O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

Mostrando postagens com marcador João Dionísio Amoedo. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador João Dionísio Amoedo. Mostrar todas as postagens

sábado, 17 de março de 2018

Brasil: pais dos privilegios - Joao Dionisio Amoedo

País dos privilégios

Brasil tira dos mais pobres para dar aos mais ricos

Faz sentido o Brasil gastar com a Presidência da República R$ 564 milhões por ano, 60% a mais do que o Reino Unido desembolsa com a monarquia? Certamente não, e o problema não para por aí. O Congresso custa hoje, incluindo todos os assessores, as verbas de gabinete e os diversos auxílios, R$ 29 milhões por dia.
Na magistratura, 71% dos juízes recebem acima do teto constitucional de R$ 33 mil. Dos mais de 16 mil juízes e desembargadores dos Tribunais de Justiça, 11,6 mil ultrapassaram o teto. A remuneração média desse grupo foi de R$ 42,5 mil.
O Brasil não aguenta mais arcar com esse Estado de bem-estar para uma minoria privilegiada, enquanto o restante da população trabalha 153 dias para sustentá-lo. É auxílio para quem menos precisa, privilégios para quem menos merece e impostos para quem mais trabalha.
O Estado brasileiro virou um Robin Hood às avessas: tira dos mais pobres para dar aos mais ricos. Faz isso quando remunera mal o FGTS do trabalhador e empresta a taxas baixas para grandes empresas, quando provê uma aposentadoria média de R$ 1.200 para o empregado do setor privado enquanto o do setor público recebe R$ 7.500 e quando retira recursos da saúde e da educação para emprestar para partidos políticos fazerem propaganda eleitoral. 
Abriu-se um abismo entre a classe privilegiada e a classe desacreditada. O último Índice de Confiança na Justiça produzido pela Fundação Getulio Vargas em 2017 mostrou queda de confiança em todas as instituições públicas. Na lanterna da credibilidade ficaram o Poder Executivo, com 7% de confiança, os partidos políticos (7%) e o Congresso Nacional (6%). Até o Poder Judiciário caiu dez pontos nos últimos quatro anos, passando dos 34%, em 2013, para 24%, em 2017.
O povo está correto em desconfiar da classe política. Afinal, os discursos que ouvem estão desconectados da prática que enxergam. Ninguém aguenta mais ver a máquina pública e o dinheiro dos nossos impostos sendo utilizados para oferecer tratamento VIP à classe governante.
A responsabilidade da mudança está em nossas mãos. A única forma, democrática e republicana, que temos para reverter este quadro é renovar a classe política. E a ferramenta para a mudança é o nosso voto.
Aqueles que de fato querem o bem da nação, que colocam o bem público à frente do interesse particular, devem começar dando exemplo. A próxima geração de parlamentares deve se comprometer a cortar suas verbas pela metade, aprovar o fim do foro privilegiado e, se indicados a um cargo no Executivo, renunciar ao próprio mandato. O próximo presidente da República deve enxugar ministérios e secretarias e cortar pela metade os gastos da Presidência.
Não vamos derrotar as benesses sem uma ampla renovação política. Precisamos fazer escolhas não só pelos discursos, mas pelas práticas e pelo respeito ao dinheiro do pagador de impostos. Precisamos lembrar que elegeremos funcionários públicos, e não uma casta de privilegiados.

João Dionísio Amoedo é pré-candidato à Presidência pelo Partido Novo

quarta-feira, 5 de julho de 2017

O que existe de novo? Ora, o NOVO...

Esta é a primeira edição do Jornal do NOVO. A partir de agora, você receberá mensalmente as principais notícias que envolvem o partido e um pouco da atuação dos nossos parlamentares. Compartilhe.

Filiações
Confira abaixo a evolução de filiados do NOVO em 2017. Contamos com você para aumentar ainda mais esse número até Julho. Sua missão do mês: filiar mais 2 amigos. Se você ainda não é filiado, filie-se ao NOVO e faça parte desse projeto para mudar o Brasil!

Estratégia para as Eleições 2018
O desempenho recente do NOVO, consequência do excelente trabalho realizado por voluntários, líderes e filiados em diversos estados, resultou na estruturação de um processo eleitoral mais robusto para 2018. Clique aqui para saber mais.

Resultado da 2ª Etapa do Processo Seletivo 
239 participantes foram aprovados para a 3ª Etapa, o que representa 62% de aprovação em relação ao total de inscritos. Foram mais de 100 horas de entrevistas com 200 candidatos. A próxima etapa, que se inicia em 08/07, será de treinamento e preparo dos participantes para esse grande desafio!

