Dilma admite que currículo acadêmico continha erro
Raphael Gomide
Folha de S. Paulo, 08.07.2009
A ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) reconheceu ontem que havia erros no seu currículo na Plataforma Lattes e em sua biografia na página do ministério. Ela admitiu que não concluiu os cursos de mestrado e doutorado na Unicamp, mas afirmou não saber quem inseriu as informações erradas -apesar de o documento ter certificado digital do autor.
A Plataforma Lattes é uma base de dados acadêmicos, mantida pelo CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico).
Dilma disse que cumpriu todos os créditos do mestrado e do doutorado, mas não finalizou a dissertação e a tese porque estava em cargos públicos. A ministra afirmou que o currículo foi preenchido em 2000, quando ainda era doutoranda e não tinha sido jubilada.
Lá [no currículo acadêmico] tem um equívoco, sim: a parte relativa ao mestrado está errada. A relativa ao doutorado não estava errada no que se refere a ser doutoranda. Mas está errada no que se refere ao curso que eles me botaram [ciências sociais]. Retificamos as duas coisas. Não sei que vantagem teria de falar que tinha feito ciências sociais e não economia, minha profissão pública. Estou olhando como isso ocorreu.
A revelação de que havia erros no currículo foi feita pela revista Piauí deste mês.
A assessoria de imprensa da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) informou que vai checar hoje com a Diretoria Acadêmica se Dilma foi aluna de mestrado da instituição. Em princípio, a assessoria havia afirmado que a ministra não tinha cursado o mestrado.
A Casa Civil enviou à Folha declaração da Unicamp de que ela estava regularmente matriculada no programa de pós-graduação [nível mestrado] em ciências econômicas, entre março de 1978 e julho de 1983.
Eu me mudei para lá [Campinas], morei, tenho colegas. Minha filha tinha dois anos, fiz um baita esforço, fiquei lá dois anos e meio, disse a ministra.
Sobre o doutorado, a assessoria da Unicamp disse que Dilma entrou no curso em 1998 e poderia concluí-lo até 2004, mas teve a matrícula cancelada em 2000, por falta de inscrição.
Por que não concluí a tese [de mestrado]? Pelo mesmo motivo que não concluí o doutorado. Eu fui ser secretária da Fazenda. Não estava gazeteando nada, estava trabalhando. Segundo o próprio site da Casa Civil, porém, ela só veio a ser secretária da Fazenda de Porto Alegre em 86, três anos depois.
============
Lula tem razão: não confie nos doutores
Elio Gaspari
Folha de S. Paulo, 08.07.2009
LOGO NO GOVERNO de um presidente que chegou ao Planalto sem diploma de curso secundário e gosta de ironizar canudos, descobriu-se que dois de seus ministros ostentaram títulos universitários maquiados. A repórter Malu Gaspar revelou que, ao contrário do que informava o Itamaraty, o chanceler Celso Amorim jamais teve título de doutor em ciências políticas e econômicas pela London School of Economics. Pior: a biografia oficial de Dilma Rousseff, ministra-chefe da Casa Civil, candidata à Presidência da República, informava que ela é "mestre em teoria econômica" e doutoranda em economia monetária e financeira pela Unicamp. A Plataforma Lattes, do CNPq, registrou que ela obteve o mestrado com uma dissertação sobre "Modelo Energético do Rio Grande do Sul". Falso. O repórter Luiz Maklouf Carvalho revelou que, segundo a Unicamp, não há registro de matrícula de Dilma Rousseff no seu curso de mestrado. Só ela tem a senha que permite mexer nos dados da página com seu currículo no Lattes.
Dilma e Amorim não preencheram o requisito essencial para obtenção do título de doutor, que é a apresentação de uma tese. Uma pessoa só é "doutorando" enquanto cursa o programa de doutorado ou enquanto cumpre o prazo de carência para a entrega da tese. Depois disso, volta a ser "uma pessoa qualquer". Há 1,1 milhão de acadêmicos cadastrados no Lattes. Se nesse universo de professores ficam impunes coisas desse tipo, será difícil um mestre condenar aluno que comprou trabalhos na internet.
A ministra Dilma tem uma relação agreste com a realidade. Em março do ano passado ela sustentou que a Casa Civil não organizara um dossiê de despesas pessoais de Fernando Henrique Cardoso na Presidência. Tudo não passava de um "banco de dados". Um mês antes, num jantar com 30 empresários, ela informara que o governo estava colecionando contas incriminatórias do tucanato.
Lidando com um período sofrido de sua juventude, ela disse que, durante a ditadura, "muitas vezes as pessoas eram perseguidas e mortas... e presas por crime de opinião e de organização, não necessariamente por ações armadas. O meu caso não é de ação armada. O meu caso foi de crime de organização e de opinião".
Presos e condenados por crime de opinião foram o historiador Caio Prado Júnior e o deputado Chico Pinto, Dilma Rousseff militou em duas organizações que, programaticamente, defendiam a luta armada para instalar um "Governo Popular Revolucionário" (Colina, abril de 1968) ou um "Governo Revolucionário dos Trabalhadores, expressão da Ditadura do Proletariado" (VAR-Palmares, setembro de 1969). Dilma nega que tenha participado de ações armadas, ou mesmo planejado assaltos. Até hoje não pareceu um mísero fato que a desminta, mas o Colina, que ela ajudou a organizar, matou um major alemão pensando que fosse um oficial boliviano e assaltou pelo menos três bancos. Seria injusto obrigar a ministra a carregar a mochila dos ideais de seus vint’anos. Até porque, no limite, merecem mais respeito os jovens que assumiram riscos e pegaram em armas do que oficiais, agentes do Estado, que torturaram e assassinaram prisioneiros. Ainda assim, é um péssimo prenúncio ver uma ministra-candidata que maquia currículo, bem como o propósito de sua militância. As pessoas preferem acreditar nas outras.
=========
PAC: Programa de Aumento do Currículo
Rodrigo Constantino
08.07.2009
O mais novo escândalo no governo é o crime de "falsificação ideológica" da ministra Dilma, candidata a presidente em 2010, que teria adulterado seu currículo na Plataforma Lattes, do CNPq. A ministra teria apelado para o PAC, Programa de Aumento do Currículo, acrescentendo um mestrado inexistente, assim como um "doutorando" na Unicamp que não passa de lorota. Muitos brasileiros ficaram chocados. Afinal, trata-se de uma pessoa que quer assumir a Presidência da República, e começa mentindo sobre suas qualificações.
A ministra nega, seguindo a moda de Brasília, que tem no próprio presidente Lula seu maior ícone, já que "o cara" nunca sabe de nada. O problema é que uma senha, assim como o CPF, são necessários para mudar os dados em questão. Se não foi a ministra que mexeu nas informações, então ela é igualmente incapaz de assumir o governo, pois não consegue nem controlar seus dados pessoais.
