Não se pode dizer que faltem estruturas para o dialogo político, a cemeçar pela velha OEA (com esse único incômodo de que ela fica em Washington). Faltam, talvez, condições para o diálogo. Por outro lado, crises políticas por vezes emergem internamente, o que sempre traz o espectro da não-intervenção.
Brasil quer criar conselho na América do Sul para resolver crises políticas
Sergio Leo
Valor Econômico, 13.01.2010
Os desdobramentos internacionais e regionais das crises políticas na região sul-americana devem levar o Brasil a propor aos países vizinhos a criação de um novo conselho regional, o Conselho de Paz e Segurança da América do Sul, informou ao Valor o ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim.
Temos esse esforço todo de criação de confiança, com o Conselho de Defesa da Unasul, temos o Conselho de Defesa e o Conselho de Combate ao Narcotráfico, devemos trabalhar intensamente na questão de paz e segurança na região, comentou Amorim, ao revelar que cogita a criação do novo conselho, para tratar dos desdobramentos políticos relacionados aos problemas de segurança dos países da Unasul. Na região, há ideias parecidas, comentou.
Amorim não deu detalhes do projeto, que será discutido com os governos sul-americanos, mas indica que as discussões no novo conselho cuidariam dos atritos provocados entre países andinos devido à atuação das guerrilhas colombianas, divergências como os bloqueios de fronteira entre Argentina e Uruguai ou ameaças à integridade dos países.
Tudo tem seu lado político, os países, na prática fizeram isso (as tarefas de um futuro conselho) na crise da Bolívia e em outras situações, menciona Amorim, fazendo referência à ameaça de separatismo ocorrida, no ano passado, na Bolívia, após uma crise política provocada pela disputa em torno da nova constituição do país. Os atuais conselhos da Unasul seriam mais técnicos, com alcance limitado para discussão intergovernamental das ameaças à paz e à segurança, argumenta.
Amorim acredita que, apesar dos atritos políticos entre os países da região, o Conselho de Defesa da Unasul tem servido para aproximar os governos. Ele dá como exemplo a decisão da Colômbia de formalizar, em documento ao Conselho, os compromissos assumidos contra o uso de suas bases militares para ações fora de suas fronteiras. Segundo notou o ministro, o compromisso mencionou, de maneira inédita, que o governo colombiano assumia formalmente as declarações das autoridades da Colômbia feitas à imprensa sobre o tema. Não resolve todos os problemas, há questões psicológicas, mas já se avançou muito, diz, otimista.
Do ponto de vista econômico, uma das prioridades do governo neste ano, segundo Amorim, é fazer um diagnóstico completo das razões para a queda nas exportações brasileiras para os países do continente. Em 2009, as exportações brasileiras para a América Latina e Caribe caíram 32% e foram verificadas quedas de 30% nas vendas ao Mercosul e de 33,7% aos demais países da região.
A América do Sul sempre será prioridade sob esse aspecto, temos de pensar mais profundamente como estar mais presente, comentou o ministro, que quer ver análises detalhadas sobre o efeito da crise econômica e da maior competitividade chinesa sobre o desempenho das vendas de empresas brasileiras à região. Amorim acredita que o país também não pode descuidar das iniciativas voltadas à África, onde empresas brasileiras têm encontrado boas oportunidades, e ele vê grande espaço para a cooperação, inclusive com terceiros países como Estados Unidos e as nações europeias.
O governo pretende mudar a política em relação à China, que, no ano passado, passou a ser o principal mercado para os produtos brasileiros e o segundo maior fornecedor do Brasil, só atrás dos EUA. A China tem de aprofundar o sentido de nossa parceira estratégica, diz Amorim. O Brasil não pode ter uma parceria em que praticamente só vende commodities e compra manufaturas, diz ele, que não prevê atritos com os chineses.
Eles entendem isso, temos de fazer grande esforço para grandes investimentos de conteúdo tecnológico no Brasil, argumenta. O Brasil tenta marcar com os chineses uma reunião da Cosban, a comissão de alto nível entre os dois governos, para discutir esse tema. A intenção dos brasileiros é realizar a reunião em abril, talvez coincidindo com outro encontro, o dos Brics - Brasil, Rússia, Índia e China. O encontro dos Brics, a ser realizado no Brasil, provavelmente em Brasília, depende ainda de confirmação dos outros países.
Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas. Ver também minha página: www.pralmeida.net (em construção).
quarta-feira, 13 de janeiro de 2010
1676) Meu melhor amigo é um... banqueiro
Não precisa (ou não preciso) dizer as razões; isso é evidente. Eles são os mais bonzinhos, os mais generosos, os mais (como diria?) comprometidos com a causa que também defendemos, a saber, o enriquecimento da população em geral, ainda que alguns segmentos fiquem mais ricos antes, a começar pelos próprios banqueiros e seus amigos preferenciais.
A nota abaixo foi retirada de um boletim one peut plus petista...
Ações de bancos brasileiros têm as maiores altas nas Américas em 2009
Boletim da Liderança do PT na Câmara dos Deputados, n. 4399, 13.01.2010
As ações de bancos brasileiros foram as mais rentáveis em 2009 entre estabelecimentos da América Latina e dos Estados Unidos, segundo levantamento feito pela consultoria Economatica.
As quatro primeiras posições no ranking pertencem a bancos brasileiros (veja tabela abaixo). A maior rentabilidade da lista foi do BicBanco (BICB4), que em 2009 teve retorno de 535,7%. Em seguida, vêm as ações do Banco Panamericano (BPNM4) com 483,5%, Banrisul (277,7%) e Banco do Brasil (191,2%). A Economatica calculou a rentabilidade percentual de todas as cotações em dólares, para poder comparar com os papéis estrangeiros.
Os bancos nacionais bateram com folga instituições gigantes estrangeiras, como Goldman Sachs (em 13º lugar, com ganhos de 102,7%), Morgan Stanley (17º, 85,4%) e JP Morgan Chase (22º lugar e avanço de 36% no valor de suas ações).
Entre as 25 ações mais rentáveis, há nove de instituições brasileiras, nove dos EUA, três do Chile, duas da Colômbia e duas do México. Entre as 25 ações, 14 tiveram rentabilidade superior a 100%.
Outras quatro ações de bancos brasileiros presentes na lista são as do ItauUnibanco (ITUB4, em 7º lugar, e ITUB3, em 9º lugar ) e do Bradesco (BBDC4, em 8º colocação, e BBDC3, em 10º). Em compensação, o banco latino-americano com menor rentabilidade da amostra também é brasileiro: as ações da Nossa Caixa (BNCA3) apresentaram rentabilidade de 34% em 2009, na 23ª colocação. A ação com a menor rentabilidade de toda amostra em 2009 é a do banco dos EUA First Horizon National Corp (FHN), com 30,7%.
A Economatica calculou a rentabilidade de todas as ações do setor bancário da América Latina e dos Estados Unidos em 2009. Para a analise, foram consideradas somente ações com presença superior a 70% nos pregões e volume médio diário maior que US$ 1 milhão por dia em 2009.
Os bancos mais rentáveis da América Latina e EUA, em 2009, com variação % em dólar
Banco País Ganhos em %
1.Bicbanco Brasil 535,7
2.Panamericano Brasil 483,5
3. Banrisul Brasil 277,7
4. Banco do Brasil Brasil 191,2
5. Compartamos México 190,8
6. American Express Brasil 124,1
8. Bradesco (PN) Brasil 122,1
9. Itau Unibanco (ON ) Brasil 111,9
10. Bradesco (ON) Brasil 107,5
13. Goldman Sachs EUA 102,7
17. Morgan Stanley EUA 85,4
22. JP Morgan Chase EUA 36
23. Nossa Caixa Brasil 34
Fonte: Economatica
A nota abaixo foi retirada de um boletim one peut plus petista...
Ações de bancos brasileiros têm as maiores altas nas Américas em 2009
Boletim da Liderança do PT na Câmara dos Deputados, n. 4399, 13.01.2010
As ações de bancos brasileiros foram as mais rentáveis em 2009 entre estabelecimentos da América Latina e dos Estados Unidos, segundo levantamento feito pela consultoria Economatica.
As quatro primeiras posições no ranking pertencem a bancos brasileiros (veja tabela abaixo). A maior rentabilidade da lista foi do BicBanco (BICB4), que em 2009 teve retorno de 535,7%. Em seguida, vêm as ações do Banco Panamericano (BPNM4) com 483,5%, Banrisul (277,7%) e Banco do Brasil (191,2%). A Economatica calculou a rentabilidade percentual de todas as cotações em dólares, para poder comparar com os papéis estrangeiros.
Os bancos nacionais bateram com folga instituições gigantes estrangeiras, como Goldman Sachs (em 13º lugar, com ganhos de 102,7%), Morgan Stanley (17º, 85,4%) e JP Morgan Chase (22º lugar e avanço de 36% no valor de suas ações).