Bernardinho faz eventos para divulgar o NOVO em BH e POA 
Um dos maiores campeões da história do vôlei, ex-treinador da seleção brasileira comandou uma palestra em Belo Horizonte, dia 08/06. Leia mais →
Em Porto Alegre, dia 13/06, Bernardinho atraiu cerca de 600 pessoas. Do partido, o técnico não cobrou: o dinheiro arrecadado ajudará a financiar as atividades do NOVO, que é contra a existência do fundo partidário. Leia mais →


    


Nova coluna na Folha de SP
O presidente do Partido Novo, João Amoedo, passa a escrever na coluna semanal do site da Folha às segundas-feiras. Confira os seus textos no link abaixo.
Leia mais →

Atuação Parlamentar
Nossos vereadores continuam trabalhando duro para implementar as mudanças necessárias em suas cidades.



Clique nas imagens para acompanhar suas principais ações e participe!



O NOVO não utiliza o Fundo Partidário para manutenção das suas atividades. Por isso, participe, divulgue, filie-se, doe.
Contamos com você para continuamos transformando o Brasil!

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Eleicoes 2014: posicao do Partido NOVO: nota e hangout com Joao Amoedo

Sem ser membro do Partido NOVO -- por uma razão já explicada aqui: eu nunca serei membro de nenhum partido, porque pretendo manter minha total e permanente autonomia de pensamento e de ação, em qualquer direção e sobre qualquer assunto -- acredito que essa nova formação política apresenta, na selva fisiológica que é o sistema partidário brasileira, a melhor opção que um defensor das liberdades democráticas, econômicas e políticas pode ter, hoje, no cenário político brasileiro.
Por isto me permito colocar aqui um link para uma entrevista com o seu presidente, João Dionísio Amoedo, em debate com os Estudantes pela Liberdade, em 2/10/2014, e uma nota liberada pelo partido em sua página no FB.

Dionisio Amoedo: O Que Esperar das Eleições 2014?

299 visualizações
Transmitido ao vivo em 02/10/2014
Nós liberais, o que podemos esperar para as eleições de 2014?

Joao Dionisio Amoedo é atual Presidente do Novo. Engenheiro Civil pela UFRJ e Administrador de Empresas pela PUC-RJ, trabalhou no Citibank, BBA Creditanstalt, Finaustria e Unibanco. Membro do Conselho de Administração do Itaú-BBA e da João Fortes Engenharia.

Por Débora Góis, conselheira executiva dos Estudantes Pela Liberdade.
  • Categoria

  • Licença

    • Licença padrão do YouTube
Neste link:
 https://www.youtube.com/watch?v=awPov2eq1Ts

Nota divulgada pelo partido NOVO em 3/10/2014:

O NOVO acredita que precisamos mudar o modelo de Estado que temos no Brasil.

Precisamos de um governo que devolva poder e autonomia ao cidadão, reduzindo o escopo de atuação do Estado.

Este não nos parece ser o objetivo dos principais candidatos à Presidência da República, mas julgamos importante trocar quem está no governo, livrando o Brasil de um projeto de poder que coloca a máquina pública a serviço de um Partido, não do cidadão.

O comprometimento do NOVO, nestas eleições, não é com um nome ou uma candidatura, mas com uma ideia: é nosso dever preservar, com o voto, as instituições democráticas.

Desejamos a você uma decisão sábia na escolha de seu presidente, governador, senador, deputado federal e deputado estadual neste domingo.

