O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

sábado, 9 de novembro de 2024

Russia problems are compoundig faster than you think - Operator Starsky

 Russia problems are compoundig faster than you think

https://youtu.be/3za70_RNitA?si=h6j-Jex347bbTX4z

Operator Starsky, the well-known Ukrainian veteran, reservist, blogger, and co-founder of the Propaganda Study Institute, says that Russia is anxious to prove to others that it is a global leader. However, the recent BRICS meeting in Kazan, Russia, like Moscow's move to import North Korean troops, are signs that all is not well in the Kremlin.

Russia has continued to struggle with a lack of manpower. To cope with this, Russia is offering new military recruits tens of thousands of dollars to join the military. The catch? Most never make it back home alive.

Russians, knowing that the odds are against them surviving for long in the army, are reluctant to join, hence Moscow's initiative to attract more mercenaries from the developing world.

Dealing with a lack of able-bodied soldiers and internal economic problems, whilst winter approaches, things are likely to get only worse for Russia.

Vladimir Putin is facing a quagmire from which he has few means by which he can escape.

Operator Starsky can be followed: /‪@StarskyUA‬ 

https://x.com/@starskyua 


sexta-feira, 8 de novembro de 2024

Augusto de Franco faz uma análise preliminar da vitória de Trump - Identidade Democrática

Uma análise de um dos mais finos analistas do jogo democrático no Brasil e no mundo. 

Minha análise preliminar da vitória de Trump

La victoria aplastante de Trump en Iowa allana el camino a su nominación  como candidato republicano a presidente | Elecciones USA | EL PAÍS

Trump está eleito. Pelo voto popular e pelo colégio eleitoral. Elegeu também a maioria do Senado e da Câmara. Elegeu a maioria dos governadores. E pode ampliar sua maioria na suprema corte. Com isso, aumentam as chances de que ele inaugure uma nova era nos EUA. O que vem por aí, todavia, não será bom para a democracia e para a humanidade.

Será péssimo para a Ucrânia e muito ruim para a coalizão das democracias liberais que foram decisivas para impedir que o expansionismo neoczarista de Putin tomasse o país e dissolvesse aquela nação. Será ruim para a União Europeia, dinamitada por dentro por aliados de Trump, como Viktor Orbán e por salientes expoentes da extrema-direita como Ventura, Abascal, Wilders, Chrupalla e Weidel, Purra, Salvini, Le Pen. Será ruim para a OTAN e para os países por ela protegidos (sobretudo os bálticos, a Suécia e até a Polônia) contra a avanço do eixo autocrático tendo como ponta de lança a ditadura expansionista russa. Será ruim para as democracias liberais como um todo. E será ruim para os regimes eleitorais que estão resistindo à ascensão ou ao retorno de populistas de direita (por exemplo, no Brasil, para os que tentam impedir a volta ao poder do bolsonarismo).

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Será ruim para o desenvolvimento sustentável do planeta, na medida em que Trump é um negacionista das mudanças climáticas. Além disso, o isolacionismo trumpista tipo America First, será ruim para o desenvolvimento humano e social dos países periféricos que precisam da ajuda americana e ocidental. Por último, será ruim para a paz no mundo (se Trump estivesse vivo em 1942, falaria cinicamente em paz numa Europa ocupada pelos nazistas; aliás, os EUA nem teriam entrado na guerra contra Hitler). 

Claro que, mais diretamente, a primeira vítima será o próprio modo de vida democrático da sociedade americana: não que Trump e o trumpismo (MAGA) sejam capazes de acabar com a democracia americana; não, pelo menos, nos curto e médio prazos, mas os EUA iniciarão um longo processo de “mutação genética” capaz de alterar lentamente (ou não tão lentamente) o “DNA” do seu regime democrático.

A vitória de Trump pode - dependendo de como ele quiser e for capaz de governar - instalar ou acirrar uma guerra civil fria nos EUA, ainda que no início subterrânea. Se isso acontecer, num suposto estado de guerra não declarado, não haverá estabilidade a não ser no movimento de avanço da autocratização. Se a cultura democrática da sociedade americana não conseguir resistir a isso teremos uma desconstrução dos EUA tal como hoje se configuram. Não será mais, a rigor, mais uma (única) "nação": em breve teremos “estados progressivamente desunidos”. Impossível prever agora o desfecho desse processo nos médio e longo prazos.

Fala-se que as instituições americanas são resilientes e que o fato de o povo ter votado majoritariamente em Trump é uma prova disso. Venceu quem teve mais votos. Mas tal discurso parece mais aquelas recomendações de autoajuda. Um consolo ou autoconsolo. No entanto, é impossível deixar de ver que a vitória de Trump revela uma crise da democracia americana (e não só da democracia americana). A maioria dos americanos perdeu a confiança nas suas instituições tradicionais. Corporações, forças armadas, universidades, tribunais - muitos milhões de cidadãos do Estados Unidos não confiam mais em nada disso. Mas a provavelmente obscurantista Era Trump, que agora começa, é um dos efeitos da terceira grande onda de autocratização que já engolfa o mundo todo em meados da terceira década deste século. Vale a pena dar uma espiada no diagrama abaixo:

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Não sabemos se (e quando) haverá uma quarta onda de democratização; ou seja, não sabemos quanto vai durar esta terceira onda de autocratização na qual estamos imersos. Trump - ou o trumpismo MAGA - no poder não abrevia, antes prorroga a duração da terceira onda de autocratização. Seu provável sucessor, J. D. Vance, eleito agora vice-presidente, pode piorar muito as coisas porque é mais articulado intelectualmente, inclusive com bilionários e “ideólogos tecnológicos” que já descartaram abertamente a democracia (e agora a desafiam), como Musk e Thiel. 

Não foram os analistas políticos e sim as urnas que mostraram que as instituições americanas não são mais confiáveis para a maioria dos americanos. Se tivermos que apostar em alguma coisa daqui para a frente será na cultura democrática da sociedade americana. Vamos ver. Quase certo, porém, que vem por aí mais um período de trevas: a democracia, na história, já passou por muitos períodos assim. Aliás, a democracia já ficou sumida durante dois milênios, de 322 a.C., com o fim da democracia ateniense, até meados do século 17, quando o parlamento inglês resolveu resistir ao poder despótico de Carlos I - para ressurgir, ou ser reinventada, como regime eleitoral pré-democrático em 1790 na Inglaterra e Irlanda (seguida em 1792 pela França e em 1796 pelos EUA), mas somente como democracia liberal em 1919.

