O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

sábado, 27 de outubro de 2012

Politica Industrial (1): a visao a favor (simplista, claro)

Um debate que começa aqui e termina no próximo post. Os argumentos deste economista do BNDES são tão canhestros, tão contraditórios, tão enviesados a favor da gastança inútil, desnecessária, equivocada, no limite da estupidez, que o governo comete, em favor de piratas industriais, que não seriam necessários muitos contra-argumentos para desacreditar suas teses, todas elas carentes de lógica e de comprovação empírica.
Mas, enfim, como toda crença nacional, por mais irracional que seja, precisa ser combatida com a lógica irrefutável da teoria econômica e da experiência comprovada, traremos, no post seguinte, sua contra argumentação.
Por enquanto fiquem com a bondade industrial de um economista oficial. Mas não deixem de ler o próximo post.
Paulo Roberto de Almeida 

Desafios da política industrial

Marcelo Mitterhof
Folha de S.Paulo, 25/10/2012

Na semana passada, tratei do regime automotivo, argumentando que ele traz boas novidades por ser uma política setorial na qual, ante aos benefícios concedidos pelo governo, são exigidas contrapartidas por parte do setor privado. No entanto, foi ressaltado que o seu sucesso depende de ter havido uma boa calibragem na exigência das contrapartidas.
Além disso, será crucial o governo desenvolver instrumentos que aperfeiçoem o acompanhamento das atividades do setor em termos de compras locais, eficiência energética e atualização tecnológica.
Esse breve resumo mostra que não é simples conceber e executar uma política industrial, algo que é sempre sujeito a riscos. Isso ocorre porque há um inerente descasamento temporal entre os benefícios concedidos e os resultados desejados. Contribuintes e consumidores pagam de imediato, por meio de subsídios e proteção comercial, para que a produção local seja competitiva ante a importada. Mas os benefícios esperados --a transformação da estrutura industrial-- são de longo prazo.
Para mitigá-los, as experiências mais bem-sucedidas cobraram das empresas apoiadas metas de exportação, pois o mercado externo é o principal balizador da competitividade da indústria de transformação. Nas últimas décadas, porém, as regras da OMC (Organização Mundial do Comércio) limitam o uso dessa estratégia, dificultando a formatação das políticas industriais.
Mais importante, nesses casos o foco no mercado externo foi frequentemente estabelecido em detrimento do mercado interno. Na Coreia do Sul, uma famosa história diz que o país exportava aparelhos de TV em cores nos anos 1970, mas não os vendia internamente, pois o governo entendia que não seria desejável incentivar um símbolo tão marcante de diferenciação social.
No Brasil, mesmo sob ditadura, esse tipo de restrição dificilmente seria aceitável. A industrialização brasileira foi voltada para desenvolvimento do mercado interno. Quer dizer, o avanço da estrutura produtiva foi em boa medida condicionado à ampliação do acesso dos brasileiros aos bens de consumo modernos.
Numa democracia, é ainda mais complexa a arbitragem de interesses com a qual a política industrial precisa lidar. Até para um indivíduo há um conflito entre as preocupações de consumidor e as de trabalhador, quanto mais sendo coletiva a percepção desses interesses. Nem todos estão dispostos a arcar no curto prazo com custos (fiscais ou de preços maiores) em troca de benefícios (melhores empregos e mais renda), que são futuros e algo incertos.
Evidentemente, governos são eleitos para decidir como ponderar objetivos que, ao menos em prazos mais curtos, podem ser conflitantes.
Nesse sentido, a abertura comercial nos anos 1990 foi um sintoma da interrupção do desenvolvimento na década anterior. Num ambiente de estagnação, a sociedade concluiu que não havia motivos para restringir o acesso a importações mais baratas e de mais qualidade.
De forma parecida, a retomada da política industrial a partir de 2005 ocorreu sob uma aparentemente paradoxal valorização do câmbio. O real apreciado dificultou que as cadeias produtivas da indústria se beneficiassem mais do crescimento econômico, mas também ajudou a promover a inclusão social.
Com isso, foram mais significativas suas ações transversais, como as associadas aos mecanismos de incentivo à inovação e as de desoneração tributária e redução de custo do investimento.
Agora, o novo regime automotivo reabre as perspectivas de uma atuação setorial que exija resultados do setor privado e que seja coerente com o estágio intermediário de desenvolvimento da indústria do país.
Essa atuação é importante porque, sem uma indústria poderosa e competitiva, um país populoso como o Brasil não conseguirá crescer para dobrar sua renda per capita num horizonte relativamente próximo e, assim, se tornar desenvolvido.
A indústria, como o mais importante setor para o avanço produtivo e para a difusão de inovações, precisa ser a motriz desse processo. Por isso, é preciso aprender a lidar com os conflitos e as dificuldades da política industrial, mas sem abrir mão dela.
Arquivo pessoal
Marcelo Miterhof, 38, é economista do BNDES. O artigo não reflete necessariamente a opinião do banco. 