terça-feira, 29 de julho de 2014

Eleicoes 2016, ou 2018: Partido Novo, um novo animal politico no cenário

Sim, registrado há pouco, o Partido Novo, ou Novo, simplesmente, não poderá apresentar candidatos nestas eleições, na verdade nem teria, por falta de organização e de quadros. Não importa. Provavelmente dentro de dois anos já contará com estruturas mais aperfeiçoadas e poderá testar suas virtudes no mercado político.
Não sou, nem nunca serei, filiado a qualquer partido. Sou muito independente para me sujeitar às regras partidárias, e quero manter essa autonomia de pensamento e de ação.
Mas, pelo que já li sobre o Novo, inclusive a matéria abaixo, e a entrevista com o seu presidente, suas ideias me agradam e acho que ele está no caminho certo.
Gostaria de aproveitar esta oportunidade para desmentir, ainda que gentilmente, amigos e "inimigos" (devo ter) que me chamam de "liberal", o que eu recuso expressamente.
Não que eu recuse as ideias e os princípios liberais, mas não tenho por hábito me classificar dentro de qualquer categoria política ou escola de pensamento. Prefiro ser apenas um racionalista e um pragmático. Acredito que a maior parte dos mecanismos econômicos funcionam melhor segundo princípios liberais, mas não recuso a ação do Estado e alguma empresa estatal se essa for a melhor solução para um problema prático. Ou seja, privilegio a eficiência, o menor custo, a qualidade, independentemente dos processos que levam a isso, em alguns casos via mercados, em outros via Estado. Em suma, não sou ideológico, e não me bato por nenhuma teoria, apenas aspiro a ser coerente com os dados da realidade.
Concluindo, não vou me filiar ao Novo, mas não hesitarei a colaborar com suas causas, não exatamente com o partido em si, mas com o que pretende fazer o partido, pois acredito que a atividade política, numa democracia representativa, passa necessariamente pelos partidos.
Não sou homem de partido, mas não deixo de tomar partido por certas causas.
O Brasil precisa de muitas coisas, e a agenda e a pauta do Novo me parecem as mais propensas a alcança-las. Não tenho ilusões de que isso seja fácil, ou de que ideias como as do Novo possam ser facilmente ou rapidamente aceitas, apreendidas, seguidas pela maioria do eleitorado.
Mas não fico triste de ser minoria, ou até de estar sozinho numa multidão de estatizantes.
Parabéns ao Novo, que tenha uma vida exitosa.
Paulo Roberto de Almeida

Infomoney, 13/06/14 - 15h31 - Leonardo Pires Uller

Com a cara do mercado? Partido Novo surge para dar voz aos liberais no Brasil

O partido NOVO promete trazer a eficiência e a meritocracia das melhores empresas privadas e o liberalismo econômico para a política brasileira


