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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

quinta-feira, 3 de março de 2022

A política externa do Brasil a caminho do delírio - notícias de jornais

A política externa do Brasil a caminho do delírio

Reina a maior confusão na política externa do Brasil; não existe nenhuma voz coerente e a culpa principal sabemos de quem é...

Paulo Roberto de Almeida



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BRASIL x EUA

A omissão do presidente Jair Bolsonaro em criticar a Rússia ou condenar a guerra na Ucrânia é explicada em parte pela afinidade ideológica que ele tem com Vladimir Putin e é vista com incômodo pelos Estados Unidos, diz Michael Shifter, presidente do The InterAmerican Dialogue, centro de estudos em Washington. Shifter, afirma ao jornal Valor Econômico, que o governo americano vê com preocupação a postura de Bolsonaro, que deve deteriorar as relações bilaterais. 

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Entre o WhatsApp e a ONU, os sinais difusos de Bolsonaro na guerra
O Globo | Política, 03 de março de 2022

Enquanto o Brasil condena formalmente invasão à Ucrânia, presidente repassa texto com viés 'olavista' e acena para a Rússia

Ao mesmo tempo que o Brasil votou a favor da resolução do Conselho de Segurança da ONU para condenar a invasão da Rússia à Ucrânia, o presidente Jair Bolsonaro resolveu repassar para alguns grupos de WhatsApp de que participa um texto sobre o que seria o contexto do conflito. Conforme publicou o colunista do GLOBO Lauro Jardim em seu blog, a postagem traz uma visão "olavista" - corrente do ideólogo de direita Olavo de Carvalho, que morreu em janeiro - e logo no início já adverte: "Os Estados Unidos não são mais uma nação virtuosa." Apócrifo e intitulado "A única verdade", o texto alerta que "o comunismo tem outro nome, se chama Progressismo e seu berço é a Europa". O tom alinhado às ideias de Olavo de Carvalho prossegue com a afirmação: "Só existem a Rússia, a China e a Liga Árabe capazes de enfrentar a NOM (Nova Ordem Mundial). O Brasil está no radar da NOM e de toda a esquerda. Três ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) e a mídia brasileira (via fraude eleitoral), estão prontos a entregá-lo pela metade do preço que o presidente da Ucrânia entregou seu país."

Em outro trecho, cita a soberania do Brasil sobre a Amazônia, que estaria ameaçada: "Os mesmos que desejam que o presidente brasileiro tome uma posição firme no conflito Rússia X Ucrânia, são aqueles que desejam tomar de nós a Amazônia". Por fim, a publicação diz que o comunismo passou por uma transformação e que a alegada nova ordem mundial está pronta para "instalar um governo hegemônico mundial", do qual o Brasil seria parte fundamental.

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"Não vamos tomar partido, vamos continuar pela neutralidade e ajudar, na medida do possível, a busca da solução "

Foto: Jair Bolsonaro, durante entrevista coletiva, ao falar sobre a invasão da Rússia à Ucrânia

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CHOQUE COM O ITAMARATY

Desde o início da invasão russa à Ucrânia, Bolsonaro tem feito declarações que seguem em sentido contrário às posições do Brasil no Conselho de Segurança das Nações Unidas. Para diplomatas, o Itamaraty vocaliza uma atuação ligada às tradições e aos valores constitucionais. As afirmações do presidente sobre solidariedade à Rússia e "neutralidade" diante da invasão têm sido consideradas uma narrativa para um público interno que, inevitavelmente, causa dano à imagem do país no exterior.

Durante entrevista no último domingo no Guarujá (SP), cidade em que passou o carnaval, Bolsonaro disse que o Brasil "não vai tomar partido" e deve manter posição neutra em relação ao conflito. Na declaração, a primeira manifestação pública sobre o conflito, Bolsonaro fez referência a uma conversa que teve com o presidente russo, Vladimir Putin:

- Não vamos tomar partido, vamos continuar pela neutralidade e ajudar, na medida do possível, a busca da solução.

O desencontro de declarações entre o que diz Bolsonaro e o Itamaraty levou auxiliares do presidente a esclarecer a embaixadores estrangeiros e autoridades de outros países que, em momentos divergentes, o que vale é a posição do Ministério das Relações Exteriores, e não os discursos do presidente. Em entrevista à GloboNews, o chanceler Carlos França explicou que a posição do Brasil não é de neutralidade, e sim equilíbrio. Diplomatas de países do G7 também cobraram que o país adotasse uma postura mais firme.

"Nossa posição é de equilíbrio. Ela não é de neutralidade. Eu penso que quando o presidente (Jair Bolsonaro) falou em neutralidade ele pensava em imparcialidade. Nossa posição é dedicada à busca do diálogo e da reconciliação. Essa é a nossa fortaleza".

Aliados antigos de Bolsonaro também se manifestaram, como o ex-ministro das Relações Exteriores Ernesto Araújo. O ex-chanceler fez críticas ao comportamento do presidente. Nas redes sociais, Araújo destacou que Bolsonaro reproduz "desinformação russa" e que a posição de "neutralidade" demonstra preferência pela Rússia: "Me parece que a posição correta do Brasil, compatível com nossos valores morais e interesses materiais, seria um apoio à Ucrânia, junto com as grandes democracias ocidentais".

O fato de Bolsonaro não condenar diretamente os ataques também provocou reflexos na corrida eleitoral. O ex-presidente Lula afirmou no Twitter que "ninguém pode concordar com guerra", enquanto Sérgio Moro (Podemos) acusou Bolsonaro e o PT de estarem do lado de ditaduras que apoiam os ataques à Ucrânia: Venezuela, Nicarágua e Cuba. Ciro Gomes (PDT) preferiu focar os comentários nas consequências diretas da guerra ao Brasil, e João Doria (PSDB) disse que a invasão da Ucrânia pela Rússia é "condenável".

Um pouco mais da degradação moral do Brasil: descendente da família "real" brasileira quer que o Brasil tenha bombas de fragmentação

 Só posso dizer que estou estarrecido ao ler este tipo de coisa...