Há uma cultura democrática na base da sociedade americana, sobretudo nas grandes cidades das costas leste e oeste (mas não nas zonas rurais do grande "centrão" do país). É essa cultura que ainda mantém a democracia nos EUA - a defesa de um modo de vida democrático - não mais a cultura predominante no establishment político, não o sistema judicial (e a suprema corte), não o defasado sistema eleitoral, não as direções dos maiores partidos - que sempre quiseram, desde os Pais Fundadores, uma república governável (de inspiração romana, oligárquica e aristocrática, que tomava a ordem como sentido da política), muito mais do que uma democracia (de inspiração ateniense, que tomasse a liberdade como sentido da política). 

São míticas as afirmações de que os Estados Unidos foram o primeiro país democrático, são a maior e a melhor democracia do mundo e são modelo de democracia plena. Os EUA forem o quarto país a adotar um regime eleitoral, na onda pré-democrática que vai de 1790 a 1848. Os EUA também foram retardatários na primeira onda de democratização, que vai de 1849 a 1921. Além disso os EUA foram retardatários em termos de adotar a democracia liberal. A Suíça já foi democracia liberal em 1849, a Austrália em 1858, a Bélgica em 1897, a Dinamarca em 1902, a Noruega em 1906, a Nova Zelândia em 1913, a Holanda em 1918 e a Inglaterra em 1919. Os EUA só viraram uma democracia liberal em 1969. 

Cabe reconhecer, por último, que os EUA não são mais, há muito tempo, uma democracia plena (e sim flawed) (1) e está em jogo, neste momento, até quando vão poder continuar sendo considerados uma democracia liberal (categoria na qual, como foi dito acima, se juntou muito tardiamente). Mas há uma vigorosa cultura democrática na sociedade americana - que cresceu a partir da extraordinária acumulação de capital social, em especial na Nova Inglaterra, a partir de meados do século 19 - e essa cultura era o único fator que poderia ter impedido a nova eleição do populista-autoritário, escroque e boçal, Donald Trump. Não deu. Talvez porque o capital social americano venha sendo continuamente dilapidado, seja pela centralização em Washington e pela multicentralização governamental na maioria dos estados, seja pela recorrência sistemática aos tribunais para resolver qualquer dilema banal da ação coletiva, seja pelo complexo científico-industrial-militar e, claro, pelas guerras. Agora estamos prestes a ver se o que ainda sobrou dessa cultura democrática será suficiente para resistir à Era Trump.

As causas da vitória de Trump são, portanto, muito mais profundas do que a falta de um discurso "progressista" palatável ao homem e a mulher comuns de classe média que votam em massa no "agente laranja". Alguns dizem que os progressistas estão entregando o mundo de bandeja aos fascistas por uma espécie de deficiência de marketing eleitoral. É como se tivessem um discurso inadequado ou não conseguissem mais conversar com parte do eleitorado. Mas isso está, simplesmente, errado. E é uma narrativa enganadora. Está errada, em primeiro lugar, essa classificação das forças políticas em conservadores, liberais e socialistas - os dois últimos compondo um mesmo campo progressista. O que é progressista? Zé Dirceu é progressista? Se for, os democratas não podemos ser progressistas. Liberais e socialistas (hoje populistas de esquerda, iliberais) não podem compor um mesmo campo. Está errada, em segundo lugar, porque não diz uma palavra sobre a maior ameaça que paira sobre as democracias liberais na atualidade: a formação de um agressivo eixo autocrático reunindo as maiores e mais brutais ditaduras do planeta.

Sim, eleito Donald Trump, temos de ter cuidado com essa conversa (da esquerda, dita progressista) de que a "internacional fascista" é a principal ou a única ameaça à democracia. 

É verdade que agora temos mais um - o sexto - governante populista-autoritário, dito de extrema-direita, no mundo: Orbán, Erdogan, Meloni, Bukele, Milei e... Trump! Mas ainda é um número muito menor do que o de autocratas, ditos de esquerda, que governam ditaduras: Xi Jinping (China), Kim Jong-un (Coreia do Norte), Phạm Minh Chính (Vietnam), Díaz-Canel (Cuba), Nicolás Maduro (Venezuela), Daniel Ortega (Nicarágua), Sonexay Siphandone (Laos) - para não falar de Vladimir Putin (Rússia), que investe nos dois lados e, claro, dos autocratas islâmicos, como Ali Khamenei (Irã), Bashar al-Assad (Síria) e não menos do que outros quinze ditadores (2). E atenção: não estão incluídos aqui os chefes de governo de regimes eleitorais não-autoritários e não-liberais, parasitados por populismos de esquerda (ainda chamados de democracias apenas eleitorais ou defeituosas), que se alinham ao eixo autocrático, como López Obrador e Claudia Sheinbaum (México), Xiomara e Manuel Zelaya (Honduras), Luis Arce e Evo Morales (Bolívia), Gustavo Petro (Colômbia), Lula da Silva (Brasil), Cyril Ramaphosa (África do Sul), talvez Prabowo Subianto (Indonésia) et coetera.

Podem ser apontados outros fatores. Embora isso não tenha sido determinante para a derrota de Kamala, é claro que a esquerda identitária americana atrapalhou muito a postulação da candidata democrata. Como diz o Yascha Mounk, trata-se de uma visão "paralela à visão de mundo tribalista que historicamente caracterizou a extrema-direita". Kamala, que namorou com essa visão ao concorrer as primárias democratas em 2019, não conseguiu se desvencilhar totalmente desses aloprados que propunham desfinanciar a polícia ou descriminalizar travessias ilegais de fronteira - embora ela não tenha feito mais isso na campanha eleitoral de 2024. Mas a nódoa ficou porque ela não enfrentou abertamente os fundamentos dessa visão antidemocrática e eleitoralmente suicida.

