Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, em viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas.
O que é este blog?
Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.
sexta-feira, 3 de outubro de 2014
Eleicoes 2014: posicao do Partido NOVO: nota e hangout com Joao Amoedo
Por isto me permito colocar aqui um link para uma entrevista com o seu presidente, João Dionísio Amoedo, em debate com os Estudantes pela Liberdade, em 2/10/2014, e uma nota liberada pelo partido em sua página no FB.
Neste link:
https://www.youtube.com/watch?v=awPov2eq1Ts
Nota divulgada pelo partido NOVO em 3/10/2014:
O NOVO acredita que precisamos mudar o modelo de Estado que temos no Brasil.
Precisamos de um governo que devolva poder e autonomia ao cidadão, reduzindo o escopo de atuação do Estado.
Este não nos parece ser o objetivo dos principais candidatos à Presidência da República, mas julgamos importante trocar quem está no governo, livrando o Brasil de um projeto de poder que coloca a máquina pública a serviço de um Partido, não do cidadão.
O comprometimento do NOVO, nestas eleições, não é com um nome ou uma candidatura, mas com uma ideia: é nosso dever preservar, com o voto, as instituições democráticas.
Desejamos a você uma decisão sábia na escolha de seu presidente, governador, senador, deputado federal e deputado estadual neste domingo.
Eleicoes 2014: o que os liberais podem esperar delas? Talvez pouco... - Paulo Roberto de Almeida
Certamente que, tendo vindo do marxismo estatizante, e evoluido com base na simples racionalidade instrumental, nas leituras e nas experiências de vida -- sobretudo depois de ter conhecido TODOS, sublinho todos, os capitalismos realmente existentes, avançados ou atrasados, e todos os socialismos, reais, surreais e esquizofrênicos -- hoje eu sou muito mais liberal em matéria econômica do que era em minha juventude, quando aderia (pelas leituras universitárias, obviamente) às soluções simplistas do socialismo igualitário e estatizante, e reconheço que os mercados livres podem fazer muito mais pela prosperidade dos povos e nações do que os regimes fortemente centralizados.
Mesmo aceitando que algumas soluções podem ter de ser inevitavelmente estatais -- provavelmente em matéria de educação e saúde, mas ainda aqui combinadas a soluções de mercado -- acredito que o Estado deva funcionar o mais possível em condições de competição market-like, ou seja, com abertura e transparência, custo-benefício, preços e retornos aferíveis.
Tendo feito esta longa introdução ao texto abaixo, vou postá-lo, alertando que preparei, preventivamente à pergunta efetuada pelos Estudantes pela Liberdade, como um guia pessoal de conduta, e um esclarecimento preventivo quanto ao próximo pleito.
Ou seja, não espero, e não esperem, muito dele.
As eleições NÃO vão dar o que o Brasil precisa, que seria uma reforma completa de seus fundamentos econômicos, administrativos, educacionais, culturais.
Mas, elas podem pelo menos nos ajudar a AFASTAR o que não serve, e eu digo imediatamente, o que NÃO nos serve: uma máfia totalitária, corrupta e mentirosa, instalada no poder, explorando a ingenuidade dos pobres e a conivência dos espertos e dos muito ricos.
Se ela permitir pelo menos isso, já será um ganho...
Paulo Roberto de Almeida
Eleicoes 2014: metodo que acertou 100% nas eleicoes dos EUA mostra vitoria de Aecio
Método que acertou 100% nas eleições dos EUA mostra vitória de Aécio
Consultoria analisou um possível segundo turno entre Dilma e Aécio usando como base a última pesquisa Ibope e mostrou que o candidato tucano venceria a atual presidente Por Felipe Moreno • Rodrigo Tolotti UmpieresA Macrométrica é uma consultoria que mantém públicos os seus métodos de análise. Para esta pesquisa em especial, ela utilizou o esquema de Nate Silver, editor-chefe do site “FiveThirtyEight”. Na eleição presidencial americana de 2012, Silver acertou o vencedor em todos os 50 Estados.
No último Ibope, apresentado pelo Jornal Nacional na semana passada, Dilma apareceu com 38% das intenções de voto no 1º turno e Aécio contava 23%. Já no 2º turno, a presidente teria 42% e o senador 36%, com 22% dos entrevistados não optando por nenhum dos dois. Segundo o estudo, este último valor deve fazer a diferença, com os eleitores migrando para um dos candidatos - o que deve fortalecer, principalmente, o candidato oposicionista, que por enquanto apresenta um movimento ascendente.
A Macrométrica diz que dos 17 pontos percentuais de eleitores que devem migrar para um dos candidatos na disputa de segundo turno, 23,5%, ou 4 pontos percentuais, irão para Dilma e 76,5%, ou 13 pontos percentuais, vão para Aécio. A rejeição à continuidade do governo petista, deve falar mais alto neste caso.
“O resultado é a vitória de Aécio com 49,8% dos votos, contra 46,2% para Dilma e 4% de VNC (votantes não comprometidos). Como os VNC nunca são considerados na apuração do resultado final, a vitória de Aécio seria com 51,8% contra 48,2% de Dilma, ou seja, por diferença de 3,6 pontos percentuais”, afirma o estudo.
Eleição deve ser definida somente no segundo turnoEm termos de exposição, a candidata do PT possui muito mais tempo de rádio e televisão que o do PSDB, mas especialistas apontam que esta questão vale cada vez menos em uma eleição de um mundo cada vez mais conectado à internet. O plano de Aécio para as eleições é focar no sudeste, onde a rejeição a Dilma é alta e o PSDB é historicamente forte.