Paulo Roberto de Almeida


O Brasil é solidário à bomba

Comissão de Relações Exteriores e Defesa da Câmara dos Deputados rejeitou dois meses antes da guerra começar na Ucrânia um projeto de lei que proibia a produção, o armazenamento e a comercialização de bombas de fragmentação pelo Brasil.

Octavio Guedes

O Globo, 03/03/2022 05h04 

Dois meses antes da guerra na Ucrânia, a Comissão de Relações Exteriores e Defesa da Câmara dos Deputados rejeitou um projeto de lei que proibia a produção, o armazenamento e a comercialização de bombas de fragmentação pelo Brasil. A utilização deste modelo de armamento na Ucrânia foi denunciada pela Anistia Internacional, que pediu uma investigação por crime de guerra contra a Rússia.

O porta-voz do governo russo, Dmitry Peskov, disse que as afirmações sobre o uso de bombas de fragmentação no conflito na Ucrânia são falsas. As autoridades ucranianas não se pronunciaram sobre a denúncia.

Uma rápida explicação: as bombas de fragmentação, também conhecidas como cluster, são jogadas de avião, lançadas por mísseis ou pela artilharia. É como se fosse uma caixa que se abre no ar e espalha até 600 sub bombas numa área correspondente a oito campos de futebol. Alguns destes "filhotes" de bombas não explodem de imediato, podendo ficar adormecidos até alguém encostar neles. Funcionam como minas terrestres e por isso são um grande risco para a população civil. Na Ucrânia, uma das sub bombas teria atingido uma creche, matando três pessoas, entre elas uma criança.

Voltemos ao Brasil. Ao contrário da realeza britânica, que lutou contra as minas terrestres por intermédio da Princesa Diana, foi um descendente da família real brasileira que rejeitou o projeto de lei que vetava o Brasil de produzir as bombas de fragmentação. O deputado Luiz Philippe de Orleans e Bragança, relator do projeto, justificou em seu relatório que a fabricante brasileira Avibrás desenvolveu uma tecnologia de autodestruição de todas as sub bombas que, por acaso, não explodem ao tocar no solo. O "deputado príncipe" acrescentou que a aprovação do projeto de lei iria "prejudicar a indústria nacional, a geração de empregos e a economia, além de causar danos irremediáveis à defesa nacional". Foi apoiado pela bancada bolsonarista na Comissão de Relações Exteriores, entre eles pelo filho do presidente Eduardo Bolsonaro. A comissão acompanhou o parecer do relator.

A luta para o Brasil parar de produzir as bombas de fragmentação é antiga. O primeiro projeto neste sentido foi apresentado pelo ex-deputado Fernando Gabeira, em 2009. Não foi adiante e acabou sendo reapresentado pelo deputado Rubens Bueno, do Cidadania do Paraná, em 2012.

"Este tipo de armamento é desumano e cruel. Na próxima legislatura, vou reapresentar projeto com o mesmo teor", anunciou Rubens Bueno.

https://g1.globo.com/politica/blog/octavio-guedes/post/2022/03/03/o-brasil-e-solidario-a-bomba.ghtml

Livros de Paulo Roberto de Almeida - Publicados, livremente disponíveis, edições Kindle

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49) Apogeu e demolição da política externa: itinerários da diplomacia brasileira (Brasília: em publicação, 2021, 322 p.; https://www.academia.edu/49299516/Apogeu_e_Demolicao_da_Politica_Externa_itinerarios_da_diplomacia_brasileira_2021_)

48) O Itamaraty Sequestrado: a destruição da diplomacia pelo bolsolavismo, 2018-2021 (Brasília, Diplomatizzando, 2021, 111 p.; ISBN: 978-65-00-22215-9; https://diplomatizzando.blogspot.com/2021/05/o-itamaraty-sob-ataque-2018-2021.html ).

47) Uma certa ideia do Itamaraty: a reconstrução da política externa e a restauração da diplomacia brasileira (Brasília: Diplomatizzando, 2020, 169 p.; ISBN: 978-65-00-19254-4; https://www.academia.edu/44037693/Uma_certa_ideia_do_Itamaraty_A_reconstrucao_da_politica_externa_e_a_restauracao_da_diplomacia_brasileira_2020_).

46) Um contrarianista na academia: ensaios céticos em torno da cultura universitária (Brasília: edição Kindle, 2020;ASIN: B08668WQGL; ISBN: 978-65-00-06751-4; https://www.academia.edu/42265476/Um_contrarianista_na_academia_ensaios_ceticos_em_torno_da_cultura_universitaria_2020_).

45) A ordem econômica mundial e a América Latina: ensaios sobre dois séculos de história econômica (Brasília: edição Kindle, 2020, 363 p.; ASIN: B08CCFDVM2; ISBN: 978-65-00-05967-0; https://www.academia.edu/43494964/A_ordem_economica_mundial_e_a_America_Latina_ensaios_sobre_dois_seculos_de_historia_economica_2020_).

44) O Mercosul e o regionalismo latino-americano: ensaios selecionados, 1989-2020 (Brasília: edição Kindle, 2020, 453 p.; ASIN: B08BNHJRQ4; ISBN: 978-65-00-05970-0).

43) O Itamaraty num labirinto de sombras: ensaios de política externa e de diplomacia brasileira (Brasília: Diplomatizzando, 2020, 225 p.; ISBN: 978-65-00-05968-7; edição Kindle, ASIN: B08B17X5C1; https://diplomatizzando.blogspot.com/2020/06/o-itamaraty-num-labirinto-de-sombras.html ).

42) Vivendo com livros: uma loucura gentil (Brasília: Edição de Autor, 2019, 265 p.; edição Kindle; ASIN: B0838DLFL2; https://www.academia.edu/41459430/Vivendo_com_Livros_uma_loucura_gentil_2019_).

41) Um contrarianista no limbo: artigos em Via Política, 2006-2009 (Brasília: Edição de Autor, 2019; edição Kindle, ASIN: B083611SC6;https://www.academia.edu/41459572/Um_contrarianista_no_limbo_artigos_em_Via_Politica_2019_ ).