Tais razões, entretanto, são menores diante da influência da ascensão de um eixo autocrático, o mais poderoso já articulado em toda a história humana e da segunda grande guerra fria que já está em curso. De certo ponto de vista, os EUA, nas eleições de ontem, foram um palco dessa guerra, que não é mais a confrontação de dois blocos geograficamente demarcados, como foi a primeira guerra fria e sim um conflito fractal que pervade todas as fronteiras instalando polarizações que dividem as sociedades nacionais. Sem tal polarização, Trump não teria vencido. Mas esse é tema para um próximo artigo.

Notas

(1) Os EUA figuram em vigésimo-nono lugar do ranking de democracia da The Economist Intelligence Unit (2023).

(2) Entre os quais Hibatullah Azhundzada (do Afeganistão), Mohammad bin Salman (da Arábia Saudita), Salman bin Hamad bin Isa Al Khalifa (do Barein), Mohammed bin Abdul Rahman Al Thani (do Catar), Xeique Mohammed bin Rashid Al Maktoum (dos Emirados Árabes Unidos), Mohammed Ali al-Houthi (do Iémen), Abdullah II bin Al Hussein (da Jordânia), Mishal Al-Ahmad Al-Jaber Al-Sabah (do Kuwait), Mohamed al-Menfi e Abdul Hamid Mohammed al-Dabaib (da Líbia), Maomé VI e Aziz Akhannouch (do Marrocos), Haitham bin Tariq Al Said (de Omã), Hassan Sheikh Mohamud (da Somália), Abdel Fattah al-Burhan (do Sudão). 

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Conferência ABRI 2025: Desenvolvimento e Diplomacia no Sul Global (a quem possa interessar)

 Cada vez que ouço falar em Sul Global, me parece que é mais um desses contos de fadas, falando sobre seres imaginários e fantásticos. Pode ser que os acadêmicos tenham razão, mas me dá certa sensação de cansaço com o déjà vu... (PRA)

Conferência DPLST-LAC-ABRI 2025:


Desenvolvimento e Diplomacia no Sul Global

O século 21 testemunhou iniciativas crescentes por parte de atores governamentais e não governamentais do Sul Global em negociações, campanhas de advocacia e na circulação de "modelos" em várias áreas relacionadas ao desenvolvimento sustentável. Essa intensidade foi acompanhada por promessas de reformar a arquitetura e as práticas da política global, a fim de oferecer mais participação, mais transparência e mais justiça social, com base em diagnósticos de que as estruturas de poder atuais na ordem global eram prejudiciais à maior parte da população mundial, localizada no Sul Global. Após mais de duas décadas no século 21, no entanto, essas promessas foram revisitadas e criticadas, à luz de preocupações sobre as limitações para alcançar uma transformação estrutural efetiva da ordem global.

Esta conferência internacional sobre Desenvolvimento e Diplomacia no Sul Global explorará o complexo nexo entre desenvolvimento sustentável, diplomacia internacional e governança global, com foco particular nos desafios e oportunidades únicos enfrentados pelo Sul Global. Engajando-se com as agendas políticas de importantes encontros globais, como a 16ª Conferência das Partes (COP) da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB) em Cali, Colômbia (outubro de 2024), a Cúpula do G20 no Rio de Janeiro (novembro de 2024) e a COP 30 sobre Mudança Climática em Belém, Brasil (novembro de 2025), a conferência examinará como esses eventos cruciais moldam e informam estratégias para o desenvolvimento sustentável e a governança global equitativa.

A conferência busca abordar como as nações do Sul Global podem equilibrar o crescimento econômico, a sustentabilidade ambiental e a equidade social, ao mesmo tempo em que participam ativamente e remodelam as estruturas de governança global. Como as iniciativas globais podem ser traduzidas em quadros diplomáticos que promovam a sustentabilidade ambiental, particularmente em regiões onde os imperativos de desenvolvimento frequentemente entram em conflito com a preservação ecológica? Também destacará a importância de uma diplomacia inclusiva, na qual as economias emergentes do Sul Global contribuem para remodelar os modelos de governança global para refletir melhor seus interesses, especialmente em áreas como justiça climática, transferência de tecnologia verde e financiamento para o desenvolvimento sustentável.

Ao alinhar as discussões com o foco do G20 na cooperação econômica, a conferência enfatizará o papel da diplomacia multilateral na promoção da colaboração Sul-Sul e na elevação da voz dos países em desenvolvimento em fóruns globais. A conferência também proporcionará uma oportunidade para elaborar uma visão estratégica para futuros engajamentos, especialmente na preparação para a COP 30, com foco em mecanismos de governança global que garantam que práticas sustentáveis estejam na vanguarda das iniciativas de desenvolvimento.

A conferência, nesse sentido, busca mobilizar a comunidade acadêmica, bem como os profissionais de políticas públicas, para debater, refletir e articular novas vias de pesquisa e advocacy em torno de questões como:

  1. Como os desafios globais atuais, como a mudança climática, a segurança alimentar, as crises de saúde global e de migração, impactaram o Sul Global?
  2. Dada a interdependência entre o Norte e o Sul Global em termos de comércio, investimento, inovação e tecnologia, quais são as oportunidades e desafios para a diplomacia e o desenvolvimento hoje? Como os países do Sul Global têm negociado termos mais favoráveis nessas questões para viabilizar um crescimento econômico sustentável e inclusivo?
  3. Dadas as necessidades e realidades do Sul Global, quais são os desafios e as mudanças estruturais que a governança global, em organismos como a ONU, o FMI e o Banco Mundial, enfrenta para estabelecer um sistema internacional mais justo e equitativo que promova o desenvolvimento global?
  4. Quais contribuições os países do Sul Global têm feito para as reformas em direção a uma ordem global mais favorável às agendas de preservação ambiental, justiça climática e equidade?
  5. Quais são os critérios e mecanismos através dos quais as preocupações expressas pelos países do Sul Global em relação à preservação ambiental, justiça climática e equidade têm encontrado ressonância em fóruns internacionais?
  6. Que lugar as relações Sul-Sul têm ocupado na agenda dos próprios países do Sul Global? Quais contribuições e limites essas agendas implicam nas disputas de poder entre o Norte e o Sul Global?
  7. Além da diplomacia estatal, que outros tipos de diplomacia têm sido relevantes para a construção de agendas alternativas à ordem global e aos padrões de desenvolvimento considerados problemáticos em termos de preservação dos ecossistemas?
  8. Como as tecnologias digitais têm ajudado os países do Sul Global a impulsionar seu desenvolvimento econômico e social e mudado suas ações diplomáticas para participar de maneira mais eficaz em negociações e fóruns internacionais?
  9. Qual é o impacto das recentes mudanças no espectro político global – especialmente, o surgimento da extrema direita – no fortalecimento da agenda ambiental?

