O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

segunda-feira, 9 de junho de 2014

Inflacao: heranca maldita dos companheiros - Henrique Meirelles

Os keynesianos de botequim, que são as contrafações de economistas companheiros, ainda continuam a acreditar em Celso Furtado, para quem um pouquinho de inflação não seria prejudicial ao crescimento, desde que garantindo mais emprego. Se fosse só isso...
A herança dos companheiros vai continuar a prejudicar o Brasil por anos e anos à frente...
Paulo Roberto de Almeida 

O mau humor da inflação

Por Henrique Meirelles
Folha de S.Paulo, 08/06/2014.
O instituto de pesquisas Pew, com experiência consolidada na sondagem da opinião pública em mais de 80 países, divulgou dados sobre o nível de satisfação da população brasileira com duas revelações importantes:
1) A piora da avaliação da situação econômica aqui só se compara a ocorrida em países com guerra civil ou conflito agudo, como o Egito.
2) 85% da população considera a inflação um dos maiores problemas do Brasil.
A segunda constatação tem significado histórico. Por muito tempo, a maior dificuldade no trabalho de combate à inflação foi a postura de setores do pensamento econômico e da política de que um pouco de inflação é bom para o crescimento e que os custos de enfrentá-la com rigor para mantê-la na meta não compensam e são impopulares.
A inflação baixa é fundamental não só para a manutenção do poder de compra das pessoas, mas também para maior crescimento econômico
Dizíamos que, na medida em que a população sentisse os efeitos da manutenção do seu poder de compra com a inflação mais baixa, ela não aceitaria a volta de índices mais elevados. E que isso seria uma conquista institucional histórica, pois a experiência brasileira e de diversos países mostra que inflação baixa é fundamental não só para a manutenção do poder de compra das pessoas, mas também para maior crescimento econômico.
A inflação controlada dá mais previsibilidade e retorno ao investimento e, mais importante, eleva a confiança da população, pois sabe que no próximo mês o poder aquisitivo de seu salário será mantido.
Ponto fundamental e muitas vezes esquecido é que o maior prejudicado com a inflação um pouco mais alta são os assalariados. Eles têm aumento uma vez ao ano, enquanto os preços sobem a qualquer momento.
Importante notar também que é ilusão achar que o governo ganha com a inflação já que a arrecadação de impostos cresce com os preços e as despesas de governo só crescem mais tarde. A desorganização econômica e o baixo crescimento causados pela inflação acabam inexoravelmente prejudicando os que ganham com ela, inclusive o governo.
Portanto, devemos encarar a insatisfação popular com a inflação alta, apontada recorrentemente pelo Datafolha, como positiva. Ela consolida no Brasil o valor da inflação baixa e estável. E o pessimismo agudo revelado pelas pesquisas reflete a percepção de uma inflação maior do que a dos índices oficias, pois a população lida com preços livres não controlados pelo governo.
Com a inflação controlada e a expectativa para os anos seguintes na meta, os custos do controle da inflação serão muito baixos ou inexistentes.
Quanto maior a expectativa de inflação, maior é o custo de trazê-la para a meta e maior é o custo da desorganização inflacionária na economia como um todo.

Conluio Antidistributivo: coisa de sociologo gramsciano de ma-fe

Um leitor deste blog confessa que não gosta de minhas opiniões, embora ache o blog bom, e me pede uma opinião sobre a entrevista de um sociólogo (essa tribo de masturbadores sociais, como diria o Sérgio Mota) a propósito da próxima campanha eleitoral.
Aqui o comentário:


Cássio Moreira

15 minutos atrás  -  Compartilhada publicamente
Olá Paulo Roberto. Muito bom o teu site. Embora discordo de alguns pontos desse artigo gostaria de saber tua opiniao sobre essa entrevistahttp://www1.folha.uol.com.br/poder/2014/06/1466547-conluio-antidistributivo-puniu-dilma-e-campanha-sera-mais-radicalizada-diz-sociologo.shtml

