É o que fazem todos esses artistas (Angelina Jolie, Bono e outras almas piedosas), cada vez que eles pretendem "ajudar" a África...
Desde que eu li os trabalhos do economista britânico Peter Bauer, ainda nos anos 1970, convenci-me de que todos esses programas de ajuda oficial ao desenvolvimento, em especial de assistêncai à África, eram eminentemente negativos do ponto de vista de seu desenvolvimento, na medida em que aprofundavam a dependência desses países da suposta ajuda do Ocidente (sem mencionar o desvio de recursos pelas ditaduras habituais).
O tema vem sendo retomado, recentemente, pelo economista William Easterly, que já trabalhou na África para o Banco Mundial, e voltou convencido de que todos esses programas fazem mais mal do que bem ao continente (e presumivelmente, também, a outros países pobres em outras regiões).
Abaixo um transcript da revista Foreign Policy, que discute a questão:
Are Angelina, Bono, and the U.N. hurting Africa?
Foreign Policy, 06/02/08
Christine Y. Chen
William Easterly
If there is a "bad boy of development studies," it's NYU economist Bill Easterly. When he spoke recently on a Davos panel with Bill Gates, Ellen Johnson Sirleaf, and Paul Wolfowitz about the usefulness of foreign aid, moderator Fareed Zakaria gently poked fun at Easterly by calling him the "devil." He may not be the devil, but he's certainly the devil's advocate, constantly questioning whether traditional conceptions of foreign aid are actually helpful to poor countries. He's done it in the pages of FP, in "The Utopian Nightmare" a couple years ago, and more recently in "The Ideology of Development."
Now, Easterly is turning his contrarian guns on the United Nations, asking, "Are the Millennium Development Goals Unfair to Africa?" At a luncheon I attended today at Brookings, his answer was, unequivocally, yes. Virtually everyone agrees, he began, that by the time we hit the MDGs' deadline in 2015, Africa will have failed all of them. Africa will not have reduced its poverty rate by half; it will attain neither universal primary education nor gender equality in schools; child mortality will not be reduced by two thirds, and so on. Easterly then went down the list of goals, claiming they were all unfair and biased to begin with. Africans, he said, never had a chance of attaining them. His argument was pretty wonky—with lots of charts and graphs showing how the U.N. should be measuring rates of change and growth in Africa, rather than absolute figures, and how the MDGs were arbitrarily designed and made Africa look worse than it really is. I found it quite convincing. Eventually you'll be able to download a transcript here to judge for yourself, or you can download the original paper (pdf).
What Easterly said made sense, and yet I couldn't help thinking, "So what?" Easterly says the MDGs paint Africa unfairly. But does that really matter if more attention leads to more investment in Africa? And even if you think the MDGs are just another meaningless U.N. project, the fact that people pay attention to them must stand for something.
Easterly is famous for opposing much of the research of anti-poverty crusader Jeffrey Sachs (in his talk, he even joked that he's mandated to take potshots at Sachs at least once in each speech), and for being highly skeptical of the efforts of celebrities like Bono, Madonna, and Angelina Jolie. He thinks they give off a neocolonial air, the sense that Africa needs the West for salvation. Asked if all the attention brought by such celebrities was helping, Easterly said he didn't think so. Quite the opposite: He thought the kind of attention Africa gets because of celebrities, or because of failing the MDGs, does more harm than good because it reinforces stereotypes that Africa needs to be dependent on the West to be lifted out of poverty.
What do you think? Do celebrities help or hurt? Is the U.N. setting unfair, arbitrary goals? Share your thoughts at passportblog@ceip.org
Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas. Ver também minha página: www.pralmeida.net (em construção).
terça-feira, 12 de fevereiro de 2008
sábado, 9 de fevereiro de 2008
842) Bolsas internacionais em ciencias humanas
Serviço de utilidade pública:
Diversas ofertas abertas de bolsas de estudos no exterior em áreas das
humanidades, inclusive Ciência Política e Relações Internacionais:
Canadá - para estudos de pós-doutorado
Espanha - para estudos de mestrado e doutorado (Fundação Carolina)
Nova Zelândia - para estudos de mestrado e doutorado
A. Programa neo-zeolandês para pesquisas de doutorado
B. Para brasileiros que desejam seguir o mestrado ou o doutorado
completo na Nova Zelândia
Diversas ofertas abertas de bolsas de estudos no exterior em áreas das
humanidades, inclusive Ciência Política e Relações Internacionais:
Canadá - para estudos de pós-doutorado
Espanha - para estudos de mestrado e doutorado (Fundação Carolina)
Nova Zelândia - para estudos de mestrado e doutorado
A. Programa neo-zeolandês para pesquisas de doutorado
B. Para brasileiros que desejam seguir o mestrado ou o doutorado
completo na Nova Zelândia
quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008
841) Da série: "Poesia?, nesta hora!!!"
