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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

sexta-feira, 15 de abril de 2016

Impeachment: dois paladinos da injustiça tentam de todas as formas - Lewandowski e Marco Aurélio

Esses dois deixaram aberta a possibilidade de um julgamento definitivo, mas contrário aos interesses dos mafiosos, ser novamente levado para outro julgamento terminativo no STF. Ou seja, teremos judicialização do processo até os momentos finais...
Paulo Roberto de Almeida 

Para Lewandowski, atos imputados a Dilma podem ser contestados no STF

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, afirmou na madrugada desta sexta-feira (15) que atos imputados à presidente Dilma Rousseff no processo de impeachment em curso no Congresso poderão ser contestados na Corte. Com isso, os ministros poderão analisar, por exemplo, se as chamadas "pedaladas fiscais" são crime.

Lewandowski se manifestou ao final de um julgamento de mais de sete horas sobre como será a votação do impeachment no plenário da Câmara. O Supremo decidiu manter a ordem e a forma como a Câmara definiu que será a votação. Além disso, a Corte rejeitou pedido da Advocacia-Geral da União para suspender a sessão da Câmara que decidirá sobre o impeachment no domingo.

"Que fique essa fundamentação na ata, que acabo de explicitar, para que essa questão da tipificação possa eventualmente ser reexaminada no momento oportuno. [...] Não fechamos a porta para uma eventual contestação no que diz respeito à tipificação dos atos imputados à senhora presidente no momento adequado", afirmou Lewandowski.

A declaração do ministro deixa margem para o governo questionar no Supremo se acusações contra Dilma no processo – a prática das chamadas "pedaladas fiscais" (uso de bancos públicos para bancar programas sociais) e a assinatura de decretos de Dilma que abriram créditos incompatíveis com a meta fiscal – poderão ou não ser caracterizadas como crimes de reponsabilidade. Somente esse tipo de crime justifica o impedimento de um presidente da República.

Após o julgamento nesta sexta-feira, o advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, que faz a defesa de Dilma, disse ter considerado o resultado "extremamente positivo". Apesar de o STF ter rejeitado a suspensão da votação na Câmara, os ministros fixaram que a análise pelo plenário da Câmara deverá levar em conta somente as acusações acolhidas por Eduardo Cunha – os decretos de créditos suplementares e as "pedaladas fiscais".

Ficarão de fora, portanto, fatos relativos às investigações da Operação Lava Jato e a delação do senador Delcídio do Amaral (sem partido-MS). "De certa forma, é uma vitória, que é a delimitação clara do objeto do impeachment. Quando você tem que se defender de coisa que não sabe o que é, fica muito difícil", afirmou Cardozo.

Após o julgamento, questionado sobre a afirmação de Lewandowski, o ministro Celso de Mello, decano da Corte, explicou que cabe ao Senado analisar se os atos imputados a Dilma caracterizam crime. "Se eventualmente a presidente entender que estará sendo lesada em seus direitos, ela poderá novamente voltar ao STF", ressalvou o ministro.

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quinta-feira, 14 de abril de 2016

Pilula contra o "cancer: a irresponsabilidade e a demagogia imperam no governo

FOSFOETANOLAMINA

Dilma sanciona lei que libera uso da ‘pílula anticâncer’

A decisão foi publicada nesta quinta-feira, 14, no Diário Oficial da União

Dilma sanciona lei que libera uso da ‘pílula anticâncer’
A fosfoetanolamina não tem registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Fonte: Reprodução/Agência Brasil)
A lei que autoriza a comercialização e o uso da fosfoetanolamina sintética, substância que ficou conhecida como “pílula anticâncer”, foi sancionada pela presidente Dilma Rousseff. A decisão foi publicada nesta quinta-feira, 14, no Diário Oficial da União.
Leia também: Quem tem medo da ‘pílula anticâncer’?
A fosfoetanolamina não tem registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), e, portanto, não pode ser considerada um medicamento.
Os pacientes diagnosticados com câncer que optarem, por livre escolha, usar a substância terão que assinar um termo de consentimento e responsabilidade.
A Casa Civil recomendou à presidente Dilma na última terça-feira, 12, a liberação do uso da “pílula anticâncer” antes do registro da Anvisa para evitar desgastes às vésperas da votação do processo de impeachment no plenário da Câmara.
Pareceres elaborados pela Anvisa, pela AGU e pelos ministérios do Desenvolvimento, Indústria e Comércio; Saúde; Ciência, Tecnologia e Inovação sugeriram, no entanto, o veto integral do projeto de lei que libera o uso da fosfoetanolamina.
O argumento é de que faltam estudos para confirmar se a chamada “pílula anticâncer” não é uma ameaça a saúde dos pacientes. Teme-se também que a aprovação abale a imagem do controle sanitário no Brasil.
O projeto foi aprovado na Câmara no dia 8 de março e duas semanas depois foi aprovado também no Senado. O texto, que foi redigido por deputados, não esclarece como e quando se dará a produção da fosfoetanolamina, tampouco como será feita a sua distribuição.

