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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.
quarta-feira, 11 de março de 2015
Brasil politica: protestos aumentam, em previsao do dia 15/03
Dilma é vaiada em SP e diz que crise no país é passageira
Daniela Lima e Natuza Nery – Folha de S. Paulo, quarta-feira, 11 de março de 2015
• Presidente foi recebida aos gritos de 'fora PT' em feira da construção civil
• Em discurso restrito a convidados do setor, ela voltou a pedir paciência e disse que problemas não são tão graves
SÃO PAULO, BRASÍLIA - A presidente Dilma Rousseff foi recebida com vaias e gritos de "fora Dilma" e "fora PT" na abertura do Salão Internacional da Construção Civil, nesta terça-feira (10), em São Paulo. Como chegou ao local antes da abertura da feira, a petista não foi hostilizada por visitantes, mas por expositores e pessoas que trabalhavam na montagem e na limpeza dos estandes.
Na segunda parte de sua agenda, em discurso só para convidados dos organizadores da feira, a presidente voltou a pedir paciência. "Não deixem que as incertezas conjunturais determinem sua visão de futuro do Brasil", disse. Mais da metade das cadeiras da plateia estava vazia.
Foi a segunda vez em menos de três dias que a petista foi hostilizada. No domingo (8), houve panelaço e gritaria em 12 capitais durante pronunciamento de Dilma na TV, em que ela pediu paciência e defendeu o ajuste fiscal que tenta implementar.
A combinação dos dois eventos deu ao Palácio do Planalto a certeza de que os protestos previstos para o próximo dia 15 terão força. Se há um mês integrantes do governo chamavam de "piada" a manifestação pelo impeachment, agora temem uma reunião massiva em alguns locais do país.
Um levantamento feito a pedido do PT mostra que 1,4 milhão de internautas espalhados por 24 cidades já confirmaram presença no ato do dia 15. Outros 64 municípios ainda podem ampliar a lista.
Nesta terça, numa tentativa de minimizar os riscos de um constrangimento em São Paulo, a equipe presidencial mudou duas vezes o posicionamento de cinegrafistas e fotógrafos que acompanhavam a agenda de Dilma para afastar a presidente dos pontos onde as pessoas se aglomeravam.
Mas as tentativas falharam. Recepcionada pelos organizadores do evento, Dilma tentou passear por alguns estandes. Quando as pessoas a viram, as vaias se intensificaram. "Eu vou voltar", disse, dando as costas para o ato.
Os trabalhadores, então, cercaram a área onde o carro de Dilma estava estacionado. "Ladra" e "vagabunda" foram alguns dos termos que ela pôde ouvir no caminho até o automóvel. Sem reagir, Dilma fechou a porta e partiu para a solenidade de abertura do salão, fechada apenas para convidados.
Houve nervosismo entre os assessores da presidente. Segundo pessoas que acompanharam o curto périplo da presidente, o ministro Thomas Traumann, chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, disse, irritado, que eles haviam caído em uma "armadilha".
Após as vaias, interlocutores da presidente afirmaram que ela "sentiu o golpe". A petista já havia se mostrado abatida com a dimensão do panelaço do último domingo. Dilma, então, se dirigiu para o auditório onde houve a solenidade de abertura do Salão, restrita a convidados.
Sem citar diretamente a Operação Lava Jato, que investiga corrupção na Petrobras, o presidente da Associação Brasileira da Indústria dos Materiais de Construção, Wilson Cover, disse, em seu discurso, que é preciso punir quem merece ser punido, mas também buscar uma solução "institucional" para não paralisar pequenas e médias empresas.
Cover afirmou ainda que o empresariado do setor apoia o ajuste de contas, mas também considera "absolutamente necessário" adotar medidas que aumentem a competitividade do Brasil.
A resposta de Dilma veio em um discurso de mais de 30 minutos, na qual a presidente disse ver a crise como temporária e destacou que tem "trabalhado permanentemente" para que a economia se recupere até o fim do ano.
