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sábado, 27 de outubro de 2012

China-Brasil: conferencia do centro empresarial


4ª Conferencia Internacional do CEBC


A emergência da China, econômica antes, política em seguida, é um dos fatos mais relevantes da cena global ao início do novo século. Ela já é o principal parceiro econômico e primeiro investidor no Brasil.
A nova potência desperta admiração e, ao mesmo tempo, apreensão. Suscita, sobretudo, muitas indagações. As suas taxas de crescimento são sustentáveis? As exportações continuarão a crescer em ritmo acelerado? A transição política e econômica em curso levarão a uma mudança de rota ou apenas a alguns ajustamentos? As novas lideranças políticas terão as condições para lidar com os efeitos de uma crise econômica global e com as manifestações sociais ao nível local e no ambiente de trabalho? Para onde caminha o já denso intercâmbio bilateral entre o Brasil e a China?
Estas e muitas outras questões relevantes serão debatidas por ocasião da 4a Conferência Internacional Brasil-China, com um grupo seleto de renomados especialistas e de altos dirigentes das mais importantes companhias, tanto brasileiras, quanto chinesas. Sempre dentro de uma ótica empresarial e do fortalecimento do relacionamento bilateral.

Além de altas autoridades, os palestrantes já confirmados incluem:
·         Claudio Frischtak, Consultor do Conselho Empresarial Brasil-China
·         David Kelly, Diretor de Pesquisas do China Policy e Professor da Universidade de Pequim
·         Frederico Curado, Presidente e CEO da Embraer
·         José Antonio do Prado Fay, Presidente da BRF Brasil Foods
·         Kerry Brown, Diretor Executivo do China Studies Center da Universidade de Sidney
·         Luo Xiaopeng, Associado Sênior do Carnegie Endowment for International Peace e Consultor da China Policy
·         Mauricio Mesquita, Economista-Chefe do Setor de Comércio e Integração do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID)
·         Murilo Ferreira, Presidente da Vale
·         Nicholas Lardy, Membro Sênior do Instituto Peterson de Economia Internacional
·         Veni Shone, Presidente da Huawei no Brasil

Teremos uma grande satisfação em contar com a sua presença e ativa participação neste importante evento sobre BRASIL – CHINA EM UM MUNDO EM TRANSIÇÃO, organizado pelo Conselho Empresarial Brasil – China, a realizar-se no dia 21 de novembro próximo, no Hotel Renaissance, Alameda Santos 2233, em São Paulo.
As inscrições e o programa do evento estão disponíveis no site www.cebc.org.br/brasilchinaemtransicao
A Secretaria Executiva do CEBC estará à disposição para quaisquer esclarecimentos adicionais que se façam necessários, pelo telefone (21) 3212-4350 ou pelo e-mail: conferencia@cebc.org.br.

Embaixador Sergio Amaral
Presidente
Conselho Empresarial Brasil-China

Julia Dias Leite
Secretária Executiva
Conselho Empresarial Brasil-China

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Pequeno retrato dos empresarios deste país, tal como eles são...

Bem, só transcrevo o resumo feito pelo Valor da entrevista desse empresário, pois não vale realmente a pena ler o conjunto das bobagens proclamadas por um típico aproveitador das benesses estatais, um típico industrial que só sobrevive debaixo das asas do Estado.
Estamos mal de empresários que correspondam ao nome, que empreendam, não que busquem a proteção do Estado.
Paulo Roberto de Almeida

Entrevista: Para Benjamin Steinbruch, é preciso "fechar o país por um tempo" para barrar importados
Valor Econômico, 18.08.2010

O avanço das importações é descontrolado, forçando fábricas a exportar mesmo com câmbio desfavorável para evitar a formação de estoques. Apenas em Santa Catarina, cerca de 350 mil toneladas de aço estão paradas, e, para evitar uma extensão do que ocorreu entre os fabricantes de óculos, escovas e pentes, cuja venda no Brasil é suprida quase integralmente por importados, o empresário Benjamin Steinbruch, presidente da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) e presidente em exercício da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) vai convocar os três principais candidatos à Presidência da República para apresentar ideias e propostas.

Em entrevista concedida ao Valor na sexta-feira, da sede da CSN em São Paulo, Steinbruch apresenta essas ideias. Para combater o avanço das importações é preciso "fechar o país por um tempo, a fim de fomentar a indústria nacional". Além disso, a taxa básica de juros precisaria ser cortada para valer, no máximo, dois pontos percentuais além da inflação - o que hoje representaria uma taxa de 7,25% ao ano, e não os atuais 10,75% ao ano. "Estamos pagando o preço do sucesso, nunca estivemos tão bem", diz Steinbruch, para quem as críticas recentes ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) estão fora de lugar. "Não precisamos de um, mas de três BNDES", diz.

(...)
[Deixo de transcrever a entrevista pelo fato de este blog ser expressamente dedicado, ou pelo menos preferencialmente, a ideias inteligentes, e sinceramente não vi nenhuma, absolutamente nenhuma, emanada desse cidadão, que não merece o nome de empresário. Quando eu transcrevo ideias estupidas, é geralmente para criticá-las, mas no caso dele nem vale a pena, tamanho o festival de bobagens que diz. Não vou perder tempo com um cidadão que manifestamente cuida apenas do seu interesse próprio e não pretende atender aos consumidores, como todo empresário deveria fazer. Num país em que o presidente de um sindicato de ladrões patronal se diz socialista, se pode ter empresários desse tipo.]

terça-feira, 1 de junho de 2010

Calvin e o brutamontes da escola: quase...