40) Minhas colaborações a uma biblioteca eletrônica: contribuições a periódicos do sistema SciELO (Brasília: Edição do Autor, 2019; edição Kindle, ASIN: B08356YQ6S; https://www.academia.edu/41459945/Minhas_colaborações_a_uma_biblioteca_eletronica_contribuicoes_a_periodicos_do_sistema_SciELO_2019_).

39) Paralelos com o Meridiano 47: Ensaios Longitudinais e de Ampla Latitude (Brasília: Edição do Autor, 2019, 398 p.; edição Kindle, ASIN: B082Z756JH; https://www.academia.edu/41460298/Paralelos_com_o_Meridiano_47_Ensaios_Longitudinais_e_de_Ampla_Latitude_2019_).

38) O panorama visto em Mundorama: ensaios irreverentes e não autorizados (Brasília: Edição do Autor, 2019, 477 p.; edição Kindle, ASIN: B082ZNHCCJ; https://www.academia.edu/41447822/O_panorama_visto_em_Mundorama_ensaios_irreverentes_e_nao_autorizados_2019_https://www.academia.edu/12038814/29_O_Panorama_Visto_em_Mundorama_2015_2a_edicao_ ).

37) Pontes para o mundo no Brasil: minhas interações com a RBPI (Brasília: Edição do Autor, 2019, 481 p.; edição Kindle, ASIN: B08336ZRVS; https://www.academia.edu/41447612/Pontes_para_o_mundo_no_Brasil_minhas_interacoes_com_a_RBPI_2019_).

36) Marxismo e socialismo: trajetória de duas parábolas na era contemporânea (Brasília: Edição do autor, 2019, 200 p.; edição Kindle, ASIN: B082YRTKCH; https://www.academia.edu/41255795/Marxismo_e_Socialismo_2019_).

35) Miséria da diplomacia: a destruição da inteligência no Itamaraty (Brasília: Edição do autor, 2019, 184 p., ISBN: 978-65-901103-0-5; https://www.academia.edu/40000881/A_Destruicao_da_Inteligencia_no_Itamaraty_Edição_do_Autor_2019_). 

34) Miséria da diplomacia: a destruição da inteligência no Itamaraty (Boa Vista: Editora da UFRR, 2019, 165 p., Coleção “Comunicação e Políticas Públicas vol. 42; ISBN: 978-85-8288-201-6, livro impresso; ISBN: 978-85-8288-202-3, livro eletrônico;https://www.academia.edu/39882114/Miseria_da_diplomacia_a_destruicao_da_inteligencia_no_Itamaraty_Ed_UFRR_2019_).

33) Contra a corrente: Ensaios contrarianistas sobre as relações internacionais do Brasil (2014-2018) (Curitiba: Appris, 2019, 247 p.; ISBN: 978-85-473-2798-9; https://www.academia.edu/41084491/Auge_e_decl%C3%ADnio_do_lulopetismo_diplom%C3%A1tico_um_testemunho_pessoal).

32) Formação da diplomacia econômica no Brasil: as relações econômicas internacionais no Império (3ª edição; Brasília: Funag, 2017; 2 volumes; 964 p.; ISBN: 978-85-7631-675-6; http://funag.gov.br/loja/index.php?route=product/product&product_id=907 e http://funag.gov.br/loja/index.php?route=product/product&product_id=908).

31) Nunca Antes na Diplomacia…: a política externa brasileira em tempos não convencionais (Curitiba: Editora Appris, e-book, 2016; ISBN: 978-85-8192-429-8).

30) Révolutions bourgeoises et modernisation capitaliste: Démocratie et autoritarisme au Brésil (Sarrebruck: Éditions Universitaires Européennes, 2015, 496 p.; ISBN: 978-3-8416-7391-6 ; http://www.academia.edu/28203904/30_Revolution_Bourgeoise_Trente_Ans_Apres_Avant_Propos).

29) Die brasilianische Diplomatie aus historischer Sicht: Essays über die Auslandsbeziehungen und Außenpolitik Brasiliens (Saarbrücken: Akademiker Verlag, 2015, 204 p.; Übersetzung aus dem Portugiesischen ins Deutsche: Ulrich Dressel; ISBN: 978-3-639-86648-3 ;https://www.academia.edu/11838693/27_Die_brasilianische_Diplomatie_aus_historischer_Sicht_2015_).

28) O Panorama visto em Mundorama: Ensaios Irreverentes e Não Autorizados (Hartford: Edição do autor, 2015, 374 p.)

27) Paralelos com o Meridiano 47: Ensaios Longitudinais e de Ampla Latitude (Hartford: Edição do Autor, 2015; 380 p.; https://www.academia.edu/11981135/28_Paralelos_com_o_Meridiano_47_ensaios_2015_). 

26) Volta ao Mundo em 25 Ensaios: relações internacionais e economia mundial (Hartford: edição Kindle, ASIN:B00P9XAJA4).

25) Rompendo Fronteiras: a academia pensa a diplomacia (Hartford: edição Kindle, 2014, 414 p., ASIN: B00P8JHT8Y; https://www.academia.edu/9108147/25_Rompendo_Fronteiras_a_academia_pensa_a_diplomacia_2014_).

24) Codex Diplomaticus Brasiliensis: livros de diplomatas brasileiros (Hartford: edição Kindle, 2014, 326 p., ASIN: B00P6261X2; https://www.academia.edu/9084111/24_Codex_Diplomaticus_Brasiliensis_livros_de_diplomatas_brasileiros_2014_).

23) Polindo a Prata da Casa: mini-resenhas de livros de diplomatas (Hartford: edição Kindle, 2014, 151 p., ASIN:B00OL05KYG;https://www.academia.edu/8815100/23_Polindo_a_Prata_da_Casa_mini_resenhas_de_livros_de_diplomatas_2014_).

22) Prata da Casa: os livros dos diplomatas (Hartford: Edição de Autor; 2014, 663 p.; https://www.academia.edu/5763121/22_Prata_da_Casa_os_livros_dos_diplomatas_Edição_de_Autor_2014_).