As tarefas do momento: minha opiniao sobre a conjuntura politica - Paulo Roberto de Almeida


As tarefas do momento: uma opinião pessoal

Paulo Roberto de Almeida
[Comentários no âmbito das redes sociais]

Minha opinião sobre o momento:
Impeachment já foi, acabou, estamos com um novo governo.
Primeira decisão a ser tomada pelo novo governo: saber se vai fazer aliança mesmo com os mafiosos que enterraram o Brasil, ou se vai enfrentar os celerados como se deve, pela justiça e no Congresso.
Segunda decisão: propor um conjunto de reformas ao país, que mesmo dolorosas deve servir de agenda para a reconstrução do país, depois da Grande Destruição lulopetista.
Não estou seguro quanto às duas decisões: acho o próximo incumbente fraco, indeciso, pouco propenso a adotar uma postura de estadista, propondo reformas corajosas.
Minha opinião é a de que ele vai primeiro querer continuar empurrando com a barriga, na ilusão de que o retorno da confiança faça pelo Brasil aquilo que cabe a ele fazer: colocar ordem no caos deixado pelos mafiosos.
Ou seja, a situação vai continuar confusa, tensa, sem verdadeiras soluções, por falta de uma coisa: estadistas dotados de coragem para falar a verdade, expulsar os mafiosos do sistema político nacional (pela justiça) e para iniciar o processo de reconstrução.
Isso, infelizmente, não vai ocorrer. Mas é preciso que a cidadania tenha consciência dos próximos passos.
Vou propor novamente minha agenda de reformas, já expressa em algumas ocasiões aqui.
Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 14/04/2016

Transcrevo a seguir minha pequena “shopping list” de reformas indispensáveis ao Brasil, sabendo que algumas são de médio prazo, outras de longo, ou longuíssimo prazo, e algumas poucas, como a proposta de eliminação da Justiça do Trabalho, por exemplo, são irrealizáveis. Mesmo sabendo disso, meu dever, como cidadão consciente, é o de propor tudo aquilo que é importante para o Brasil e o seu povo.
Aqui vai, mesmo já veiculado em outras formas anteriormente.