Entre as 25 ações mais rentáveis, há nove de instituições brasileiras, nove dos EUA, três do Chile, duas da Colômbia e duas do México. Entre as 25 ações, 14 tiveram rentabilidade superior a 100%.
Outras quatro ações de bancos brasileiros presentes na lista são as do ItauUnibanco (ITUB4, em 7º lugar, e ITUB3, em 9º lugar ) e do Bradesco (BBDC4, em 8º colocação, e BBDC3, em 10º). Em compensação, o banco latino-americano com menor rentabilidade da amostra também é brasileiro: as ações da Nossa Caixa (BNCA3) apresentaram rentabilidade de 34% em 2009, na 23ª colocação. A ação com a menor rentabilidade de toda amostra em 2009 é a do banco dos EUA First Horizon National Corp (FHN), com 30,7%.
A Economatica calculou a rentabilidade de todas as ações do setor bancário da América Latina e dos Estados Unidos em 2009. Para a analise, foram consideradas somente ações com presença superior a 70% nos pregões e volume médio diário maior que US$ 1 milhão por dia em 2009.
Os bancos mais rentáveis da América Latina e EUA, em 2009, com variação % em dólar
Banco País Ganhos em %
1.Bicbanco Brasil 535,7
2.Panamericano Brasil 483,5
3. Banrisul Brasil 277,7
4. Banco do Brasil Brasil 191,2
5. Compartamos México 190,8
6. American Express Brasil 124,1
8. Bradesco (PN) Brasil 122,1
9. Itau Unibanco (ON ) Brasil 111,9
10. Bradesco (ON) Brasil 107,5
13. Goldman Sachs EUA 102,7
17. Morgan Stanley EUA 85,4
22. JP Morgan Chase EUA 36
23. Nossa Caixa Brasil 34
Fonte: Economatica
terça-feira, 12 de janeiro de 2010
1675) Bananas voadoras (quero dizer, "rafales" de insensatez...)
Rafale, para quem não sabe francês, é um vento forte, capaz de carregar muita coisa.
De alguns, ele carrega até a capacidade de pensar, o cérebro, sabe-se lá o que mais...
Bem, chega de filosofia, fiquemos com o concreto, com esse jornalista gozador...
NEGOCIATA NO AR. OU: REPÚBLICA DE BANANAS
Reinaldo Azevedo, 12/01/10
Nas democracias, como sabemos, não são os militares a decidir a hora de fazer a guerra ou de selar a paz. Essas são tarefas de governos civis, eleitos pelo povo. Mas não há democracia no mundo em que um presidente ou primeiro-ministro, mesmo sendo o comandante-em-chefe das Forças Armadas, interfira na tática puramente militar ou na melhor maneira de empregar o equipamento de guerra. Os soldados são treinados para isso. Só para que a situação seja ainda mais bem-compreendida: quando está no Aerolula, o presidente da República é, lá também, a autoridade máxima. Menos para os assuntos que dizem respeito ao vôo: aí, quem decide, é o comandante do avião; nesse particular, Lula é seu subordinado. Se der uma ordem contrária à segurança e à boa técnica de vôo, a obrigação do comandante é obedecer a lei, não obedecer a autoridade.
No caso da compra dos caças, tem-se uma situação parecida. A decisão do governo democrático, eleito pelo povo, é comprar ou não comprar os aviões, fazer a concorrência internacional, dizer o que pretende, quanto pode gastar etc. Mas é evidente que o mérito técnico dos aparelhos deve ser avaliado por quem entende da área: a Aeronáutica. E, por isso, ela foi chamada a opinar, num longo e exaustivo processo, produzindo milhares de páginas de análise técnica. Observem: a sua análise não é mandatária, claro! Mas recomenda o bom senso que as autoridades civis sigam o que dizem seus especialistas na área.
E qual foi a avaliação da Força Aérea Brasileira? Das três opções, a feita pelo governo Lula, a compra dos caças Rafale, é a pior. O sueco Gripen foi o preferido, e o americano F/A-18 ficou em segundo lugar. Acontece que Lula já havia prometido comprar os aviões franceses, e agora o ministro Nelson Jobim (Defesa) se esforça para arranjar uma boa desculpa técnica para justificar uma escolha muito mais cara e que ficou em último lugar na avaliação de quem entende do assunto. A operação envolve uma montanha de dinheiro: de R$ 7,7 bilhões a R$ 10 bilhões, por um lote inicial de 36 aeronaves.