Piratas da Somalia: ferias e decimo-terceiro salario

Inteiramente justo. Como os piratas do Caribe, e sobretudo do Brasil, esses microempresários que arriscam suas vidas e patrimônio numa atividade altamente aleatória, sujeita a correntes marítimas, tempestades, ataques arbitrários de fuzileiros navais imperialistas e outros contratempos políticos, econômicos e sociais, também merecem carteira assinada, férias remuneradas, décimo-terceiro salário, sindicalização e outros direitos laborais, sociais, culturais e sexuais.
Concordo inteiramente...
Paulo Roberto de Almeida 

Redução da pirataria no Golfo de Áden não significa que os criminosos desistiram de atacar navios.

Somali piracy

Just taking a break

Oct 23rd 2012, 12:40 by D.H. | NAIROBI
THERE is no shortage of actors seeking to take the credit for a sharp reduction in piracy off the coast of Somalia. The queue got longer still after the International Maritime Bureau (IMB), a Malaysia-based monitoring group, reported that the number of attacks was down by nearly two thirds since last year. At the peak of the crisis in 2009 there were near-daily attacks on shipping in the Gulf of Aden, the Indian Ocean or the Red Sea; the third quarter of this year saw only one attempted hijacking. In the first nine months of 2012 there were 70 attacks compared with 1999 in the equivalent period the year before.

Common explanations for the drop-off include ship-owners’ deployment of armed guards and improvement of vessels’ defences. In addition, a veritable international armada has been assembled off the Horn of Africa to counter the threat. Europe’s anti-piracy force, EU Navfor, has taken a tougher approach, hitting pirate targets onshore in Somalia for the first time in May, following similar American operations.  More frequent arrests also mean that cases against suspected buccaneers are making their way through the courts from the Netherlands to New York. Somalia’s southern neighbour, Kenya, has even claimed that its forces’ move into the port city of Kismayo—in an African Union operation against Islamic militants, the Shabab—had “tackled the piracy problem at source”. Never mind the fact that the pirates were not operating from Kismayo.

But an alternative, more worrying, explanation may be that Somalia’s pirate gangs have temporarily closed up shop to do some stock-taking, during a period of particularly bad weather. In the week leading up to the release of the IMB report, three vessels were ransomed, including a UAE-flagged ship that had been held for two years. According to this theory, the pirates are clearing their stock of hostages and hijacked ships while they wait for the weather to change and the international community to tire of an expensive policing operation. In the meantime it still pays well. The Greek-flagged "Free Goddess" cost its owners somewhere between $2.3 and $5 million to have released.

There are still 11 vessels and at least 188 crew members being held in Somalia, according to the IMB. Security sources say that the pirates’ men, money and vessels remain largely in place. Just as predictions that the Shabab is close to total defeat after a year on the retreat seem overly optimistic, it is too soon to declare the end of the modern day surge in piracy.