Mas o que eu queria comentar mesmo é que a revolta de alguns brasileiros não passa de uma "afetação moralista burguesa". Afinal, para essa corja no poder, os fins sempre justificaram quaisquer meios. Ora, a ministra Dilma tem uma ficha criminal tão extensa, que uma simples "falsidade ideológica" não será o maior problema. A guerrilheira Estela, codinome da ministra nos tempos em que ela lutava para implantar no país uma ditadura como a cubana, fez coisas muito pior, inclusive planejar assaltos. E ela jamais se arrependeu publicamente de seu passado, seu verdadeiro currículo. Pelo contrário: ela tem orgulho dele!
Portanto, vamos deixar essa coisa de revolta contra mentiras tolas para os "moralistas", pois os petistas não têm a mais vaga noção do que isso significa. Para os petistas, existe somente uma meta, e qualquer coisa que os ajude a alcançá-la está valendo. Essa meta é o poder!
Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas. Ver também minha página: www.pralmeida.net (em construção).
quarta-feira, 8 de julho de 2009
1203) O frango atravessou a estrada: resta saber por que?
O FRANGO ATRAVESSOU A ESTRADA
POR QUE ?
RESPOSTAS ALTERNATIVAS:
PROFESSORA PRIMÁRIA
Porque o frango queria chegar ao outro lado da estrada.
CRIANÇA
Porque sim.
MOISÉS
Uma voz vinda do céu bradou ao frango: "Cruza a estrada!" E o frango cruzou a estrada e todos se regojizaram.
SÓCRATES
Tudo o que sei é que nada sei.
PLATÃO
Porque buscava alcançar o Bem.
ARISTÓTELES
É da natureza do frango cruzar a estrada.
MAQUIAVEL
A quem importa o porquê? Estabelecido o fim de cruzar a estrada, é irrelevante discutir os meios que utilizou para isso.
BLAISE PASCAL
Quem sabe? O coração do frango tem razões que a própria razão desconhece.
MARX
O atual estágio das forças produtivas exigia uma nova classe de frangos, capazes de cruzar a estrada.
DARWIN
Ao longo dos tempo os frangos vêm sendo selecionados de forma natural, de modo que agora chegaram à etapa de evolução da espécie que os leva a cruzarem as estradas.
FREUD
A preocupação com o fato de o frango ter cruzado a estrada é um sintoma de insegurança sexual.
EINSTEIN
Se o frango cruzou a estrada ou a estrada se moveu sob o frango, não dá para saber. Tudo é relativo.
HEMINGWAY
To die. Alone. In the rain.
GEORGE ORWELL
Para fugir da ditadura dos porcos.
SARTRE
Trata-se de mera faticidade. A existência do frango está em sua liberdade de cruzar a estrada.
CHE GUEVARA
Hay que cruzar la carretera, pero sin jamás perder la ternura...
MARTIN LUTHER KING
Eu tive um sonho. Vi um mundo no qual todos os frangos são livres para cruzar a estrada sem que sejam questionados seus motivos.
MACONHEIRO
Foi uma viagem...
NELSON RODRIGUES
Porque viu sua cunhada, uma galinha sedutora, do outro lado da estrada.
DORIVAL CAYMMI
Eu acho (pausa)... Amália, vá lá ver pra onde vai esse frango pra mim, minha filha, que o moço aqui tá querendo saber...
CAETANO VELOSO
O frango é amaro, é lindo, uma coisa assim amara. Ele atravessou, atravessa e atravessará a estrada porque Narciso, filho de D.Canô, quisera comê-lo ou não!
GALVÃO BUENO
Bem amigos da Rede Globo... O frango é brasileiro! É o Brasil atravessando a estrada! Haja coração!!!
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
Por que ele atravessou a estrada, não vem ao caso. O importante é que, com o Plano Real, o povo está comendo mais frango.
PAULO MALUF
O meu governo foi o que construiu mais passarelas para frangos. Quando for eleito de novo são os galinheiros deste lado da estrada que vou construir. Para o frango não ter mais que atravessar a estrada.
POR QUE ?
RESPOSTAS ALTERNATIVAS:
PROFESSORA PRIMÁRIA
Porque o frango queria chegar ao outro lado da estrada.
CRIANÇA
Porque sim.
MOISÉS
Uma voz vinda do céu bradou ao frango: "Cruza a estrada!" E o frango cruzou a estrada e todos se regojizaram.
SÓCRATES
Tudo o que sei é que nada sei.
PLATÃO
Porque buscava alcançar o Bem.
ARISTÓTELES
É da natureza do frango cruzar a estrada.
MAQUIAVEL
A quem importa o porquê? Estabelecido o fim de cruzar a estrada, é irrelevante discutir os meios que utilizou para isso.
BLAISE PASCAL
Quem sabe? O coração do frango tem razões que a própria razão desconhece.
MARX
O atual estágio das forças produtivas exigia uma nova classe de frangos, capazes de cruzar a estrada.
DARWIN
Ao longo dos tempo os frangos vêm sendo selecionados de forma natural, de modo que agora chegaram à etapa de evolução da espécie que os leva a cruzarem as estradas.
FREUD
A preocupação com o fato de o frango ter cruzado a estrada é um sintoma de insegurança sexual.
EINSTEIN
Se o frango cruzou a estrada ou a estrada se moveu sob o frango, não dá para saber. Tudo é relativo.
HEMINGWAY
To die. Alone. In the rain.
GEORGE ORWELL
Para fugir da ditadura dos porcos.
SARTRE
Trata-se de mera faticidade. A existência do frango está em sua liberdade de cruzar a estrada.
CHE GUEVARA
Hay que cruzar la carretera, pero sin jamás perder la ternura...
MARTIN LUTHER KING
Eu tive um sonho. Vi um mundo no qual todos os frangos são livres para cruzar a estrada sem que sejam questionados seus motivos.
MACONHEIRO
Foi uma viagem...
NELSON RODRIGUES
Porque viu sua cunhada, uma galinha sedutora, do outro lado da estrada.
DORIVAL CAYMMI
Eu acho (pausa)... Amália, vá lá ver pra onde vai esse frango pra mim, minha filha, que o moço aqui tá querendo saber...
CAETANO VELOSO
O frango é amaro, é lindo, uma coisa assim amara. Ele atravessou, atravessa e atravessará a estrada porque Narciso, filho de D.Canô, quisera comê-lo ou não!
GALVÃO BUENO
Bem amigos da Rede Globo... O frango é brasileiro! É o Brasil atravessando a estrada! Haja coração!!!
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
Por que ele atravessou a estrada, não vem ao caso. O importante é que, com o Plano Real, o povo está comendo mais frango.
PAULO MALUF
O meu governo foi o que construiu mais passarelas para frangos. Quando for eleito de novo são os galinheiros deste lado da estrada que vou construir. Para o frango não ter mais que atravessar a estrada.
1202) Brazil as an Economic Superpower?: um livro da Brookings Institution
Brazil in the Global Crisis: Still a Rising Economic Superpower?
In the past decade, Brazil’s role in the world economy has changed in important ways; today, the country occupies key niches in global energy, agriculture, service and some high-technology markets. Brazil could play an important role in helping the global economy recover. However, Latin America’s largest nation still struggles with endemic inequality issues and deep-seated ambivalence toward global economic integration.