O governo não tem como explicar a sua escolha além do compromisso assumido com o governo francês, sabe-se lá em que condições — compromisso este firmado enquanto a Aeronáutica fazia a sua avaliação. O máximo que Jobim consegue dizer é que decisões desse tipo são também políticas, seja lá o que isso signifique. Celso Amorim, ministro das Relações Exteriores (que mal consegue distinguir um avião de um jumento), saiu-se com a máxima do clichê: “O barato, às vezes, sai caro”. Samuel Pinheiro Guimarães, o ministro da Sealopra, filosofou: “Não é só o preço que conta…”.
Repito aqui o convite que faço às vezes. Imaginem a seguinte situação: governo tucano decide comprar caças, com o PT na oposição. A Aeronáutica escolhe um modelo mais barato, considerado pela Força mais adequado às necessidades do Brasil. Os tucanos ignoram a recomendação e ficam com o modelo mais caro porque o presidente da República já prometeu, ao arrepio de qualquer análise, comprar o equipamento francês. Lula já teria dado umas 10 coletivas para denunciar a negociata. Ora, então não seria assim? Lembram-se quando os petistas mentiam dizendo que a Telebras fora vendida a preço de banana? Pois é! Petista não vende estatal a preço de banana; prefere comprar banana a peso de ouro.
Lula faz o que bem entende do dinheiro público e usa como quer os marcos legais quando se trata de lidar com potentados privados. O caso mais escandaloso de sua gestão foi a compra da Brasil Telecom pela Oi. A operação, quando realizada, era ilegal — embora tenha contado com apoio do BNDES. Lula mudou a lei só para “legalizar” a operação, o que levou este escriba a formular a frase que, para mim, define este governo: nas democracias, os negócios são feitos de acordo com a lei; nas republicas de bananas, as leis são feitas de acordo com os negócios.
Lula já fez o negócio com os franceses. Agora, o governo corre atrás de uma justificativa. República de bananas.
De alguns, ele carrega até a capacidade de pensar, o cérebro, sabe-se lá o que mais...
Bem, chega de filosofia, fiquemos com o concreto, com esse jornalista gozador...
NEGOCIATA NO AR. OU: REPÚBLICA DE BANANAS
Reinaldo Azevedo, 12/01/10
Nas democracias, como sabemos, não são os militares a decidir a hora de fazer a guerra ou de selar a paz. Essas são tarefas de governos civis, eleitos pelo povo. Mas não há democracia no mundo em que um presidente ou primeiro-ministro, mesmo sendo o comandante-em-chefe das Forças Armadas, interfira na tática puramente militar ou na melhor maneira de empregar o equipamento de guerra. Os soldados são treinados para isso. Só para que a situação seja ainda mais bem-compreendida: quando está no Aerolula, o presidente da República é, lá também, a autoridade máxima. Menos para os assuntos que dizem respeito ao vôo: aí, quem decide, é o comandante do avião; nesse particular, Lula é seu subordinado. Se der uma ordem contrária à segurança e à boa técnica de vôo, a obrigação do comandante é obedecer a lei, não obedecer a autoridade.
No caso da compra dos caças, tem-se uma situação parecida. A decisão do governo democrático, eleito pelo povo, é comprar ou não comprar os aviões, fazer a concorrência internacional, dizer o que pretende, quanto pode gastar etc. Mas é evidente que o mérito técnico dos aparelhos deve ser avaliado por quem entende da área: a Aeronáutica. E, por isso, ela foi chamada a opinar, num longo e exaustivo processo, produzindo milhares de páginas de análise técnica. Observem: a sua análise não é mandatária, claro! Mas recomenda o bom senso que as autoridades civis sigam o que dizem seus especialistas na área.
E qual foi a avaliação da Força Aérea Brasileira? Das três opções, a feita pelo governo Lula, a compra dos caças Rafale, é a pior. O sueco Gripen foi o preferido, e o americano F/A-18 ficou em segundo lugar. Acontece que Lula já havia prometido comprar os aviões franceses, e agora o ministro Nelson Jobim (Defesa) se esforça para arranjar uma boa desculpa técnica para justificar uma escolha muito mais cara e que ficou em último lugar na avaliação de quem entende do assunto. A operação envolve uma montanha de dinheiro: de R$ 7,7 bilhões a R$ 10 bilhões, por um lote inicial de 36 aeronaves.