21) Nunca Antes na Diplomacia...: A política externa brasileira em tempos não convencionais (Curitiba: Appris, 2014, 289 p.; ISBN: 978-85-8192-429-8; https://www.academia.edu/6999273/21_Nunca_Antes_na_Diplomacia_a_politica_externa_brasileira_em_tempos_não_convencionais_2014_).

20) O Príncipe, revisitado: Maquiavel para os contemporâneos (Hartford: edição Kindle, 2013, 226 p., ASIN: B00F2AC146; https://www.academia.edu/5547603/20_O_Pr%C3%ADncipe_revisitado_Maquiavel_para_os_contemporâneos_2013_Kindle_edition_).

19) Integração Regional: uma introdução (São Paulo: Saraiva, 2013, 174 p.; ISBN: 978-85-02-19963-7; https://www.academia.edu/5550117/19_Integração_Regional_uma_introdução_2013_ =).

18) Relações internacionais e política externa do Brasil: a diplomacia brasileira no contexto da globalização (Rio de Janeiro: LTC, 2012, 309 p.; ISBN 978-85-216-2001-3; https://www.academia.edu/5547036/18_Relações_internacionais_e_pol%C3%ADtica_externa_do_Brasil_a_diplomacia_brasileira_no_contexto_da_globalização_2012_).

17) Globalizando: ensaios sobre a globalização e a antiglobalização (Rio de Janeiro: Lumen Juris Editora, 2011, xx+272 p.; ISBN: 978-85-375-0875-6; https://www.academia.edu/42313006/Globalizando_ensaios_sobre_a_globalizacao_e_a_antiglobalizacao_2011_ e https://www.academia.edu/5547021/17_Globalizando_ensaios_sobre_a_globalização_e_a_antiglobalização_2011_).

16) O Moderno Príncipe (Maquiavel revisitado) (Brasília: Senado Federal, Conselho Editorial, 2010, 195 p.; ISBN: 978-85-7018-343-9; https://www.academia.edu/5547004/16_O_Moderno_Pr%C3%ADncipe_Maquiavel_revisitado_2010_).

15) O Moderno Príncipe: Maquiavel revisitado (Rio de Janeiro: Freitas Bastos, edição eletrônica, 2009, 191 p.; ISBN: 978-85-99960-99-8; https://www.academia.edu/5546980/15_O_Moderno_Pr%C3%ADncipe_Maquiavel_revisitado_2009_e_pub_). 

14) O Estudo das Relações internacionais do Brasil: um diálogo entre a diplomacia e a academia (Brasília: LGE, 2006, 385 p.; ISBN: 85-7238-271-2; https://www.academia.edu/42674261/O_Estudo_das_Relacoes_internacionais_do_Brasil_um_dialogo_entre_a_diplomacia_e_a_academia_2006_https://www.academia.edu/42674262/O_Estudo_das_Relacoes_internacionais_do_Brasil_Quadros_Analiticos_Horizontais).

13) Formação da diplomacia econômica no Brasil: as relações econômicas internacionais no Império (2ª edição; São Paulo: Senac-SP, 2005, 680 pp., ISBN: 85-7359-210-9; https://www.academia.edu/5546953/13_Formação_da_diplomacia_econômica_no_Brasil_as_relações_econômicas_internacionais_no_Império_2005_).

12) Relações internacionais e política externa do Brasil: história e sociologia da diplomacia brasileira (2ª ed.: revista, ampliada e atualizada; Porto Alegre: UFRGS, 2004, 440 p.; ISBN: 85-7025-738-4).

11) A Grande Mudança: consequências econômicas da transição política no Brasil (São Paulo: Códex, 2003, 200 p.; ISBN: 85-7594-005-8; https://www.academia.edu/42309421/A_Grande_Mudanca_consequências_econômicas_da_transição_politica_no_Brasil_2003_https://www.academia.edu/42309422/Capa_e_Contra_Capa_A_Grande_Mudanca_2003_).

10) Une histoire du Brésil: pour comprendre le Brésil contemporain (avec Katia de Queiroz Mattoso; Paris: L’Harmattan, 2002, 142 p.; ISBN: 2-7475-1453-6 ; https://www.academia.edu/5546937/10_Une_histoire_du_Brésil_pour_comprendre_le_Brésil_contemporain_2002_).

09) Os primeiros anos do século XXI: o Brasil e as relações internacionais contemporâneas (São Paulo: Paz e Terra, 2002, 286 p.; ISBN: 85-219-0435-5; https://www.academia.edu/42283521/Os_Primeiros_Anos_do_Seculo_XXI_o_Brasil_e_as_relações_internacionais_contemporaneas_2002_).

08) Formação da diplomacia econômica no Brasil: as relações econômicas internacionais no Império (São Paulo: Senac-SP, 2001, 680 pp., ISBN: 85-7359-210-9).

07) Le Mercosud: un marché commun pour l’Amérique du Sud (Paris: L’Harmattan, 2000, 160 p.; ISBN: 2-7384-9350-5 ;https://www.academia.edu/5546907/07_Le_Mercosud_un_marché_commun_pour_l_Amérique_du_Sud_2000_).

06) O estudo das relações internacionais do Brasil (São Paulo: Universidade São Marcos, 1999, 300 p.; ISBN: 85-86022-23-3; https://www.academia.edu/42301157/O_estudo_das_relacoes_internacionais_do_Brasil_1999_ e https://www.academia.edu/42301158/Tabelas_Estat%C3%ADsticas_e_Quadros_Anal%C3%ADticos_O_Estudo_RI_Br_).

05) O Brasil e o multilateralismo econômico (Porto Alegre: Livraria do Advogado, coleção “Direito e Comércio Internacional”, 1999, 328 p.; ISBN: 85-7348-093-9; https://www.academia.edu/5546878/05_O_Brasil_e_o_multilateralismo_econômico_1999_).