A petista voltou a dizer que a crise não é tão grande quando pregam "alguns". "É verdade que o Brasil passa por um momento difícil, mas nem de longe vivemos uma crise das dimensões que alguns estão dizendo", avaliou, acrescentando que a economia tem "fundamentos fortes".
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Após panelaço, Dilma é vaiada e ouve gritos de 'fora' em SP
Tatiana Farah – O Globo, 11/03/2015
• Atos de sexta-feira deverão defender Petrobras, mas criticarão ajuste fiscal
SÃO PAULO e BRASÍLIA - Apenas dois dias após ser alvo de um panelaço e um buzinaço em diversas capitais, durante seu pronunciamento na TV, a presidente Dilma Rousseff foi recebida ontem com vaias e gritos de "fora!" ao visitar o Salão Internacional da Construção (Feicon), em São Paulo. As vaias começaram antes que ela chegasse ao evento e partiram de pessoas que trabalhavam no local. Os manifestantes disseram que começaram a vaiar porque, quando viram a movimentação da imprensa, pensaram que a presidente já estava no pavilhão. Quando Dilma chegou, as vaias se multiplicaram.
A reação constrangeu a presidente, a ponto de levá-la a desistir de visitar os estandes e de usar o carro para chegar ao auditório da abertura oficial da Feicon. No auditório, Dilma encontrou uma plateia formada por poucas dezenas de empresários e ainda teve de ouvir críticas do setor sobre a crise econômica.
Dirigentes do PT atribuíram o panelaço de domingo à mobilização de partidos de oposição e às classes mais abastadas. Porém, boa parte do protesto de ontem partiu de trabalhadores.
"Dilma perdeu a classe média", diz analista
Para o cientista político Antônio Azevedo, da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), é natural que o desgaste do governo se amplie para segmentos do eleitorado que também votaram em Dilma por haver três crises simultâneas em curso: econômica, política e ética.
- Dilma perdeu a classe média já no processo eleitoral. Neste momento, com o ajuste fiscal, também se afasta de sua base. O governo está totalmente isolado, porque perdeu ainda o controle do Congresso Nacional - lembrou.
Dilma não escondeu o incômodo com as vaias e a baixa presença de empresários no evento. Após ouvir pedidos de medidas protetivas para o setor de construção, Dilma pediu otimismo à plateia, mas admitiu que a situação é delicada:
- O Brasil passa por um momento difícil, mais difícil do que tivemos em anos recentes, mas, nem de longe, estamos vivendo uma crise das dimensões que alguns dizem que estamos vivendo - disse. -Não deixem que as incertezas conjunturais determinem sua visão de futuro do Brasil.
Dilma justificou os cortes previstos pelo ajuste fiscal: disse que o Orçamento da União absorveu "parte importante da crise", mas garantiu recursos para o Minha Casa Minha Vida e o Bolsa Família.
Dirigentes petistas ficaram irritados com a escolha de São Paulo como palco do primeiro compromisso de rua da presidente após o panelaço, por se tratar de cidade onde Dilma acumula alta rejeição e perdeu para o candidato tucano Aécio Neves, nas eleições do ano passado.
Na próxima sexta-feira, outros atos estão previstas no país, organizados por centrais sindicais e movimentos sociais que reivindicam direitos, defendem a Petrobras, a democracia e a realização de uma reforma política.
Esses atos foram pensados inicialmente como forma de se contrapor aos protestos do próximo domingo, que estão sendo organizados por movimentos contrários ao governo, alguns dos quais defendem o impeachment de Dilma. Porém, os atos de sexta-feira deverão criticar o ajuste econômico proposto pelo governo.
- Essa mobilização não é em defesa nem contra o governo - disse o presidente da Central Única dos Trabalhadores de São Paulo (CUT-SP), Adi Santos Lima.