Ao ler a matéria abaixo, juro que me lembrei do pobre do Calvin sendo massacrado pelo colegão troglodita da escola, que sempre dilapida os tostões de seu bolso pelo método mais rápido e direto: um par de sopapos, e o assunto está resolvido.
No caso do Brasil, os sopapos ficam a cargo da Receita Federal e seus congêneres estaduais e municipais, que extorquem mais da metade do faturamento das empresas.
Eu só fico me perguntando por que esses poltrões de empresários, que não estão sozinhos como o Calvin, não se reunem numa grande coalizão para simplesmente dizer basta ao brutamontes estatal.
Talvez eles gostem de apanhar, e ser roubados pelo grande irmão.
Covardes, como diria outro personagem de história em quadrinhos, desta vez do Quino...
Paulo Roberto de Almeida

Fisco leva 45% da 'riqueza' das S.A.
Sócio preferencial

Fernando Torres, de São Paulo
Valor Econômico - 31/05/2010

Da riqueza gerada pelas cem maiores companhias abertas do país por valor de mercado em 2009, que somou R$ 558 bilhões, as três esferas de governo abocanharam 45% na forma de impostos, contribuições e taxas. As empresas retiveram 13,5% do total para engordar seu patrimônio e distribuíram 9,5% aos acionistas na forma de juros sobre capital próprio e dividendos. Os funcionários ficaram com 20% e os credores, com 12%.

A disparidade é grande quando se analisa o peso da carga tributária em diferentes setores da economia, conforme levantamento feito pelo Valor com as cem maiores companhias abertas por valor de mercado. No topo do ranking, as empresas de telecomunicações destinaram 64% da riqueza gerada em 2009 para o pagamento de impostos, taxas e contribuições.

Os segmentos de bebidas e fumo, petróleo e gás e energia elétrica aparecem em seguida na lista dos que recolhem mais tributos. Em todas essas áreas, União, Estados e municípios se tornaram sócios preferenciais das companhias e ficaram com mais de 50% do valor adicionado por elas.

A medida do valor adicionado de uma empresa, que é a contribuição dela para a formação do Produto Interno Bruto (PIB), tem como base o faturamento bruto, descontados os custos com insumos comprados de terceiros.

Apesar do peso importante dos impostos em todos os segmentos, não é possível dizer que todas as empresas de grande porte possuem uma carga tributária acima da média do país, de 35%.

No ano passado, as empresas de mineração e siderurgia destinaram 29% do valor adicionado para o pagamento de impostos, enquanto nos segmentos de construção, aviação e papel e celulose a taxa ficou abaixo de 25%.

Na Embraer, por exemplo, que tem benefícios fiscais pelo fato de destinar praticamente 100% da produção para o exterior, o peso dos tributos sobre o valor adicionado foi de 2% em 2009. O índice foi puxado para baixo por conta de um diferimento de Imposto de Renda e CSLL.

Segundo o professor Ariovaldo dos Santos, da Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (Fipecafi), a análise de dados setoriais permite notar que a estrutura de tributação brasileira pesa mais sobre a produção do que sobre o lucro. "E isso não é uma coisa deste ou dos últimos governos, é algo que se construiu ao longo de 50, 80 anos", diz o especialista, que destaca que, na média, os bancos têm uma carga menor que indústria, comércio e serviços.

No levantamento feito pelo Valor, o peso dos impostos no valor adicionado das empresas do setor financeiro - o que inclui bancos, seguradoras e empresas de cartão de crédito - foi de 32%.

Na mesma linha, um estudo do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT) mostra que, da carga tributária de 35% do PIB, 16,8 pontos percentuais referem-se a tributos sobre a produção de bens e serviços e 9,5 pontos sobre os salários.

Com peso bem menor, equivalente a 5,7 pontos percentuais na carga total, estão os impostos sobre o capital e outras rendas, enquanto os tributos sobre o patrimônio participam com 1,2 ponto. Ao todo, são 61 tributos no Brasil.

Segundo João Eloi Olenike, presidente do IBPT, esse tipo de estrutura favorece a aplicação no mercado financeiro, em detrimento da produção, que poderia gerar mais empregos. "Ao tributar o faturamento, o Brasil não deixa as empresas criarem riqueza", diz.

A Demonstração do Valor Adicionado, que passou a ser obrigatória para as companhias abertas em 2009 e foi usada como base no levantamento do Valor, permite também que se observe a remuneração do capital próprio, dos funcionários e dos credores.

Na média das cem empresas observadas, os detentores de capital ficaram com 23% do valor adicionado. Desse montante, pouco menos da metade, ou 9,5% do total, foi distribuído na forma de dividendos ou juros sobre capital próprio aos investidores.

Mas, da mesma forma que os impostos, há bastante variação em outros itens na análise por setores. Mais penalizados em termos de tributos, os sócios das empresas de telecomunicações ficam apenas com 8% do valor adicionado. Na ponta de cima do ranking, as incorporadoras imobiliárias conseguiram reter 44% do valor para remunerar o capital dos acionistas. Em segundo lugar surge o setor de mineração e siderurgia, com 40%, e em terceiro o financeiro, com 32%.

Os funcionários dessas cem empresas ficaram, na média, com 20% da riqueza gerada em 2009. As empresas de saúde e saneamento foram as que destinaram maior parcela às despesas com pessoal, com índices de 43% e 42%, respectivamente. Entram nessa conta os salários, benefícios, FGTS, décimo terceiro etc., mas não os tributos que incidem sobre a folha, como INSS.

Completando a distribuição do valor adicionado, a menor parcela, de 12%, é destinada à remuneração do capital de terceiros, por meio de juros e aluguéis, incluindo leasing. Esse índice é um sinal do baixo nível de endividamento das empresas brasileiras, diz Ariovaldo. Ele ressalta que dívida não é algo ruim, contanto que o custo seja menor que o retorno do negócio.