As discussões acadêmicas como estas não ocorrerão apenas em um contexto de reconfiguração das práticas na política global: elas também serão realizadas no contexto da celebração do 20º aniversário da ABRI. Co-patrocinada pela Seção de Estudos Diplomáticos e pela Região da América Latina e Caribe da ISA, esta conferência será, portanto, uma oportunidade única para ampliar o trabalho crítico e a circulação de conhecimento de excelência como responsabilidades-chave da comunidade acadêmica de Relações Internacionais – ingredientes indispensáveis em qualquer busca por uma ordem mais justa e atenta ao sensível contexto da crise planetária na qual estamos imersos.

Tipos de Propostas e Submissões

Todas as propostas devem ser enviadas pelo sistema ISAnet.
O prazo para envio é 10 de março de 2025. Se tiver alguma dúvida, entre em contato conosco em DPLST-LAC2025@isanet.org.

  1. Artigos
  2. Painéis
  3. Mesas-redondas
  4. Propostas de Programas Especiais (ex.: Oficinas para Início de Carreira)

Os membros da ABRI têm direito a um desconto de 40%, desde que mantenham a associação ativa. Os associados devem entrar em contato com a ABRI pelo e-mail secretaria@abri.org.br para obter o código de desconto para a inscrição na ISAnet.

A inscrição e o pagamento para estudantes de graduação não apresentadores que desejarem participar do congresso serão realizados por meio do site da Enabri. Os interessados em apresentar uma proposta de Iniciação Científica devem enviar seu trabalho e se inscrever pelo sistema ISA.

Os demais que pretendem participar sem apresentar e desejam se inscrever na política de ação afirmativa devem enviar os documentos necessários pelo site da Enabri.

Mais detalhes sobre os prêmios da ABRI estarão disponíveis em https://enabri25.abri.org.br

Chairs do Evento:

Asaf Siniver (Chair, ISA-DPLST)
Melisa Deciancio (Chair, ISA-LAC)
Ana Carolina Teixeira Delgado (Presidente, ABRI)
Feliciano de Sá Guimarães (Universidade de São Paulo)

 

Development and Diplomacy in the Global South

The deadline for submissions is March 10, 2025.

The 21st century has witnessed growing initiatives by governmental and non-governmental actors from the Global South in negotiations, advocacy campaigns, and in the circulation of “models” in various areas related to sustainable development. This intensity was accompanied by promises to reform the architecture and practices of global politics in order to offer more participation, more transparency and more social justice, based on diagnoses that the current power structures in the global order were harmful to the main part of the global population, located in the Global South. After more than two decades into the 21st century, however, these promises have been revisited and criticized, in light of concerns about the limitations od achieving effective structural transformation of the global order.

This international conference on Development and Diplomacy in the Global South will explore the complex nexus of sustainable development, international diplomacy, and global governance, with a particular focus on the unique challenges and opportunities facing the Global South. Engaging with the policy agendas of key global gatherings, such as the 16th  Conference of the Parties (COP) to the Convention on Biological Diversity (CBD) in Cali, Colombia (October 2024), the G20 Summit in Rio de Janeiro (November 2024), and COP 30 on Climate Change in Belém, Brazil (November 2025), the conference will examine how such pivotal events shape and inform strategies for sustainable development and equitable global governance.

The conference seeks to address how can Global South nations balance economic growth, environmental sustainability, and social equity, while actively participating in and reshaping global governance structures? How can global initiatives be translated into diplomatic frameworks that promote environmental sustainability, particularly in regions where development imperatives often clash with ecological preservation? It will also highlight the importance of inclusive diplomacy, where emerging economies from the Global South contribute to reshaping global governance models to better reflect their interests, particularly in areas such as climate justice, green technology transfer, and financing for sustainable development.

By aligning the discussions with the G20’s focus on economic cooperation, the conference will emphasize the role of multilateral diplomacy in fostering South-South collaboration and elevating the voice of developing countries in global forums. The conference will also provide an opportunity to craft a strategic vision for future engagements, particularly in the lead-up to COP 30, focusing on global governance mechanisms that ensure sustainable practices are at the forefront of development initiatives.
The conference, in this sense, seeks to mobilize the academic community as well as policy practitioners to debate, reflect and articulate new avenues of research and advocacy around questions such as:

  1. How have current global challenges such as climate change, food security, global health and migration crises impacted the Global South?
  2. Given the interdependence between the Global North and South in terms of trade, investment, innovation and technology, what are the opportunities and challenges for diplomacy and development today? How have the countries of the Global South negotiated more favorable terms on these issues to enable sustainable and inclusive economic growth?
  3. Given the needs and realities of the Global South, what are the challenges and structural changes facing global governance, in bodies such as the UN, the IMF, and the World Bank, in order to establish a fairer and more equitable international system that promotes global development?
  4. What contributions have the countries of the Global South made to reforms towards a global order that is more favorable to agendas of environmental preservation, climate justice and equity?
  5. What are the criteria and mechanisms through which the concerns vocalized by countries in the Global South regarding environmental preservation, climate justice and equity have found resonance in international fora?
  6. What place have South-South relations occupied on the agenda of countries in the Global South itself? What contributions and limits do these agendas imply for power disputes between the North and the Global South?
  7. In addition to state diplomacy, what other types of diplomacy have been relevant to the construction of alternative agendas to the global order and to patterns of development seen as problematic in terms of preserving ecosystems?
  8. How have digital technologies helped the countries of the Global South to boost their economic and social development, and changed their diplomatic actions in order to participate more effectively in international negotiations and forums?
  9. What is the impact of the recent changes in the global political spectrum – most especially, the rise of the extreme right – on the strengthening of the environmental agenda?

Academic discussions such as these will not only take place in a context of reconfiguration of the practices in global politics: they will also be held in the context of the celebration of ABRI’s 20th anniversary. Co-sponsored by the Diplomatic Studies Section and the Latin American & Caribbean Region of the ISA, this conference will therefore be a unique opportunity to enhance the critical work and the circulation of knowledge of excellence as key responsibilities of the International Relations academic community – indispensable ingredients in any pursuit of an order which is fairer and attentive to the sensitive context of the planetary crisis we are immersed in.