Book
Brazil as an Economic Superpower?: Understanding Brazil's Changing Role in the Global Economy
edited by Leonardo Martinez-Diaz and Lael Brainard
(Washington, DC: Brookings Institution Press, 2009)
On July 13, the Latin America Initiative at Brookings will host a discussion on the book. Panelists — including Martinez-Diaz, of Brookings, Jose Guilherme Reis of the World Bank and Paulo Vieira da Cunha, former director of International Affairs at the Central Bank of Brazil — will discuss the impact of the global financial crisis on Brazil’s economy and how the country’s economic prospects might be affected by the slump in global demand and the changes in the international financial system.
In the past decade, Brazil’s role in the world economy has changed in important ways; today, the country occupies key niches in global energy, agriculture, service and some high-technology markets. Brazil could play an important role in helping the global economy recover. However, Latin America’s largest nation still struggles with endemic inequality issues and deep-seated ambivalence toward global economic integration.
Book
Brazil as an Economic Superpower?: Understanding Brazil's Changing Role in the Global Economy
edited by Leonardo Martinez-Diaz and Lael Brainard
(Washington, DC: Brookings Institution Press, 2009)
On July 13, the Latin America Initiative at Brookings will host a discussion on the book. Panelists — including Martinez-Diaz, of Brookings, Jose Guilherme Reis of the World Bank and Paulo Vieira da Cunha, former director of International Affairs at the Central Bank of Brazil — will discuss the impact of the global financial crisis on Brazil’s economy and how the country’s economic prospects might be affected by the slump in global demand and the changes in the international financial system.
1201) Perolas do preconceito: sobre o Enem
Recebi o texto abaixo de um correspondente, depois de eu ter transcrito aqui, alguns posts atras, um desses exemplos de besteirol educacional, consistindo na seleção de frases particularmente estropiadas de alunos do secundário, para deleite ou horror dos incautos.
Penso que o autor está correto, mas tampouco deixo de reconhecer a responsabilidade dos próprios alunos pela sua incultura e ignorância. Afinal de contas, qualquer pessoa medianamente interessada em seu próprio futuro aperfeiçoa o seu domínio do Português pela leitura constante de bons livros.
Passar a mão na cabeça dos alunos e dizer que eles são vítimas de uma escola medíocre é achar que todo mundo é coitadinho, que todo coitadinho é vítima do meio e que deve ser sempre ajudado, em quaisquer circunstancias.
Não retiro o mérito individual e sobretudo a responsabilidade pessoal de qualquer aspecto da vida.
PRA
Pérolas do preconceito
Cesar Ribeiro
O humor é uma arte de resistência. Muitos defendem que o humor não pode ter limites. Pessoalmente, sou bastante libertário neste assunto, acho que o humor pode muito, mas não pode tudo.
Recebi alguns e-mails com o título de “Pérolas do Enem”. O Enem é o Exame Nacional do Ensino Médio, uma prova que o Ministério da Educação aplica para diagnosticar a educação brasileira. Algumas incorreções, sobretudo gramaticais, viram peças de humor, não apenas de internautas, mas de gente como Jô Soares, que já abriu o programa diversas vezes com as “pérolas” dos alunos.
Não consigo rir. Acredito que, nesse assunto, o humor atravessou a fronteira do bom senso. Para mim, o humor só é válido quando a “vítima” ri de si, ou, mesmo que não goste, sabe exatamente por que estão escrachando seu comportamento. Acho difícil que alguém que tenha escrito “O serumano no mesmo tempo que constrói também destrói, pois nos temos que nos unir para realizarmos parcerias” consiga rir de suas inadequações, tanto gramaticais quanto de coerência.
É neste ponto que o humor deixa de ser uma peça de resistência e passa a ser instrumento da opressão. Meia dúzia de pretensos donos da língua pegam frases descontextualizadas e humilham aqueles que não têm domínio sobre a norma culta. Humilhação pura e simples. Afinal, os estudantes que prestaram o exame não são celebridades fajutas, nem políticos fanfarrões nem novos-ricos ridículos. São pessoas que, de uma forma ou outra, estão se expressando como podem, e se escrevem “errado” (bem entre aspas, mesmo) é muito mais por culpa de um sistema educacional excludente e indiferente do que por falta de interesse ou coisa que o valha.
Rir da ignorância gramatical alheia é reforçar ainda mais o abismo social que separa as classes sociais deste País, é reforçar toda uma estrutura política, social, ideológica que permanece no poder. A cada gargalhada que a platéia do Jô Soares dá quando ele repete as frases do Enem; a cada e-mail transmitido com as “pérolas” e com os comentários infames dos “sabedores da língua” (bem entre aspas, mesmo), aumenta mais a exclusão e, principalmente, diminui a força do humor como arte, pois ele passa a servir para uma minoria se divertir, quando a maioria segue seu próprio rumo, virando-se num analfabetismo funcional, que tem lá o seu próprio humor.
Normalmente, quem usa o “não-saber” do outro para rir e sentir-se superior tem a certeza de que a sua inteligência nunca vai ser questionada. Pura balela. Na mesma proporção que alguém tece um comentário torpe sobre a ignorância alheia, pode receber de volta um comentário torpe sobre a própria ignorância. O humor é uma estrada perigosa. Num dia você atropela, no outro é atropelado. Rir daquilo que o outro não sabe é fácil. Quero ver é rir daquilo que você mesmo não sabe, rir da própria ignorância. E isso, os que organizam e repassam as “peroras do Enem”, parecem não conseguir.
http://ciadeorquestracaocenica1.zip.net/arch2007-09-16_2007-09-30.html
Penso que o autor está correto, mas tampouco deixo de reconhecer a responsabilidade dos próprios alunos pela sua incultura e ignorância. Afinal de contas, qualquer pessoa medianamente interessada em seu próprio futuro aperfeiçoa o seu domínio do Português pela leitura constante de bons livros.
Passar a mão na cabeça dos alunos e dizer que eles são vítimas de uma escola medíocre é achar que todo mundo é coitadinho, que todo coitadinho é vítima do meio e que deve ser sempre ajudado, em quaisquer circunstancias.
Não retiro o mérito individual e sobretudo a responsabilidade pessoal de qualquer aspecto da vida.
PRA
Pérolas do preconceito
Cesar Ribeiro
O humor é uma arte de resistência. Muitos defendem que o humor não pode ter limites. Pessoalmente, sou bastante libertário neste assunto, acho que o humor pode muito, mas não pode tudo.
Recebi alguns e-mails com o título de “Pérolas do Enem”. O Enem é o Exame Nacional do Ensino Médio, uma prova que o Ministério da Educação aplica para diagnosticar a educação brasileira. Algumas incorreções, sobretudo gramaticais, viram peças de humor, não apenas de internautas, mas de gente como Jô Soares, que já abriu o programa diversas vezes com as “pérolas” dos alunos.
Não consigo rir. Acredito que, nesse assunto, o humor atravessou a fronteira do bom senso. Para mim, o humor só é válido quando a “vítima” ri de si, ou, mesmo que não goste, sabe exatamente por que estão escrachando seu comportamento. Acho difícil que alguém que tenha escrito “O serumano no mesmo tempo que constrói também destrói, pois nos temos que nos unir para realizarmos parcerias” consiga rir de suas inadequações, tanto gramaticais quanto de coerência.