1) Redução radical do peso do Estado na vida da nação, começando pela diminuição à metade do número de ministérios, com a redução ou eliminação concomitante de uma série de outras agências públicas, na linha do que já propus nesta “mensagem” ao Congresso Nacional: http://domtotal.com/colunas/detalhes.php?artId=4955;
2) Fim do Fundo Partidário e financiamento exclusivamente privado dos partidos políticos, como entidades de direito privado que são;
3) Redução e simplificação da carga tributária, com seu início mediante uma redução linear, mas geral, de todos os impostos atualmente cobrados nos três níveis da federação, à razão de 0,5% de suas alíquotas anualmente, até que um esquema geral, e racional de redução ponderada seja acordado no Congresso envolvendo as agências pertinentes das unidades da federação dotadas de capacidade arrecadatória;
4) Eliminação da figura inconstitucional do contingenciamento orçamentário pelo Executivo; a lei orçamentária deve ser aplicada tal como foi aprovada pelo Parlamento, e toda e qualquer mudança novamente discutida em nível congressual; fica também eliminadas as emendas individuais ou dotações pessoais apresentadas pelos representantes políticos da nação; todo orçamento é institucional, não pessoal;
5) Extinção imediata de 50% de todos os cargos em comissão, em todos os níveis e em todas as esferas da administração pública, e designação imediata de uma comissão parlamentar, com participação dos órgãos de controle e de planejamento, para a extinção do maior volume possível dos restantes cargos, reduzindo-se ao mínimo necessário o provimento de cargos de livre nomeação; extinção do nepotismo cruzado;
6) Eliminação total de qualquer publicidade governamental que não motivada a fins imediatos de utilidade pública; extinção de órgãos públicos de comunicação com verba própria: a comunicação de temas de interesse público se fará pela própria estrutura da agência no âmbito das atividades-fim, sem qualquer possibilidade de existência de canais de comunicação oficiais;
7) Criação de uma comissão de âmbito nacional para estudar a extinção da estabilidade no setor público, com a preservação de alguns poucos setores em que tal condição funcional seja indispensável ao exercício de determinadas atribuições de interesse público relevante;
8) Início imediato de um processo de reforma profunda dos sistemas previdenciários (geral e do setor público), para a eliminação de privilégios e adequação do pagamento de benefícios a critérios autuarias de sustentabilidade intergeracional do sistema único;
9) Reforma radical dos sistemas públicos de educação, nos três níveis, segundo critérios meritocráticos e de resultados;
10) Reforma do Sistema Único de Saúde, de forma a eliminar gradualmente a ficção da gratuidade universal, com um sistema básico de atendimento coletivo e diferentes mecanismos de seguros de saúde baseados em critérios de mercado;
11) Revisão dos sistemas de segurança pública, incluindo o prisional-penitenciário, por meio de uma Comissão Nacional de especialistas do setor;
12) Eliminação de todas as isenções fiscais e tributárias, ou privilégios exorbitantes, associados a entidades religiosas;
13) Reforma da Consolidação da Legislação do Trabalho, no sentido contratualista, e extinção imediata do Imposto Sindical e da unicidade sindical, conferindo liberdade às entidades associativas, sem quaisquer privilégios estatais para centrais sindicais; no limite, extinção da Justiça do Trabalho, que é, ela mesma, criadora de conflitos e de extrema litigiosidade, impondo um custo enorme à sociedade;
14) Revisão geral dos contratos e associações do setor público, nos três níveis da federação, com organizações não governamentais, que em princípio devem poder se sustentar com recursos próprios, não com repasses orçamentários oficiais;
15) Privatização de todas as entidades públicas não vinculadas diretamente a uma prestação de serviço público sob responsabilidade exclusiva do setor público.

Acho que podemos – isto é, a cidadania consciente – começar a trabalhar em torno das tarefas do futuro imediato e mediato.

Paulo Roberto de Almeida 
Brasília, 14 de abril de 2016

Forças Armadas: o último recurso da nação contra meliantes no poder

Recebido de um amigo militar:

O SILÊNCIO DAS FORÇAS ARMADAS

Uma coisa que a população nas ruas não entende é a razão do silêncio das Forças Armadas. 
O principal motivo desse aparente silêncio é óbvio: as Forças Armadas não podem falar por falar. 
Qualquer pronunciamento mais incisivo do Comando equivale a ação política. Se, por exemplo, o Comandante do Exército criticar qualquer ato da Dilma, ou recusar-se abertamente a cumprir ordens das autoridades civis, isso equivale a golpe de Estado, porque das duas, uma: ou o Comandante é demitido, ou o Governo cai. 
Não existe a hipótese de pronunciar-se contra e ficar no cargo, nem do Governo permanecer no poder após o pronunciamento.
Essa situação é muito parecida com a dos juízes. 
Um dos princípios fundamentais da magistratura é que "o juiz só fala nos autos do processo". Ou seja, o juiz jamais discute em público ou emite opinião sobre os processos. Ele simplesmente absolve ou condena, e justifica por escrito a sua decisão. Isso porque a "opinião" do juiz não é opinião: ela tem força de Lei.
A mesma coisa acontece com os militares: eles só falam por meio de atos concretos. Não podem debater nem opinar sobre questões políticas. 
Mas podem e devem agir, quando essas questões mexem com interesses nacionais.
Interesses nacionais: esse é um ponto ao qual as pessoas não prestam muita atenção. 
A expressão ficou tão gasta pelo uso, que passou a ser mera frase de efeito, sem consequência, tal como dizer "bom dia" quando o dia de fato é ruim, ou "saúde!" ao brindar com tóxico uísque paraguaio. 
Mas no nosso caso, "interesses nacionais" têm significado que deve ser levado a sério. Vamos entender a lógica. Vivemos num Estado de Direito, não é verdade? Ou seja, num Estado onde a Lei está acima de tudo. 
Todos estão submetidos à Lei, e todas as leis têm de estar de acordo com a constituição, que é a Lei Suprema.
Nesse caso, as Forças Armadas só podem agir dentro da Lei. E a Lei as submete ao governo civil, eleito pelo "povo". Correto?
Sim e não.
Sim, na normalidade. Não, nas crises extremas, que põem em perigo a existência ou a integridade da Nação Brasileira.
Vejam como funciona.
Na mesma constituição de 1988, manteve-se um dispositivo das constituições anteriores, que define as Forças Armadas como "instituições nacionais permanentes".
Essa definição implica que as Forças Armadas estão a serviço da Nação, e não do Estado, nem do Governo.
A Nação está acima de tudo.
O Estado é criado pela Nação, e a Constituição é a materialização, a forma de existir, do Estado.
Sendo Instituições Nacionais, as Forças Armadas são fundadoras e guardiãs da Nação, portanto anteriores ao Estado e à Constituição.
Que significa isso?
Para responder, temos de considerar como se formam as nações.
Nações se formam quando um povo domina um território, demarca suas fronteiras e as preserva e defende eficazmente contra potenciais ou atuais inimigos.
Só então é possível constituir o Estado e o governo.
A força militar é elemento imprescindível à instituição da Nação, a qual é anterior à formação do Estado.
O Estado se institui por meio da Constituição. Mas o Estado e o Governo não abrangem a Nação.
A Nação está acima e além de tudo, porque é a origem de tudo.
E as Forças Armadas, embora sejam órgãos do Estado, subordinadas ao Governo, são em última instância instituições da Nação.
Quando o Estado ou o Governo se voltam contra a Nação (é o que acontece no Brasil de agora), as Forças Armadas podem e devem intervir, passando por cima tanto do Governo como do Estado.
Mas essa responsabilidade é gravíssima, de modo que jamais pode ser exercida com leviandade.
É algo como aquele famoso "botão vermelho" que o Presidente dos Estados Unidos tinha no seu gabinete, o qual, uma vez apertado, deflagraria a guerra nuclear total, com risco de destruir o planeta.
Dá para entender o silêncio e a aparente imobilidade das Forças Armadas?
Esse silêncio e essa imobilidade, porém, não significam passividade nem conivência com a quadrilha no poder.

Pensem: quais são as reais intenções dessa quadrilha? Ela nunca as escondeu. Seu objetivo é instituir no Brasil ditadura semelhante aos modelos que seus chefes tanto admiram. Algo parecido com Cuba, ou Coréia do Norte, ou Venezuela, ou as ditaduras africanas.
Estando há quinze anos no poder, a quadrilha teve todo o tempo e todos os recursos para dar o golpe.
Mas não o fez.
Por que?
Porque não pôde.
Porque a quadrilha tem o Poder, mas não dispõe da Força.
Ela manda no Brasil, faz o que bem entende com o dinheiro público, compra a mídia, aparelha o serviço público com nomeados políticos, comete os maiores desatinos em matéria de política externa, é mancomunada com o crime e o narcotráfico, tem tudo nas mãos, mas ainda não conseguiu o seu maior objetivo: a ditadura.
Para isso, precisaria desfechar um golpe de Estado revolucionário, fechar o Congresso, ocupar militarmente o País, estatizar os jornais, tevês e rádios, prender ou matar seus adversários e assim ter meios de confiscar propriedades e estabelecer alguma forma de socialismo. É o que gostariam de fazer, embora jurem que não. 
E por que não o fizeram? Porque sabem que não podem contar com as Forças Armadas, nem com as Polícias, para essa aventura. 
E sabem que, se tentarem, as Forças Armadas impedirão.
O silêncio e a imobilidade das Forças Armadas, portanto, não significam omissão nem indiferença.
Afinal, muralhas também são imóveis e silenciosas.
As Forças Armadas são as muralhas que impedem o golpe da quadrilha.
Certo, eles fazem tudo para provocá-las. 
Tal como moleques pichadores, eles sujam a muralha. 