Governo preocupado também com ato da CUT
O governo pediu à CUT para que cancele as manifestações, segundo revelou um ministro próximo a Dilma. Segundo essa fonte, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Miguel Rossetto, a pedido de Dilma, se reuniu com dirigentes da CUT e conversou por telefone pedindo a suspensão. A preocupação é evitar que os atos motivem mais manifestantes contra o governo no domingo Em nota, porém, Rosseto negou o pedido e disse que "a CUT é quem marca ou desmarca suas manifestações".
Teme-se o acirramento dos ânimos, que levem à violência e quebra-quebra, como nos protestos de 2013. Integrantes do governo monitoram redes sociais desde que os convites para as manifestações começaram a surgir na internet.
Dilma determinou uma força-tarefa de ministros para acompanhar os atos de sexta e de domingo. O Planalto orientou os ministros a não participar dos atos das centrais sindicais para evitar provocações. (Colaboraram Thiago Herdy, Julianna Grajeia, Fernanda Krakovics, Simone Iglesias e Luiza Damé) .
sábado, 28 de junho de 2014
Um companheiro das Arabias (do patropi mesmo)
Na última segunda (23), Rafael Marques Lusvarghi, 29 anos, foi preso pela polícia após participar de uma manifestação em São Paulo. Ele e o estudante Fabio Hideki Harano, 26 anos, foram acusados de associação criminosa e levados pelos policiais que acompanhavam o protesto. O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Fernando Grella Vieira, apresentou a dupla à imprensa como “os primeiros black blocs presos” em flagrante na capital.
Quando foi detido, Lusvarghi usava uma saia kilt e tinha o que parecia ser uma cicatriz do lado esquerdo do rosto. Só parecia: o falso machucado foi feito no último dia 17, enquanto o Brasil jogava contra o México, em um estúdio de tatuagem em Jundiaí, na Grande São Paulo. A técnica é chamada de escarificação e consiste em criar na pele um corte milimetricamente desenhado na base do bisturi. Para fazê-lo, Lusvarghi inspirou-se nos games: ele é fã do jogo God of War e queria uma marca no rosto igual à do personagem Kratos, o fortão espartano que protagoniza a saga. Aos amigos, contou que nas diversas brigas que arranjou nunca conseguiu um machucado que marcasse seu rosto – apenas sinais no pulso e num dos dedos.
Aficionado pela história russa e pela cultura militar, Lusvarghi coleciona álbuns com retratos dos líderes da Revolução Russa e do período comunista. Fotos de exércitos, tanques e armas também estão no seu acervo. Obcecado por vikings, tem tatuada no braço a palavra Berserk, nome de um mangá, posteriormente transformado em anime, inspirado nos guerreiros da mitologia nórdica.
Lusvarghi nasceu em Jundiaí, numa família de classe média. A mãe é professora formada em Biologia e o pai, de quem ela é separada, gerencia uma pequena empresa em Minas. É o mais velho de quatro irmãos. Um deles conta que, desde pequeno, Lusvarghi sonhava alistar-se na Legião Estrangeira da França. Aos 18 anos, comprou uma passagem para aquele país, onde morou por três anos – como integrante da tropa, segundo disse a familiares. Quando regressou ao Brasil, prestou concurso para soldado da Polícia Militar em São Paulo e ficou na corporação entre março de 2006 e julho de 2007. O motivo de sua saída é desconhecido, mas em agosto ele já prestava um novo concurso, desta vez para ser PM no Pará. Aprovado, permaneceu na corporação até 2009 e, mais uma vez, saiu antes de concluir o curso de oficial.
Partiu, então, para a Rússia. Em 2010, mudou-se para Kursk, cidade onde ocorreu uma das mais importantes batalhas da Segunda Guerra Mundial. O que fez lá ninguém sabe. Segundo parentes, teria estudado administração e tentado alistar-se no exército russo. Como não conseguiu, regressou ao Brasil. Logo depois de chegar, em janeiro deste ano, iniciou uma viagem de um mês e meio entre Colômbia e Venezuela. Disse ao irmão ter “feito contato” com as Farc neste período – e não gostou da experiência. Na volta, instalou-se em Indaiatuba, no interior paulista, onde começou a trabalhar como professor de inglês e técnico de informática.