É neste ponto que o humor deixa de ser uma peça de resistência e passa a ser instrumento da opressão. Meia dúzia de pretensos donos da língua pegam frases descontextualizadas e humilham aqueles que não têm domínio sobre a norma culta. Humilhação pura e simples. Afinal, os estudantes que prestaram o exame não são celebridades fajutas, nem políticos fanfarrões nem novos-ricos ridículos. São pessoas que, de uma forma ou outra, estão se expressando como podem, e se escrevem “errado” (bem entre aspas, mesmo) é muito mais por culpa de um sistema educacional excludente e indiferente do que por falta de interesse ou coisa que o valha.
Rir da ignorância gramatical alheia é reforçar ainda mais o abismo social que separa as classes sociais deste País, é reforçar toda uma estrutura política, social, ideológica que permanece no poder. A cada gargalhada que a platéia do Jô Soares dá quando ele repete as frases do Enem; a cada e-mail transmitido com as “pérolas” e com os comentários infames dos “sabedores da língua” (bem entre aspas, mesmo), aumenta mais a exclusão e, principalmente, diminui a força do humor como arte, pois ele passa a servir para uma minoria se divertir, quando a maioria segue seu próprio rumo, virando-se num analfabetismo funcional, que tem lá o seu próprio humor.
Normalmente, quem usa o “não-saber” do outro para rir e sentir-se superior tem a certeza de que a sua inteligência nunca vai ser questionada. Pura balela. Na mesma proporção que alguém tece um comentário torpe sobre a ignorância alheia, pode receber de volta um comentário torpe sobre a própria ignorância. O humor é uma estrada perigosa. Num dia você atropela, no outro é atropelado. Rir daquilo que o outro não sabe é fácil. Quero ver é rir daquilo que você mesmo não sabe, rir da própria ignorância. E isso, os que organizam e repassam as “peroras do Enem”, parecem não conseguir.
http://ciadeorquestracaocenica1.zip.net/arch2007-09-16_2007-09-30.html
terça-feira, 7 de julho de 2009
1200) Brasil: ¿potencia americana? - Foreign Affairs Latino America
Um número inteiro sobre o Brasil, com a participação de especialistas conhecidos.
Carta del director
Brasil: ¿potencia americana?
El momento de Brasil
Juan de Onis
Después de décadas de un crecimiento inconstante y de desórdenes políticos, Brasil está listo para alcanzar su potencial como actor global. Con un nuevo gobierno en Estados Unidos a partir de este año y uno nuevo en Brasil en 2010, es tiempo de repensar las relaciones entre las dos grandes democracias del hemisferio occidental.
Autores y actores de la política exterior brasileña
Leticia Pinheiro
Antes de llegar a este momento, en el que la agenda de la política exterior brasileña está tan diversificada temáticamente y son innumerables los actores que participan en ella, el país fue testigo de diferentes regímenes políticos y adoptó distintos modelos de desarrollo económico, participó en la formulación de diversas normas del sistema internacional y completó un proceso de creciente internacionalización.
La política exterior brasileña y los desafíos de la gobernanza global
Maria Regina Soares de Lima
El artículo examina los desafíos para la participación de la política exterior brasileña en las instituciones de gobernanza global, en el marco de una coyuntura de cambios sistémicos e internos. Se analizan las dos principales perspectivas sobre el papel de Brasil en el orden internacional y se señalan cuáles son los principales desafíos externos e internos para que Brasil tenga un mayor protagonismo en la escena mundial.
Las relaciones Brasil-Estados Unidos: al compás de nuevas coincidencias
Monica Hirst
En los últimos años se han podido observar cambios en la relación entre Brasil y Estados Unidos en diversas áreas. Aunque este proceso tiene características específicas que remiten a la historia de este vínculo bilateral, es importante analizarlo en el marco de las transformaciones del sistema internacional y, especialmente, de la política exterior de Estados Unidos desde septiembre de 2001.
Brasil y la tormenta que se avecina
Andrew Hurrell
Brasil se ha convertido en un actor importante e influyente en el escenario internacional, pero su actuación depende de la realidad económica y política mundial que surge de las transformaciones al sistema que diseñó Estados Unidos durante la Guerra Fría. La crisis financiera representa tan sólo un elemento en la serie de cambios que determinarán los retos y las oportunidades para la diplomacia brasileña en los próximos años.
La integración regional: una responsabilidad compartida entre Brasil y México
Salvador Arriola
El artículo describe el estado actual de la relación bilateral Brasil-México, algunas de sus características principales y, sobre todo, los beneficios que pueden derivarse de un conocimiento mayor y permanente entre ambos países, que sirva como ejemplo y espejo a toda la región latinoamericana.
Los acuerdos comerciales regionales en la agenda brasileña
Lia Valls Pereira
A comienzos del siglo xxi, Brasil amplió su agenda de acuerdos comerciales. Además de priorizar el Mercosur y la integración sudamericana, se firmaron varios acuerdos con países en desarrollo. No obstante, el análisis de esos acuerdos demuestra que los más importantes abarcan pocos productos y aún no han entrado en vigor. Con respecto a los acuerdos con países desarrollados, la agenda brasileña está estancada.
Inserción económica brasileña en América del Sur
Ricardo Sennes y Ricardo Mendes
América del Sur tiene un lugar destacado en la internacionalización económica de Brasil, en lo relativo a su expansión comercial y a la de sus inversiones. La posición de Brasil frente a la actual crisis económica debe profundizar esa tendencia de crecimiento. Sin embargo, la región carece de instituciones y acuerdos para la protección de las inversiones o para la integración energética, entre otros temas. En ese escenario, es posible que surjan tensiones entre Brasil y los países vecinos por cuestiones económicas.
Integración y transición energética: una perspectiva brasileña
Adilson de Oliveira
América del Sur se encuentra en una posición privilegiada para participar en el proceso de transición hacia la era pospetróleo. El vasto potencial de energías renovables y fósiles abre ventanas de oportunidad para que la región sea fuente segura de abastecimiento de energía. Para explorar esas oportunidades, es esencial que el desarrollo del mercado energético regional ocurra de forma cooperativa y coordinada. La elaboración de un marco regulatorio que promueva la oferta de seguridad energética y la constitución de un acuerdo regional que ofrezca seguridad jurídica para la inversión es esencial para el éxito de la transición energética de la región.
¿Agronegocio de la crisis o crisis del agronegocio?
Leila Harfuch, Marcelo Moreira y Luciane Chiodi
El objetivo de este artículo es comprender las consecuencias reales de la crisis económica internacional sobre el agronegocio brasileño, en el marco de la agricultura mundial y dadas las características particulares de los principales sectores agrícolas brasileños. El análisis concluye que la combinación de los elevados costos de producción, la caída de los precios y la falta de disponibilidad de crédito comprometen la respuesta de la agricultura brasileña a la demanda de alimentos.
El programa Bolsa Familia: un éxito entre el público y la crítica
Julia Sant’Anna
En los últimos 6 años, la política social del gobierno del presidente Luiz Inácio Lula da Silva ha recibido escasas críticas. El programa Bolsa Familia, eje central de la estrategia social desde 2003, parece mostrar que pueden convivir el pragmatismo económico y las políticas de bienestar destinadas a un amplio sector de la población, que antes no era considerado como prioritario en el gasto social brasileño. Ésta no es una receta necesariamente nueva ni surgida de la izquierda, pero está funcionando con bastante éxito en el Brasil de Lula.