China-Brasil: conferencia do centro empresarial


4ª Conferencia Internacional do CEBC


A emergência da China, econômica antes, política em seguida, é um dos fatos mais relevantes da cena global ao início do novo século. Ela já é o principal parceiro econômico e primeiro investidor no Brasil.
A nova potência desperta admiração e, ao mesmo tempo, apreensão. Suscita, sobretudo, muitas indagações. As suas taxas de crescimento são sustentáveis? As exportações continuarão a crescer em ritmo acelerado? A transição política e econômica em curso levarão a uma mudança de rota ou apenas a alguns ajustamentos? As novas lideranças políticas terão as condições para lidar com os efeitos de uma crise econômica global e com as manifestações sociais ao nível local e no ambiente de trabalho? Para onde caminha o já denso intercâmbio bilateral entre o Brasil e a China?
Estas e muitas outras questões relevantes serão debatidas por ocasião da 4a Conferência Internacional Brasil-China, com um grupo seleto de renomados especialistas e de altos dirigentes das mais importantes companhias, tanto brasileiras, quanto chinesas. Sempre dentro de uma ótica empresarial e do fortalecimento do relacionamento bilateral.

Além de altas autoridades, os palestrantes já confirmados incluem:
·         Claudio Frischtak, Consultor do Conselho Empresarial Brasil-China
·         David Kelly, Diretor de Pesquisas do China Policy e Professor da Universidade de Pequim
·         Frederico Curado, Presidente e CEO da Embraer
·         José Antonio do Prado Fay, Presidente da BRF Brasil Foods
·         Kerry Brown, Diretor Executivo do China Studies Center da Universidade de Sidney
·         Luo Xiaopeng, Associado Sênior do Carnegie Endowment for International Peace e Consultor da China Policy
·         Mauricio Mesquita, Economista-Chefe do Setor de Comércio e Integração do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID)
·         Murilo Ferreira, Presidente da Vale
·         Nicholas Lardy, Membro Sênior do Instituto Peterson de Economia Internacional
·         Veni Shone, Presidente da Huawei no Brasil

Teremos uma grande satisfação em contar com a sua presença e ativa participação neste importante evento sobre BRASIL – CHINA EM UM MUNDO EM TRANSIÇÃO, organizado pelo Conselho Empresarial Brasil – China, a realizar-se no dia 21 de novembro próximo, no Hotel Renaissance, Alameda Santos 2233, em São Paulo.
As inscrições e o programa do evento estão disponíveis no site www.cebc.org.br/brasilchinaemtransicao
A Secretaria Executiva do CEBC estará à disposição para quaisquer esclarecimentos adicionais que se façam necessários, pelo telefone (21) 3212-4350 ou pelo e-mail: conferencia@cebc.org.br.

Embaixador Sergio Amaral
Presidente
Conselho Empresarial Brasil-China

Julia Dias Leite
Secretária Executiva
Conselho Empresarial Brasil-China

Venezuela: os muitos livros e as leituras do Coronel

Acho que eu compro mais livros por ano do que o Coronel autoriza para aquisições externas...
Paulo Roberto de Almeida 

Ruth Costas
O Estado de S.Paulo11 de julho de 2009

Há pelo menos três livrarias no aeroporto de Caracas, mas se estiver em busca de um escritor consagrado da literatura latino-americana para passar o tempo antes do embarque, o visitante sairá frustrado de qualquer uma delas. O colombiano Gabriel García Márquez? "Não." O mexicano Carlos Fuentes ou o argentino Julio Cortázar? "Também não." O peruano Mário Vargas Llosa? "Nem pensar, só tenho esses aqui", diz a vendedora, desconcertada, apontando para uma estante quase vazia que começa com "Culinária para Crianças" e termina numa série de análises sobre o socialismo do presidente Hugo Chávez

No centro da capital venezuelana ou em bairros de classe média a situação é a mesma. "As autoridades não estão liberando dólares para importar livros, papel ou tinta. E não adianta dizer que o problema é a crise, pois sabemos que há uma questão ideológica por trás disso: para esse governo, literatura ?desengajada? não é prioridade", diz Andrés Boersner, dono da tradicional livraria Noctua.

