O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

terça-feira, 20 de maio de 2014

Eleicoes 2014 (e todas as outras): construtoras sao empresas inerentemente CORRUPTAS

Sempre foram, sempre vão ser, pois essa é a natureza delas.
O que faz uma construtora doar quase 9 milhões de reais para um partido cujo candidato tem chances de chegar a presidente da República?
Isso é corrupção na veia, preventiva, sistemática, organizada, permanente, sempre suja.
Se trata de uma espécie de seguro para o futuro, pois o candidato eleito JAMAIS vai adotar uma atitude que prejudique essas empresas corruptas, como por exemplo abrir o mercado da construção civil no Brasil a concorrentes estrangeiros, para baixar os preços, aumentar a competição, disciplinar esses corruptos da construção civil.
E o que faz um político aceitar esse tipo de corrupção declarada?
Será que ninguém ousa dizer o nome da patifaria?
Paulo Roberto de Almeida

Com Aécio, PSDB arrecada 460% mais em ano pré-eleitoral
AGUIRRE TALENTO DE BRASÍLIA 
17/05/2014 02h00 

Com a definição antecipada da pré-candidatura presidencial do senador tucano Aécio Neves (MG), o PSDB conseguiu aumentar em cerca de 460% as doações para a legenda em 2013, véspera das eleições, em relação a 2009, que também antecedeu a eleição para presidente. 
Em 2009, o candidato tucano ainda estava indefinido –acabou sendo José Serra. Naquele ano, o PSDB recebeu R$ 3,9 milhões em doações, valor corrigido pela inflação. 
Em 2011, as doações foram ainda menores: R$ 2,6 milhões, em valores corrigidos. Em 2013, as contribuições saltaram para R$ 22 milhões. 
Essa comparação é feita com os anos em que não houve eleições, porque normalmente as doações aos partidos crescem em anos eleitorais, já que podem ser redirecionadas para o pleito. 
Os dados constam das prestações de contas da legenda entregues ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral). 
As empresas do ramo da construção civil foram as principais doadoras ao PSDB, contribuindo com cerca de R$ 19 milhões, ou 86% do total angariado. A construtora Queiroz Galvão lidera o ranking, com R$ 8,7 milhões. 
Houve também algumas poucas doações de pessoas físicas ao partido, mas todos empresários. O principal deles foi Cixares Libero Vargas, um dos fundadores do grupo paranaense Positivo, que atua nas áreas de educação e informática. Ele contribuiu com R$ 800 mil. 
Apesar do salto nas doações, os tucanos obtiveram apenas 27% do que o PT recebeu em 2013, R$ 79,8 milhões, também bancado principalmente por construtoras. 

No total, a receita do PSDB em 2013 foi de R$ 62 milhões, sendo a maior parte proveniente do fundo partidário (R$ 39 milhões). 
O diretor de gestão da executiva nacional do partido, João Almeida, atribui o crescimento nas doações a Aécio, que assumiu a presidência da sigla no ano passado e aumentou a mobilização nos Estados com a realização de eventos e viagens pelo país. 
As doações de empresas privadas são, ao lado dos recursos do Fundo Partidário, as principais fontes de financiamento dos partidos e, de modo geral, cresceram em 2013 em relação aos anos pré-eleitorais anteriores. 
Atualmente, o STF (Supremo Tribunal Federal) decide se proíbe ou libera doações de empresas a campanhas eleitorais. Já há maioria favorável na corte para acabar com a prática –seis ministros votaram pelo fim dessas doações–, mas um pedido de vista do ministro Gilmar Mendes adiou o julgamento. 

DÍVIDAS 
O PSDB conseguiu reduzir em cerca de R$ 3 milhões as dívidas da campanha de 2010, mas ainda tem cerca de R$ 4 milhões pendentes. A principal credora dos tucanos é a Campanhas Comunicação, empresa do jornalista Luiz González, que foi à Justiça para obter o pagamento do débito de R$ 4,2 milhões. 
Outras dívidas menores, com empresas de outros ramos, como gráficas e transportadoras, foram quitadas. 

As perspectivas (e o reverso) do pre-sal - Jose Goldemberg

O eminente especialista em energia da USP traça um panorama realista da exploração inteligente do pré-sal, mas em condições "normais" de atividade empresarial, no que acredito que ele incorre em grande erro. A Petrobras, desde 2003, não é mais uma companhia normal, nem as políticas energéticas do governo foram "normais", ao contrário, foram absolutamente esquizofrênicas, em todas as áreas.
Mas, não sei se o Professor percebe, a única coisa racional, nessa loucura toda, foi a operação Pasadena, que não tinha tanto a ver com Pasadena, ou com qualquer outra refinaria, mas sim com a operação em si.
Não sei porque as pessoas não percebem isso...
Paulo Roberto de Almeida