Pois é, eu também estou surpreso, tanto comigo mesmo, que não sou de ficar colocando poesias nestes espaços abertos -- a bem da verdade, nem sou de ficar lendo poesia impunemente -- quanto com a "situação".
Pois é, a "situação", assim mesmo entre aspas, pois não sei como descrever a "situaçao". O fato é que eu recebi duas poesias já bem antigas, de um correspondente, e achei que elas cabiam também na atual... "situação".
Trata-se do consagrado poeta Affonso Romano de Sant'Anna, que a fez num momento particularmente infeliz de nossa história, quando a mentira tinha status oficial, e era mesmo promovida a verdade governamental.
Talvez seja o caso...
A Implosão da Mentira
(ou o episódio do Riocentro-fragmentos)
Affonso Romano de Sant'Anna
Fragmento 1.
Mentiram-me. Mentiram-me ontem
e hoje mentem novamente. Mentem
de corpo e alma, completamente.
E mentem de maneira tão pungente
que acho que mentem sinceramente.
Mentem, sobretudo, impune/mente.
Não mentem tristes. Alegremente
mentem. Mentem tão nacional/mente
que acham que mentindo história afora
vão enganar a morte eterna/mente.
Mentem. Mentem e calam. Mas suas frases
falam. E desfilam de tal modo nuas
que mesmo um cego pode ver
a verdade em trapos pelas ruas.
Sei que a verdade é difícil
e para alguns é cara e escura.
Mas não se chega à verdade
pela mentira, nem à democracia
pela ditadura.
Fragmento 2.
Evidente/mente a crer
nos que me mentem
uma flor nasceu em Hiroshima
e em Auschwitz havia um circo
permanente.
Mentem. Mentem caricatural-
mente.
Mentem como a careca
mente ao pente,
mentem como a dentadura
mente ao dente,
mentem como a carroça
à besta em frente,
mentem como a doença
ao doente,
mentem clara/mente
como o espelho transparente.
Mentem deslavadamente,
como nenhuma lavadeira mente
ao ver a nódoa sobre o linho.Mentem
com a cara limpa e nas mãos
o sangue quente.Mentem
ardente/mente como um doente
em seus instantes de febre.Mentem
fabulosa/mente como o caçador que quer passar
gato por lebre.E nessa trilha de mentiras
a caça é que caça o caçador
com a armadilha.
E assim cada qual
mente industrial? mente,
mente partidária? mente,
mente incivil? mente,
mente tropical?mente,
mente incontinente?mente,
mente hereditária?mente,
mente, mente, mente.
E de tanto mentir tão brava/mente
constroem um país
de mentira
-diária/mente.
* Este poema foi recitado na voz de Tônia Carrero no CD "Affonso Romano de Sant'Anna por Tônia Carrero" da Coleção "Poesia Falada".
Pois é, a "situação", assim mesmo entre aspas, pois não sei como descrever a "situaçao". O fato é que eu recebi duas poesias já bem antigas, de um correspondente, e achei que elas cabiam também na atual... "situação".
Trata-se do consagrado poeta Affonso Romano de Sant'Anna, que a fez num momento particularmente infeliz de nossa história, quando a mentira tinha status oficial, e era mesmo promovida a verdade governamental.
Talvez seja o caso...
A Implosão da Mentira
(ou o episódio do Riocentro-fragmentos)
Affonso Romano de Sant'Anna
Fragmento 1.
Mentiram-me. Mentiram-me ontem
e hoje mentem novamente. Mentem
de corpo e alma, completamente.
E mentem de maneira tão pungente
que acho que mentem sinceramente.
Mentem, sobretudo, impune/mente.
Não mentem tristes. Alegremente
mentem. Mentem tão nacional/mente
que acham que mentindo história afora
vão enganar a morte eterna/mente.
Mentem. Mentem e calam. Mas suas frases
falam. E desfilam de tal modo nuas
que mesmo um cego pode ver
a verdade em trapos pelas ruas.
Sei que a verdade é difícil
e para alguns é cara e escura.
Mas não se chega à verdade
pela mentira, nem à democracia
pela ditadura.
Fragmento 2.
Evidente/mente a crer
nos que me mentem
uma flor nasceu em Hiroshima
e em Auschwitz havia um circo
permanente.
Mentem. Mentem caricatural-
mente.