Types of Proposals and Submissions

All proposals must be submitted via the ISAnet system.
The submission deadline is March 10, 2025. If you have any questions, contact the program team at DPLST-LAC2025@isanet.org.

  1. Papers
  2. Panels
  3. Roundtables
  4. Early Career Scholar Panels (Special Program Proposals):Early Career Scholar Panels are made up of early career scholar papers and designed to provide additional feedback for early scholars. Please submit a proposal consisting of a panel title, abstract, and five papers authored by early-career scholars (complete with title, tags, abstract, and authors). Your panel should include at least 1 chair and 1 discussant.
  5. Author Meets Critics: A roundtable that discusses a book published in the last year. Include title and abstract. Roundtable should include at least 1 author, 1 chair, and 2-5 discussants.
  6. Minicourses: This is a short training course (3 hours) for undergraduate and graduate students, observing institutional, regional, racial, and gender diversity. Please submit the title of the minicourse proposed, the topic, and a short description (500 words) with literature of reference.

ABRI members are eligible for a 40% discount, provided they maintain active membership. Members should contact ABRI at secretaria@abri.org.br to obtain their discount code for ISAnet registration.

Registration and payment for non-presenting undergraduate students who wish to attend the conference will be handled through the Enabri website. Those interested in submitting a Scientific Initiation proposal must submit their work and register through the ISA system.

Others who plan to attend without presenting and wish to apply under the affirmative action policy should submit the required documents via the Enabri website.

Further details on ABRI’s awards will be available at https://enabri25.abri.org.br

Program Chairs

Asaf Siniver (Chair, ISA-DPLST)
Melisa Deciancio (Chair, ISA-LAC)
Ana Carolina Teixeira Delgado (President, ABRI)
Feliciano de Sá Guimarães (University of São Paulo)

 

Desarrollo y diplomacia en el Sur Global

El siglo XXI ha sido testigo de crecientes iniciativas por parte de actores gubernamentales y no gubernamentales del Sur Global en negociaciones, campañas de incidencia y la circulación de "modelos" en diversas áreas relacionadas con el desarrollo sostenible. Esta intensidad fue acompañada por promesas de reformar la arquitectura y las prácticas de la política global para ofrecer más participación, más transparencia y más justicia social, a partir de diagnósticos de que las estructuras de poder actuales en el orden global eran dañinas para la mayoría de la población mundial, ubicada en el Sur Global. Sin embargo, después de más de dos décadas en el siglo XXI, estas promesas han sido revisadas y criticadas, a la luz de las preocupaciones sobre las limitaciones para lograr una transformación estructural efectiva del orden global.

Esta conferencia internacional sobre Desarrollo y Diplomacia en el Sur Global explorará el complejo nexo entre el desarrollo sostenible, la diplomacia internacional y la gobernanza global, con un enfoque particular en los desafíos y oportunidades únicos que enfrenta el Sur Global. Con el compromiso de las agendas políticas de importantes reuniones mundiales como la 16ª Conferencia de las Partes (COP) del Convenio sobre la Diversidad Biológica (CDB) en Cali, Colombia (octubre de 2024), la Cumbre del G20 en Río de Janeiro (noviembre de 2024) y la COP 30 sobre el Cambio Climático en Belém, Brasil (noviembre de 2025), la conferencia examinará cómo estos eventos cruciales dan forma e informan las estrategias para el desarrollo sostenible y la gobernanza mundial equitativa.

La conferencia busca abordar cómo las naciones del Sur Global pueden equilibrar el crecimiento económico, la sostenibilidad ambiental y la equidad social, al tiempo que participan activamente y remodelan las estructuras de gobernanza global. ¿Cómo pueden las iniciativas mundiales traducirse en marcos diplomáticos que promuevan la sostenibilidad ambiental, en particular en regiones donde los imperativos del desarrollo a menudo entran en conflicto con la preservación ecológica? También se destacará la importancia de la diplomacia inclusiva, en la que las economías emergentes del Sur Global contribuyan a remodelar los modelos de gobernanza global para reflejar mejor sus intereses, especialmente en áreas como la justicia climática, la transferencia de tecnología verde y el financiamiento para el desarrollo sostenible.

Al alinear las discusiones con el enfoque del G20 en la cooperación económica, la conferencia enfatizará el papel de la diplomacia multilateral en la promoción de la colaboración Sur-Sur y elevar la voz de los países en desarrollo en los foros globales. La conferencia también brindará la oportunidad de desarrollar una visión estratégica para futuros compromisos, especialmente en el período previo a la COP 30, con un enfoque en los mecanismos de gobernanza global que garantizan que las prácticas sostenibles estén a la vanguardia de las iniciativas de desarrollo.
La conferencia, en este sentido, busca movilizar a la comunidad académica, así como a los profesionales de las políticas públicas, para debatir, reflexionar y articular nuevas vías de investigación e incidencia en torno a temas como:

  1. ¿Cómo han impactado los desafíos globales actuales, como el cambio climático, la seguridad alimentaria, la crisis mundial de salud y migración, al Sur Global?
  2. Dada la interdependencia entre el Norte y el Sur Global en términos de comercio, inversión, innovación y tecnología, ¿cuáles son las oportunidades y los desafíos para la diplomacia y el desarrollo en la actualidad? ¿Cómo han negociado los países del Sur Global términos más favorables en estos temas para permitir un crecimiento económico sostenible e inclusivo?
  3. Dadas las necesidades y realidades del Sur Global, ¿cuáles son los desafíos y cambios estructurales que enfrenta la gobernanza global, en organismos como la ONU, el FMI y el Banco Mundial, para establecer un sistema internacional más justo y equitativo que promueva el desarrollo global?
  4. ¿Qué aportes han hecho los países del Sur Global a las reformas hacia un orden global más favorable a las agendas de preservación del medio ambiente, justicia climática y equidad?
  5. ¿Cuáles son los criterios y mecanismos a través de los cuales las preocupaciones expresadas por los países del Sur Global con respecto a la preservación del medio ambiente, la justicia climática y la equidad han encontrado resonancia en los foros internacionales?
  6. ¿Qué lugar han ocupado las relaciones Sur-Sur en la agenda de los propios países del Sur Global? ¿Qué aportes y límites implican estas agendas en las luchas de poder entre el Norte y el Sur Global?
  7. Además de la diplomacia de Estado, ¿qué otros tipos de diplomacia han sido relevantes para la construcción de agendas alternativas al orden global y a los patrones de desarrollo considerados problemáticos en términos de preservación de los ecosistemas?
  8. ¿De qué manera las tecnologías digitales han ayudado a los países del Sur Global a impulsar su desarrollo económico y social y a cambiar sus acciones diplomáticas para participar de manera más efectiva en las negociaciones y foros internacionales?
  9. ¿Cuál es el impacto de los cambios recientes en el espectro político global, especialmente el ascenso de la extrema derecha, en el fortalecimiento de la agenda ambiental?