As perspectivas do pré-sal

19 de maio de 2014 | 2h 07
José Goldemberg* - O Estado de S.Paulo
Os problemas financeiros e administrativos da Petrobrás, com indícios de irregularidades em investigação pela Polícia Federal e o Ministério Público Federal, têm sido amplamente discutidos recentemente e não vou repeti-los aqui.
Frequentemente, investimentos equivocados dão prejuízos maiores do que os resultantes da corrupção. No caso da Refinaria de Pasadena, por exemplo, seria o caso de perguntar por que comprá-la, mesmo que se tratasse de "um bom negócio". A Petrobrás teria sido criada para realizar esse tipo de atividade?
O que vamos fazer é analisar a estratégia adotada pela Petrobrás e pelo governo federal de concentrar todos os esforços da empresa na exploração do petróleo em grandes profundidades no oceano, já que as reservas de petróleo "convencional" estão se esgotando, como já aconteceu em muitos países e ocorre agora, na Bacia de Campos.
Para enfrentar esse problema, as empresas petrolíferas procuram desenvolver técnicas para retirar petróleo de reservas "não tradicionais", como areia asfáltica no Canadá ou exploração em grandes profundidades nos oceanos. O petróleo "não convencional" é mais difícil de produzir e, consequentemente, o seu custo é mais elevado. Sucede que as empresas de petróleo acreditam que a demanda por petróleo vai continuar crescendo e que os preços do produto vão aumentar, o que justificaria a exploração em áreas mais difíceis e problemáticas.
No Brasil, a Petrobrás concentra seus esforços nos depósitos chamados de pré-sal, situados no oceano a grandes profundidades (mais de 5 quilômetros), abaixo de uma camada de sal de cerca de 2 quilômetros de espessura. Essa estratégia enfrenta três desafios: problemas técnicos e econômicos; problemas ambientais; e as alternativas ao uso do petróleo.
Localizar petróleo nas profundezas do oceano é uma coisa, trazê-lo para a superfície e leva-lo até uma refinaria é outra. O otimismo permanente da Petrobrás, de que todos esses problemas vão ser resolvidos, não ajuda muito - nem a falta de transparência sobre os custos do petróleo produzido. Estimativas não oficiais são de que eles seriam superiores a US$ 50,00 por barril produzido. Em comparação, o petróleo "convencional" custa menos de US$ 10,00 por barril para ser produzido, e o fato de ser vendido a mais de US$ 100,00 por barril é consequência de acordos políticos e comerciais dos principais produtores.
Os problemas ambientais da exploração de petróleo em grandes profundezas são, na realidade, "terra incógnita". Não há muita experiência prévia das companhias internacionais nesta área e a liderança da Petrobrás em exploração em águas profundas traz consigo problemas novos. Prudência e humildade seriam uma boa estratégia a seguir nessa área.
Quanto a acidentes na produção de petróleo, é útil comparar as experiências de Estados Unidos, Noruega, Inglaterra e Brasil.
As empresas de petróleo classificam acidentes em várias categorias: segurança ocupacional, colisões, pequenos incêndios e perda total de poços de petróleo. Os Estados Unidos, por causa do acidente da British Petroleum no Golfo do México, têm o pior desempenho em todas as categorias. O Brasil, no entanto, é o pior em colisões e pequenos incêndios. E a Noruega é o líder em segurança.
Os custos elevados na produção de petróleo "não convencional" são o calcanhar de aquiles da estratégia de explorar esse petróleo e pode justamente inviabilizá-la, porque tornam mais competitivas as alternativas ao petróleo.
E quais são essas alternativas?
A primeira delas - e a mais simples - é o aumento da eficiência dos motores usados na indústria automobilística. Tanto a União Europeia quanto os Estados Unidos fixam de tempos em tempos, desde 1980, a quilometragem média por litro de combustível que os veículos automotores devem atingir. Por exemplo, nos Estados Unidos, ela foi fixada em 10,6 quilômetros por litro em 1975; deveria atingir 16,6 quilômetros por litro em 2016; e deverá atingir 23 quilômetros por litro em 2025. Com isso, se a frota não aumentar muito, o consumo de derivados de petróleo diminui.
A segunda é a produção de biocombustíveis como o etanol da cana-de-açúcar, no Brasil, e de milho, nos Estados Unidos. Atualmente, eles substituem 3% do petróleo que é consumido no mundo, mas essa porcentagem poderá facilmente atingir 10%. Há, aqui, uma grande oportunidade para o Brasil exportar sua tecnologia de produção de cana-de-açúcar e de produção de etanol, que já atingiu elevado nível de produtividade.
Grandes empreendimentos em produção de petróleo "não convencional", como o pré-sal, têm grandes riscos. Alternativas existem e elas deveriam ser implementadas com a mesma energia e determinação com que a Petrobrás procura retirar petróleo de grandes profundidades do oceano. O que a prudência recomenda é que a Petrobrás deveria tentar reduzir os seus custos e dividir os riscos com outras empresas petrolíferas mundiais com experiência nessa área.
Contudo, o que estamos presenciando nas políticas adotadas pelo governo brasileiro na área de petróleo desde 2008 é exatamente o oposto. A Petrobrás ficou praticamente sozinha na exploração do pré-sal, endividando-se enormemente a ponto de suas ações terem perdido cerca de 80% do seu valor. Contribuiu para isso o congelamento dos preços de derivados de petróleo, o que levou a empresa a vender gasolina com prejuízo e, nesse processo, asfixiando o Programa do Álcool de cana-de-açúcar.
Esse não é o caminho a seguir e uma correção de rumos torna-se cada vez mais urgente.
*José Goldemberg é professor emérito da Universidade de São Paulo, foi secretário de Ciência e Tecnologia da Presidência da República. 