Também estão em falta muitos clássicos, livros universitários e técnicos. "Hoje, de 50 títulos que me pedem, não tenho 45", conta Boersner. "Fiquei deprimido ao entrar numa livraria em Barcelona e ver todas as novidades literárias que não chegam mais na Venezuela."

O curioso é que a situação chegou a esse ponto apenas três meses depois de Chávez ter anunciado seu "Plano Revolucionário da Leitura", cujo objetivo é "estimular a leitura para ampliar a consciência". Mas é claro que não é qualquer leitura. Apenas a que "desenvolva uma ética socialista" e "desmonte o imaginário capitalista para dar novo contexto à história".

As bibliotecas públicas receberam caixas e caixas de obras "revolucionárias": coletâneas de discursos de Chávez, livros escritos por ministros, Cartas de Marx para Engels, o diário de Che Guevara na Bolívia e biografias de Simón Bolívar. Estão sendo organizados em bairros pobres os "Esquadrões Revolucionários de Leitura", cujo objetivo é "refletir e contribuir para a construção do socialismo do século 21".

E apesar de as editoras privadas não conseguirem importar papel, tinta e peças para seu maquinário, editoras ligadas ao governo distribuem milhares de livros a preços que não passam de US$ 2. Mais uma vez, não são quaisquer livros. Há sim, alguns clássicos como Dom Quixote de la Mancha, de Miguel de Cervantes, mas a maior parte é o que as autoridades definem como "livros de esquerda".

IDEAIS SOCIALISTAS

"Recuperamos obras que estavam esquecidas, pois antes só havia espaço para a literatura de direita", disse ao Estado Miguel Márquez, presidente da editora Los Perros y las Ranas, ligada ao governo. Ela foi criada em 2006, ao receber uma doação de Cuba, e já distribuiu 50 milhões de livros. "São livros que contribuem para humanizar nossa sociedade, ou seja, para acabar com a valorização do dinheiro, típica do capitalismo, e impulsionar o socialismo."

Enquanto isso, as obras "não revolucionárias" são cada vez mais raras. "Tradicionalmente, mais de 80% dos livros lidos na Venezuela são importados de países como México e Espanha, mas agora eles chegam a conta-gotas", diz Yolanda de Fernández, da Câmara Venezuelana do Livro. Ela explica que, desde 2008, o governo passou a exigir um "certificado de não produção ou produção insuficiente" para a importação de livros. Ou seja, hoje a rede que quiser comprar qualquer título precisa esperar a emissão de um documento que diga que ele não é publicado na Venezuela.

Se o processo já era complicado nos últimos meses, com a queda do petróleo pressionando as reservas de Chávez, tornou-se ainda mais lento. "Mesmo com o certificado, os dólares para importar livros simplesmente não são liberados", diz Yolanda. Como o limite para as compras externas é cada vez menor, as distribuidoras preferem, quando podem, comprar best sellers (como o brasileiro Paulo Coelho) , o que reduz ainda mais a variedade de títulos em circulação no país.

O resultado desse processo é o que a oposição vem chamando de "a revolução cultural do presidente Chávez".

"As autoridades deste governo não conseguem entender, afinal, para que serve um livro de poesia ou um Dostoievski", diz Boersner. "Eles só sabem que não devem acrescentar muito à sua revolução."

Frase da semana: democracia (Mencken)


Democracy is a pathetic belief in the collective wisdom of individual ignorance.

Louis Mencken

Nossos aliados nos Brics: India e seu lixo...