Discusiones académicas como estas no solo tendrán lugar en un contexto de reconfiguración de las prácticas en la política global, sino que también se llevarán a cabo en el contexto de la celebración del 20º aniversario de ABRI. Copatrocinada por la Sección de Estudios Diplomáticos y la Región de América Latina y el Caribe del ISA, esta conferencia será, por lo tanto, una oportunidad única para ampliar el trabajo crítico y la circulación del conocimiento de excelencia como responsabilidades clave de la comunidad académica de Relaciones Internacionales, ingredientes indispensables en cualquier búsqueda de un orden más justo y atento al sensible contexto de la crisis planetaria en la que estamos inmersos.

Tipos de Propuestas y Presentaciones

Todas las propuestas deben ser enviadas a través del sistema ISAnet
La fecha límite para la presentación es el 10 de marzo de 2025. Si tiene alguna pregunta, póngase en contacto con nosotros en DPLST-LAC2025@isanet.org.

  1. Artículos
  2. Paneles
  3. Mesas-redondas
  4. Propuestas de programas especiales (p. ej., talleres para los primeros años de carrera)

Sillas de eventos:

Asaf Siniver (Presidente, ISA-DPLST)
Melisa Deciancio (Presidenta, ISA-LAC)
Ana Carolina Teixeira Delgado (Presidenta, ABRI)
Feliciano de Sá Guimarães (Universidad de São Paulo)

 

DPLST Global South Early Career Scholars Travel Grants

The Diplomatic Studies Section of the ISA (DPLST) is pleased to offer a number of travel grants to the Sau Paulo conference, up to a maximum of $1,000 each. These competitive grants are offered exclusively to members of the DPLST who are early career scholars (up to 5 years post PhD) who are based in a Global South institution and have had their paper accepted for the 2025 Sao Paulo conference.

Grant recipients will be eligible to receive up to $1,000 reimbursement for travel and accommodation costs incurred from attending the conference. This reimbursement will be issued to the awardee following the Sau Paulo conference and contingent on the submission of all relevant forms and receipts for travel and accommodation.

Awardees must meet the following criteria:

  1. Hold active membership of the ISA & DPLST at least 30 days  prior to the conference and through 45 days following the conference
  2. Be registered for the conference

To apply, please submit the following documents to Asaf Siniver, Chair of the DPLST (a.siniver@bham.ac.uk):

  1. a cover letter (1-2 pages) , outlining the motivation to attend the conference, and how participating will benefit your research and career goals, including networking, attending other panels and events, etc.
  2. an abstract of your accepted paper(s),
  3. a budget detailing expected costs and other available funds (e.g. from home institution).

The DPLST Selection Committee reserves the right to withhold the travel grants if no applications meet the criteria. The value of each grant will be assessed on the merit of the application, and with a view to support as many eligible applications as possible. Submissions missing any of the required documents will not be considered.



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Associação Brasileira de Relações Internacionais
https://www.abri.org.br/


Bacalhau assado com Ratatouille: Uma receita para mim mesmo

 Uma receita para mim mesmo:


Bacalhau assado com Ratatouille

Este prato com baixo teor de carboidratos é rápido de fazer e pode servir de almoço ou lanche saudável após o jantar todos os dias.

Ingredientes

2 filés médios de bacalhau (ou qualquer outro peixe branco)
2 xícaras / 400g de tomates, esmagados
1 beringela pequena, cortada em cubos
1 abobrinha, cortada em cubos
1 cebola branca, cortada em cubos
1 pimentão vermelho, cortado em cubos
2 dentes de alho picados
1,5 colher de sopa de azeite de oliva extravirgem
Sal e pimenta moída na hora, a gosto
Salsinha fresca para servir (opcional)

Modo de Preparo
Pré-aqueça o forno a 200°C / 400°F.
Aqueça a maior parte do azeite numa panela e refogue a cebola e o alho até ficarem macios. Junte a beringela, a abobrinha e o pimentão e cozinhe por mais 5 minutos.
Adicione os tomates esmagados, tempere bem e deixe ferver.
Enquanto isso, coloque os filés de bacalhau em uma assadeira, regue com azeite, tempere com sal e pimenta e leve ao forno por 12-14 minutos.
Quando o peixe estiver cozido, transfira-o para uma bandeja, adicione uma colher de ratatouille e decore com salsinha.


Cadernos Adenauer - Edição Especial: G20 no Brasil

O caderno "Cadernos Adenauer - Edição Especial 2: G20 no Brasil" reúne análises de especialistas sobre temas cruciais da agenda do G20 sob a presidência brasileira, como o combate à fome e à pobreza, o financiamento climático e a reforma das instituições multilaterais. Essa publicação representa uma importante contribuição para o debate sobre o papel do Brasil na governança global e os desafios que o país enfrenta em um contexto internacional marcado por crises e incertezas. Nossos pesquisadores, Marta Fernández e Paulo Esteves, colaboraram com o capítulo  "A desigualdade no centro da agenda da presidência brasileira do G20". A pesquisadora Ana Garcia também contribuiu para o volume com o texto intitulado "O que esperar como resultado do encontro do G20 no Brasil? Histórico e balanço da agenda financeira".  


