater, while, on the other hand, the protection a lower wage provides against competition from higher-paid workers is more and more eroded. At today’s minimum wage of $7.25 per hour, workers earning that wage are secure against the competition of workers able to earn $8, $9, or $10 per hour. If the minimum wage is increased, as you and the President wish, to $10.10 per hour, and the jobs that presently pay $7.25 had to pay $10.10, then workers who previously would not have considered those jobs because of their ability to earn $8, $9, or $10 per hour will now consider them; many of them will have to consider them, because they will be unemployed. The effect is to expose the workers whose skills do not exceed a level corresponding to $7.25 per hour to the competition of better educated, more-skilled workers presently able to earn wage rates ranging from just above $7.25 to just below $10.10 per hour. The further effect could be that there will simply no longer be room in the economic system for the employment of minimally educated, low-skilled people.
Of course, the minimum-wage has been increased repeatedly over the years since it was first introduced, and there has continued to be at least some significant room for the employment of such workers. What has made this possible is the long periods in which the minimum wage was not increased. Continuous inflation of the money supply and the rise in the volume of spending and thus in wage rates and prices throughout the economic system progressively reduce the extent to which the minimum wage exceeds the wage that would prevail in its absence. The minimum wages of the 1930s and 1940s — 25¢ an hour and 75¢ an hour — long ago became nullities. To reduce and ultimately eliminate the harm done by today’s minimum wage, it needs to be left unchanged.
The standard of living is not raised by arbitrary laws and decrees imposing higher wage rates, but by the rise in the productivity of labor, which increases the supply of goods relative to the supply of labor and thus reduces prices relative to wage rates, and thereby allows prices to rise by less than wages when the quantity of money and volume of spending in the economic system increase.
If raising the standard of living of the average worker is your and the President’s goal, you should abandon your efforts to raise the minimum wage. Instead, you should strive to eliminate all government policies that restrain the rise in the productivity of labor and thus in the buying power of wages.
If your goal is to raise the wages specifically of the lowest-paid workers, you should strive to eliminate everything that limits employment in the better-paid occupations, most notably the forcible imposition of union pay scales, which operate as minimum wages for skilled and semi-skilled workers. In causing unemployment higher up the economic ladder, union scales serve to artificially increase the number of workers who must compete lower down on the economic ladder, including at the very bottom, where wages are lowest. To the extent that occupations higher up could absorb more labor, competitive pressure at the bottom would be reduced and wages there could rise as a result.
Abolishing or at least greatly liberalizing licensing legislation would work in the same way. To the extent that larger numbers of low-skilled workers could work in such lines as driving cabs, giving haircuts, or selling hot dogs from push carts, the effect would also be a reduction in competitive pressure at the bottom of the economic ladder and thus higher wages there.
The principle here is that we need to look to greater economic freedom, not greater government intervention, as the path to economic improvement for everyone, especially the poor.
Sincerely yours,
George Reisman, Ph.D.