O governo não tem como explicar a sua escolha além do compromisso assumido com o governo francês, sabe-se lá em que condições — compromisso este firmado enquanto a Aeronáutica fazia a sua avaliação. O máximo que Jobim consegue dizer é que decisões desse tipo são também políticas, seja lá o que isso signifique. Celso Amorim, ministro das Relações Exteriores (que mal consegue distinguir um avião de um jumento), saiu-se com a máxima do clichê: “O barato, às vezes, sai caro”. Samuel Pinheiro Guimarães, o ministro da Sealopra, filosofou: “Não é só o preço que conta…”.
Repito aqui o convite que faço às vezes. Imaginem a seguinte situação: governo tucano decide comprar caças, com o PT na oposição. A Aeronáutica escolhe um modelo mais barato, considerado pela Força mais adequado às necessidades do Brasil. Os tucanos ignoram a recomendação e ficam com o modelo mais caro porque o presidente da República já prometeu, ao arrepio de qualquer análise, comprar o equipamento francês. Lula já teria dado umas 10 coletivas para denunciar a negociata. Ora, então não seria assim? Lembram-se quando os petistas mentiam dizendo que a Telebras fora vendida a preço de banana? Pois é! Petista não vende estatal a preço de banana; prefere comprar banana a peso de ouro.
Lula faz o que bem entende do dinheiro público e usa como quer os marcos legais quando se trata de lidar com potentados privados. O caso mais escandaloso de sua gestão foi a compra da Brasil Telecom pela Oi. A operação, quando realizada, era ilegal — embora tenha contado com apoio do BNDES. Lula mudou a lei só para “legalizar” a operação, o que levou este escriba a formular a frase que, para mim, define este governo: nas democracias, os negócios são feitos de acordo com a lei; nas republicas de bananas, as leis são feitas de acordo com os negócios.
Lula já fez o negócio com os franceses. Agora, o governo corre atrás de uma justificativa. República de bananas.
1674) Militaristas agressivos dos anos 1930, jihadistas do século 21: mesmo combate, mesmas ameaças...
Nineteen Thirty Something
Clifford D. May
Foundation for the Defense of Democracy, January 7, 2010
A few days of vacation in the Rocky Mountains is a good time to catch up on one's reading. But if I was looking for escape from the issues on which I spend most of my time, I didn't find it in "Churchill," the brief but penetrating biography by Paul Johnson, among the world's greatest living historians. In particular, Johnson's account of the 1930s holds up an eerie mirror to the present.
Johnson notes that when Hitler and the Nazis came to power in Germany in 1933, most Europeans failed to recognize either the nature or the gravity of the threat. Winston Churchill - retired soldier, popular writer, not very popular politician -- was the exception. He understood that unless free peoples acted decisively, they would come under attack, sooner or later.
Churchill was derided as an alarmist, or even a "warmonger." The well-known economist, John Maynard Keynes, argued that Hitler had legitimate grievances: in particular the unjust Versailles Treaty that had held Germany down since the conclusion of the first great war of the 20th century. Clifford Allen, a prominent British politician, "applauded Hitler," saying: "I am convinced he genuinely desires peace." Archbishop Temple of York agreed. Hitler had made "a great contribution to the secure establishment of peace," he said.
Today, of course, it is the ruling Islamists of Iran who candidly express their aggressive and even genocidal intentions. In speeches and sermons, they pledge to wipe Israel off the map, and vow to bring about "a world without American." For three decades, "Death to America!" has been the regime's rallying cry, inscribed also on the sides of missiles whose range and accuracy increase year after year.
And once again, those who would take these threats seriously and act decisively are dismissed as alarmists, or denigrated as warmongers by foreign policy mandarins. Once again, they insist that grievances must be addressed: Did not the CIA meddle in Iranian domestic politics in the 1950s? With American troops in Iraq and Afghanistan, don't Iran's rulers have cause for concern?
In the 1930s, the Nazis bought heavy weapons from Joseph Stalin, the Soviet dictator, who could not imagine that Hitler would use those weapons against him a few years later.
Iran's Khomeinists have been working feverishly to acquire nuclear weapons and the means to protect and deliver them. They have had little difficulty buying what they can't develop on their own from Russia, as well as from Western European countries whose leaders have persuaded themselves that a nuclear-armed Iran will be someone else's problem.
Hitler made common cause with Fascists in Italy and Spain, and with the militarists in Japan. Iranian President Mahmoud Ahmadinejad has established close alliances with such anti-American leftist strongmen as Venezuela's Hugo Chavez and Bolivia's Evo Morales.