04) Velhos e novos manifestos: o socialismo na era da globalização (São Paulo: Juarez de Oliveira, 1999, 96 p.; ISBN: 85-7441-022-5; https://www.academia.edu/41037349/Velhos_e_Novos_Manifestos_o_socialismo_na_era_da_globalizacao_1999_).

03) Mercosul: Fundamentos e Perspectivas (São Paulo: LTr, 1998, 160 p.; ISBN: 85-7322-548-3; https://www.academia.edu/42290608/Mercosul_fundamentos_e_perspectivas_1998_).

02) Relações internacionais e política externa do Brasil: dos descobrimentos à globalização (Porto Alegre: UFRGS, 1998, 360 p.; ISBN: 85-7025-455-5; https://www.academia.edu/5546816/02_Relações_internacionais_e_pol%C3%ADtica_externa_do_Brasil_dos_descobrimentos_à_globalização_1998_).

01) O Mercosul no contexto regional e internacional (São Paulo: Aduaneiras, 1993, 204 p.; ISBN: 85-7129-098-9; https://www.academia.edu/42007009/O_Mercosul_no_Contexto_Regional_e_Internacional_1993_).

 

 (B) Organização, edição:

 

14) A Constituição Contra o Brasil: ensaios de Roberto Campos sobre a Constituinte e a Constituição de 1988 (São Paulo: LVM, 2018; https://www.academia.edu/37966237/A_Constituição_Contra_o_Brasil_Ensaios_de_Roberto_Campos_sobre_a_Constituinte_e_a_Constituição_de_1988). 

13) Oswaldo Aranha: um estadista brasileiro, Sérgio Eduardo Moreira Lima; Paulo Roberto de Almeida; Rogério de Souza Farias (organizadores); Brasília: Funag, 2017, 2 vols.; https://funag.gov.br/biblioteca-nova/produto/15-233-oswaldo_aranha_um_estadista_brasileiro_volume_i e https://funag.gov.br/biblioteca-nova/produto/15-234-oswaldo_aranha_um_estadista_brasileiro_volume_ii).

12) O Homem que pensou o Brasiltrajetória intelectual de Roberto Campos (Curitiba: Appris, 2017, 373 p.; ISBN: 978-85-473-0485-0; https://www.amazon.com.br/homem-que-pensou-brasil-intelectual/dp/8547304851/ref=asc_df_8547304851/?tag=googleshopp00-20&linkCode=df0&hvadid=379787358371&hvpos=&hvnetw=g&hvrand=3701033565460631650&hvpone=&hvptwo=&hvqmt=&hvdev=c&hvdvcmdl=&hvlocint=&hvlocphy=1001541&hvtargid=pla-423142411841&psc=1).

11) Carlos Delgado de Carvalho: História Diplomática do Brasil (Brasília: Senado Federal, 2016, 504 p.; ISBN: 978-85-7018-696-6; https://livraria.senado.leg.br/historia-diplomatica-do-brasil-vol-224 ).

10) The Drama of Brazilian Politics: From 1814 to 2015 (with Ted Goertzel; Kindle edition; 2015, 278 p.; ISBN: 978-1-4951-2981-0ASIN: B00NZBPX8A; https://www.amazon.com/Drama-Brazilian-Politics-1814-2015-ebook/dp/B00NZBPX8A/ref=sr_1_1?crid=1Z1U1700NK47I&keywords=The+Drama+of+Brazilian+Politics%3A+From+1814+to+2015&qid=1646281504&s=books&sprefix=the+drama+of+brazilian+politics+from+1814+to+2015+%2Cstripbooks-intl-ship%2C378&sr=1-1 ).

09) Relações Brasil-Estados Unidos: assimetrias e convergências (com Rubens Antonio Barbosa; São Paulo: Saraiva, 2016, 326 p.; edição digital; ISBN: 978-85-0212-208-6).

08) Guia dos Arquivos Americanos sobre o Brasil: coleções documentais sobre o Brasil nos Estados Unidos (com Rubens Antônio Barbosa e Francisco Rogido Fins; Brasília: Funag, 2010, 244 p.; ISBN: 978-85-7631-274-1; https://funag.gov.br/biblioteca-nova/produto/1-503-guia_dos_arquivos_americanos_sobre_o_brasil_colecoes_documentais_sobre_o_brasil_nos_estados_unidos). 

07) Envisioning Brazil: a Guide to Brazilian Studies in the United States, 1945-2000 (with Marshall C. Eakin; Madison: Wisconsin University Press, 2005, 536 p.; ISBN: 0-299-20770-6; https://www.amazon.com/Envisioning-Brazil-Brazilian-Studies-United-ebook/dp/B009S9T1V8/ref=sr_1_fkmr0_1?crid=2IGVUIGV6V47E&keywords=Envisioning+Brazil%3A+a+Guide+to+Brazilian+Studies+in+the+United+States%2C+1945-2000&qid=1646281366&s=books&sprefix=envisioning+brazil+a+guide+to+brazilian+studies+in+the+united+states%2C+1945-2000%2Cstripbooks-intl-ship%2C203&sr=1-1-fkmr0).

06) Relações Brasil-Estados Unidos: assimetrias e convergências (com Rubens Antonio Barbosa; São Paulo: Saraiva, 2005, 328 p.; ISBN: 978-85-02-05385-4).

05) O Brasil dos Brasilianistas: um guia dos estudos sobre o Brasil nos Estados Unidos, 1945-2000 (com Marshall C. Eakin e Rubens Antônio Barbosa; São Paulo: Paz e Terra, 2002; ISBN: 85-219-0441-X; https://www.academia.edu/36951550/Livros_sobre_os_Brasilianistas_Guia_dos_Arquivos_Americanos_sobre_o_Brasil). 

04) Mercosul, Nafta e Alca: a dimensão social (com Yves Chaloult; São Paulo: LTr, 1999, 271 p.; ISBN: 85-7322-635-8). 

03) Carlos Delgado de Carvalho: História Diplomática do Brasil (edição fac-similar: Brasília: Senado Federal, 1998; Coleção Memória brasileira n. 13; 420 p.).