Mentem como a careca
mente ao pente,
mentem como a dentadura
mente ao dente,
mentem como a carroça
à besta em frente,
mentem como a doença
ao doente,
mentem clara/mente
como o espelho transparente.
Mentem deslavadamente,
como nenhuma lavadeira mente
ao ver a nódoa sobre o linho.Mentem
com a cara limpa e nas mãos
o sangue quente.Mentem
ardente/mente como um doente
em seus instantes de febre.Mentem
fabulosa/mente como o caçador que quer passar
gato por lebre.E nessa trilha de mentiras
a caça é que caça o caçador
com a armadilha.
E assim cada qual
mente industrial? mente,
mente partidária? mente,
mente incivil? mente,
mente tropical?mente,
mente incontinente?mente,
mente hereditária?mente,
mente, mente, mente.
E de tanto mentir tão brava/mente
constroem um país
de mentira
-diária/mente.
* Este poema foi recitado na voz de Tônia Carrero no CD "Affonso Romano de Sant'Anna por Tônia Carrero" da Coleção "Poesia Falada".
terça-feira, 5 de fevereiro de 2008
840) Uma selecao de artigos publicados numa nova revista
Espaço do conhecimento
Tenho colaborado com diversos veículos de caráter acadêmico, entre eles a revista digital Espaço Acadêmico, o newsletter de atualdiade Via Política ou, ocasionalmente, o blog do Instituto Millenium. Eventualmente também preparo resenhas de livros que são normalmente publicadas na revista do IPEA, Desafios do Desenvolvimento, ou no site Parlata.
Em meados de 2007, fui contatado por um professor responsável por uma nova revista acadêmica, a Espaço da Sophia, e solicitado a colaborar, tenho encaminhado alguns materiais que julgo pertinentes ao espírito desse periódico mensal.
Abaixo a lista dos meus artigos publicados desde que comecei a colaborar:
Espaço da Sophia,
Colaborações de Paulo Roberto de Almeida:
9) Políticas Econômicas Nacionais no contexto da globalização: a questão do desenvolvimento (ano I, nr. 11, fevereiro 2008)
8) Uma proposta modesta: a reforma do Brasil (ano I, nr. 10, janeiro 2008)
7) História virtual do Brasil: um exercício intelectual (ano I, nr. 9, dezembro 2007)
6) Expansão Econômica Mundial: 100 anos de uma obra pioneira (ano I, nr. 8, novembro 2007)
5) Dissolução de uma redundância: crônica do petismo ordinário (ano I, n. 7, outubro 2007)
4) Teses para uma revolução partidária: sugestões para um congresso de um grande partido (ano I, nr. 6, setembro 2007)
3) Já não se fazem mais marxistas como antigamente (ano I, nr. 5, agosto 2007)
2) Prometeu Acorrentado: o Brasil amarrado por sua própria vontade (ano I, nr. 4, julho 2007)
1) Estaria a imbecilidade humana aumentando? (uma pergunta que espero não constrangedora...) (ano I, nr. 3, junho 2007)
Tenho colaborado com diversos veículos de caráter acadêmico, entre eles a revista digital Espaço Acadêmico, o newsletter de atualdiade Via Política ou, ocasionalmente, o blog do Instituto Millenium. Eventualmente também preparo resenhas de livros que são normalmente publicadas na revista do IPEA, Desafios do Desenvolvimento, ou no site Parlata.
Em meados de 2007, fui contatado por um professor responsável por uma nova revista acadêmica, a Espaço da Sophia, e solicitado a colaborar, tenho encaminhado alguns materiais que julgo pertinentes ao espírito desse periódico mensal.