India’s Plague, Trash, Drowns Its Garden City During Strike

Kuni Takahashi for The New York Times
A man picks up trash in a landfill on the outskirts of Bangalore that was closed after complaints about pollution. Vast mounds of garbage are scattered throughout the city.
MANDUR, India — Outside Bangalore’s last official landfill, the garbage trucks regularly lined up here for hours, their burdens putrefying in the afternoon sun. A stinking mountain of trash, the landfill has been poisoning local waters and sickening nearby villagers. Another dump site was in even worse shape before it was closed recently after violent protests.
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Kuni Takahashi for The New York Times
With Bangalore’s last landfill about to close permanently and the city running out of abandoned quarries to quietly divert a day’s load, the waste system may simply collapse.

Readers’ Comments

Bangalore, the capital of India’s modern economy and home to many of its high-tech workers, is drowning in its own waste. Last week, local villagers blocked the roads leading to the Mandur landfill on the city’s outskirts even as many of Bangalore’s trash haulers went on strike, saying they had not been paid in months. Some neighborhoods have not had trash pickups for nearly three weeks, and vast mounds of garbage are scattered through what is known in India as the Garden City.
Trash is India’s plague. It chokes rivers, scars meadows, contaminates streets and feeds a vast and dangerous ecosystem of rats, mosquitoes, stray dogs, monkeys and pigs. Perhaps even more than the fitful electricity and insane traffic, the ubiquitous garbage shows the incompetence of Indian governing and the dark side of the country’s rapid economic growth. Greater wealth has spawned more garbage, and the managers of the country’s pell-mell development have been unable to handle the load.
“Bangalore used to be India’s cleanest city,” said Amiya Kumar Sahu, president of the National Solid Waste Association of India. “Now, it is the filthiest.”
Bangalore’s garbage crisis grew directly out of its stunning success. Technology companies started settling in Bangalore in the 1980s. As they grew, many created pristine campuses hacked out of urban chaos, supplying their own electricity, water, transportation and a rare sense of tranquillity.
But the dirty secret of these campuses and the gated enclaves where their executives built their houses is that they had nowhere to put their trash. Many hired truckers to take the mess out of the city, careful not to ask where it went. The truckers found empty lots or willing farmers and simply dumped their loads.
The city soon followed the companies’ lead. Its door-to-door trash pickup program, started in 2000, was seen as a model in a country where comprehensive municipal trash systems are still rare. But few — including city officials — knew where the trash was taken or, after landfills opened, how it was disposed of.
“We never followed scientific landfill practices,” Rajneesh Goel, Bangalore’s chief civil servant, said in an interview.
As Bangalore’s population exploded with the success of its technology industry, the stresses in the waste system came close to a breaking point. Now, with Bangalore’s last landfill here in Mandur about to close permanently and the city running out of abandoned quarries to quietly divert a day’s load, the system may simply collapse.
“All that groundwater contamination is going to come to us; more than 300 of our lakes are already gone,” Dr. Goel said at a recent public meeting where he pleaded for help. “The problem is getting out of hand, and eventually it will swallow us up. We have to do something.”
The choice facing Dr. Goel is stark: find a new place to dump 4,000 tons of garbage a day, or make that garbage somehow disappear. Since the city’s atrocious oversight of past landfills has made new ones all but impossible to secure, he is now trying to create — almost from scratch — one of the most ambitious recycling programs in the world.
Dr. Goel conceded that success was far from certain.
“I’m trying to give you a very rosy picture, but don’t get taken in,” he said after outlining his plans. “It’s a 50-year-old story, and there are certain constraints in the system.”
Niharika Mandhana contributed reporting from Mandur and Bangalore, India.