segunda-feira, 19 de maio de 2014

O extremamente primitivo pensamento (se existe) economico da equipe presidencial: contra os mercados, contra o lucro...

...mas a favor do Estado controlar os capitalistas...
Paulo Roberto de Almeida

Dilma desconfia do mercado como regulador de preços
VALDO CRUZ DE BRASÍLIA 
Folha de S. Paulo, 19/05/2014  

No início de seu mandato, em 2011, Dilma Rousseff fez uma cobrança dura à equipe: na sua opinião, eles não estavam fazendo nada para segurar o aumento, considerado por ela "exagerado", das passagens aéreas. 
Ao ouvir de assessores que os preços do setor são livres, a presidente, irritada, gritou: "Isso é coisa de tucano". Foi então lembrada que a última normatização sobre a área havia sido feita em 2006 –no governo Lula, portanto. 
O episódio ilustra bem o que passa na cabeça da presidente quando o assunto é o sistema de preços. Dilma tem uma visão ideológica do mercado, o que desperta nela uma tendência intervencionista, de conter preços administrados como gasolina. 
A avaliação é partilhada por assessores presidenciais e por conselheiros do ex-presidente Lula. O primeiro grupo enxerga no estilo presidencial uma virtude, na linha de quem busca segurar o apetite de lucro dos empresários e proteger o consumidor. 

O segundo grupo considera a estratégia uma política equivocada, que provoca distorções e trará custos pesados para ser desmontada. O debate sobre preços administrados gerou polêmica na semana passada depois que o ministro Aloizio Mercadante (Casa Civil) admitiu à Folha que o governo dosa os reajustes de preços públicos para não prejudicar o consumidor e garantir o cumprimento da meta de inflação.
Sua fala foi criticada pela oposição e acabou sendo contestada por Guido Mantega (Fazenda), que não quis admitir o que o governo tem feito nos últimos anos ao conter o aumento da gasolina e empurrar para 2015 o das tarifas de energia elétrica
Criticado, o discurso de Mercadante reflete o que vem sendo debatido pela cúpula da campanha da reeleição. Em reuniões no Alvorada, Dilma e sua equipe buscam uma vacina contra a tática da oposição de acusar o governo de segurar artificialmente o aumento de preços e jogar a conta para 2015. 
A estratégia, definida nas reuniões no Alvorada, vai na linha da fala de Mercadante, que participa dos encontros. O governo e a candidata vão sustentar que o governo adota esta política para poupar o bolso do consumidor em períodos desfavoráveis da economia e não fazer um tarifaço no ano que vem, diluindo os aumentos ao longo dos próximos anos. 

DESCONFIANÇA 
Segundo interlocutores, Dilma tem uma "desconfiança do empresariado" e acredita que o governo tem de enfrentá-lo para evitar "lucros excessivos". Foi isso, diz um assessor, que fez o governo fixar uma taxa de retorno muito baixa para as concessões de rodovias -depois foi obrigado a recuar para garantir a realização dos leilões. 
Como, no final, as taxas ficaram próximas do que o governo defendia, Dilma disse que sua visão de apertar o lucro estava na linha correta. 
No caso da gasolina, ela é contra repassar para o preço toda a variação cambial, como quer a Petrobras. Para Dilma, o consumidor não pode pagar tudo e a estatal tem de absorver parte do custo. Além disso, ela adotou essa política para conter artificialmente a inflação e evitar que estoure o teto de 6,5%.  


Eleicoes 2014: Aecio Neves e os empresarios da American Chamber

Aécio Neves defende início de novo ciclo de crescimento e confiança para o Brasil
Instituto Teotonio Villela, 16 de maio de 2014