02) José Manoel Cardoso de Oliveira: Actos Diplomaticos do Brasil: tratados do periodo colonial e varios documentos desde 1492 (edição fac-similar, publicada na coleção “Memória Brasileira” do Senado Federal; Brasília: Senado Federal, 1997; 2 vols.; vol. I: 1493 a 1870; vol. II: 1871 a 1912). 

01) Mercosul: Textos Básicos (Brasília: IPRI-Fundação Alexandre de Gusmão, 1992, Coleção Integração Regional nº 1). 

 

[Muitos desses livros encontram-se livremente disponíveis em minhas páginas do site pessoal ou nas plataformas Academia.edu e Research Gate.]  

 

"Presidente" do Brasil: estamos entregues a um DÉBIL MENTAL, ele e a tropa de energúmenos que o cerca - O Antagonista, O Globo

 Sinto muito: eu raramente me dedico a xingar as pessoas, mas neste caso não estou, de verdade, xingando, apenas constatando algo que pode ser deduzido diretamente do que se pode ler nesta nota do Antagonista: ESTAMOS SENDO GOVERNADOS POR UM DÉBIL MENTAL, o dirigente psicopata e os que cercam, os que são capazes de acreditar nos argumentos aqui expressos.

Mais abaixo da nota do Antagonista, transcrevo a íntegra da nota que vem sendo circulada. Ou é oportunismo puro é simples, ou é debilidade mental  no mais alto grau.

Nesse caso, vou repetir para ficar bem claro: ESTAMOS SENDO GOVERNADOS POR UM DÉBIL MENTAL, em toda a sua plenitude.

Para que fique constância do que afirmo, assino e dato embaixo.

Paulo Roberto de Almeida

Brasília, 3/03/2022

Bolsonaro compartilha mensagem que prega “Nova Ordem Mundial” e exalta Rússia

Redação O Antagonista

Ao longo do conflito entre Ucrânia e e o governo de Vladmir Putin, que já dura sete dias, Jair Bolsonaro tem evitado condenar as ações do Kremlin.

Jair Bolsonaro compartilhou em alguns grupos de WhatsApp um texto que critica a atuação dos Estados Unidos no atual contexto geopolítico e que exalta a Rússia como integrante de um seleto grupo de países que seria capaz de enfrentar a “Nova Ordem Mundial”.

“USA não é mais uma nação virtuosa”, inicia a mensagem, obtida pelo jornal O Globo.

“Só existe a Rússia, a China e a Liga Árabe capaz de enfrentar a NOM (Nova Ordem Mundial). O Brasil está no radar da NOM e de toda a esquerda. Três ministros do STF e a mídia brasileira (via fraude eleitoral), estão prontos a entregá-lo pela metade do preço que o presidente da Ucrânia entregou seu país”.

O texto prossegue:

“Pela primeira vez na vida, encarem a realidade nua e crua – a NOM está pronta para instalar um governo hegemônico mundial e o Brasil será a horta dele! O comunismo se transmutou, voltou para o seu berço europeu, agora não prega mais lutas de classes e sim pautas, como as do preconceito, minorias, sexuais, machismo… Prega a morte de Deus e a submissão de todas as nações a uma minoria com poder e dinheiro capaz de submeter toda a humanidade!”.

O texto é uma reprodução de várias afirmações de Olavo de Carvalho, que morreu no mês passado. Alguns integrantes do governo endossam esse tipo de bobagem, como o assessor especial de Assuntos Internacionais Filipe G. Martins.

Ao longo do conflito entre Ucrânia e Rússia, Jair Bolsonaro tem evitado se manifestar contra as ações de Vladmir Putin, alegando que isso poderia comprometer o fornecimento de fertilizantes para o Brasil.

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A ÚNICA VERDADE

- A Rússia não é a União Sovietica;

- Vladimir Putin não é Stalin;

- USA não é mais uma nação virtuosa;

- Só existe a Rússia, a China e a Liga Árabe capaz de enfrentar a NOM (Nova Ordem Mundial);

- O comunismo tem outro nome, se chama Progressismo e seu berço é a Europa;

- O Brasil está no radar da NOM e de toda a esquerda. Três ministros do STF e a mídia brasileira (via fraude eleitoral), estão prontos a entregá-lo pela metade do preço que o presidente da Ucrânia entregou seu país;

- Os mesmos que desejam que o Presidente brasileiro tome uma posição firme no conflito Rússia X Ucrânia, são aqueles que desejam tomar de nós a Amazônia. 

- Se Bolsonaro não tivesse corrido para fazer aliança com Putin (fertilizantes,  ...), nem eleições teríamos;

- Tirem as máscaras de pano e as que encobrem a verdade!!

- Pela primeira vez na vida, encarem a realidade nua e crua - a NOM está pronta para instalar um governo hegemônico mundial e o Brasil será a horta dele!!

- O comunismo se transmutou, voltou para o seu berço europeu, agora não prega mais lutas de classes e sim pautas, como as do preconceito, minorias, sexuais, machismo ...

- Prega a morte de Deus e a submissão de todas as nações a uma minoria com poder e dinheiro capaz de submeter toda a humanidade!

- Chega de cegueira! Canadá já caiu! França, Inglaterra, Alemanha e agora os USA, são apenas vassalos da NOM!

- Apoiemos e confiemos no nosso Presidente nas suas decisões ou seremos aniquilados como nação! 🇧🇷

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Se isso não é debilidade mental, não sei mais o que é.

Paulo Roberto de Almeida


A atualidade de Roberto Campos: palestra no Movimento SC Livre - Paulo Roberto de Almeida

 A atualidade de Roberto Campos

 

Paulo Roberto de Almeida

Diplomata, professor; diretor de publicações no IHG-DF.

(www.pralmeida.org; diplomatizzando.blogspot.com)

palestra no Movimento SC Livre, sobre o economista e diplomata; em módulo formativo nomeado “Personagens da História da Liberdade”; dia 8/03; 20:00hs.