Pode haver, porém, uma migração significativa de votos de Eduardo Campos para Dilma, dada a força do PT no nordeste, reduto do candidato do PSB. Em termos de apoios, a coligação petista é muito mais forte que a do PSDB, mas Aécio atribuiu isso ao fisiologismo dos partidos em um dos piores momentos de sua campanha, ao afirmar que eles deveriam sugar mais um pouco e depois ir para o seu lado.
Além disso, Dilma e o PT possuem a maior central sindical, mas pela primeira vez uma delas, a Força Sindical, apoia um candidato do PSDB. Além disso, a popularidade de Dilma é muito menor de que a de seu antecessor, que não conseguiu escapar de disputar segundo turnos em 2002 e 2006.
Politica economica e sujeiras eleitorais: Chafurdando nas profundezas - Monica Baumgarten de Bolle
Chafurdando nas Profundezas
OCDE: Renda mundial e desigualdades entre paises cresceram desde 1820
Desigualdade entre países avançou no mundo entre 1820 e 2010, diz OCDE
Brasil, um pais literalmente sufocado por 5 MILHOES (sim, milhoes) denormas desde 1988
Quase 5 milhões de normas foram editadas no país, desde a Constituição de 88
- Autor: Comunicação Millenium
- em Blog
- 02/10/2014
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Eleicoes 2014: o chanceler oficioso defende a diplomacia companheira -MAG
Opinião
Dilma nas Nações Unidas: fatos e versões
A proximidade das eleições ensejou, mais uma vez, a associação entre desinformação e má fé por parte de alguns analistas da cena internacional, em especial da política externa brasileira.
No afã de reverter o curso que a política brasileira assumiu nos últimos 12 anos, nossos analistas atacaram os pronunciamentos da Presidenta Dilma Rousseff em Nova York como sendo (1) tentativa de transformar a tribuna da Nações Unidas em palanque eleitoral, (2) recusa de chancelar a proposta de desmatamento zero no Brasil e (3) atitude indulgente vis-à-vis os bárbaros crimes do Estado Islâmico.
Vejamos cada uma dessas afirmações.
A Presidenta, em primeiro lugar, tem claro que a política externa não é apenas um instrumento de projeção do Brasil no mundo, mas um elemento consubstancial de nosso projeto nacional de desenvolvimento.
Os temas "internos" por ela abordados em seu discurso são, assim, questões globais e da maior relevância: o enfrentamento local dos efeitos da crise econômica internacional, o combate à fome e às desigualdades; a defesa e a extensão dos direitos humanos. Todos os Presidentes vinculam aspectos internos e externos ("eleitoreiros", segundo nossos críticos) em seus discursos na Assembleia Geral, na medida em que buscam construir uma apreciação da situação internacional a partir de sua percepção nacional.
Se alguém duvida disso, basta ler o discurso do Presidente Obama na ONU.
Em segundo lugar, a recusa pelo governo brasileiro da proposta de desmatamento zero apresentada por três países e algumas ONGs se explica pelo conflito que tem com a legislação brasileira.
Ela prevê o manejo florestal como mecanismo importante de nossa política ambiental. Os proponentes não aceitaram a tese do "desmatamento ilegal zero". Apenas 28 dos 130 participantes da Cúpula do Clima da ONU se somaram à proposta de desmatamento zero.
O Brasil, apesar de possuir a maior reserva florestal do planeta, não foi convidado a participar da elaboração do texto. As críticas à soberana postura brasileira omitem os grandes resultados obtidos na luta contra o desmatamento (redução de 79% nos últimos 10 anos) e a liderança internacional que o Brasil tem desde que, na COP-15, em Copenhague, apresentou unilateralmente a proposta de redução das emissões de gás de efeito estufa entre 36% e 39% projetadas até 2020.
Finalmente, está a questão da posição brasileira em relação ao terrorismo do EI.
Só a profunda má fé pode atribuir ao discurso da Presidenta da República qualquer indulgência em relação a essa seita, menos ainda a disposição de dissuadir os terroristas pelo "diálogo".
A posição brasileira deixa clara a necessidade de que o uso da força só possa ser exercido quando legitimado por uma decisão do Conselho de Segurança, o que não ocorreu. É o caso da Síria, que, diferentemente do Iraque, não solicitou qualquer intervenção armada.
Tentativas de resolver questões semelhantes à margem do Direito Internacional, além de ilegais, têm sido desastrosas.
Será necessário chamar a atenção para a catastrófica invasão do Iraque, sem autorização do Conselho, e que está na origem do Estado Islâmico? Será necessário mencionar a desestabilização da Líbia e suas implicações no alastramento do terrorismo no Sahel? Será preciso chamar a atenção para o custo que teve, em passado mais remoto, o apoio ao Iraque de Saddam Hussein e aos talebans no Afeganistão?
O Brasil quer o diálogo da (e na) comunidade internacional para enfrentar esses graves problemas. O uso preferencial, unilateral e indiscriminado das armas ou de sanções econômicas tem se revelado inócuo, produzindo resultados opostos àqueles pretendidos. O terrorismo ganha mais força e visibilidade.
A política externa brasileira, que sempre pôs a defesa da soberania nacional e do Direito Internacional no centro de suas preocupações, não pode deixar-se arrastar em aventuras, como aquelas que acabam por reduzir nossa presença no mundo ao alinhamento automático --e muitas vezes desastroso-- com as grandes potências.
A defesa intransigente do interesse nacional se sobrepõe a idiossincrasias ideológicas.
Eleicoes 2014: a politica externa do continuismo diplomatico-academico- Sebastiao Velasco
Política externa: O que está em jogo nesta eleição
Por Sebastião Velasco - de São Paulo