São Paulo (SP) – O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves , defendeu nesta sexta-feira (16/05), a construção de um novo ambiente político e econômico no Brasil, onde o poder público e o setor privado trabalhem estimulados para o crescimento econômico e melhores serviços à população.
Em palestra na Câmara Americana de Comércio (Amcham), em São Paulo, Aécio disse que é papel do governo garantir qualidade e avanços nas áreas fundamentais da educação, saúde e segurança e trabalhar por um ambiente de confiança e estímulo na economia.
“O Estado precisa ser parceiro. Lutar para alcançar um ambiente fértil que garanta o desenvolvimento da economia”, afirmou o pré-candidato do PSDB à presidência da República.
Cerca de mil pessoas acompanharam a palestra de Aécio. Os integrantes da Amcham entregaram ao senador um conjunto de sugestões de programa de governo baseados em três eixos principais: a melhoria do ambiente de negócios no Brasil, a inserção do país na cadeia global de valor e o aumento da produtividade brasileira.
Ao apresentar o senador para o público, o presidente da entidade, Gabriel Rico, disse que: “É um homem público de extensa carreira política e currículo invejável”. Ele afirmou Aécio no governo de Minas Gerais fez “uma gestão exemplar”.
Novo ciclo para o Brasil
O presidente do PSDB destacou que as gestões do PT, em seus quase 12 anos de vigência, não conseguiram apresentar as reformas que o Brasil precisava. Segundo ele, as consequências surgem nos resultados no comércio exterior, que atualmente, mostram patamares próximos aos anos de 1950.
“Lula e o PT tinham à disposição um conjunto de três fatores raros de estarem juntos: uma conjuntura internacional favorável, uma base de apoio grande no Congresso e uma ampla popularidade. E mesmo assim, não evoluíram”, disse.
Aécio lembrou que existe um sentimento de mudança forte no país, exposto pelas pesquisas de opinião divulgadas nas últimas semanas – e este quadro, segundo o senador, diferencia o panorama atual do encontrado nas eleições de 2010.
“Em outubro, faremos uma escolha entre dois caminhos: um que está aí e trouxe poucos resultados ao país e ficou marcado pelo aparelhamento, e outro, diferente desse, que pretende trazer um novo ciclo de desenvolvimento e racionalizar o Estado brasileiro”, apontou.
Custo Brasil
Aécio e os integrantes da Amcham discutiram alguns dos problemas enfrentados pelo empresariado no Brasil. O tucano disse que o PSDB tem propostas para reverter o quadro, como a simplificação da política tributária, identificada por Aécio, entre as prioridades do plano tucano de governo.
O senador mencionou que é necessária uma “guerra ao custo Brasil”, caracterizada por combate à burocracia, investimentos em logística e na melhoria da qualificação dos trabalhadores, entre outras ações.
Aécio mencionou a importância do fortalecimento de parcerias entre o Brasil e países do exterior. “[Firmar] acordos bilaterais deve ser uma obsessão para o Brasil”, disse o presidente do PSDB.
Para Aécio, há três pontos fundamentais para a melhoria da gestão pública sustentados na reforma política: a prática da cláusula de barreira, o estabelecimento de um mandato único com cinco anos, sem direito à reeleição, e o voto distrital misto.

Participaram do encontro o presidente do diretório estadual do PSDB de São Paulo, deputado federal Duarte Nogueira, o vice-presidente nacional da legenda; o ex-governador Alberto Goldman, o secretário-geral do partido; o deputado federal Mendes Thame (SP); o líder do PSDB no Senado, Aloysio Nunes (SP); os deputados federais José Aníbal (PSDB-SP), Otavio Leite (PSDB-RJ), William Dib (PSDB-SP) e Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR), e o subsecretário de Energias Renováveis de São Paulo, Milton Flávio, que é presidente do diretório do PSDB na cidade de São Paulo.

11 best political books, according to Washington bookshop Politcs & Prose - Christian Science Monitor

11 best political books of all time

No one knows political books better than the staff at Politics & Prose. Opened in 1984, theWashington, D.C., bookstore is considered a “sacred space” by policymakers and literati alike. So what titles do these Beltway specialists recommend when it comes to politics? Here, according to the staff at Politics & Prose, are 11 of the best political books of all time.
Monitor staff

1. "Democracy in America," by Alexis de Tocqueville

In some ways, the 1830s observations of French researcher Alexis de Tocqueville have never been improved upon. De Tocqueville saw the young nation in its infancy and yet his insights into American life and government remain surprisingly current.

2. "All the King’s Men," by Robert Penn Warren

Maybe someday someone will write a better political novel than Robert Penn Warren’s 1947Pulitzer Prize winner about the rise of Willie Stark (aka “the Boss”), a power-hungry, populist Southern governor, believed to have been modeled on former Louisiana governor and US Sen. Huey Long. But it hasn’t happened yet. 

3. "Team of Rivals," by Doris Kearns Goodwin

This award-winning examination of President Lincoln and his efforts to work with his cabinet through one of America’s most difficult moments is – famously – a favorite of President Obama and the inspiration for Steven Spielberg film “Lincoln.” 

4. "Echo House," by Ward Just

This 1997 novel follows three generations in a family of well-connected Washingtonians, spanning a century (starting with World War I) of American politics. The story of the powerful Behl family and their interactions with a large cast of politicians, their spouses, reporters, lawyers, generals, and civil servants is dark but intelligent, compelling, and disturbingly true to life.