 E se de certa forma acha que essas duas analises sao complementares?
Leia mais
O sociólogo em questão acha que as elites de sempre, que ele identifica nos partidos de oposição ao atual partido no poder, estão mancomunadas num projeto perverso, que seria o de impedir que o partido hegemônico fizesse mais bondades em favor do povinho miúdo, que depende dos favores do Estado para ter maior igualdade distributiva.
Não vou dar minha opinião sobre o que ele disse pois isso seria promover comentários desonestos, feitos de má-fé, por um espírito partidário, à condição de argumentos de observador isento da política, o que obviamente não é o caso.
O cidadão partidário, gramsciano como vários de seus colegas, não entende de economia, e acha que os empresários foram contra a presidente apenas porque ela reduziu os juros e desvalorizou o real.
Com essa demonstração de ignorância elementar, não é preciso mais nada, a não ser confirmar que se trata de alguém de má-fé e politicamente motivado.
Paulo Roberto de Almeida

O Brasil e o mundo em dados comparativos - Julio Cesar de Carvalho Lima

Uma publicação do deputado Julio Cesar de Carvalho Lima que compila estatísticas oficiais comparativas entre diversos países sobre ampla gama de indicadores, neste link:
http://bd.camara.gov.br/bd/handle/bdcamara/17739
Paulo Roberto de Almeida

O Brasil e o mundo em dados comparativos : os continentes, os países, o Brasil, as regiões, os estados e os municípios comparados em valores absolutos, relativos e per capita
AuthorLima, Júlio César de Carvalho

Files in this item

Name:Size:Format:Visualização
brasil_mundo_lima.pdf25.39MbAdobe/PDFThumbnail
brasil_mundo_lima_qrcode.png1.783KbPNG imageThumbnail

This item appears in the following Collection(s)

Direito dos Tratados - Valerio Mazzuoli (nova edicao)

Um livro que já se tornou referência na área:

Going to Washington: National Gallery, among others (Degas-Cassat)

Art Review: Degas and Cassatt, Paired at the National Gallery
“Degas/Cassatt,” at the National Gallery of Art in Washington, looks anew at a relationship between two painters.