Lusvarghi é detido durante ato contra a Copa do Mundo na Avenida Paulista, em São Paulo –Fernando Donasci/Agência O Globo
sábado, 5 de abril de 2014
Belgica: protesto contra austeridade acaba em batalha
Varios testigos destacan la violencia extrema con la que han actuado este grupo de manifestantes, que han agredido a fotoperiodistas y policías. Los choques han comenzado a mitad del recorrido, cuando estas personas han empezado a lanzar adoquines y piedras a los policías que custodiaban la marcha y la han emprendido a puñetazos con un grupo de fotógrafos de agencias de prensa. “Sin mediar palabra, han empezado a pegarnos. Querían lincharnos”, relata uno de ellos, que ha recibido un fuerte golpe en la mandíbula. “Llevo 30 años de profesión y no había visto nunca tanta violencia en una manifestación”.
Al término de la marcha, los choques se han recrudecido. A los estibadores de los puertos de Amberes y Brujas se han sumado los de Dunkerque, Gante y Calais y juntos han iniciado una auténtica batalla campal contra la policía belga a apenas 50 metros del edificio de la Comisión Europea. El dispositivo policial se ha limitado a defenderse con cañones de agua y pelotas de goma mientras rodeaba el perímetro de las instituciones comunitarias. Los funcionarios europeos que abandonaban su puesto de trabajo a esa hora (las dos de la tarde) no salían de su incredulidad.
Los sindicatos convocantes se han apresurado a negar que los actos vandálicos tengan que ver con los sindicalistas. Según su versión, los choques se han limitado al tramo final del recorrido y han sido ocasionados por un grupo “ajeno” a la concentración. “Estos episodios violentos han sido muy aislados y en absoluto deslucen la manifestación, que ha sido una fiesta de los trabajadores”, señala un portavoz de la Confederación Europea de Sindicatos (CES) que, sin embargo, sí ha reconocido “problemas” en la organización del dispositivo de seguridad interno de la marcha. “No hemos conseguido que este grupo de alborotadores no se infiltrara”, resume.
Contra la austeridad
La manifestación, a la que han asistido entre 25.500 personas, según la policía, y 55.000, según la CES, pretendía ser un “aviso serio” a la UE sobre el rumbo de salida de la crisis y abogaba por la aprobación de un plan de inversiones que movilice 260.000 millones —el 2% del PIB comunitario— en diez años. “La gente está bastante cabreada porque ve que las políticas de austeridad se extienden como una mancha de aceite”, ha señalado el secretario general de UGT, Cándido Méndez, al término de la marcha. “La mayor parte de manifestantes eran belgas, holandeses, franceses y alemanes. Es una prueba de que las políticas de austeridad también se dejan sentir en los países del norte de Europa”, ha apuntado el dirigente sindical. Su homólogo en CC OO y presidente de la CES, Ignacio Fernández Toxo, ha remarcado la importancia de esta jornada de movilización y ha reclamado a la UE y los Gobiernos europeos que emprendan un camino “diferente de la austeridad”. A su juicio, lo que Europa necesita en este momento de salida de la crisis económica es un “verdadero plan de inversiones, un Plan Marshall del siglo XXI”.Los líderes de los dos principales sindicatos españoles han solicitado al presidente del Gobierno, Mariano Rajoy, una reunión en la que detallarán las líneas maestras del plan de acción acordado por unanimidad en el seno de la organización sindical europea. Su objetivo principal es, según los sindicatos, dinamizar la anémica actividad económica europea “anestesiada por años de austeridad e inmovilismo”. Tanto Toxo como Méndez han recordado que en Europa hay 26 millones de parados, 10 más que en 2008 cuando comenzó la crisis, y siete millones y medio de jóvenes europeos ni tienen trabajo ni estudian.
quarta-feira, 5 de março de 2014
Venezuela: marchas, protestos, bandeiras - vai ser dificil permanecer calado...
