O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Livros digitais Paulo Roberto de Almeida no Research Gate

Transcrevo a seguir, a página da plataforma do Research Gate que apresenta os links para os meus livros self-edited, geralmente em formato pdf, e livremente disponíveis, na plataforma Academia.edu, ou nesta, Research Gate.

Your books Edit list

domingo, 9 de agosto de 2015

Livraria Cultura, em boa companhia (ou ma', depende...): Nunca Antes na Diplomacia, PRA

Meu amigo Rafael Pavão, me escreve ao final de uma tarde de passeios culturais em Brasília:

"Estamos matando o tempo aqui na Cultura do Iguatemi do Lago Norte e encontrei o seu livro em excelente companhia..."

Bem, suponho que o arrumador de livros dessa seção da Cultura deva ser algum estudante de RI, que já leu alguma coisa minha (provavelmente de graça, neste blog, no meu site, em Mundorama, ou alhures). Só posso agradecer o gesto.
Não sei o que o Kissinger pensaria desta companhia (euzinho), mas não posso reclamar, ainda que eu tenha várias restrições, não ao pensador, escritor e memorialista (aqui ele mente um pouquinho), mas ao estadista cínico, ultra-realista, que apreciava andar na companhia das outras grandes potências, mesmo daquelas exalando sangue por todos os poros (como a sua, aliás, de vez em quando...).
Em todo caso, grato ao Rafael pela foto, que fica com o copyright, e ao arrumador anônimo pela distinção
Paulo Roberto de Almeida


Crise terminal do governo e cenarios prospectivos

Apenas postando, para registrar e alimentar o debate, sem qualquer comentário de minha parte, a não ser este: a confusão mental em Brasília (e no Brasil) é maior do que a confusão política stricto senso. 

"O governo hoje é um cadáver insepulto na Esplanada, e ninguém sabe bem o que fazer com o corpo" (FSP)

Os boatos  da sexta-feira 07 : renúncia pronta, Lula ministro, Temer fora (FSP)

sábado, 8 de agosto de 2015

Eleição só é antecipada com saída de petista e vice 

• Lei prevê novo pleito em caso de renúncia, impeachment ou cassação

• Hipótese de realização de uma nova eleição foi defendida por setores da oposição na quinta-feira (6)

- Folha de S. Paulo

BRASÍLIA - A realização de eleições presidenciais no Brasil antes de outubro de 2018 só é possível caso Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (PMDB), presidente e vice, deixem os cargos antes dessa data.

Isso pode se dar de três formas institucionais: renúncia, cassação e impeachment. Esse último processo ocorre separadamente e, no caso de Temer, é bastante improvável –teria de se caracterizar um crime de responsabilidade cometido por ele a partir da data em que eventualmente assumisse o comando da nação.

Não existe na atual lei possibilidade de o Congresso antecipar o pleito fora dessas hipóteses. A ideia de antecipação foi defendida por setores da oposição na quinta (6).

No caso de renúncia de Dilma, Temer assume o mandato até o final de 2018. Se ambos renunciarem, o governo fica com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que precisa realizar novas eleições em até 90 dias.
 
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sábado, 8 de agosto de 2015

Vácuo de legitimidade – Editorial / Folha de S. Paulo 

• Impera o caos em Brasília, com Dilma e o PT a persistir nos erros, o Congresso em tumulto e tucanos a acreditar na miragem de nova eleição

Quando a autoridade de um presidente se esvai de maneira vertiginosa, como nestes dias com Dilma Rousseff (PT), do espaço vazio emerge toda sorte de oportunismo.

Em meio à confusão, torna-se mais difícil discutir serenamente soluções razoáveis e eficazes para a crise política galopante. Tal debate fica mais complicado quando alguns atores buscam atalhos para o desenlace, demonstrando pouco apreço pelos ritmos desenvolvidos na normalidade democrática.

A causa principal dos problemas, é bom que se diga, se encontra no próprio Palácio do Planalto.

Dilma segue alheia à deterioração da situação política e econômica e não se mostra disposta a reconhecer os inúmeros erros de seu primeiro mandato. Aos olhos de seus opositores e até de alguns aliados, perdeu a capacidade de comandar o país.