Crisis: ¿más incertidumbre y más pobres?
La gran crisis económica de 2008: un revés geopolítico para Occidente
Roger C. Altman
El colapso económico de 2008, el peor en más de 75 años, es un importante revés geopolítico para Occidente. Ha despojado a Washington y a los gobiernos europeos de los recursos y la credibilidad que necesitan para mantener su papel en los asuntos globales. Estas debilidades se repararán con el tiempo, pero mientras tanto seguirán acelerando tendencias que están provocando que el centro de gravedad del mundo se aleje de Estados Unidos.
De la Ronda de Doha al siguiente Bretton Woods: una nueva agenda de comercio multilateral
Aaditya Mattoo y Arvind Subramanian
Los líderes del mundo podrían sentirse tentados a revisar la fracasada Ronda de Doha sobre comercio internacional; sin embargo, Doha no trata los problemas económicos más urgentes del mundo, incluidos aquellos que contribuyeron a la actual crisis financiera. Lo que se necesita, en cambio, es una nueva conversación —un segundo Bretton Woods— que trate las necesidades de las potencias tradicionales y emergentes por igual.
Ideas en crisis: notas sobre el derrumbe de la economía global
Pablo Larrañaga
La situación económica actual conlleva una crisis del saber compartido a propósito de la globalización, sustentado en la oposición entre las lógicas del Estado y del mercado. Para el autor, las posibilidades de una recuperación económica estable dependen de satisfacer, en el marco de distintos riesgos de regresión, una difícil ecuación: el compromiso con la globalidad y una acción pública efectiva.
La política del hambre
Paul Collier
La crisis de los alimentos puede tener efectos desastrosos sobre los más pobres. Los políticos tienen el poder de resolver la crisis alimentaria, pero deben estar dispuestos a poner fin a los prejuicios contra las grandes granjas comerciales y las cosechas genéticamente modificadas, y eliminar los subsidios a la agricultura —los gigantes del populismo romántico, impulsados tanto por la ilusión como por la ambición—.
Mundo
El mito del renacimiento autocrático: por qué prevalecerá la democracia liberal
Daniel Deudney y G. John Ikenberry
Después de años de triunfalismo liberal, el temor de que las autocracias han encontrado nuevas formas de prosperar ha aumentado en tiempos recientes. De hecho, los imperativos de la democracia liberal son más fuertes que nunca. La clave para debilitar a las autocracias es incorporarlas al orden liberal, no excluirlas de él.
La ventaja de Estados Unidos: el poder en el siglo de la interconectividad
Anne-Marie Slaughter
En el mundo de las redes del siglo xxi, el poder de un Estado se mide según su capacidad para convertir la conectividad en innovación y crecimiento. Debido a su demografía, geografía y cultura, Estados Unidos tiene el potencial de hacer del siglo de la interconectividad un siglo estadounidense.
Comentarios y reseñas
Una agenda más general: una política exterior que va más allá de la era de Bush
Stephen R. Graubard
La próxima agenda internacional de Estados Unidos aún está por formularse y el gran riesgo que podría resultar ser provinciana y demasiado poco imaginativa con respecto a lo que es probable que el mundo valore mañana.
Raudel Ávila Solís
La política como espectáculo: el sexenio de Vicente Fox
Gabriela A. Cantú García
Rostros del hombre: los caminos de la libertad frente a los absolutos
Luis Alfonso Gómez Arciniega
The Dictator’s Shadow: Life Under Augusto Pinochet
Pablo Jiménez Meza
Homeland: descenso a un mundo de odio
Jonathan D. Prendas Rodríguez
La percepción de Brasil en el contexto internacional: perspectivas y desafíos
Antonio Puig Escudero
Razón y desarrollo: el crecimiento económico, las instituciones
y la distribución de la riqueza espiritual
José Enrique Sevilla Macip
País de mentiras
Andrea Valencia Montes de Oca
Del comunismo al terrorismo: la contención en el mundo de la posguerra fría
Clásico (1962)
Ideas equivocadas sobre Brasil
Gilberto Freyre
Muchos analistas no comprenden que Brasil es un Estado distinto de los países hispanoamericanos. La experiencia de tener una monarquía parlamentaria en el momento de su independencia es lo que lo distingue de los demás países de América Latina. Brasil, con base en su propia historia, está tratando de encontrar su propio tipo de democracia —política, económica, social, étnica— en lugar de seguir pasivamente los modelos extranjeros.
Carta del director
Brasil: ¿potencia americana?
El momento de Brasil
Juan de Onis
Después de décadas de un crecimiento inconstante y de desórdenes políticos, Brasil está listo para alcanzar su potencial como actor global. Con un nuevo gobierno en Estados Unidos a partir de este año y uno nuevo en Brasil en 2010, es tiempo de repensar las relaciones entre las dos grandes democracias del hemisferio occidental.
Autores y actores de la política exterior brasileña
Leticia Pinheiro
Antes de llegar a este momento, en el que la agenda de la política exterior brasileña está tan diversificada temáticamente y son innumerables los actores que participan en ella, el país fue testigo de diferentes regímenes políticos y adoptó distintos modelos de desarrollo económico, participó en la formulación de diversas normas del sistema internacional y completó un proceso de creciente internacionalización.
La política exterior brasileña y los desafíos de la gobernanza global
Maria Regina Soares de Lima
El artículo examina los desafíos para la participación de la política exterior brasileña en las instituciones de gobernanza global, en el marco de una coyuntura de cambios sistémicos e internos. Se analizan las dos principales perspectivas sobre el papel de Brasil en el orden internacional y se señalan cuáles son los principales desafíos externos e internos para que Brasil tenga un mayor protagonismo en la escena mundial.
Las relaciones Brasil-Estados Unidos: al compás de nuevas coincidencias
Monica Hirst
En los últimos años se han podido observar cambios en la relación entre Brasil y Estados Unidos en diversas áreas. Aunque este proceso tiene características específicas que remiten a la historia de este vínculo bilateral, es importante analizarlo en el marco de las transformaciones del sistema internacional y, especialmente, de la política exterior de Estados Unidos desde septiembre de 2001.
Brasil y la tormenta que se avecina
Andrew Hurrell
Brasil se ha convertido en un actor importante e influyente en el escenario internacional, pero su actuación depende de la realidad económica y política mundial que surge de las transformaciones al sistema que diseñó Estados Unidos durante la Guerra Fría. La crisis financiera representa tan sólo un elemento en la serie de cambios que determinarán los retos y las oportunidades para la diplomacia brasileña en los próximos años.
La integración regional: una responsabilidad compartida entre Brasil y México
Salvador Arriola
El artículo describe el estado actual de la relación bilateral Brasil-México, algunas de sus características principales y, sobre todo, los beneficios que pueden derivarse de un conocimiento mayor y permanente entre ambos países, que sirva como ejemplo y espejo a toda la región latinoamericana.