5. "I, Claudius," by Robert Graves

British writer Robert Graves penned this 1934 classic as though he were writing the autobiography of Roman Emperor Tiberius Claudius. Set in 1st-century Rome, this novel is packed with enough intrigue, murder, greed, and lust to make contemporary Washington, D.C., look tame.

6. "Master of the Senate," by Robert A. Caro

Many readers call this book one of the finest political biographies of a generation. In the third of a four-part series, award-winning biographer Robert A. Caro follows the life of Lyndon Baines Johnson from 1949 to 1960, the years in which Johnson, one of the most politically talented men Washington has ever seen, consolidated his hold over the US Senate. At the center of this story are both the power-hungry Johnson and the US system itself.

7. "The Bonfire of the Vanities," by Tom Wolfe

Tom Wolfe’s story of a New York bond trader caught up in a hit-and-run accident magnificently skewers the greed of 1990s New York, even as it tells a larger story about power and access and how both can serve to warp democratic ideals.

8. "The Butler," by Wil Haygood

Washington Post correspondent Wil Haygood blends the political with the personal in this portrait of White House butler Eugene Allen. Allen, an African-American, served eight US presidents (from Harry Truman to Ronald Reagan) for 34 years – a span of time that included remarkable gains in civil rights. A movie based on this story, directed by Lee Daniels and starring Forest Whitaker, is scheduled for release this month.

9. "The Handmaid’s Tale," by Margaret Atwood

In the near future, in the Republic of Gilead, a theocratic state rules and keeps women in a state of subjugation. This 1985 classic by Canadian master Margaret Atwood explores power and the ways in which women allow it to be lost and won.

10. "The Nine," by Jeffrey Toobin

The judicial branch of the US government has perhaps inspired less literature than the executive and legislative. But journalist Jeffrey Toobin helps to bridge the gap with his fascinating portrait of the US Supreme Court. This nonfiction narrative is so skillfully assembled that it qualifies as a page turner.

11. "This Town," by Mark Leibovich

Mark Leibovich, chief national correspondent for The New York Times Magazine, takes no prisoners in “This Town,” his tell-all account of life in Washington, D.C. The media, lobbyists, politicians, and their ambitious staff members – no one comes out looking very good in this dark yet lively and compulsively readable account of the real lives of those who traffic in power.

A amante chantagista e os parlamentares ingenuos: perda de tempo edinheiro

Os parlamentares que fizeram esses convites só podem estar pretendendo um espaço no noticiário. Do contrário, seriam muito ingênuos.
Mafiosos dessa estirpe, todos eles, nunca falam nada. Mentem e silenciam, enganam e trapaceiam, sobre tudo. No fundo, vão rir da cara dos perguntadores, que inclusive nunca estão preparados para fazer as perguntas certas.
Tem também os mafiosos de apoio, que estarão atentos para levantar causos do outro lado, como bons patifes que são...
Paulo Roberto de Almeida 
Laryssa Borges
VEJA.com, 19/05/2014

O líder do PPS na Câmara dos Deputados, Rubens Bueno (PPS-PR), vai apresentar nesta semana requerimento para convocar o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, para explicar as chantagens da ex-chefe do escritório da Presidência da República Rosemary Noronha a integrantes do governo. Também serão convidados a prestar depoimento o atual chefe de gabinete da presidente Dilma Rousseff, Beto Vasconcelos, e a própria Rosemary.

As movimentações de Rose, como é conhecida no meio político, foram descobertas pela Polícia Federal (PF) em 2012, quando foi deflagrada a operação Porto Seguro, que desmontou uma quadrilha que vendia pareceres de órgãos públicos a empresas privadas. Na ocasião, agentes da PF fizeram buscas no gabinete dela na Presidência da República em São Paulo e apreenderam documentos.
Depois que foram descobertas suas traficâncias, Rose foi demitida, banida do serviço público e indiciada pelos crimes de formação de quadrilha e corrupção. Abandonada, ela traçou um plano para obter ajuda política e financeira e começou a chantagear integrantes do governo e a constranger antigos colegas de trabalho, pressionando-os a depor no processo que tramitava sobre seu caso na Controladoria-Geral da União (CGU), conforme mostrou VEJA.
Nos planos de Rose, o atual chefe de gabinete de Dilma, Beto Vasconcelos, a ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra e o ministro Gilberto Carvalho iriam ajudá-la a se reaproximar do ex-presidente Lula. Depois disso, um dos amigos mais próximos de Lula, Paulo Okamotto, providenciou uma banca de advogados para Rose e a ajudou na reforma de um apartamento em São Paulo e na compra de uma rede de escolas de inglês.
“A senhora Rosemary parece ser detentora de muita informação sobre a cúpula do governo passado e deste, então o Congresso Nacional deve oferecer a ela um espaço que ela conte sua versão dos fatos e, talvez assim, esclarecer pontos que continuam ainda muito obscuros”, disse Rubens Bueno ao justificar a apresentação do requerimento.