A petista, naturalmente, discorda dessa avaliação. Aferrando-se à mitologia heroica que insiste em evocar para destacar sua resiliência, afirmou: "Ninguém vai tirar essa legitimidade que o voto me deu". No Brasil de hoje, continuou, preza-se o respeito à "eleição direta pelo voto popular".

A hipótese da renúncia, deixa claro a presidente, não está nos seus planos. Não pretende deixar o Planalto nem se sente incapaz de recompor seu apoio político.

A Constituição, de outro lado, permite o afastamento forçado, mas sabiamente não oferece facilidades para apear um presidente. Admite o impeachment, mas a dolorosa terapia pressupõe comprovação de crime de responsabilidade, uma perspectiva incerta.

Mesmo que o Tribunal de Contas da União conclua pela rejeição das contas de Dilma, não será automático passar disso ao impedimento presidencial. O processo será longo, e antes político que jurídico.

A própria oposição não se põe de acordo sobre essa via. No PSDB, por exemplo, dado que o impeachment levaria à posse do vice Michel Temer (PMDB), uma facção passou a patrocinar a hoje inoportuna ideia de nova eleição –na qual seu candidato derrotado, Aécio Neves, despontaria em vantagem.

Para que a proposta seja levada a sério, é preciso antes que o Tribunal Superior Eleitoral encontre bons motivos para determinar a impugnação da chapa Dilma-Temer por delito no pleito de 2014.

Embora esteja em curso investigação por abuso de poder econômico suscitada pelo PSDB, mesmo no caso de condenação o processo se prolongaria com recursos ao Supremo Tribunal Federal.

Há visões divergentes entre tucanos sobre como abreviar o mandato de Dilma Rousseff, por certo. Fica evidente, porém, que uma ala barulhenta do partido pensa que pode subordinar os meios jurídicos a seus fins eleitorais, vergando as regras da democracia para encurtar o caminho até o poder.

Já na hipótese de cassação da chapa Dilma-Temer, como o PSDB pediu ao Tribunal Superior Eleitoral, o desfecho será decidido pela corte. Há duas possibilidades: empossar na Presidência o segundo colocado nas eleições, Aécio Neves (PSDB) – mais improvável–, ou transferir o comando da nação para Cunha, com novas eleições em até 90 dias.

Já um impeachment de Dilma –não é possível haver impedimento simultâneo da presidente e do vice– levaria Temer a assumir o poder. Só haveria eleições antes de 2018 caso o novo presidente deixasse o cargo antes. Se essa vacância ocorrer até o final de 2016, as eleições são diretas. A partir de 2017, a eleição seria realizada pelo Congresso.
 
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sábado, 8 de agosto de 2015

Igor Gielow - Dilma e a entropia 

- Folha de S. Paulo

Uma das características em casos terminais é a legítima recusa do paciente em aceitar o oblívio iminente. É isso o que PT e o governo Dilma estão a fazer, como o programa de TV deles demonstrou.

Parece ínfima a chance de qualquer plano ter efeito além do prolongamento da crise, ao estilo Collor e seu "ministério ético" de 1992. Por isso, o que há hoje é uma série de cenários excluindo Dilma do jogo.

Não é golpe: atingimos o ponto em que a entropia impera. Conceito da termodinâmica, ela designa forças destruidoras dentro de um sistema de trocas de energia. Invariavelmente, segundo a teoria, num dado momento tudo é implodido por ela.

O governo hoje é um cadáver insepulto na Esplanada, e ninguém sabe bem o que fazer com o corpo. A Câmara está perdida, e o Senado é inconfiável. A economia está de joelhos e todos só temem o que mais sairá da Operação Lava Jato.

Normalmente, uma oposição forte surgiria como alternativa de poder, de aglutinação. Isso inexiste, até porque cada um quer uma coisa: Aécio torce por uma improvável nova eleição, Alckmin reza pela manutenção do cadáver em praça pública e Serra, pelo impeachment e por Michel Temer o transformar no que FHC foi para Itamar Franco. Tudo frágil.