WASHINGTON — The friendship between Mary Cassatt and Edgar Degas is one of the few remaining mysteries of Impressionism. She was a wealthy, independent American suffragist who painted upper-class women tending children and taking in the opera; he was a Frenchman, a decade older, who spied on nudes in brothels and once said that women couldn’t understand style.
Curators, mindful of the age difference and of Cassatt’s status as an expatriate living and working on Degas’s turf, have tended to show us a student-teacher relationship. So it’s refreshing to see, instead, a platonic power couple, as we do in “Degas/Cassatt” at the National Gallery.
With just 70 works squeezed into four small galleries, this show is not your typical Impressionist blockbuster. And it’s so focused on technique, so determined to avoid any hint of romance or paternalism, that it sometimes feels clinical.
Familiar paintings and pastels are outnumbered here by prints and drawings. But that focus ultimately proves to be a smart decision, as in MoMA’s show “Gauguin: Metamorphoses.” The unpolished, process-oriented works by Degas and Cassatt present both artists in a new light, allowing viewers a glimpse of the inspiration each found in the work of the other.
One exception to the limited role of major paintings: the Cassatt masterpiece “Little Girl in a Blue Armchair,” from the National Gallery’s collection, which appears right at the beginning of the show. Fresh from a trip to the conservation lab, it dazzles with its predominant hue of deep turquoise.
A letter from Cassatt to her dealer Ambroise Vollard, also on view, proclaims that Degas worked on an area of the painting’s background; the recent cleaning and infrared photography have revealed that changes were indeed made. A horizontal line became a much more Degas-esque diagonal, and a small dog was moved from the floor to a soft chair in the foreground (where it has more of a rapport with the painting’s slouching subject.)
In smaller works shown nearby, Degas and Cassatt conduct separate but parallel material experiments with metallic paint, distemper and egg tempera. In her pastel “At the Theater,” for instance, Cassatt gives a subtle glint to the fan held by an operagoer; Degas, meanwhile, made his “Dancers (Fan Design)” shimmer with a liberal application of powdered silver.
More intense collaborations emerge in the next gallery, which is devoted entirely to prints. Most of them relate to an unrealized journal of 1879-80, Le Jour et la Nuit, which was to involve other Impressionists like Camille Pissarro and Gustave Caillebotte.
At the time, Cassatt was new to printmaking — she did not produce her most famous prints, the Japanese-influenced series of mothers and children, until the 1890s — but she threw herself into the project, with some help from Degas (who introduced her to the technique of soft-ground etching).
In that sense, he served as Cassatt’s mentor, an idea reinforced by a few of her tentative studies of standing nudes, seen from the back, which clearly echo voyeuristic works by Degas. But, on the whole, the prints convey a sense of shared enterprise. Both artists, for instance, allude to the journal’s title with bold silhouettes and other plays of light and dark — Degas in a marvelous scene of actresses in their dressing rooms, and Cassatt in a view of two women at the opera that relates to her well-known painting “The Loge” (also here).
The show organizer and the museum’s associate curator of French paintings, Kimberly A. Jones, argues that Degas and Cassatt, seen in black and white, look more like equals. This view gives Cassatt a little edge, and lends gentility to Degas’s often dishabille actresses and women of the night.
But it can’t totally erase the distinctions between their social milieus. The fact remains that Degas could go places Cassatt couldn’t, even at the opera, where a woman without male accompaniment was restricted to the loge and limited to matinee performances. She could not roam the orchestra, or lurk backstage, or haunt the nighttime cafe-concerts, as Degas did to gather material for Jour et Nuit. Her subjects are inevitably boxed-in; only their eyes may wander, with the aid of opera glasses.
One place she could visit, with relative freedom, was the museum. In a pastel by Degas, “At the Louvre (Miss Cassatt),” she is clearly in her element, leaning jauntily on her umbrella as her companion (probably her sister) perches primly on a bench. Related prints and sketches make it clear that Degas appreciated Cassatt’s swagger; in some versions, he places her right at the center of the image, so that she eclipses the second figure.
He also made a more conventional portrait of Cassatt, albeit one that depicts her as a very unconventional woman; it shows her leaning forward, as if she were about to leap from her chair, displaying an aggression normally reserved for men (like the similarly posed print collector in an earlier Degas painting, seen in the catalog).
Cassatt liked the portrait enough to hang it in her studio. But some three decades later she sold it, writing to her dealer Paul Durand-Ruel in 1912 or 1913, “It has artistic qualities but it is painful and depicts me as such a repugnant person, I don’t want anyone to know that I posed for it.”
By that point, her friendship with Degas had become strained; they had taken opposite sides of the Dreyfus affair, and their artistic interests had diverged (with Degas moving closer to abstraction in loose pastels and continually reworked canvases, and Cassatt adopting a tight figurative realism influenced by Japanese prints and American painters like Thomas Eakins). Both artists, difficult personalities to begin with, were becoming more cantankerous with age and failing health. The distance is apparent in prints and paintings from the 1890s, in the show’s final gallery. Here the brushy, violent Degas canvas “Scene From the Steeplechase: The Fallen Jockey” is flanked by two precise, saccharine Cassatt paintings of women and children picking apples in Edenic orchards.
Fortunately, “Degas/Cassatt” does not leave us here. It has an alternate conclusion, of works the artists exchanged over the years, which supports the show’s theme of reciprocity. We can see that Degas owned multiple versions of Cassatt’s print “The Visitor,” of a woman calling on a friend in a well-appointed parlor, and that Cassatt had a large pastel of a Degas nude squatting over a washtub.
And we can appreciate that their friendship was — like many friendships between artists — professional, competitive and complicated. It was, in other words, a relationship of equals.
Correction: May 31, 2014 
An art review on Friday about “Degas/Cassatt,” at the National Gallery of Art in Washington, referred imprecisely to the Museum of Modern Art’s show “Gauguin: Metamorphoses” in making a comparison between the exhibitions. The MoMA show is a current one running through June 8, not a “recent” show.

Decreto bolivariano: mistura de totalitarismo e desespero eleitoral

Interpreto assim o decreto celerado, de inspiração bolivariana, emitido quase secretamente pelo governo no final de maio: se trata de uma mistura dos instintos totalitários do partido no poder, sempre presente, com o seu desespero de ver que o monopólio do poder lhe escapar em outubro, em função dos desastrosos resultados econômicos da atual gestão.
Ambos se reforçam. Resta ver se a sociedade vai reagir e obrigar os parlamentares a anularem o decreto castrador que lhes humilha em suas funções legislativas e de representação da sociedade.
Sociedades podem involuir. O Brasil claramente retrocedeu institucionalmente e mentalmente sob os companheiros totalitários.
Paulo Roberto de Almeida 

Governo Dilma

O lado eleitoreiro do decreto bolivariano de Dilma

A um mês do início da campanha eleitoral, presidente editou um decreto que afaga os movimentos sociais, mirando as urnas nas eleições de outubro