Paulo Roberto de Almeida
sábado, 25 de janeiro de 2014
Brasil: nao 'a Copa do Mundo, num sabado de protestos quentes - Le Monde
Brésil : des manifestations samedi contre le Mondial de foot
Une première journée de protestations contre le Mondial 2014 est organisée samedi 25 janvier dans tout le Brésil par les activistes d'Anonymous, dont le degré de mobilisation servira de thermomètre social à cinq mois de la Coupe du monde de football.
quinta-feira, 9 de janeiro de 2014
Retrato de certa velha juventude: Old Black Bloc - Campos 51
OLD BLACK BLOC
- Qual é o problema de ter uma máscara do anônimos e um taco de beisebol?
- Você usa isso?
- Não… quer dizer, as vezes…
- É que que estou precisando. Será que você me empresta?
- Precisando? Pra quê?
- É que eu li as coisas que você andou escrevendo na internet…
- Você andou lendo o meu face?
- Qual é o problema? Não é público?
- É…mas…
- Pois é, eu li o que você escreveu e …
- Pai, eu sei que você não gostou do que eu escrevi lá , mas… eu não vou discutir, são as minhas ideias. Eu sou anarquista e…
- Não. Eu achei legal. Você me convenceu.
- Convenci? De quê?
- Tá tudo errado mesmo… eu li o que você escreveu e concordo. Agora eu sou anarquista também, que nem você…
- Você o quê? Pai… que história é essa?
- É, você fez a minha cabeça, tem que quebrar tudo mesmo! Agora eu souOld Black Bloc!
- Pai, você não pode… você é diretor de uma empresa enorme e…
- Não sou mais não. Larguei o meu emprego. Mandei o meu chefe tomar no... Mandei todo mundo lá tomar ...
- Pai, você não pode largar o seu emprego. Você está há 30 anos lá…
- Posso sim! Aliás tô juntando uma galera pra ir lá quebrar tudo.
- Quebrar tudo onde?
- No meu trabalho! Vamos quebrar tudo ! Abaixo a opressão! Abaixo tudo!
- Você não pode fazer isso, pai…
- Posso sim! É só você me emprestar a máscara e o taco de beisebol. E aí, você vem comigo?
- Não… acho melhor não…
- É melhor você vir porque agora que eu larguei tudo, a gente vai ter sair desse apartamento…
- Sair daqui? E a gente vai morar aonde?
- Sei lá! Vamos acampar em frente a uma empresa capitalista qualquer e exigir o fim do capitalismo!
- Pai, você não pode fazer isso ! Não pode abandonar tudo!
- Tô indo! Fui!
- Peraí, pai! Pai! Volta aqui! Volta aqui, pai!!! Voooltaaaaa!
domingo, 21 de julho de 2013
Deu no New York Times: o papa no Brasil, em tempos de protestos
By LARRY ROHTER
The New York Times, July 20, 2013
quinta-feira, 11 de julho de 2013
Passou bem o seu 11 de Julho, caro leitor? O Brasil e os brasileiros passaram mal...
Agora apenas foi oficializada a quebra da ordem institucionalizada, ou seja, sindicatos e outras máfias organizadas podem, se desejarem, paralisar o país e atrapalhar a vida de milhões de outros brasileiros honestos e trabalhadores, e isso com a colaboração ativa do próprio governo...
Um dia isso teria de ocorrer. Já está ocorrendo...
Mas não se preocupe, pois ainda não estamos na reta final dos protestos. Por enquanto tudo isso é esporádico, quase ameno. Vai ficar pior, tenha certeza...
Paulo Roberto de Almeida
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Le 11 Juillet 2013 à 20h par Lucas Roxo
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L'appel à la grève générale des syndicats a été entendu un peu partout au Brésil, ce jeudi après-midi. La mobilisation varie énormément d'une ville à l'autre, mais 18 Etats et plus de 80 autoroutes ont été paralysés. Le rassemblement recense toutefois, pour l'instant, moins de monde que les manifestations de juin.