Los acuerdos comerciales regionales en la agenda brasileña
Lia Valls Pereira
A comienzos del siglo xxi, Brasil amplió su agenda de acuerdos comerciales. Además de priorizar el Mercosur y la integración sudamericana, se firmaron varios acuerdos con países en desarrollo. No obstante, el análisis de esos acuerdos demuestra que los más importantes abarcan pocos productos y aún no han entrado en vigor. Con respecto a los acuerdos con países desarrollados, la agenda brasileña está estancada.
Inserción económica brasileña en América del Sur
Ricardo Sennes y Ricardo Mendes
América del Sur tiene un lugar destacado en la internacionalización económica de Brasil, en lo relativo a su expansión comercial y a la de sus inversiones. La posición de Brasil frente a la actual crisis económica debe profundizar esa tendencia de crecimiento. Sin embargo, la región carece de instituciones y acuerdos para la protección de las inversiones o para la integración energética, entre otros temas. En ese escenario, es posible que surjan tensiones entre Brasil y los países vecinos por cuestiones económicas.
Integración y transición energética: una perspectiva brasileña
Adilson de Oliveira
América del Sur se encuentra en una posición privilegiada para participar en el proceso de transición hacia la era pospetróleo. El vasto potencial de energías renovables y fósiles abre ventanas de oportunidad para que la región sea fuente segura de abastecimiento de energía. Para explorar esas oportunidades, es esencial que el desarrollo del mercado energético regional ocurra de forma cooperativa y coordinada. La elaboración de un marco regulatorio que promueva la oferta de seguridad energética y la constitución de un acuerdo regional que ofrezca seguridad jurídica para la inversión es esencial para el éxito de la transición energética de la región.
¿Agronegocio de la crisis o crisis del agronegocio?
Leila Harfuch, Marcelo Moreira y Luciane Chiodi
El objetivo de este artículo es comprender las consecuencias reales de la crisis económica internacional sobre el agronegocio brasileño, en el marco de la agricultura mundial y dadas las características particulares de los principales sectores agrícolas brasileños. El análisis concluye que la combinación de los elevados costos de producción, la caída de los precios y la falta de disponibilidad de crédito comprometen la respuesta de la agricultura brasileña a la demanda de alimentos.
El programa Bolsa Familia: un éxito entre el público y la crítica
Julia Sant’Anna
En los últimos 6 años, la política social del gobierno del presidente Luiz Inácio Lula da Silva ha recibido escasas críticas. El programa Bolsa Familia, eje central de la estrategia social desde 2003, parece mostrar que pueden convivir el pragmatismo económico y las políticas de bienestar destinadas a un amplio sector de la población, que antes no era considerado como prioritario en el gasto social brasileño. Ésta no es una receta necesariamente nueva ni surgida de la izquierda, pero está funcionando con bastante éxito en el Brasil de Lula.
Crisis: ¿más incertidumbre y más pobres?
La gran crisis económica de 2008: un revés geopolítico para Occidente
Roger C. Altman
El colapso económico de 2008, el peor en más de 75 años, es un importante revés geopolítico para Occidente. Ha despojado a Washington y a los gobiernos europeos de los recursos y la credibilidad que necesitan para mantener su papel en los asuntos globales. Estas debilidades se repararán con el tiempo, pero mientras tanto seguirán acelerando tendencias que están provocando que el centro de gravedad del mundo se aleje de Estados Unidos.
De la Ronda de Doha al siguiente Bretton Woods: una nueva agenda de comercio multilateral
Aaditya Mattoo y Arvind Subramanian
Los líderes del mundo podrían sentirse tentados a revisar la fracasada Ronda de Doha sobre comercio internacional; sin embargo, Doha no trata los problemas económicos más urgentes del mundo, incluidos aquellos que contribuyeron a la actual crisis financiera. Lo que se necesita, en cambio, es una nueva conversación —un segundo Bretton Woods— que trate las necesidades de las potencias tradicionales y emergentes por igual.
Ideas en crisis: notas sobre el derrumbe de la economía global
Pablo Larrañaga
La situación económica actual conlleva una crisis del saber compartido a propósito de la globalización, sustentado en la oposición entre las lógicas del Estado y del mercado. Para el autor, las posibilidades de una recuperación económica estable dependen de satisfacer, en el marco de distintos riesgos de regresión, una difícil ecuación: el compromiso con la globalidad y una acción pública efectiva.
La política del hambre
Paul Collier
La crisis de los alimentos puede tener efectos desastrosos sobre los más pobres. Los políticos tienen el poder de resolver la crisis alimentaria, pero deben estar dispuestos a poner fin a los prejuicios contra las grandes granjas comerciales y las cosechas genéticamente modificadas, y eliminar los subsidios a la agricultura —los gigantes del populismo romántico, impulsados tanto por la ilusión como por la ambición—.
Mundo
El mito del renacimiento autocrático: por qué prevalecerá la democracia liberal
Daniel Deudney y G. John Ikenberry
Después de años de triunfalismo liberal, el temor de que las autocracias han encontrado nuevas formas de prosperar ha aumentado en tiempos recientes. De hecho, los imperativos de la democracia liberal son más fuertes que nunca. La clave para debilitar a las autocracias es incorporarlas al orden liberal, no excluirlas de él.
La ventaja de Estados Unidos: el poder en el siglo de la interconectividad
Anne-Marie Slaughter
En el mundo de las redes del siglo xxi, el poder de un Estado se mide según su capacidad para convertir la conectividad en innovación y crecimiento. Debido a su demografía, geografía y cultura, Estados Unidos tiene el potencial de hacer del siglo de la interconectividad un siglo estadounidense.
Comentarios y reseñas
Una agenda más general: una política exterior que va más allá de la era de Bush
Stephen R. Graubard
La próxima agenda internacional de Estados Unidos aún está por formularse y el gran riesgo que podría resultar ser provinciana y demasiado poco imaginativa con respecto a lo que es probable que el mundo valore mañana.
Raudel Ávila Solís
La política como espectáculo: el sexenio de Vicente Fox
Gabriela A. Cantú García
Rostros del hombre: los caminos de la libertad frente a los absolutos
Luis Alfonso Gómez Arciniega
The Dictator’s Shadow: Life Under Augusto Pinochet
Pablo Jiménez Meza
Homeland: descenso a un mundo de odio
Jonathan D. Prendas Rodríguez
La percepción de Brasil en el contexto internacional: perspectivas y desafíos
Antonio Puig Escudero
Razón y desarrollo: el crecimiento económico, las instituciones
y la distribución de la riqueza espiritual
José Enrique Sevilla Macip
País de mentiras
Andrea Valencia Montes de Oca
Del comunismo al terrorismo: la contención en el mundo de la posguerra fría
Clásico (1962)
Ideas equivocadas sobre Brasil
Gilberto Freyre
Muchos analistas no comprenden que Brasil es un Estado distinto de los países hispanoamericanos. La experiencia de tener una monarquía parlamentaria en el momento de su independencia es lo que lo distingue de los demás países de América Latina. Brasil, con base en su propia historia, está tratando de encontrar su propio tipo de democracia —política, económica, social, étnica— en lugar de seguir pasivamente los modelos extranjeros.