Link para a aula: https://youtu.be/L70hyLaBnYQ



 

Livros PRA: O Homem Que Pensou o Brasil: trajetória intelectual de Roberto Campos (Curitiba: Appris, 2017); A Constituição Contra o Brasil: ensaios de Roberto Campos sobre a Constituinte e a Constituição de 1988 (São Paulo: LVM, 2018).

Conceito chave: ecletismo; liberdade é um conceito genérico e abstrato

Anos 1940: Oswaldo Aranha o considerava comunista

Anos 1950: planejamento econômico, Comissão Mista Brasil-EUA, BNDE, Plano de Metas de JK; renúncia da presidência do BNDE (acordo com FMI; construção de Brasília);

1961-64: embaixador em Washington; de Jânio ao parlamentarismo e ao presidencialismo;

Anos 1964-67: grandes reformas, que só podiam ser feitas pelo Estado: PAEG (redução gradual da inflação, sem metodologia FMI), criação do BC, reformas financeiras (correção monetária, scala mobile italiana; efeitos delongados, inerciais), novo sistema tributário (racionalidade, para investimentos), BNH, uma nova Lei de Terras (tributação sobre terras ociosas), mercado de capitais, investimentos estrangeiros (recusa da limitação de remessa de lucros, garantias aos investidores, Convenção de NY-1959, aceita 30 anos depois)

Revisão de expectativas: anti-estatismo ao sair do governo

1967 em diante: críticas à estatização, intervencionismo exacerbados, três orçamentos: fiscal, monetário, estatais, subsídios anti-Gatt, financiamentos estatais às Xs, dezenas de estatais produtivas

Constituição de 1967: colaboração no capítulo econômico

1974-82: Embaixador em Londres: intelectuais; José Guilherme Merquior;

1982-1998: parlamentar: Senador MS na Constituinte; cavaleiro solitário; deputado pelo RJ;

1989-1991: queda do muro de Berlim; teve razão antes do tempo; Raymond Aron;

1998: ABL: teve vitórias e decepções

2001: morte e legado

2017: 100 anos do nascimento; homenagens, PRA e Ives Gandra, Paulo Rebello de Castro

 

Paulo Roberto de Almeida

Brasília, 4090: 25 fevereiro 2022, 1 p.

 

Site do Movimento SC Livre: https://www.sclivre.com.br

 

Instagram: https://instagram.com/movimentosclivre


 


quarta-feira, 2 de março de 2022

O ignorante Bozo e os dois espertos Rasputins, um já desaparecido - Thaís Oyama (UOL)

 OPINIÃO

WhatsApp mostra que apego de Bolsonaro a Putin vai além dos negócios

Thaís Oyama

Colunista do UOL, 02/03/2022 14h23

Antes de o Brasil votar a favor da resolução da ONU contra a Rússia, Jair Bolsonaro dizia, em público, que não poderia condenar a invasão à Ucrânia por questões pragmáticas. Sendo o país de Vladimir Putin o principal exportador de insumos para a produção de fertilizantes, o Brasil teria de manter uma posição de "equilíbrio" para não prejudicar o agronegócio, explicou o presidente. "Para nós, a questão do fertilizante é sagrada".

No privado, porém, o presidente não se furta a colidir com a ONU e externar as convicções que regem seu tirocínio geopolítico.

Como mostrou o jornal O Globo, o presidente repassou para um grupo de WhatsApp um texto apócrifo intitulado "A única verdade" — uma mensagem que mistura ideias de dois gurus: o dos Bolsonaro, Olavo de Carvalho, e o de Putin, Alexander Dugin, este vivo, operante e fundador do neo-eurasianismo, teoria política que almeja explicar por que a Rússia deve ocupar um lugar central no mundo (Olavo conheceu Dugin e um debate online entre os dois resultou no livro Os EUA e a Nova Ordem Mundial, publicado em 2020).

O texto compartilhado por Bolsonaro começa pela tentativa de explicar o real motivo pelo qual o ex-capitão não pode e não deve tomar uma posição contra a Rússia.

"Só existe a Rússia, a China e a Liga Árabe capaz de enfrentar a NOM (Nova Ordem Mundial)".

A "Nova Ordem Mundial", doravante referida por sua sigla NOM, é, segundo os preceitos de Olavo de Carvalho, uma concertação secreta envolvendo arquibilionários, como George Soros, e que tem por objetivo usurpar a soberania das nações e desmontar os pilares da civilização ocidental (Deus, pátria e família), com o apoio de comunistas e por meio de disfarces insidiosos como o da filantropia.

"O Brasil está no radar da NOM", alerta o texto compartilhado por Bolsonaro.

Assim, diz o autor desconhecido, a frente russa-sino-árabe seria a única chance de o Brasil escapar de ser tragado por "um governo hegemônico mundial", interessado em fazer dele seu quintal, ou sua "horta".

Mais importante do que revelar o papel da Rússia na resistência à ameaça da NOM, o texto compartilhado por Bolsonaro resolve o dilema que, desde o início do conflito na Ucrânia, atormenta e constrange as mentes bolsonaristas: mas a Rússia não era a pátria dos nossos arquiiinimigos, os comunistas, e não era aliada da traiçoeira China e da detestável Cuba? Por que então devemos gostar de Putin e prestar "solidariedade" ao seu país?

Está tudo explicado na mensagem:

"O comunismo se transmutou, voltou para o seu berço europeu, agora não prega mais lutas de classes e sim, pautas, como as do preconceito, minorias, sexuais, machismo (...) O comunismo tem outro nome, se chama Progressismo e seu berço é a Europa".

Em suma, os reais "comunistas" (agora transmutados) são os "progressistas", defensores das causas identitárias disseminadas sobretudo por países como a França. Putin e a Rússia não têm nada a ver com isso — são gente nossa.

É por isso que Bolsonaro busca o "equilíbrio" no conflito.

Antes fosse por causa dos fertilizantes.

Um alerta contra os falsos historiadores - Carmen Licia Palazzo

 Como historiadora e professora de História eu me sinto na obrigação de alertar os jovens alunos sobre algumas postagens totalmente equivocadas que estão sendo muito divulgadas na internet mas que distorcem a verdade por motivação puramente política. Vou dar nome, sim, afinal não pretendo ser simpática a tudo e a todos.