O PMDB, fiel da balança em qualquer cenário, também está dividido, ainda que seus atores trabalhem mais em conjunto do que a vã filosofia afere. Temer e Eduardo Paes podem sonhar com horizontes. O vice está no fio da navalha, fiador da democracia ao mesmo tempo em que não pode parecer traidor; Eduardo Cunha lidera uma Casa inflamada, e Renan Calheiros sorri para os apelos infrutíferos de Dilma.

O desfecho é uma incógnita, como mostram os boatos (renúncia pronta, Lula ministro, Temer fora etc.) da sexta (7). Certezas: todo mundo está à mercê da Lava Jato, e o governo acabou sem começar. O resto fica por conta da potência da entropia.

sábado, 8 de agosto de 2015

Fabio Giambiagi: Capitalismo: Modo de Usar, seu mais recente livro (25, e contando...)

Tenho o prazer de convidar, ainda que à distância, e sem poder comparecer eu mesmo, para o lançamento deste mais recente livro de Fabio Giambiagi, que ainda não li, mas já gostei.

Na verdade, de conformidade com este convite feito pela editora:

http://www.extras.elsevier.com.br/emailmktdal/capitalismo/

é possível ler boas partes introdutórias ao este livro.
Leia você também.
Paulo Roberto de Almeida


Research Gate, um bom instrumento de intercambio academico - estatisticas Paulo Roberto de Almeida

Tenho registrado aqui mais os dados e estatísticas de acesso de minha página na plataforma Academia.edu, por questões de conveniência e de facilidades, mas também existe uma outra plataforma, a Research Gate, à qual recorro menos por que ela é menos flexível -- e mais restritiva, no sentido puramente acadêmico -- do que a Academia.edu, mas ela de vez em quando me reserva certas surpresas, como as consignadas aqui.
Meu link (ou página) no Research Gate:
https://www.researchgate.net/profile/Paulo_Almeida2

Comecemos pela síntese das estatísticas de acesso: 
Agora, os acessos por países, o que revela que o Research Gate é muito pouco usado no Brasil: 

Downloads by country


Downloads
United States 33
China 20
Senegal 6
Brazil 3
Germany 1

E finalmente, meus papers mais acessados: 

Top downloaded publications


Downloads
Book Rompendo Fronteiras: a Academia pensa a Diplomacia (2014)
1 edited by Kindle (1202 KB, ASIN: B00P8JHT8Y; link: http://www.amazon.com/dp/B00P8JHT8Y)., 11/2014; Author edition.
6
Book 2533PrataCasaBookNov11
1 edited by Funag, 11/2013; Funag.
5
Article A democratização da sociedade internacional e o Brasil: ensaio sobre uma mutação histórica de longo...
Revista Brasileira de Política Internacional 01/1997; 40(2). DOI:10.1590/S0034-73291997000200004
4
Dataset Pensamento Diplomático Brasileiro Parte 2
3
E por que transcrevo estas estatísticas?
Porque esta semana recebi uma mensagem da administração do Research Gate dizendo que eu tinha sido o "pesquisador" mais acessado de todo o Uniceub:

From: ResearchGate <no-reply@researchgate.net>
Subject: Congratulations Paulo, you achieved top stats last week
Date: August 3, 2015 at 09:00:54 EDT
To: pralmeida@xxxxx

ResearchGate
    
YOUR RESEARCH IS IN THE SPOTLIGHT

With 63 new downloads, you were the most downloaded researcher from Centro Universitário de Brasília last week

Bem, só posso ficar orgulhoso, mas o fato é que eu sequer estou no Uniceub atualmente (de licença para trabalhar no exterior), e tampouco tenho alimentado o Research Gate como deveria.
Depois desta distinção, vou ter de prestar mais atenção a essa plataforma, e pelo menos equiparar os materiais mais importantes que tenho no Academia.edu ao Research Gate.
Abaixo, transcrevo as mais recentes publicações minhas nessa plataforma, que tem de bom o fato de que ela mesma pergunta se um trabalho detectado na internet me pertence, e aí eu tenho de responder sim ou não (tem um bocado de homônimos nas áreas científicas, e eu nunca consegui isolá-los nas pesquisas do Research Gate).
Paulo Roberto de Almeida
Hartford, 8/08/2015 

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