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Brasilianistas europeus preparam mais um congresso, Salamanca, setembro 2025 (ABRE)

Brasilianistas europeus preparam mais um congresso, Salamanca, setembro 2025


Aberto o prazo para propostas de painel para o V Congresso da ABRE em Salamanca

A Associaçãode Brasilianistas na Europa (ABRE) convida para participar do seu V Congreso Internacional que se celebrará de 16 a 19 de setembro de 2025 no Centro de Estudios Brasileños da Universidadde Salamanca, Salamanca, Espanha.
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A Europa tem uma forte tradição em estudos brasileiros, assim como em pesquisas científicas e colaborações profissionais que estão de alguma forma conectadas com o Brasil. A ABRE tem como objetivo oferecer um fórum transdisciplinar para o intercâmbio, a difusão e a comunicação entre estudantes e profissionais que atuam na Europa, interessados pelo Brasil. Os congressos que organiza a cada dois anos procuram juntar pessoas que realizam pesquisas ou algum outro tipo de trabalho relacionado com o Brasil, não se limitando a pesquisadores europeuse/ou vinculados a instituições europeias (http://abre.eu/estatutos/).

O próximo congresso ocorrerá entre 16 e 19 de setembro de 2025 no Centro de Estudios Brasileños da Universidade de Salamanca.

O V Congresso contará com painéis acadêmicos, palestrantes convidados e aassembleia dos sócios da ABRE.

Cronograma

O V Congresso da ABRE será organizado a partir do seguinte formato: uma primeira fase de envio de propostas de painel e, depois da publicação da lista definitiva dos painéis, uma segunda fase de envio de propostas de comunicações que serão apresentadas nos painéis.

Propostas de painel:

De 11 de outubro a 13 de dezembro de 2024, transcorrerá o prazo para envio de propostas de painel. Estas propostas deverão ser realizadas por dois proponentes de instituições e países diferentes, sendo pelo menos um deles proveniente de uma instituição europeia, dos quais, pelo menos um(a), terá título de doutor(a), e o outro(a) o título mínimo de mestre/máster. O congresso será no formato presencial; apenas excepcionalmente serão admitidos painéis no formato virtual (20% no máximo dos painéis propostos). Não serão aceitos painéis no formato híbrido.

Propostas de comunicação:

Depois da publicação da lista definitiva de painéis (17/01/2025), se abrirá o prazo de envio de propostas de comunicações. Cada proposta de comunicação deverá manifestar pelo menos três possíveis painéis de preferência, dentre a lista definitiva.

O prazo de envio de propostas de comunicações transcorrerá entre os dias 22 de janeiro e 10 de abril de 2025.

Datas importantes:

Propostas para painéis: 11/10/24 a 13/12/24

Publicação definitiva de painéis aprovados: 17/01/2025

Prazo deinscrição no congresso para coordenadores(as) de painel: 18/01/2025 a 10/03/2025

Prazo de envio de propostas para comunicações: 22/01/2025 a 10/04/2025

Publicação da lista de comunicações aceitas: 22/04/2025

Prazo deinscrição no congresso dos(as) autores(as) de comunicações: 23/04/2025 a 12/09/2025

Conheça a página do V Congresso clique aqui.
https://abre.us16.list-manage.com/track/click?u=05b79d3d18d27edc9a5bdf226&id=936f716c3f&e=91968eb308


Endereço eletrônico do Congresso: abresalamanca2025@gmail.com

Esperamos todos(as) em Salamanca!


quinta-feira, 7 de novembro de 2024

A Ucrânia continua a sustentar o morticínio causado pela guerra de agressão da Rússia - CDS

Parte final da informação diária do Centro de Estudos de Defesa da Ucrânia, dia 6/11/2024: 

Humanitarian + general:

  • During the night of November 6, Russian forces launched 63 "Shahed" attack drones and other drones of an unspecified type at Ukraine, as well as striking Odesa Oblast with two guided aviation missiles, the Kh-59 and Kh-31P. Of the drones, 38 were destroyed, 20 were lost from radar, and two remained airborne at the time of the report. 

  • As a result of a Russian attack on energy infrastructure overnight on November 6, parts of Mykolaiv Oblast lost power. As of 8:00 a.m., 21 villages in the Pervomaisk District remained completely without power, with partial outages in the city of Pervomaisk. Electricity was unavailable for 25,500 residential and 1,500 commercial customers. 

  • A missile strike on Zaporizhzhia by Russian forces in the evening of November 5 resulted in seven deaths and 25 injuries. Overall, during the past day, Russian forces launched 301 attacks on 13 towns and villages in Zaporizhzhia Oblast. 

  • After 11:00 a.m., Russian forces launched a strike from the temporarily occupied left bank on Zelenivka in Kherson Oblast. A couple in their home sustained injuries. Earlier, Russian shelling also wounded a man in Kherson and another man in Antonivka, a suburb of Kherson. 

  • In Chernihiv on the evening of November 6, a cruise missile explosion on the outskirts of the city injured two people. 

  • In the city of Kurakhove, Donetsk Oblast, around one thousand people remain, though due to the difficult and dangerous conditions, it is currently not possible to evacuate them. 

  • In Kherson Oblast on November 5, five people were injured as a result of Russian attacks. A total of 17 towns and villages in the oblast came under shelling and air strikes. 

  • In Donetsk Oblast on November 5, Russian forces launched 2,835 strikes, damaging eight civilian sites. 

  • The Prosecutor General’s Office reports that law enforcement is investigating 49 criminal cases concerning the killing of 124 prisoners of war on the battlefield. These killings began to rise in late 2023 and have reached unprecedented levels this year, with most cases recorded in Donetsk Oblast. 

  • Nearly half of Ukrainians (44%) report trying to buy the cheapest food available, regardless of quality, according to a survey conducted by the Razumkov Center from September 20 to 26. Meanwhile, 45% said they can afford to buy higher-quality, though more expensive, food. Another 11% were unable to give a definitive answer. 

  • The survey also showed that, since the full-scale invasion, the number of citizens barely making ends meet has increased to 12%, up from 9% in 2021. At the same time, the share of those who feel financially secure but cannot afford major purchases has grown from 6% to 9%. The percentage of people living at a sufficient level but struggling to buy durable goods like furniture or appliances has decreased from 44% to 41%.


Dicas para o concurso do Itamaraty - Curso Sapientia para candidatos à carreira diplomática

Recebi (como seu eu fosse um candidato à carreira diplomática, já estando aposentado da carreira) a mensagem abaixo, que achei extremamente instrutiva para os candidatos efetivos, e que por isso transcrevo, atribuindo todos os créditos devidos ao Curso Sapientia, que cumprimento pela excelência da formação oferecida aos jovens candidatos.