Rubens Barbosa: E' preciso mudar a politica externa (Site 247)

New York Times: fiquem longe da agua da Baia da Guanabara

‘Não caia na água do Rio’, alerta capa do New York Times

O Estado de S.Paulo, 19/05/2014
Foto de Ana Carolina Fernandes para o NYT
Um dos mais influentes jornais do mundo, o The New York Times publica nesta segunda-feira, na sua capa, uma dura crítica ao Rio, que será sede da próxima Olimpíada e, em menos de um mês, começa a receber jogos da Copa do Mundo. A matéria tem o título: “Aviso para os velejadores olímpicos: não caiam na água do Rio” e aponta o dedo principalmente para a ineficácia governamental para organizar os Jogos de 2016.
A matéria, que aparece na capa da edição europeia e também na distribuída nos EUA, é assinada por Simon Romero (correspondente no Rio) e Christopher Clarey e ilustrada com a imagem acima, da fotógrafa Ana Carolina Fernandes. Uma imagem que retrata um Rio muito diferente daquele que aparece na propaganda oficial do Rio/2016. Infelizmente, um cenário que os velejadores vão encontrar já em agosto, quando acontecerá o primeiro evento teste dos Jogos, exatamente da vela.
“Nico Delle Karth, um velejador austríaco que está se preparando para 2016, disse que é o lugar mais sujo no qual ele já treinou”. Assim começa a reportagem, uma das mais duras publicadas pela grande imprensa internacional sobre os preparativos para a próxima Olimpíada. “Ele encontrou de tudo, desde pneus de carros até colchões. A água cheirava tão mal que ele sentia medo de colocar o pé nela para encostar seu barco na areia”, prossegue o NYT.
O jornal lembra que, enquanto corre para terminar seus estádios a um mês da Copa, o Brasil já sofre “críticas mordazes” pela preparação para os Jogos de 2016. A matéria cita as críticas recentes de dois dirigentes importantes: Francesco Ricci Bitti, presidente da Associação das Federações Internacionais, John D. Coates, vice-presidente do COI. Ambos lembraram dos atrasos nas obras: nem 10% do prometido está pronto.
“A Baía de Guanabara oferece o tipo de imagem de cartão postal que as autoridades do Rio querem mostrar como anfitriões dos Jogos de 2016, mas tornou-se o ponto central de reclamações, transformando águas poluídas do Rio em um símbolo de frustrações com os preparativos os Jogos”, escreve o jornal.
As críticas do NYT, extensas, passam pelo jogo de empurra-empurra entre governos municipal, estadual e federal sobre quem faz o que no Rio/2016, lembram que o velódromo do Pan foi desmontado para dar lugar a um 10 vezes mais caro, que o Engenhão está fechado e destacam que o problema da poluição não surgiu ontem.
A reportagem pode ser lida na íntegra no site do NYT.

The Art of Reading for Children - NYTimes

Read, Kids, Read
MAY 12, 2014
As an uncle I’m inconsistent about too many things.
Birthdays, for example. My nephew Mark had one on Sunday, and I didn’t remember — and send a text — until 10 p.m., by which point he was asleep.
School productions, too. I saw my niece Bella in “Seussical: The Musical” but missed “The Wiz.” She played Toto, a feat of trans-species transmogrification that not even Meryl, with all of her accents, has pulled off.
But about books, I’m steady. Relentless. I’m incessantly asking my nephews and nieces what they’re reading and why they’re not reading more. I’m reliably hurling novels at them, and also at friends’ kids. I may well be responsible for 10 percent of all sales of “The Fault in Our Stars,” a teenage love story to be released as a movie next month. Never have I spent money with fewer regrets, because I believe in reading — not just in its power to transport but in its power to transform.
So I was crestfallen on Monday, when a new report by Common Sense Media came out. It showed that 30 years ago, only 8 percent of 13-year-olds and 9 percent of 17-year-olds said that they “hardly ever” or never read for pleasure. Today, 22 percent of 13-year-olds and 27 percent of 17-year-olds say that. Fewer than 20 percent of 17-year-olds now read for pleasure “almost every day.” Back in 1984, 31 percent did. What a marked and depressing change.
I know, I know: This sounds like a fogy’s crotchety lament. Or, worse, like self-interest. Professional writers arguing for vigorous reading are dinosaurs begging for a last breath. We’re panhandlers with a better vocabulary.
But I’m coming at this differently, as someone persuaded that reading does things — to the brain, heart and spirit — that movies, television, video games and the rest of it cannot.
There’s research on this, and it’s cited in a recent articlein The Guardian by Dan Hurley, who wrote that after “three years interviewing psychologists and neuroscientists around the world,” he’d concluded that “reading and intelligence have a relationship so close as to be symbiotic.”
In terms of smarts and success, is reading causative or merely correlated? Which comes first, “The Hardy Boys” or the hardy mind? That’s difficult to unravel, but several studies have suggested that people who read fiction, reveling in its analysis of character and motivation, are more adept at reading people, too: at sizing up the social whirl around them. They’re more empathetic. God knows we need that.
Late last year, neuroscientists at Emory Universityreported enhanced neural activity in people who’d been given a regular course of daily reading, which seemed to jog the brain: to raise its game, if you will.
Some experts have doubts about that experiment’s methodology, but I’m struck by how its findings track something that my friends and I often discuss. If we spend our last hours or minutes of the night reading rather than watching television, we wake the next morning with thoughts less jumbled, moods less jangled. Reading has bequeathed what meditation promises. It has smoothed and focused us.
Maybe that’s about the quiet of reading, the pace of it. At Success Academy Charter Schools in New York City, whose students significantly outperform most peers statewide, the youngest kids all learn and play chess, in part because it hones “the ability to focus and concentrate,” said Sean O’Hanlon, who supervises the program. Doesn’t reading do the same?
Daniel Willingham, a psychology professor at the University of Virginia, framed it as a potentially crucial corrective to the rapid metabolism and sensory overload of digital technology. He told me that it can demonstrate to kids that there’s payoff in “doing something taxing, in delayed gratification.” A new book of his, “Raising Kids Who Read,” will be published later this year.
Before talking with him, I arranged a conference call withDavid Levithan and Amanda Maciel. Both have written fiction in the young adult genre, whose current robustness is cause to rejoice, and they rightly noted that the intensity of the connection that a person feels to a favorite novel, with which he or she spends eight or 10 or 20 hours, is unlike any response to a movie.
That observation brought to mind a moment in “The Fault in Our Stars” when one of the protagonists says that sometimes, “You read a book and it fills you with this weird evangelical zeal, and you become convinced that the shattered world will never be put back together unless and until all living humans read the book.”
Books are personal, passionate. They stir emotions and spark thoughts in a manner all their own, and I’m convinced that the shattered world has less hope for repair if reading becomes an ever smaller part of it.