Abaixo a lista dos meus artigos publicados desde que comecei a colaborar:
Espaço da Sophia,
Colaborações de Paulo Roberto de Almeida:
9) Políticas Econômicas Nacionais no contexto da globalização: a questão do desenvolvimento (ano I, nr. 11, fevereiro 2008)
8) Uma proposta modesta: a reforma do Brasil (ano I, nr. 10, janeiro 2008)
7) História virtual do Brasil: um exercício intelectual (ano I, nr. 9, dezembro 2007)
6) Expansão Econômica Mundial: 100 anos de uma obra pioneira (ano I, nr. 8, novembro 2007)
5) Dissolução de uma redundância: crônica do petismo ordinário (ano I, n. 7, outubro 2007)
4) Teses para uma revolução partidária: sugestões para um congresso de um grande partido (ano I, nr. 6, setembro 2007)
3) Já não se fazem mais marxistas como antigamente (ano I, nr. 5, agosto 2007)
2) Prometeu Acorrentado: o Brasil amarrado por sua própria vontade (ano I, nr. 4, julho 2007)
1) Estaria a imbecilidade humana aumentando? (uma pergunta que espero não constrangedora...) (ano I, nr. 3, junho 2007)
quarta-feira, 30 de janeiro de 2008
839) Abertura dos portos: revisitando a historia
No contexto dos 200 anos da chegada do príncipe regente, D. João, a Salvador, e do alvará régio que determinou a abertura dos portos brasileiros ao comércio com as nações amigas de Portugal, tenho o prazer de informar o lançamento, neste dia 28 de janeiro de 2008, em São Paulo, na Federação do Comércio (junto com uma exposição alusiva à data histórica) do livro:
A Abertura dos Portos
organizador por Luis Valente de Oliveira e Rubens Ricupero
São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2007, 352 p.; ISBN: 978-85-7359-651-9
no qual figura minha contribuição:
"A formação econômica brasileira a caminho da autonomia política: uma análise estrutural e conjuntural do período pré-Independência" (p. 256-283)
Paulo Roberto de Almeida
A Abertura dos Portos
organizador por Luis Valente de Oliveira e Rubens Ricupero
São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2007, 352 p.; ISBN: 978-85-7359-651-9
no qual figura minha contribuição:
"A formação econômica brasileira a caminho da autonomia política: uma análise estrutural e conjuntural do período pré-Independência" (p. 256-283)
Paulo Roberto de Almeida
domingo, 27 de janeiro de 2008
838) O que fez voce mudar de ideia? e por que?
The Edge Annual Question — 2008
When thinking changes your mind, that's philosophy.
When God changes your mind, that's faith.
When facts change your mind, that's science.
WHAT HAVE YOU CHANGED YOUR MIND ABOUT? WHY?
Science is based on evidence. What happens when the data change? How have scientific findings or arguments changed your mind?"
165 contributors; 112,600 words
Printer version.
Veja todas as questões anuais, a partir de 1998, aqui.
When thinking changes your mind, that's philosophy.
When God changes your mind, that's faith.
When facts change your mind, that's science.
WHAT HAVE YOU CHANGED YOUR MIND ABOUT? WHY?
Science is based on evidence. What happens when the data change? How have scientific findings or arguments changed your mind?"
165 contributors; 112,600 words
Printer version.
Veja todas as questões anuais, a partir de 1998, aqui.
837) Stephen Jay Gould: o triunfo da razao
The Triumph of Stephen Jay Gould
By Richard C. Lewontin
NEW YORK REVIEW OF BOOKS, Volume 55, Number 2 · February 14, 2008
One of the most interesting developments of the last sixty years in the popularization of intellectual concerns and higher culture has been the appearance of "public intellectuals." They are, for the most part, academics who use a variety of means of access to a wide audience to disseminate ideas that are sometimes an integral part of their expertise, and sometimes very far from their professional field. ...
When I was a boy The New York Times had one science reporter, Waldemar Kaempfert, who wrote an occasional column. It now has a staff that produces an entire ten-page Science Times every Tuesday. Of the twenty-two contributors to the 2007 Fall Books edition of The New York Review, nine were academics. The pages of that edition included twenty-six advertisements from university presses announcing 154 books. Nor are university presses the sole publishers of the work of professional thinkers. Really successful public intellectuals employ a literary agent who places his clients' work with major trade publishers or may even serve as the editor of a collection of articles of his clients, [3] which is then published by a major house.
There is a considerable variation in the degree to which academic public intellectuals stray from their own technical work in their public writings. Even those who begin with both feet planted firmly in their discipline find it hard to resist the seduction of generalizing, especially if they see some relevance of their knowledge to human history and social structure. E.O. Wilson, a great expert on the biology of ants and especially on ant behavior, devoted most of his famous book on sociobiology to the social behavior of "lower" animals, but his status as a public intellectual arose from his extension of those ideas and observations to claims about human nature and human social institutions. After all, Homo sapiens is an animal, so why should we not be able to understand human history as just another example of a general theory about animal behavior?
Some depart entirely from their expertise and build a public career with only the slimmest connection to their professional knowledge. It will not be obvious to the readers of Jared Diamond's Guns, Germs, and Steel that he is, in fact, a physiologist and an expert in tropical biogeography. Still others are public figures concerned with political questions quite separate from the content of their intellectual accomplishment. Noam Chomsky's politics have nothing to do with his theory of universal grammar, although he might gain attention for his political arguments because we already know that he is very smart. It is even possible to become a public intellectual in science with no institutional home in a technical discipline. Richard Dawkins, who was trained as a biologist and who obviously knows a great deal about genetics and evolution, is Professor of the Public Understanding of Science at Oxford.