Difamam as Forças Armadas, procuram humilhá-las com coisas como a tal Comissão da Verdade, espalham falsas histórias, fazem tudo o que podem. Mas, não conseguem abalar a enorme barreira, imóvel e silenciosa. 
Ela continua firme no seu lugar, e cada vez mais o povo brasileiro compreende que é a sua proteção, o seu abrigo seguro."

Enviado do meu iPhone

quarta-feira, 13 de abril de 2016

A Grande Retracao na economia mundial - estudos do FMI

Importante a leitura: vou usar em minhas próximas aulas:

"Too Slow for Too Long", 230 p.
http://www.imf.org/external/pubs/ft/weo/2016/01/pdf/text.pdf
.....
Chapter 2
Understanding the solowdown in capital flows to emerging markets, 38 p.
http://www.imf.org/external/pubs/ft/weo/2016/01/pdf/c2.pdf

.....

Da Democracia na America do Sul: Tocqueville de novo em missao - Paulo Roberto de Almeida

Nesta quinta-feira, 14 de abril de 2016, as 19:15, no auditório da Faculdade de Tecnologia da UnB, a convite do Instituto Liberal do Centro-Oeste (ILCO), farei uma palestra-debate sobre uma nova missão de Monsieur Alexis de Tocqueville à nossa região (de quem fui apenas um assistente e tradutor), sob este título:


Da democracia na América do Sul: o que Tocqueville diria das atuais mudanças políticas e econômicas no continente?

Paulo Roberto de Almeida
Secretário de M. Alexis de Tocqueville.
Sumário:
Introdução do assistente de redação - Paulo Roberto de Almeida
Rapport préliminaire de Monsieur Alexis de Tocqueville à la Banque Mondiale
1. Qual foi o ponto de partida dos sul-americanos e no que ele se distingue do ponto de partido dos do norte?
2. Do estado social nas duas partes do hemisfério americano
3. Do princípio da soberania do povo na América do Sul, ou da sua negação
4. O que houve na América do Sul, que desmentiu suas promessas de avanço?
5. Onde os sul-americanos erraram ao passo que os asiáticos acertavam?
6. O que ocorreu na América do Sul nas últimas décadas?
7. A América do Sul passou a divergir internamente e no relacionamento externo
     (a) Os globalizadores; (b) Os reticentes; (c) Os bolivarianos
8. Avanços e recuos na América do Sul, comparativamente à Ásia Pacífico
9. O que esperar da América do Sul no futuro próximo?

Resumo: Com base num quadro conceitual tocquevilleano – liberdade, democracia, igualdade, organização política, descentralização administrativa, etc. – o ensaio examina o longo desenvolvimento político e econômico na América do Sul, destacando suas limitações e insuficiências, realiza breve comparação com o desempenho de países da Ásia Pacífico, a performance de três blocos de países – globalizadores, reticentes e bolivarianos – e os avanços e recuos no período recente, também em escala comparativa com os asiáticos. Termina por identificar os desafios atuais aos países da região, entre a continuidade do isolamento e introversão atuais e a opção pela inserção na globalização, como já feito por diversos países, com destaque para o Chile.
Palavras-chave: América do Sul; Alexis de Tocquevile; desenvolvimento; globalização; democracia; liberdades econômicas.

O texto, em sua versão preliminar, está disponível nesta plataforma: 
Academia.edu: https://www.academia.edu/s/7fe09f1081

Quem desejar comentar, criticar, responder aos meus argumentos, sinta-se à vontade.

Esse texto é uma sequência de um anterior, que relatou uma visita de Tocqueville ao Brasil em 2009, também em missão do Banco Mundial (que pagou todas as despesas): 

De la Démocratie au Brésil: Tocqueville de novo em missão 

Revista Espaço Acadêmico, n. 103, dezembro de 2009
http://periodicos.uem.br/ojs/index.php/EspacoAcademico/article/view/8822/4947

no meu blog Diplomatizzando
http://diplomatizzando.blogspot.com.br/2011/07/tocqueville-de-novo-em-missao-o-brasil.html