The Opinion Pages | LETTERS
The Gift of Reading, to Last a Lifetime
MAY 18, 2014
To the Editor:
Re “Read, Kids, Read,”  by Frank Bruni (column, May 13):
I was raised in Communist Albania. Books were censored, and only those that were government-approved were allowed.
I am an avid reader, and the reason for that was my grandparents’ secret library, which made it through World War II and Communist censorship and was hidden in a room with no windows accessible by a doorway behind a heavy shelf. Only close family members knew about it. I couldn’t tell anyone outside the family. I did let slip once in high school that I had read Homer’s “Iliad.” I had to deflect questions about where and how I found the book. It was scary.
Another different thing when I grew up was a lack of TV. You had to use books to fill your time and imagination. So now I do the same for my two children. Provide books and allow very little screen time. It works wonders. They can’t go a day without reading.
People are amazed at how creative and imaginative they are and how they can sit still and focus for long periods of time. I credit reading for all that.
VALBONA SCHWAB
Watertown, Mass., May 13, 2014
To the Editor:
I couldn’t agree more with Frank Bruni about the importance of reading. But Daniel Willingham, the University of Virginia psychology professor he quotes, frames reading as a taxing process in delayed gratification. Really? Nothing pleases my grandchildren more than a visit to BookHampton on a summer weekend with us or a long bedtime read with Grandpa when we visit.
Children should see reading as a pleasurable activity. Parents should read to their children early and often and show their children their own delight in reading books. This is the only way I know to nurture young readers and give them the message that reading is rewarding in its own right.
My mother passed on her love of reading to me, and I regard it as one of her greatest gifts. It is a priceless legacy that I think that I have passed on to my own children and that they in turn are passing on to theirs.
BETH KRUGMAN
New York, May 13, 2014
A version of this letter appears in print on May 19, 2014, on page A16 of the New York edition with the headline: The Gift of Reading, to Last a Lifetime. 

STF: a lentissima tramitacao longuissima dos extremamente morososprocessos entregues 'a dormitiva injustica, superior so na lentidao...

Dormem o sono dos injustos esses processos que penam longos anos no limbo juridico e processual dessa corte de regiamente pagos juizes de última alguma coisa (não sei bem o que...).
De pveriam ganhar por (baixíssima) produtividade...
Paulo Roberto de Almeida 