Laryssa Borges, de Brasília
Veja.com, 8/06/2014
A presidente Dilma Rousseff, acompanhada dos ministros Gilberto Carvalho (Secretaria Geral) e Pepe Vargas (Desenvolvimento Agrário), recebe integrantes da liderança do Mst. A presidente foi presenteada com uma cesta de produtos orgânicos produzidos por agricultores do movimento, como arroz, leite, castanhas, pimenta e até uma garrafa de cachaça

PRESENTE – A presidente Dilma Rousseff recebe uma cesta de integrantes do MST em fevereiro, um dia depois de os sem-terra promoverem atos de vandalismo e atacar a segurança do Palácio do Planalto (Pedro Ladeira/Folhapress)

Desde a sua fundação, em 1980, o PT se apoia nos chamados "movimentos sociais" para avançar. Ao chegar à presidência com Lula, em 2002, o partido não descuidou da relação com grupos de sem-terra, indígenas ou estudantes com os quais já tinha laços. Eles tiveram financiamento e interlocução privilegiada com o governo. Do lado petista, nada mudou na passagem da administração Lula para a administração Dilma Rousseff. Chefe de gabinete do ex-presidente e atual ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho continua sendo o czar dos movimentos sociais no Planalto. O dinheiro continua a fluir. Ainda assim, o controle que o PT detém sobre essas organizações se esgarçou nos últimos tempos, ao passo que novos grupos de esquerda – como mostraram as manifestações de junho de 2013 – já não se alinham de maneira imediata à legenda. Nesse cenário, a edição no dia 23 de maio do decreto presidencial 8.243/2014 é um passo evidente na direção de cooptar, ou recooptar, os “movimentos sociais” para o projeto petista. A medida instituiu a participação de “integrantes da sociedade civil” em todos os órgãos da administração pública e, feita numa canetada, representa um assombroso ataque à democracia representativa.

Nesta semana, em um claro exemplo das dificuldades recentes de interlocução do PT com os movimentos sociais, Carvalho admitiu preocupação com a ameaça do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) de realizar um protesto nos arredores do estádio do Morumbi, palco do último amistoso da seleção brasileira antes da estreia na Copa do Mundo. Alinhados historicamente ao PT, os sem-teto se tornaram a pedra no sapato da gestão do prefeito Fernando Haddad (PT), promovendo atos diários, que na maioria das vezes terminam em confusão com a polícia. Há meses, o governo federal monitora a ação de grupos que realizam protestos pelo país, mas rechaçam aproximação com partidos políticos. No ano passado, durante a onda de manifestações de junho, o presidente do PT, Rui Falcão, até tentou capitalizar e infiltrar militantes petistas nos protestos. O resultado foi pífio: petistas foram hostilizados e isolados nas ruas.

Os números da mais recente pesquisa feita pelo instituto Datafolha, divulgada na semana passada, mostram que a rejeição à presidente Dilma é a pior entre os pré-candidatos: 35% dos eleitores do país afirmam que não votariam nela de jeito nenhum em outubro. Segundo o instituto, a queda nos índices de Dilma foi mais acentuada em redutos eleitorais do PT – Regiões Norte (queda de 53% para 44%) e Nordeste (de 54% para 48%). "Ironicamente, movimentos sociais e sindicais levam o governo do PT, partido que tem sua origem 'nas ruas', a conhecer um de seus mais elevados patamares de reprovação, equivalente apenas aos observados depois das denúncias de Roberto Jefferson sobre o mensalão, em 2005", escreveu o diretor-geral do Datafolha, Mauro Paulino, no jornal Folha de S.Paulo.

Leia mais sobre o decreto bolivariano de Dilma

Nos governos do PT, sindicatos, movimentos sociais como o MST, o MTST e entidades como a União Nacional dos Estudantes (UNE), foram generosamente tratados pelo governo federal – a UNE recebeu 30 milhões de reais de indenização para a construção de uma nova sede no Rio de Janeiro e quase 13 milhões de reais em convênios no governo Lula. O onipresente MST amealhou 64 milhões, em 2005, ano do escândalo do mensalão, por meio de ONGs, cujos caixas foram previamente abastecidos pelo governo por meio de convênios. Na gestão Dilma, porém, esses grupos e entidades já não consideraram suficiente ter canal direto com o Executivo federal. Resultado: cenas de indígenas, sem-terra e sem-teto tentando invadir o Palácio do Planalto ou acampados em frente à sede do governo viraram rotina. 