1199) Alberto Tamer sobre o Mercosul
Esse Mercosul não interessa ao Brasil
Alberto Tamer
O Estado de São Paulo, 5.07.2009
Para que serve hoje o Mercosul?, pergunta editorial do Estado de sexta-feira. Para nada, respondemos. Só para atrapalhar. Como está aí, é obsoleto, ultrapassado, não interessa mais ao Brasil. Na verdade, nunca existiu. Foi uma figura de retórica, pois Paraguai e Uruguai não contam, não contaram nunca, e o Mercosul nada mais é do que um acordo comercial entre Brasil e Argentina, que definha mês a mês.
Entre janeiro e junho, último dado oficial do Ministério de Desenvolvimento, a receita das exportações brasileiras para a Argentina despencou 42,7% em relação ao mesmo período do ano anterior. Um ritmo bem superior à queda de 22% das nossas vendas totais. O valor das nossas importações caiu menos, 19,5%, porque temos um mercado mais
aberto que o argentino.
MAS ELES ESTÃO EM CRISE…
E precisam de ajuda! Sei, sei sim, mas só não entendo porque só se fecham com o Brasil e abrem generosamente para a China. As exportações brasileiras que precisam de licença prévia caíram 61% neste ano enquanto as chinesas apenas 39%. Eles continuam nos roubando nichos importantes de mercado. Estão desalojando nossas indústrias.
O seu governo já deu a entender que não se trata de uma política temporária. A proteção do seu mercado veio para ficar. E continuamos a fazer concessões unilaterais. Nossos empresários querem salvar o que podem enquanto nossos amigos argentinos prometem mas não cumprem. Acho que aprenderam com o pessoal do G-8…
MAS O MERCOSUL PESA MUITO!
Pesava, não pesa mais. Em 2007, chegou a representar 17% das exportações brasileiras. Recuou para 10% em 2008 e em maio (último dado oficial) não passava de 8,7%. Vem declinando a cada mês. É o efeito Argentina que é, na verdade, o Mercosul. A sua participação nas exportações brasileiras só vem caindo. Vamos aos números. Perdoe,
leitor, sei que cansam, mas às vezes são inevitáveis e, neste caso, imprescindíveis.
1 – Entre 1997 e 2000 representavam 13% das nossas exportações totais.
2 – De 2006 a 2007 a participação caiu para 8%, em média.
3 – No ano passado, ainda representou 8,9%.
Agora, fique atento. Nos quatro primeiros meses deste ano, recuou para 7%. Não é porque o Brasil exportou mais para outros mercados – ao contrário, exportou menos. É que a Argentina passou a nos trocar pela China e por outros parceiros mais interessantes.
É mais do que justo que a Argentina se aproxime da China, um parceiro novo e promissor, e se afaste do Brasil, que já deu o que pode dar. Ela está defendendo seus interesses. Concordo. Mas, e os nossos, onde ficam? Vamos continuar amarrados ao Mercosul, enquanto a Argentina não nos faz nenhuma concessão? Vamos continuar não podendo fechar acordos com outros países sem a aquiescência do Mercosul? Ora, está na hora de “virar a mesa”e acabar com isso.
PRESIDENTE, VAMOS MUDAR?
Nós até poderemos conviver com menos comércio, mas jamais podemos continuar impedidos de fazer acordos com quem atender aos nossos interesses sem ter de “pedir autorização” a esse Mercosul agonizante. Está lá, escrito nos estatutos! Não podemos continuar dependendo da Argentina, que com frequência está contra nós na OMC e em outros fóruns internacionais. O Mercosul, nos termos atuais, não ajuda nada, só atrapalha. O acordo que se discute com a União Europeia se arrasta sabem há quanto tempo? Mais de 10 anos!
Ora, sr. presidente. Vamos dar um chega pra lá nisso? Não querem importar mais? Muito bem, mas não encham, vão cuidar da vida. Podemos até ajudar, mas não atrapalhem. Vocês dançam um tango chorado e nós um sambinha gostoso com os Estados Unidos, a UE e a China e com quem mais quisermos. Foi o que fizeram o Chile, o México e outros países
sul-americanos.
VAMOS AOS BILATERAIS
Presidente, o senhor deve ordenar – sim, ordenar – ao Itamaraty que cumpra promessa feita há pelo menos dois anos, de iniciar e concluir rapidamente acordos bilaterais com outros países. E, se a Argentina, o Paraguai, o Uruguai reclamarem, é problema deles! Que se mude o acordo ou saímos dele. Ah! mas eles ainda são nosso terceiro parceiro comercial, senhor colunista! Sim, mas 70% do que importam vêm dos Estados Unidos, da China, da União Europeia e de outros países, informa o ministro Miguel Jorge.
Mas 95% das nossas exportações são de produtos industrializados, o ponto fraco do nosso comércio exterior! Sim, mas eles só importam porque precisam, seus empresários já estão entrosados com os nossos, uma linha comercial mais antiga e deixarão logo de importar quando a China oferecer condições, preço e crédito melhores.
OLHA O CHÁVEZ AÍ!
E, a propósito, sr. presidente, já imaginou o que pode acontecer se a Venezuela entrar mesmo no Mercosul? Será um deus nos acuda! O “generalíssimo” Chávez é capaz de perfilar as tropas na fronteira e ameaçar invadir o Brasil se fecharmos algum acordo com os EUA, o grande Satã do Norte. Sr. presidente, vamos refazer esse Mercosul, pois esse que está aí não interessa mais ao Brasil.
Alberto Tamer
O Estado de São Paulo, 5.07.2009
Para que serve hoje o Mercosul?, pergunta editorial do Estado de sexta-feira. Para nada, respondemos. Só para atrapalhar. Como está aí, é obsoleto, ultrapassado, não interessa mais ao Brasil. Na verdade, nunca existiu. Foi uma figura de retórica, pois Paraguai e Uruguai não contam, não contaram nunca, e o Mercosul nada mais é do que um acordo comercial entre Brasil e Argentina, que definha mês a mês.
Entre janeiro e junho, último dado oficial do Ministério de Desenvolvimento, a receita das exportações brasileiras para a Argentina despencou 42,7% em relação ao mesmo período do ano anterior. Um ritmo bem superior à queda de 22% das nossas vendas totais. O valor das nossas importações caiu menos, 19,5%, porque temos um mercado mais
aberto que o argentino.
MAS ELES ESTÃO EM CRISE…
E precisam de ajuda! Sei, sei sim, mas só não entendo porque só se fecham com o Brasil e abrem generosamente para a China. As exportações brasileiras que precisam de licença prévia caíram 61% neste ano enquanto as chinesas apenas 39%. Eles continuam nos roubando nichos importantes de mercado. Estão desalojando nossas indústrias.
O seu governo já deu a entender que não se trata de uma política temporária. A proteção do seu mercado veio para ficar. E continuamos a fazer concessões unilaterais. Nossos empresários querem salvar o que podem enquanto nossos amigos argentinos prometem mas não cumprem. Acho que aprenderam com o pessoal do G-8…
MAS O MERCOSUL PESA MUITO!