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Ascensao do sovietismo, pela forca - Anne Applebaum

Dessa autora, eu já li sua monumental história do "Gulag", que recomendo, para aqueles que pretendem saber a verdade sobre os milhões de mortos ou escravizados sob o regime soviético.
Agora ela comparece com um outro livro sobre a extensão do gulag, misturado com gulash, servido uniformemente a milhões de cidadãos da Europa central e oriental obrigados a se submeter aos tacões do Exército Vermelho, vigiados pelos diversos serviços de espionagem da mais formidável máquina totalitária que já existiu em todos os séculos de história "civilizada" (em termos, já que durante nove décimos dessa história a humanidade conviveu com a escravidão, e no último a escravidão respondeu pelo nome de sistema soviético).
Paulo Roberto de Almeida 


Europe after the second world war

The power of red

How the Soviet empire’s ambitions contained the seeds of its own destruction

Iron Curtain: The Crushing of Eastern Europe 1944-1956. By Anne Applebaum. Allen Lane; 614 pages; £25. Doubleday; $35. Buy from Amazon.com,Amazon.co.uk
IN THE spring of 1945 the Polish city of Lodz was swamped with refugees. Local women organised themselves to help. Opening a shelter at the city railway station, they called themselves the Women’s League. Five years later the league had been transformed. It had a central office in Warsaw, which controlled its regional offices, and its goals were to “raise the level of women’s social consciousness” and to mobilise them “to the most complete realisation of the goals of the Six-Year Plan”. It had become, in other words, the women’s section of the Polish Communist Party. All over central Europe fledgling elements of civil society—clubs, associations, schools and churches—were thus co-opted into new, Soviet-occupied communist states. How did this happen, and why did the Soviet Union’s attempt to impose totalitarianism on its new empire ultimately fail? These are the questions that lie at the core of Anne Applebaum’s illuminating new book.
Though from the outset, central Europeans suffered arbitrary expropriations and arrests, initially the Soviet authorities sought to create the semblance of national independence and political pluralism. Local communist parties ruled in notional coalitions. National symbols were reinstated. In Berlin, the future spymaster Markus Wolf hosted a radio programme entitled “You Ask, We Answer”, which as well as praising Russian communism, answered listeners’ queries on vegetable supplies and the reopening of the Berlin zoo.
The mask dropped with the first post-war elections. These were held, Ms Applebaum stresses, because central Europe’s “little Stalins” sincerely believed they would win. In the event, in Hungary’s national elections of November 1945, the communists took just 17% of the vote, and in January 1947 the Polish Peasants’ Party, led by a former member of General Wladyslaw Sikorksi’s government-in-exile, won a parliamentary election so thoroughly, despite violent intimidation, that the results had brazenly to be falsified. Nowhere were the real victors allowed to take power, and opposition leaders were subsequently arrested or fled into exile.
The solution to this, Moscow believed, was not less communism but more. Central Europeans, like Russians, could be moulded into Homo sovieticus: conformist, optimistic, hard-working and socially conscious. Across the block, schoolchildren, like their Russian counterparts before them, started learning ditties in praise of Stalin. In factories, workers competed to become Stakhanovite “shockworkers”. Writers and artists, lured home by promises of fat commissions and vast print runs, found themselves turning out unreadable novels and Socialist Realist murals.
But Stalinism contained the seeds of its own destruction. In a system that seeks to control everything, Ms Applebaum points out, any sort of spontaneity or individuality, however apolitical, becomes a form of protest. And spontaneity there was. In newly built steel towns, anxious officials reported, workers failed to attend the theatre after work, haunting instead pubs and underground brothels. Young people began sporting drainpipe trousers, ducktail quiffs, kipper ties andmakarturki, named for the style of sunglasses worn by General Douglas MacArthur. In Germany, hundreds of thousands crossed from East to West, despite ever-tightening Soviet border controls. Everywhere, people told bitterly satirical jokes.
The cracks widened dramatically with Stalin’s death in March 1953. Within months, strikes broke out in several German cities, demands for better pay being underlined by attacks on party headquarters and Russian-language bookshops. Walter Ulbricht and his puppet government holed up in the offices of the Soviet ambassador, and Russian tanks, not East German police, fired at the demonstrators. Three years later a second shock (Nikita Khrushchev’s “Secret Speech” to the 20th party congress, denouncing Stalin’s purges and personality cult) sparked the Hungarian uprising. It was crushed, but so too was the totalitarian dream.
Human beings, as Ms Applebaum rousingly concludes, do not acquire “totalitarian personalities” with ease. Even when they seem bewitched by the cult of the leader or of the party, appearances can deceive, she writes. When it seems as if they buy into the most absurd propaganda—marching in parades, chanting slogans, singing that the party is always right—the spell can suddenly, unexpectedly, dramatically be broken.