Leia também:  Para juristas, decreto coloca o país na rota do bolivarianismo

“A criação desses mecanismos de participação popular serve para dar voz a partidos e movimentos que não têm presença eleitoral. É um atalho, um golpe de esperteza, dando presença e direito decisório a grupos sem representatividade efetiva”, afirma o historiador Marco Antonio Villa, professor do Departamento de História da Universidade Federal de São Carlos. “Com os conselhos populares, o PT toma o aparelho de Estado de uma forma subreptícia. É uma estratégia de leninismo tropical”, diz.

No Congresso, dez partidos se mobilizam para tentar barrar o decreto de Dilma. Segundo oRadar on-line, o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), sugeriu ao Palácio do Planalto que revogue o decreto. Pressionado, Alves resiste em colocar em votação um decreto legislativo para anular os efeitos do texto presidencial.

“É um escárnio colocar como conselheiros um leque de movimentos que são apenas corrente de transmissão de partidos de ultraesquerda e de setores mais bolivarianos do PT. É a clientela do Gilberto Carvalho. É uma coisa botocuda e grosseira fazer esses conselhos”, diz o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP).

“A presidente já vinha flertando com esse pessoal ao receber o ‘radical chique’ do MST, o Movimento Passe Livre depois das quebradeiras que eles promoveram”, diz Aloysio. “Como está se esvaindo o prestígio da presidente Dilma nas franjas do eleitorado que o PT agregou nesses anos todos, ela se volta agora para os setores mais radicais e sensíveis a uma visão não institucional da política."

“É claro que a presidente tenta capitalizar nas eleições. Medidas como essa são para ‘inglês ver’ porque é capitalizar em cima de jogo de cena. Com esses conselhos populares ela tenta encenar um teatro de marionetes com os movimentos sociais um ano depois das manifestações de julho e no período eleitoral”, diz o presidente do DEM, senador José Agripino (DEM-RN). “Isso tudo agora que ela está em processo de queda de popularidade e de intenções de votos e quer posar com um teatro de fantoches”, completa.

VIII Colóquio Brasileiro em Economia Política dos Sistemas-Mundo - Florianópolis, 20 e 21 de outubro de 2014

VIII Colóquio Brasileiro em Economia Política dos Sistemas-Mundo
Grupo de Pesquisa em Economia Política dos Sistemas-Mundo

Florianópolis, 20 e 21 de outubro de 2014

Chamada para contribuições:
 VIII COLÓQUIO BRASILEIRO EM ECONOMIA POLÍTICA DOS SISTEMAS-MUNDO
Organização: GPEPSM (Grupo de Pesquisa em Economia Política dos Sistemas-Mundo)
Local: UFSC, CSE - Centro Socioeconômico, Florianópolis – SC.
Data: 20 e 21 de outubro de 2014
A atual conjuntura do sistema-mundo capitalista é marcada pelo surgimento de novos arranjos interestatais e por desafios para aqueles arranjos já há muito estabelecidos. Entre os novos arranjos, há os que desafiam as instituições dominantes de governança global e defendem uma ordem mundial menos hierárquica, como o BRICS e a ALBA. Por outro lado, os EUA lideram a formação de arranjos como o TTIP e o TPP no sentido de conter a deterioração de sua posição hegemônica a Leste e Oeste de seu território. Blocos mais antigos, como o Mercosul e a União Europeia, tem sua credibilidade internacional desafiada por conflitos internos. O que explica o surgimento destes arranjos? Como podem ser compreendidos na trajetória de longa duração do sistema-mundo capitalista e na atual conjuntura de crise mundial? Qual o seu potencial para a governança global em um período de caos sistêmico? Em que medida alteram os padrões históricos de competição interestatal e intercapitalista?
Em sua oitava edição, o Colóquio Brasileiro em Economia Política dos Sistemas-Mundo convida pesquisadores a submeterem trabalhos que abordem esta problemática a partir de uma perspectiva histórico-mundial. Como sempre, serão bem-vindas contribuições e mesmo críticas à própria Análise dos Sistemas-Mundo que foquem em outros temas e períodos históricos.
Cronograma Preliminar
10.08 – Submissão de trabalhos completos
25.08 – Divulgação dos trabalhos selecionados
20 e 21/10 – Realização do colóquio

Regras para submissão dos trabalhos completos
Formato “word for windows” ou PDF. Espaçamento 1,5 pontos. Fonte Times New Roman. Máximo de 25 páginas.
Endereço para submissão: gpepsm@contato.ufsc.br