STF leva, em média, cinco anos para julgar ações que ferem a Constituição

O Globo, 19/05/2014

O Supremo Tribunal Federal (STF) levou 24 anos para, ao decidir sobre um processo, dizer que o assunto não era com ele. O caso faz parte do cenário de morosidade que foi constatado na mais alta Corte do país por um levantamento inédito da FGV Direito Rio, obtido com exclusividade pelo GLOBO. Ao analisar a duração de processos e liminares no Supremo de 1988 a 2013, o estudo viu que o STF leva, em média, cinco anos para julgar de forma definitiva Ações Diretas de Inconstitucionalidade (Adins) — mas há Adins que ficaram mais de 20 anos até transitar em julgado, ou seja, terem decisão definitiva da Corte, sem possibilidade de recurso.
Entre as liminares concedidas pelo STF e que tiveram mérito analisado, o levantamento mostrou que as de Adins duraram, em média, seis anos, o tempo que a Corte levou para julgar as ações. O estudo será lançado nos próximos meses dentro da 3ª edição do projeto Supremo em Números, intitulada “O Supremo e o Tempo” e de autoria dos professores Joaquim Falcão, Ivar A. Hartmann e Vitor Chaves.
Também segundo a análise, o tempo médio até o trânsito em julgado é de cerca de um ano para habeas corpus, por exemplo; e de um ano e meio para mandados de segurança e reclamações.
Uma delas, a 271, foi feita por Miguel Rinaldi em 1988. Na ação, ele reclamava da não execução de decisão do Tribunal de Justiça de Goiás, que havia determinado garantia policial para a reintegração de posse de uma fazenda que tinha sido invadida. A decisão só chegaria em 2012 — para dizer que ocorrera perda do objeto da ação, pois a decisão do TJ-GO que foi motivo da reclamação no STF já tinha perdido efeito.
— Ganhamos a reintegração. No governo Sarney! E daí? Não recuperamos a fazenda. Faltou a polícia, o Estado — diz a mulher de Rinaldi, que não quis dar seu nome, pois “não gostamos de falar disso”.
Esse processo é o segundo mais lento na lista dos 10 mais demorados apontados pelo estudo. No pior caso, que durou de 1989 a 2013, a Corte levou 24 anos para, ao decidir, ver que o assunto nem era constitucional, isto é, nem era de sua competência. Trata-se da Adin 73, em que a Procuradoria Geral da República questionava lei de SP sobre obras em parques estaduais.
Em outro caso desse ranking, o governo da Espanha pediu em 1989 a extradição de um espanhol acusado de ser cúmplice em um homicídio em seu país. Duas décadas depois, em 2009, o STF ainda não tinha analisado o caso. Naquele ano, o crime prescreveu, disse a embaixada da Espanha no Brasil. Por isso, em 2011, o governo espanhol desistiria do pedido — e o STF seguiria sem analisá-lo. Foi fazê-lo só em 2012, quando constatou a perda do objeto da ação, pela desistência da Espanha.
— Dez, 20 anos para julgar uma ação não é razoável. Não é compatível com a lógica elementar das coisas. No caso dos habeas corpus, um ano é tempo muito longo para aquilo que socorre a primeira das liberdades, a de ir e vir — diz o ex-presidente do STF Ayres Britto, lembrando que a emenda 45/2004 incluiu na Constituição o direito à “razoável duração do processo”.
Entre os motivos para o quadro de lentidão, o grande volume de recursos que tomam o tempo do STF é apontado como o principal. A chamada repercussão geral foi um dos instrumentos criados pela emenda 45 para diminuir esse volume, diz Ayres Britto. Com ele, o STF só aceita recursos extraordinários de temas “que ultrapassem os interesses subjetivos da causa”.
Mas esse instrumento poderia ser mais usado pela Corte. Até 9 de maio, dos casos com repercussão geral reconhecida, mais da metade (65,7%) estava com julgamento do mérito pendente. E, dos casos com julgamento pendente, só 14,07% foram incluídos em pauta; 83,53% estão conclusos ao relator; e há 2,4% “iniciados”.
Outra tentativa de diminuir o número de recursos foi feita pelo ex-ministro Cezar Peluso, autor da PEC 15/2011, que dizia que decisões de segunda instância seriam definitivas. Mas foi alterada em comissão do Senado em 2013. Agora, aguarda votação.
— A PEC perdeu o propósito. Agora, afeta só recursos em processos criminais, ínfima minoria no STF, e deixa de fora os recursos em processos cíveis, os que abarrotam o Supremo — diz Ivar A. Hartmann, da FGV.
Ayres Britto lembra outra medida adotada contra a morosidade:
— A informatização, que precisa avançar, mas que caminha. Um exemplo é a Ação Penal 470 (o mensalão): com mais de 50 mil páginas, foi toda digitalizada para facilitar a análise. Desde 2010, todos os processos que chegam ao STF, com exceção dos habeas corpus, são digitalizados.
Secretário da Reforma do Judiciário do Ministério da Justiça, Flávio Crocce Caetano afirma que um processo no Brasil dura, em média, dez anos:
— Precisamos de uma cultura da mediação, onde o tempo médio de resolução é três meses. A lei 7.169/2014, aprovada no Senado e que agora está na Câmara, permite que o poder público, litigante em 51% dos casos, faça mediações. Outra frente é valorizar a primeira instância nas reformas dos códigos de Processo Penal e Civil. E é preciso investir na gestão: consolidar o processo eletrônico e criar a carreira de administrador judiciário, existente em muitos países. Ele organizaria dados, pauta, audiências. Deixaria para o juiz só a função de julgar.
Procurado terça-feira à tarde pelo GLOBO, o STF não havia respondido até o fechamento desta edição.