Estudos na Alemanha: programa MGG

Programa de Capacitação – Managing Global Governance 2013

GIZ – Cooperação Alemã para o Desenvolvimento e o DIE – Instituto Alemão para o Desenvolvimento, em nome do Ministério Federal da Cooperação Econômica e do Desenvolvimento da Alemanha (BMZ), têm a satisfação de informar sobre a abertura de inscrições para a 11ª edição do programa de capacitação MGG – Managing Global Governance, a ser realizado na Alemanha no período de junho/ julho a dezembro de 2013.

Diante do crescente fenômeno da globalização, a paz, a prosperidade, o desenvolvimento sustentável e a estabilidade social podem apenas ser atingidos por meio da expansão da cooperação internacional. Desenhar e construir um sistema mais efetivo de governança global é uma das tarefas primordiais neste processo de cooperação entre países. Também é um importante requisito para se alcançar os padrões de desenvolvimento afirmados em acordos internacionais como os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, promulgado pela Organização das Nações Unidas. Neste cenário, torna-se indispensável que países como Brasil, China, México, Índia, África do Sul, Egito, Indonésia e Paquistão assumam um papel de destaque, tanto em contextos regionais como globais, para o enfrentamento de desafios mundiais – tais quais a redução da pobreza, o crescimento econômico e a sustentabilidade ambiental.

O programa MGG está formatado em três etapas: Etapa Preparatória (no país de origem do candidato, com duração de 2 meses), Etapa de Capacitação (na Alemanha, com duração de 6 meses) e Etapa de Seguimento (no país de origem do candidato, com duração de 6 meses). A Etapa de Capacitaçãoinclui um período de formação e outro período de estágio em uma Organização Internacional ou da Comunidade Europeia.

O público alvo a que se dirige o programa MGG é de jovens especialistas e executivos, bem como decisores que trabalham na administração pública, no setor privado ou instituições de pesquisa. Sua atuação prioritária deve estar orientada para políticas internacionais, relações internacionais ou cooperação internacional, em áreas como comércio, finanças, meio ambiente, segurança e desenvolvimento.

Espera-se como resultado da capacitação que o participante desenvolva uma proficiência analítica, bem como uma capacidade para elaborar e moldar políticas ou projetos em sua área de atuação específica. Após concluído o programa de capacitação, o participante haverá também ingressado em uma rede internacional que reúne especialistas e executivos de instituições proeminentes de diversos países, dentre os quais México, África do Sul, Índia e China.

Este programa de capacitação é integralmente financiado pelo Governo alemão, requerendo-se como contrapartida da Instituição parceira a autorização de dispensa do funcionário para participar do programa bem como o pagamento da passagem aérea. É indispensável que o participante seja fluente no idioma inglês.

Nesse sentido, considerando a importante contribuição que a Fundação Getulio Vargas poderá oferecer ao debate internacional a respeito da Governança Global, temos a grata satisfação de convidar um representante que Vossa Senhoria possa por bem designar, a inscrever-se para participar do referido programa. Informamos que o prazo para recebimento das inscrições é dia 09 de dezembro de 2012, e que a seleção final dos participantes será feita pela sede da GIZ na Alemanha e comunicada oficialmente no final de dezembro de 2012.