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Ce jeudi au Brésil, près de 18 Etats se sont réveillés avec leurs transports paralysés et leurs rues pleines de manifestants. La "Journée nationale de la lutte", organisée par les syndicats, a réussi son pari.
18 villes bloquées, 80 autoroutes paralysées
Les manifestations sont encore en cours, mais un premier bilan peut être dressé. Si le nombre de manifestants est moins important qu'au mois de juin, la mobilisation touche l'ensemble du pays et les moyens d'actions mis en oeuvre sont originaux.
Sao Paulo, Rio de Janeiro, Manaus, Brasilia... Toutes les grandes villes ont été touchées. Les préfectures ont essayé de limiter les dégâts : à Sao Paulo, où les embouteillages sont un véritable fléau, les syndicats avaient promis de ne pas bloquer aux heures de pointe.
#Brasil Protestas sindicales bloquean rutas y perturban transporte http://t.co/4SMkamIb02 pic.twitter.com/pJ9HaU3KQ6
— OEM (@OEMenlinea) July 11, 2013
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Aus Brasilien: os protestos brasileiros no Der Spiegel
Corruption and Graft: Brazil Rushes Headlong into Popular Revolt
The country's traditional amusements -- football, Samba and Carneval -- are too frivolous for this summer's mood. The dinner-party hostess, a professor, is calling for a modern-day storming of the Bastille. A young businessman is talking about high taxes and the few services that the government provides in return. They all agree that Brazil, a giant and powerful economic engine, has gained momentum in recent years, but that the tracks are rotten, the signal towers are outdated and the personnel is from the era of feudalism.
And it is true. In the gridlocked downtown areas of Rio or São Paulo, cars travel at the speed of horse-drawn carriages, about 18 kilometers per hour (11 mph). Perhaps the country is not going through a revolution, but rather a crisis of modernization.
A doctor with a white beard quotes a saying he saw at a demonstration: "A truly developed country is not one in which the poor have cars, but one in which everyone can use public transportation." As it happens, the overcrowded buses on the torn-up streets of Rio feel like prisoner transports.
The view of the sea from the heights of the coastal road Avenida Niemeyer is achingly beautiful. Volleyball teams are playing on Ipanema Beach below, in front of the Occupy camp. Marcus at the kiosk up here on the avenue is playing the classic song "País Tropical," while an old woman sings along. Is this Brazil disappearing? Is this Brazil suddenly wrong?
Sick to Death of Their Clichés
No. It's just that the patronizing grins that accompanied this aspect of Brazilian folklore in the past have disappeared. Nowadays Brazilians are sick to death of their own clichés.
In Favela Vidigal, a few curves down the road, just across from the Sheraton Hotel where the Seleção is staying, visitors are greeted by an adage, in black on turquoise-colored tiles: "All people are naturally inclined to seek the path to goodness. Everyone is naturally endowed with the same rights." The author is identified as Aristotle.
Pathos and idealism are as much a part of Brazil's sentimental propaganda as its cynical politicians. Such rhetoric is supposed to provide encouragement to those in the slums. There may not be a decent wastewater system, but pure morals -- so goes the message -- are more important.
For several years, however, there has been a different antidote to the misery. The UPP, or neighborhood police. They are responsible for security on what was once one of the most violent hills in Rio. Since the elite troops of the BOPE ended the reign of "Comando Vermelho" and drove out the drug bosses, the hill has become appealing to the middle class. Speculators are buying up property in an area where the views are simply irresistible.
Some graffiti from the old days can still be seen on a wall, depicting one of the drug bosses as a capitalist with a cigar. Now the boss is in prison -- and the boys playing with a couple of fighting dog puppies on the walled football pitch have a low opinion of the police officers who patrol the area with their assault rifles.
The Culture of Jeitinho
"Maybe it's become safer for the tourists and the speculators, but nothing has changed for us," says Felipe, who is dabbing at a bloody nose one of the dogs just gave him. The bosses are gone, says Felipe, but it's still easier to get drugs than bread. Okay, he says, it has become quieter. In the past, snitches were burned to death using car tires. But aside from that?