Pesava, não pesa mais. Em 2007, chegou a representar 17% das exportações brasileiras. Recuou para 10% em 2008 e em maio (último dado oficial) não passava de 8,7%. Vem declinando a cada mês. É o efeito Argentina que é, na verdade, o Mercosul. A sua participação nas exportações brasileiras só vem caindo. Vamos aos números. Perdoe,
leitor, sei que cansam, mas às vezes são inevitáveis e, neste caso, imprescindíveis.
1 – Entre 1997 e 2000 representavam 13% das nossas exportações totais.
2 – De 2006 a 2007 a participação caiu para 8%, em média.
3 – No ano passado, ainda representou 8,9%.
Agora, fique atento. Nos quatro primeiros meses deste ano, recuou para 7%. Não é porque o Brasil exportou mais para outros mercados – ao contrário, exportou menos. É que a Argentina passou a nos trocar pela China e por outros parceiros mais interessantes.
É mais do que justo que a Argentina se aproxime da China, um parceiro novo e promissor, e se afaste do Brasil, que já deu o que pode dar. Ela está defendendo seus interesses. Concordo. Mas, e os nossos, onde ficam? Vamos continuar amarrados ao Mercosul, enquanto a Argentina não nos faz nenhuma concessão? Vamos continuar não podendo fechar acordos com outros países sem a aquiescência do Mercosul? Ora, está na hora de “virar a mesa”e acabar com isso.
PRESIDENTE, VAMOS MUDAR?
Nós até poderemos conviver com menos comércio, mas jamais podemos continuar impedidos de fazer acordos com quem atender aos nossos interesses sem ter de “pedir autorização” a esse Mercosul agonizante. Está lá, escrito nos estatutos! Não podemos continuar dependendo da Argentina, que com frequência está contra nós na OMC e em outros fóruns internacionais. O Mercosul, nos termos atuais, não ajuda nada, só atrapalha. O acordo que se discute com a União Europeia se arrasta sabem há quanto tempo? Mais de 10 anos!
Ora, sr. presidente. Vamos dar um chega pra lá nisso? Não querem importar mais? Muito bem, mas não encham, vão cuidar da vida. Podemos até ajudar, mas não atrapalhem. Vocês dançam um tango chorado e nós um sambinha gostoso com os Estados Unidos, a UE e a China e com quem mais quisermos. Foi o que fizeram o Chile, o México e outros países
sul-americanos.
VAMOS AOS BILATERAIS
Presidente, o senhor deve ordenar – sim, ordenar – ao Itamaraty que cumpra promessa feita há pelo menos dois anos, de iniciar e concluir rapidamente acordos bilaterais com outros países. E, se a Argentina, o Paraguai, o Uruguai reclamarem, é problema deles! Que se mude o acordo ou saímos dele. Ah! mas eles ainda são nosso terceiro parceiro comercial, senhor colunista! Sim, mas 70% do que importam vêm dos Estados Unidos, da China, da União Europeia e de outros países, informa o ministro Miguel Jorge.
Mas 95% das nossas exportações são de produtos industrializados, o ponto fraco do nosso comércio exterior! Sim, mas eles só importam porque precisam, seus empresários já estão entrosados com os nossos, uma linha comercial mais antiga e deixarão logo de importar quando a China oferecer condições, preço e crédito melhores.
OLHA O CHÁVEZ AÍ!
E, a propósito, sr. presidente, já imaginou o que pode acontecer se a Venezuela entrar mesmo no Mercosul? Será um deus nos acuda! O “generalíssimo” Chávez é capaz de perfilar as tropas na fronteira e ameaçar invadir o Brasil se fecharmos algum acordo com os EUA, o grande Satã do Norte. Sr. presidente, vamos refazer esse Mercosul, pois esse que está aí não interessa mais ao Brasil.
1198) Sistema monetario internacional: trabalho publicado
Meu mais recente trabalho publicado:
Falácias acadêmicas, 10: mitos sobre o sistema monetário internacional
Brasília, 23 junho 2009, 9 p. Décimo artigo da série especial, sobre a fragilidade das recomendações pretensamente keynesianas a partir da crise econômica internacional.
Espaço Acadêmico, vol. 9, n. 98, julho 2009, p. 15-21
Citação ABNT:
ALMEIDA, P. Falácias acadêmicas, 10: mitos sobre o sistema monetário internacional. Revista Espaço Acadêmico, Brasil, 9 jun. 2009. Disponível em: http://periodicos.uem.br/ojs/index.php/EspacoAcademico/article/view/7445/4364. Acesso em: 06 jul. 2009.
Esse ensaio faz parte de uma série, como indica o seu nome, Falácias Acadêmicas, cujos títulos elaborados até aqui podem ser conferidos neste link.
Falácias acadêmicas, 10: mitos sobre o sistema monetário internacional
Brasília, 23 junho 2009, 9 p. Décimo artigo da série especial, sobre a fragilidade das recomendações pretensamente keynesianas a partir da crise econômica internacional.
Espaço Acadêmico, vol. 9, n. 98, julho 2009, p. 15-21
Citação ABNT:
ALMEIDA, P. Falácias acadêmicas, 10: mitos sobre o sistema monetário internacional. Revista Espaço Acadêmico, Brasil, 9 jun. 2009. Disponível em: http://periodicos.uem.br/ojs/index.php/EspacoAcademico/article/view/7445/4364. Acesso em: 06 jul. 2009.
Esse ensaio faz parte de uma série, como indica o seu nome, Falácias Acadêmicas, cujos títulos elaborados até aqui podem ser conferidos neste link.
Assinar:
Comentários (Atom)
Postagem em destaque
Livro Marxismo e Socialismo finalmente disponível - Paulo Roberto de Almeida
Meu mais recente livro – que não tem nada a ver com o governo atual ou com sua diplomacia esquizofrênica, já vou logo avisando – ficou final...
-
Uma preparação de longo curso e uma vida nômade Paulo Roberto de Almeida A carreira diplomática tem atraído número crescente de jovens, em ...
-
FAQ do Candidato a Diplomata por Renato Domith Godinho TEMAS: Concurso do Instituto Rio Branco, Itamaraty, Carreira Diplomática, MRE, Diplom...
-
Países de Maior Acesso aos textos PRA em Academia.edu (apenas os superiores a 100 acessos) Compilação Paulo Roberto de Almeida (15/12/2025) ...
-
Mercado Comum da Guerra? O Mercosul deveria ser, em princípio, uma zona de livre comércio e também uma zona de paz, entre seus próprios memb...
-
Reproduzo novamente uma postagem minha de 2020, quando foi publicado o livro de Dennys Xavier sobre Thomas Sowell quarta-feira, 4 de março...
-
Itamaraty 'Memórias', do embaixador Marcos Azambuja, é uma aula de diplomacia Embaixador foi um grande contador de histórias, ...
-
Israel Products in India: Check the Complete list of Israeli Brands! Several Israeli companies have established themselves in the Indian m...
-
Pequeno manual prático da decadência (recomendável em caráter preventivo...) Paulo Roberto de Almeida Colaboração a número especial da rev...
-
O Brics vai de vento em popa, ao que parece. Como eu nunca fui de tomar as coisas pelo seu valor de face, nunca deixei de expressar meu pen...