Em anexo encontram-se informações detalhadas a respeito do formato e metodologia do programa MGG, bem como a ficha de inscrição. Em caso de dúvidas, favor entrar em contato com Carla Pereira através do email: carla.pereira@giz.de.

Nessas condições, agradeceríamos receber uma manifestação de interesse acerca da participação no programa MGG e reiteramos nossa disposição para esclarecer eventuais dúvidas e também apoiar ao longo do processo de candidatura e etapa preparatória.

Atenciosamente,
Carla Pereira
GIZ no Brasil
Gerente 

Deutsche Gesellschaft für
Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH
Rua Verbo Divino 1.488, 3º andar, Bloco A
04719 904 – São Paulo SP
Brasil

T +55 11 5187-5095
F +55 11 5187-5099

China: a enorme censura do Big Brother


China Blocks Web Access to Times After Article



HONG KONG — The Chinese government swiftly blocked access Friday morning to the English-language and Chinese-language Web sites of The New York Times from computers in mainland China in response to the news organization’s decision to post an article in both languages describing wealth accumulated by the family of the country’s prime minister.
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The authorities were also blocking attempts to mention The Times or the prime minister, Wen Jiabao, in postings on Sina Weibo, an extremely popular mini-blogging service in China that resembles Twitter.
The Foreign Ministry spokesman on duty in Beijing early Friday morning did not immediately answer phone calls for comment.
China maintains the world’s most extensive and sophisticated system for Internet censorship, employing tens of thousands of people to monitor what is said, delete entries that contravene the country’s extensive and unpublished regulations and even write new entries that are favorable to the government.
Rebecca MacKinnon, a senior fellow specializing in Internet free expression and privacy issues at the New America Foundation, a nonpartisan group headquartered in Washington, said that the Chinese interruption of Internet access was typical of the response to information that offended leaders.
“This is what they do: they get mad, they block you,” she said.
The English-language and Chinese-language Web sites of The Times are hosted on servers outside mainland China.
A spokeswoman for The Times, Eileen Murphy, expressed disappointment that Internet access had been blocked and noted that the Chinese-language Web site had attracted “great interest” in China.
“We hope that full access is restored shortly, and we will ask the Chinese authorities to ensure that our readers in China can continue to enjoy New York Times journalism,” she said in a statement, adding, “We will continue to report and translate stories applying the same journalistic standards that are upheld across The New York Times.”
Former President Jiang Zemin of China ordered an end to blocking of The New York Times Web site after meeting with journalists from The Times in August 2001. The company’s Web sites, like those of most other foreign media organizations, have remained mostly free of blocking since then, with occasional, temporary exceptions.
By 7 a.m. Friday in China, access to both the English- and Chinese-language Web sites of The Times was blocked from all 31 cities in mainland China tested. The Times had posted the article in English at 4:34 p.m. on Thursday in New York (4:34 a.m. Friday in Beijing), and finished posting the article in Chinese three hours later after the translation of final edits to the English-language version.
Publication of the article about Mr. Wen and his family comes at a delicate time in Chinese politics, during a year in which factional rivalries and the personal lives of Chinese leaders have come into public view to a rare extent and drawn unprecedented international interest.
The Times’s statement called China “an increasingly open society, with increasingly sophisticated media,” adding, “The response to our site suggests that The Times can play an important role in the government’s efforts to raise the quality of journalism available to the Chinese people.”
The New York Times is not the first international organization to run into trouble with Chinese censors. Google decided to move its servers for the Chinese market in January 2010, to Hong Kong, a semiautonomous Chinese territory outside the country’s censorship firewalls, after the company was unable to reach an agreement with the Chinese authorities to allow unrestricted searches of the Internet.
Bloomberg published an article on June 29 describing wealth accumulated by the family of Vice President Xi Jinping, who is expected to become the country’s next top leader as general secretary of the Communist Party during the coming Party Congress.
Since then, Bloomberg’s operations have encountered a series of problems in mainland China, including the blocking of its Web site, which is in English.