Sem nenhuma agressividade e sem a menor vontade de "comprar briga", alerto a turma jovem, que está começando sua caminhada universitária e que ainda não tem a bagagem de leitura e de pesquisa necessária para avaliar a qualidade do que está lendo e ouvindo, que as dezenas de vídeos do professor de Relações Internacionais Fernando Horta, uma personalidade bastante comunicativa e simpática, muito popular nas redes sociais, têm viés claramente doutrinador e distorce os fatos.

O Brasil tem excelentes historiadores e analistas de Relações Internacionais, é perfeitamente possível ler comentários e análises da mais alta qualidade, o que não é o caso dos referidos vídeos. Como eu disse, não estou querendo polemizar e quem gosta, que continue a acompanha-lo, mas não é a melhor recomendação para se informar sobre o ataque russo à Ucrânia e mesmo para outros temas de RI. Prestem atenção em tudo o que estiverem lendo com um senso crítico aguçado, principalmente se os autores dos textos e vídeos se apresentarem como historiadores, pois a chancela de uma determinada especialização nem sempre corresponde ao que esperamos em matéria de análise.

Não pretendo entrar na discussão mais a fundo, é apenas meu alerta. E não se trata de divergências de opinião, pois minha referência é quanto à qualidade dos conteúdos e à grande influência sobre estudantes ainda muito jovens e sem o instrumental necessário de análise. Aliás, como estamos vendo, não se trata também de esquerda ou de direita, pois entre ambos há uma clara comunhão de opiniões em várias questões... Curioso, se não fosse triste.

Respeitosamente, fica o alerta.

Carmen Lícia Palazzo

Brasília, 2/03/2022

Minha “recollection” de quase duas décadas de demolição diplomática - Paulo Roberto de Almeida

Minha recollection de quase duas décadas de demolição diplomática 

 

Paulo Roberto de Almeida

Diplomata, professor

(www.pralmeida.org; diplomatizzando.blogspot.com)

  

Um texto que vai causar pruridos nos petistas e trazer desconforto a certas “almas cândidas”, como diria Raymond Aron, inclusive vários colegas diplomatas.

 

O Itamaraty começou a ser destruído, como instituição, na era Lula, a despeito da excelente projeção externa do Brasil e do crescimento extraordinário de nosso prestígio internacional.

Alguns “servos” da ditadura cubana controlavam a diplomacia, como certo apparatchik do PT e alguns colaboradores voluntários (sobre cujo caráter não preciso me expressar). Mas a “pizza diplomática” do Itamaraty até que resistiu bem: só tinha uma ou duas fatias de cubanices e de bolivarianices, mas era o Itamaraty “normal”: multilateralismo, regionalismo, desenvolvimentismo, unctadianismo, terceiro-mundismo, anti-imperialismo e antiamericanismo moderado, ou seja, tudo igual ao que sempre fomos, desde o final dos anos 1950, quando começa a famosa PEI, ainda antes do Afonso Arinos e do San Tiago Dantas, e outros ideólogos do período, como Araújo Castro.

Mas, a diplomacia partidária e paralela do PT introduziu elementos clandestinos e deformadores do processo decisório, que foi totalmente invertido: a base tinha de atender aos objetivos da cúpula, como no “centralismo democrático” dos neobolcheviques.

 

Por isso escrevi, em 2014, o livro “Nunca Antes na diplomacia…”, que tinha justamente um capítulo sobre o processo decisório, um outro sobre a miopia do “Sul Global” e mais um contendo meu minority report, como um contrarianista, o que sempre fui.

 

Mas, quando a editora quis fazer uma 2a edição, em 2019, eu me opus, pois disse que o “nunca antes” era exatamente o desgoverno horroroso e a diplomacia aloprado do Bozo e do patético ex-chanceler acidental. Preferi escrever toda uma série de quatro obras digitais sobre o alucinante “bolsolavismo diplomático”, começando pelo “Miséria da diplomacia: a destruição da inteligência no Itamaraty” (2019), chegando até “O Itamaraty Sequestrado, 2018-2021”, que resume a destruição demencial do ex-chanceler acidental e desequilibrado.

A essa altura, a “pizza diplomática” já tinha sido, toda ela, contaminada por um horroroso “molho bolsolavista”, intragável e inaceitável para os padrões usuais e os valores e princípios de nossa política externa tradicional. Não preciso dizer que os “pizzaiolos” eram os delirantes fanáticos daquela franja lunática submissa à extrema-direita americana, “dirigidos” por um inepto e ignorante chefe de desgoverno.

Acabei escrevendo e publicando, em 2021, “Apogeu e demolição da política externa”; mas nem preciso dizer que o lulopetismo diplomático acabou entrando no apogeu, e que a demolição é inteiramente obra do Bozo e dos integrantes da franja lunática.

 

Agora, só me falta escrever uma espécie de “história sincera” do Itamaraty, relatando minha visão de quatro décadas de política externa e de diplomacia brasileira. Comecei em 1978, sendo fichado pelo SNI como “diplomata subversivo”, por me opor à ditadura militar, e terminei, no final de 2021, como “diplomata dissidente”, ou uma espécie de refuznik da atual demência bozófila na política externa, a despeito das tentativas de meus colegas diplomatas de preservar um mínimo de dignidade para o Itamaraty.

 

Se o tirano Putin pode ser condenado, pelo menos moralmente, por “crimes de guerra” e “contra a humanidade”, Bozo, seus generais amestrados e os aspones lunáticos devem ser processados e condenados, pelo menos moralmente, por crimes contra a diplomacia e contra a política externa do Brasil. 

A história não os absolverá, e eu não os deixarei impunes no “meu” tribunal pessoal da dignidade moral.

Continuarei expressando meu pensamento e minhas opiniões e argumentos no meu quilombo de resistência intelectual, mesmo sozinho.

 

Paulo Roberto de Almeida

Brasília, 4092: 2 março 2022, 2 p.