UPP police officers are frequently rotated so as to avoid corruption. But Felipe doesn't believe the strategy works. Everything will go back to the way it was after the World Cup, he says. Theft isn't just a fact of life at the Congress in Brasília. Everyone takes part in "jeitinho," or the culture of official corruption, and everyone takes his cut.
Marco Túlio Zanini, a young man with a business degree, took a closer look at the BOPE units. In a highly regarded study, he concluded that the special forces troops, -- heavily armed soldiers with a crest consisting of pistols crossed in front of a skull -- are inspired by ideals. "They don't do their jobs for money, they see themselves as missionaries," he says. Devotion, self-sacrifice, esprit de corps. Perhaps it's the only government institution of which that can be said -- yet another indication as to just how far the situation in Brazil has deteriorated.
Still, BOPE has cleaned up in the city under the leadership of Rio's security chief José Mariano Beltrame, an outsider who owed nothing to nobody. Beltrame is clean, and so are his men, says Zanini.
Zanini focuses on the subject of trust, in both business and politics. The last article he published was called "Leadership through Values." But he believes that values have been compromised in recent years as everybody has tried to benefit from the country's economic upturn. And he believes that Lula's leftist party of economic miracles, PT, is to blame.
Exercises in Democratic Awareness
"One can only hope that the protests will continue, because they are an expression of civil society," says Zanini -- important exercises in democratic awareness.
The demonstrations are continuing. Some 6,000 military police gathered to provide security for the Confed Cup final in front of the Maracanã Stadium in early July. There was concern that a few militants would be among the protesters. But the middle class, in particular, has been showing, with its largely peaceful protests, that it wants more than refrigerators and cars. Instead, it wants the rights of a civil society, which include public services in return for taxes paid: a decent healthcare system, roads, public transportation and schools.
Ironically, it was the governing Workers' Party that believed stimulating consumption would be enough. But now the economic miracle is waning. According to the daily newspaper O Globo, government debt is higher than it's been in 18 years, Petrobas, the largely state-owned oil company, is practically bankrupt, and inflation is rising. The people are afraid.
But nothing has moved the public in recent years as much as the "Mensalão" scandal, a criminal operation that, together with the governing PT and government-owned businesses, had bribed several lawmakers to push large, lucrative projects through the Congress.
In a fiery speech, Joaquim Barbosa, appointed to the country's highest court by Lula, demanded that it was time to clean out the pigsty. Barbosa has been celebrated as a hero since then, as someone who stands for the values of democracy. People are saying that he would be elected immediately if he ran for office. By now, 74 percent of Brazilians want those behind the bribery scandal go to prison immediately.
Who Wins?
No one from the Occupy tents in Ipanema watched as the Seleção ran onto the pitch in Maracanã Stadium for the finale. Only Jair, the Rasta who wanted to die for his cause, suddenly defected.
There are only two kiosks with TV sets on the Copacabana. At the "Sindicato," on the other hand, a churrascaria on the esplanade, a few dozen fans have gathered. They have hardly had a chance to sit down when Fred, the country's newest football hero, pushes his way into the Spanish team's penalty area and scores an unlikely goal while lying on the grass. Neymar's second goal is spectacular, and the cheering gets louder. The Brazilians are playing well, a lean, imaginative and fast game. They have put the football world on notice that they are back. Once the 3:0 win is complete, the audience is on its feet, cheering frenetically. Football still works in Brazil.
But real life returned as soon as the game has ended.
This is especially true of the endless process of Brazilian democracy. The country's labor unions, which include most PT members, organized yet another day of strikes and marches on Thursday. Brazil's Workers' Party is mobilizing against itself at the moment, so as to resume its position of leadership.
All that remains is to see who wins.
Os surdos e os cegos, mas nao mudos, apenas incoerentes - Luciano Trigo, Reynaldo Rocha, Antonio Machado de Carvalho
2 ─ A sociedade quer o fim da impunidade, pois está cansada de ver corruptos soltos debochando de quem é honesto, mesmo depois de condenados.
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