___
[3] See, for example, What We Believe But Cannot Prove: Today's Leading Thinkers on Science in the Age of Certainty, edited by John Brockman (HarperPerennial, 2006).
By Richard C. Lewontin
NEW YORK REVIEW OF BOOKS, Volume 55, Number 2 · February 14, 2008
One of the most interesting developments of the last sixty years in the popularization of intellectual concerns and higher culture has been the appearance of "public intellectuals." They are, for the most part, academics who use a variety of means of access to a wide audience to disseminate ideas that are sometimes an integral part of their expertise, and sometimes very far from their professional field. ...
When I was a boy The New York Times had one science reporter, Waldemar Kaempfert, who wrote an occasional column. It now has a staff that produces an entire ten-page Science Times every Tuesday. Of the twenty-two contributors to the 2007 Fall Books edition of The New York Review, nine were academics. The pages of that edition included twenty-six advertisements from university presses announcing 154 books. Nor are university presses the sole publishers of the work of professional thinkers. Really successful public intellectuals employ a literary agent who places his clients' work with major trade publishers or may even serve as the editor of a collection of articles of his clients, [3] which is then published by a major house.
There is a considerable variation in the degree to which academic public intellectuals stray from their own technical work in their public writings. Even those who begin with both feet planted firmly in their discipline find it hard to resist the seduction of generalizing, especially if they see some relevance of their knowledge to human history and social structure. E.O. Wilson, a great expert on the biology of ants and especially on ant behavior, devoted most of his famous book on sociobiology to the social behavior of "lower" animals, but his status as a public intellectual arose from his extension of those ideas and observations to claims about human nature and human social institutions. After all, Homo sapiens is an animal, so why should we not be able to understand human history as just another example of a general theory about animal behavior?
Some depart entirely from their expertise and build a public career with only the slimmest connection to their professional knowledge. It will not be obvious to the readers of Jared Diamond's Guns, Germs, and Steel that he is, in fact, a physiologist and an expert in tropical biogeography. Still others are public figures concerned with political questions quite separate from the content of their intellectual accomplishment. Noam Chomsky's politics have nothing to do with his theory of universal grammar, although he might gain attention for his political arguments because we already know that he is very smart. It is even possible to become a public intellectual in science with no institutional home in a technical discipline. Richard Dawkins, who was trained as a biologist and who obviously knows a great deal about genetics and evolution, is Professor of the Public Understanding of Science at Oxford.
___
[3] See, for example, What We Believe But Cannot Prove: Today's Leading Thinkers on Science in the Age of Certainty, edited by John Brockman (HarperPerennial, 2006).
Assinar:
Comentários (Atom)
Postagem em destaque
Livro Marxismo e Socialismo finalmente disponível - Paulo Roberto de Almeida
Meu mais recente livro – que não tem nada a ver com o governo atual ou com sua diplomacia esquizofrênica, já vou logo avisando – ficou final...
-
Uma preparação de longo curso e uma vida nômade Paulo Roberto de Almeida A carreira diplomática tem atraído número crescente de jovens, em ...
-
FAQ do Candidato a Diplomata por Renato Domith Godinho TEMAS: Concurso do Instituto Rio Branco, Itamaraty, Carreira Diplomática, MRE, Diplom...
-
Liberando um artigo que passou um ano no limbo: Mercosul e União Europeia: a longa marcha da cooperação à associação Recebo, em 19/12/2025,...
-
Mercado Comum da Guerra? O Mercosul deveria ser, em princípio, uma zona de livre comércio e também uma zona de paz, entre seus próprios memb...
-
Países de Maior Acesso aos textos PRA em Academia.edu (apenas os superiores a 100 acessos) Compilação Paulo Roberto de Almeida (15/12/2025) ...
-
Reproduzo novamente uma postagem minha de 2020, quando foi publicado o livro de Dennys Xavier sobre Thomas Sowell quarta-feira, 4 de março...
-
O destino do Brasil? Uma tartarug a? Paulo Roberto de Almeida Nota sobre os desafios políticos ao desenvolvimento do Brasil Esse “destino” é...
-
Itamaraty 'Memórias', do embaixador Marcos Azambuja, é uma aula de diplomacia Embaixador foi um grande contador de histórias, ...
-
Quando a desgraça é bem-vinda… Leio, tardiamente, nas notícias do dia, que o segundo chanceler virtual do bolsolavismo diplomático (2019-202...