Eficiência, produtividade, metas e austeridade. Ao ler essas palavras, os brasileiros podem associá-las no máximo a um seleto grupo de empresas, como a Ambev, a Cielo e o Itaú. E a partidos políticos ou governantes? Algum deles é conhecido por adotar esses conceitos? Certamente não, mas ao menos agora há uma promessa. Criado no início de 2011, o partido NOVO se propõe a trazer o melhor da administração das empresas privadas para a gestão pública. “Nós queremos deixar um país melhor para as próximas gerações. Incomoda o fato de pagarmos muitos impostos e não recebermos quase nada em retorno”, afirma João Dionísio Amoêdo, presidente do partido NOVO.
A agremiação política foi lançada por um grupo de 181 pessoas, em sua maioria profissionais liberais, engenheiros, administradores, advogados e médicos. Ninguém tem perfil de “político profissional”. O próprio presidente do partido é engenheiro civil e administrador de empresas, com grande experiência no mercado financeiro – é membro dos conselhos de administração do Itaú BBA e da João Fortes Engenharia e passou por Citibank, Unibanco e outras instituições.
O NOVO ainda não tem registro oficial no TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Das 492 mil assinaturas necessárias para a criação de um partido político, a agremiação conseguiu certificar 342 mil e ainda possui outras 190 mil que estão na fila para serem validadas em cartório. Por isso, o partido está fora das eleições de 2014, mas seus líderes esperam participar das disputas municipais daqui a dois anos.
Novos partidosNo último mês de setembro, foram registrados no TSE mais dois partidos políticos: Solidariedade e PROS (Partido Republicano da Ordem Social). O país conta desde então com 32 agremiações. Visto sob qualquer perspectiva, é um número elevadíssimo. Muitos desses partidos não chegam a ter ideias e propostas realmente diferentes, mas são criados apenas para abrigar alguns figurões da política que não conseguiram espaço em agremiações já existentes.
Então o que o Brasil ganharia com um novo partido? “Nenhum dos atuais partidos defende as ideias que nós propomos. Além disso, para atrair pessoas engajadas, com vontade de mudar, seria mais fácil começar do zero”, diz Amoêdo. O jovem estudante Ivan Moncoski, de Relações Internacionais, é um dos simpatizantes da ideia. Um dos pontos que mais desperta seu interesse pelo NOVO é justamente a promessa de não haver tolerância para práticas políticas antigas, como o proselitismo e o toma lá, dá cá. “Além de não ser um instrumento para caciques políticos e coronéis, o partido NOVO oferece realmente ideias novas para problemas antigos”, acredita o estudante de 21 anos.
Uma das propostas é fiscalizar seu quadro político de forma a garantir que as metas estabelecidas no início do mandato sejam cumpridas. Para que isso ocorra, o NOVO propõe que em seu quadro técnico não constarão políticos que estiverem em mandato. Dessa forma, um deputado não pode ser simultaneamente tesoureiro do partido, por exemplo. Outra proposta é vetar mais de uma reeleição consecutiva de filiados que ocupem cargos no Poder Legislativo de forma a impedir o chamado “carreirismo político”. O NOVO promete ainda que todos os seus filiados e candidatos deverão preencher os requisitos da lei da Ficha Limpa.
Liberal na economiaNa economia, o NOVO tende a adotar uma visão mais liberal. Ou seja, defende uma sociedade em que o indivíduo seja mais responsável pela sua vida e não fique tão dependente do estado. Essa corrente de pensamento econômico se iniciou no século XVI com os estudos de Adam Smith e está fortemente enraizada na cultura econômica e política de países como os Estados Unidos e o Reino Unido. “O principal papel do estado na sociedade deve ser a manutenção da segurança do cidadão e da Justiça, preservação da moeda, garantia das liberdades individuais, educação e alguma infraestrutura. O resto deve ir para a iniciativa privada, e tende a ser melhor lá”, defende Amoêdo.
A agremiação política acredita que, com um estado menor, atuando em menos áreas, é possível ter mais foco e ser mais eficiente. Outro ponto em comum entre o partido e o pensamento liberal é a visão de que a grande vantagem da iniciativa privada sobre a pública é a concorrência. A competição entre empresas pode fazer com que elas ofereçam serviços de maior qualidade a preços mais acessíveis do que quando há o monopólio do estado. Os liberais acreditam que a economia pode criar sozinha uma ordem espontânea que beneficia a sociedade como um todo.
Tais ideias fazem muito sentido para o eleitor americano, mas praticamente não reverberam no Brasil. Os três principais partidos políticos com chance de vencer a próxima eleição presidencial – PT, PSDB e PSB – nunca aceitaram o rótulo de liberal e aumentaram os gastos públicos enquanto estiveram no poder, o que pode ser interpretado como um sinal de que a maioria dos brasileiros espera que as soluções para seus problemas partam do estado. O NOVO, portanto, deve enfrentar dificuldade em eleições majoritárias. Mas se conseguisse difundir essas ideias em cargos legislativos, já seria um avanço para o Brasil.
O que pensa o presidente do partido NOVORevista InfoMoney: Qual é sua visão sobre a política econômica?
João Amoêdo: Fica claro que o governo está muito preocupado com uma visão de curto prazo, e isso afeta muito a credibilidade e os resultados do longo prazo. O excesso de gastos está trazendo de volta a inflação e contribui para o aumento dos juros. Estamos plantando coisas muito ruins para o futuro. No Brasil, os governantes não assumem seus erros e continuam insistindo neles.
IM: Há alguns anos, o governo adotou a estratégia de apostar em algumas “empresas campeãs” e isso acabou não dando certo. Por quê?
João Amoêdo: Porque quem tem que escolher as empresas campeãs é o consumidor, e não o governo. Aos consumidores que as companhias têm o dever de prestar bons serviços, com bons preços. Na hora em que a empresa deixa de priorizar o atendimento ao cliente para atender o governo, se cria um balcão de negócios.
Os ídolos do partidoMargaret Thatcher: A política britânica ficou conhecida mundialmente não só por ser a primeira mulher a ocupar o cargo de primeira-ministra no Reino Unido como, principalmente, pela sua determinação em cortar gastos desnecessários de forma a tornar o governo mais eficiente, mesmo quando as medidas eram consideradas impopulares.
Milton Friedman: O ganhador do Nobel de Economia em 1976 é um dos principais expoentes da corrente do liberalismo. O economista publicou diversas obras sobre macroeconomia, estatística e história econômica. Sua publicação mais famosa é “Capitalismo e Liberdade”, que afirma que a liberdade econômica é uma das prerrogativas para obter liberdade política.
Frédéric Bastiat: Mais um ícone do liberalismo, o jornalista e economista francês foi opositor ferrenho ao socialismo em seu país na primeira metade do século XIX. Bastiat afirmou que o único propósito de um governo é proteger o direito de um indivíduo à vida, à liberdade e à propriedade.
Roberto Campos: O economista brasileiro foi um dos criadores e presidente do BNDES, ajudou a formular o Plano de Metas do governo do presidente Juscelino Kubitschek, além de ter sido também embaixador do Brasil em Washington e Londres.
Essa matéria foi publicada na edição 49 da revista InfoMoney, referente ao bimestre março/abril de 2014.