Paulo Roberto de Almeida


Paulo,

Se você está se preparando para o Concurso de Admissão à Carreira de Diplomata de 2025, parabéns por dar esse importante passo em sua carreira! 

A preparação para o CACD é uma jornada desafiadora, mas com as estratégias certas, você pode maximizar suas chances de sucesso. Aqui estão três dicas essenciais para começar sua preparação com o pé direito:

  1. ENTENDA O CONTEÚDO E ESTRUTURE SEU PLANO DE ESTUDOS

O primeiro passo é compreender profundamente o conteúdo do concurso. O CACD abrange uma ampla gama de disciplinas, incluindo Língua Portuguesa, História do Brasil e Mundial, Geografia, Política Internacional, Economia, Direito e Línguas Estrangeiras.

Como fazer isso?

  • Leia o edital: Familiarize-se com os detalhes do edital, que fornece informações cruciais sobre o formato das provas e os tópicos abordados.
  • Crie um cronograma: Divida seu tempo de estudo de forma equilibrada entre as disciplinas. Considere dedicar mais tempo às áreas em que você se sente menos confiante.
  • Estabeleça metas semanais e mensais: Isso ajudará a manter o foco e a motivação ao longo do tempo.
  1. DESENVOLVA O HÁBITO DE ESTUDO CONSISTENTE E EFICIENTE

A consistência é fundamental para o sucesso em qualquer concurso, especialmente no CACD, que exige um conhecimento profundo e diversificado.

Como fazer isso?

  • Estabeleça uma rotina diária: Reserve horários específicos para o estudo todos os dias e mantenha-se fiel a esse cronograma.
  • Use técnicas de estudo ativo: Em vez de apenas ler passivamente, faça resumos, mapas mentais e flashcards. Ensinar o conteúdo a outra pessoa também pode solidificar seu entendimento.
  • Faça pausas regulares: Utilize técnicas como o Pomodoro, que alterna períodos de estudo com intervalos curtos, para manter a concentração e evitar a fadiga mental.
  1. MANTENHA-SE ATUALIZADO E PRATIQUE REGULARMENTE

O CACD valoriza candidatos que estão bem informados sobre o cenário global e nacional, além de serem capazes de aplicar seus conhecimentos de forma prática.

Como fazer isso?

    • Acompanhe as notícias diariamente: Leia jornais, revistas e sites confiáveis para se manter informado sobre eventos atuais e tendências globais.
    • Pratique redação e resolução de questões: Faça redações semanais e resolva questões de provas anteriores. Isso não só melhora suas habilidades de escrita, mas também ajuda a entender o estilo das questões do concurso.

quarta-feira, 6 de novembro de 2024

Vitória de Trump é recado para todas as democracias do mundo - Jamil Chade (UOL)

Vitória de Trump é recado para todas as democracias do mundo

Jamil Chade

UOL, 6/11/2024

Ele mentiu, ofendeu, cometeu crimes e foi condenado. E, mesmo assim, foi eleito presidente da maior economia do mundo e uma potência nuclear. A vitória de Donald Trump nas eleições americanas deve ser ouvida, estudada e examinada por democracias de todo o mundo para entender como o sistema político que abandonou suas bases e uma parcela da população está sendo manipulado para permitir a chegada ao poder de movimentos com pouco compromisso com a democracia.

A ideia de que a derrota de Trump em 2020,e a de Jair Bolsonaro em 2022 tinham virado a página da história não é apenas míope como irresponsável.

Hoje, nos EUA, um país constata que sua democracia não conta com mecanismos para protegê-la. E chega ao poder, legitimado pelas urnas e pelo fracasso de outros governos em dar respostas à população, um movimento que não esconde seu viés autoritário.

Do centro do poder mundial, o recado é claro: a democracia está em crise, as instituições estão disfuncionais e a tecnologia hackeou a tomada de decisões.

Mas essa não é a única mensagem que sai da vitória de Trump. Com milhões de votos, seu movimento que abusou da xenofobia e do ódio mobilizou uma parcela significativa da população americana.

Ao longo dos últimos dois meses, percorri comícios e eventos organizados pela extrema direita apenas para constatar que aqueles que estavam ali tinham a impressão de que se sentiam ouvidos. Humilhados por um sistema econômico cruel, eleitores compraram uma mentira. Mas também sinalizaram que não suportam mais serem ignorados.

Enxergam em Trump o anti-herói que supostamente enfrentou as maiores injustiças do sistema e, ainda assim, resistiu. "Lute, lute, lute". Sua frase ao ser baleado ecoava pelos comícios, como um grito da alma de cada um dos relegados do capitalismo.

Percorri também os bairros mais pobres da bilionária cidade de Nova York apenas para constatar a dimensão da pobreza e o colapso da ideia do "sonho americano", uma espécie de mito fundador da atual sociedade nos EUA.

Ao vencer sua primeira eleição, Trump escolheu recuperar um termo da história política americana: "os homens e mulheres esquecidos". Não cumpriu. Mas os democratas, com Joe Biden, tampouco deram uma resposta. Humilhados e diante do fim do "sonho americano", os eleitores sentenciaram nas urnas sua indignação.

A referência aos "esquecidos" havia sido uma iniciativa de Franklin D. Roosevelt que, em 1932, alertou sobre essa camada da população "no fundo da pirâmide econômica". Suas palavras chocaram seu partido, já que reconheceria a existência de um conflito de classe nos EUA. Ele bancou a aposta e insistiu que seu partido deveria se adaptar para atender aos esquecidos. E venceu.

Trump, um bilionário que usou o sistema para dar vantagens à elite americana, recorre a essa população apenas como massa de manobra para chegar ao poder. Mas sinaliza às demais forças políticas americanas e ao mundo que a democracia não sobrevive à desigualdade e à mentira.

Recrutar para defender a democracia exige dar a milhões de pessoas o direito de ter direitos, e instituições capazes de impedir o sequestro do sistema.

Trump venceu. E o mundo que escute o que isso significa.

https://noticias.uol.com.br/colunas/jamil-chade/2024/11/06/vitoria-de-trump-e-recado-para-todas-as-democracias-do-mundo.htm?cmpid=copiaecola