Iran's war machine includes Hizbollah, which has developed not just as an armed militia inside Lebanon but also as an international terrorist proxy. Our intelligence community appears to know little about Tehran's relations with al-Qaeda. But there can be no doubt that Shia militants and Sunni militants collaborate on occasion against their common enemies. The recent revelation that Osama bin Laden's closest relatives -- including one of his wives, six of his children, and 11 of his grandchildren -- have been living in a compound outside Tehran provides additional evidence, if any were needed.
Johnson recounts that in 1930s Britain, the elites wanted to "leave everything to the League of Nations." As German military strength grew, such top British government officials as Anthony Eden insisted that the armies of the United Kingdom and France should not expand, as Churchill urged, but should shrink instead, in order "to secure for Europe that period of appeasement which is needed."
Finally, in 1938, British Prime Minister Neville Chamberlain engaged the German Führer - "supreme leader" would be a reasonable translation of that title -- at Munich, returning home to announce that through his diplomatic efforts common ground had been found, and that "peace in our time" had been assured.
Churchill saw through this fog of self-deception. Chamberlain's diplomacy, he said, had resulted in "total and unmitigated defeat." Churchill anticipated that the nations of Central and Eastern Europe would recognize how weak the democracies had become and "make the best terms they can with the triumphant Nazi power." Hitler would then absorb those nations, and "sooner or later he will begin to look westward."
Today, foreign policy elites want to rely on the United Nations -- which is more corrupt and dysfunctional than the League of Nations ever was. President Obama continues to extend his hand to Iran's rulers, apparently not perceiving the significance when a spokesman for Supreme Leader Ayatollah Ali Khamenei calls it "the hand of Satan in a new sleeve," and -- adding racist insult to injury -- tells the world: "The Great Satan now has a black face."
Adjustments are being made in the Middle East. In recent days, Ali Larijani, a top aide to Khamenei, has met with Egyptian President Hosni Mubarak. Turkey's leaders have signed multiple agreements with Syrian President Bashar al-Assad, who serves Khamenei, much as Mussolini served Hitler.
Lebanese Prime Minister Saad Hariri has just spent two days with Assad. He paid this visit, noted journalist Michael J. Totten, with "Hizbullah's bayonet in his back. Assad's regime assassinated Saad Hariri's father, Rafik, in 2005. There is no alternate universe where Saad Hariri is OK with this or where his generically ‘positive' statements at a press conference were anything other than forced. ... When Hariri went to Damascus, everyone in the country, aside from useless newswire reporters, understood it meant Syria has re-emerged as the strong horse in Lebanon."
The United States, Europe, the U.N. --- all had vowed that Hariri's murderers would be brought to justice. But they haven't been. The "international community" pledged it would not permit political benefit to derive from assassinations ordered in foreign capitals. But that's exactly what has been permitted - and licensed for the future.
After Munich, Churchill experienced moments of intense despair. In the past, he wrote to a friend, "the peace-loving powers have been definitely stronger than the Dictators, but next year we must expect a different balance." Indeed, he said, the democracies were unlikely to survive "unless by a supreme recovery of moral health and martial vigour, we arise and take our stand for freedom as in the olden time."
Today, taking a stand for freedom would require less. We would need to impose serious sanctions on Iran: A strong bipartisan majority in Congress already has voted for legislation that would put that arrow into Obama's quiver. The question is: Will he use it?
In addition, it would be useful to provide - at long last -- moral and material support to Iran's courageous anti-regime dissidents. Measures could be taken to isolate and ostracize those most responsible for Iran's oppression at home and terrorism abroad: the leaders of the Iranian Revolutionary Guard Corps, which may be seen as a kind of Iranian Gestapo. Military measures should remain on the table, in case all peaceful means of restraint prove inadequate.
In the end, Johnson's "Churchill" is inspiring and distressing. Inspiring because Churchill was, finally, vindicated. The Anglo-American alliance recovered its "moral health and martial vigour" and took its stand for freedom. Hitler and the Nazis were decisively defeated. But it's distressing because Churchill's spirit is so little in evidence these days, while the views and values of his detractors echo in the speeches of too many Western policy makers.
Just after September 11th, 2001, the British government loaned the White House a bronze bust of Churchill created by the great sculptor, Sir Jacob Epstein. Not long after he entered the Oval Office, President Obama sent it back.
Clifford D. May, a former New York Times foreign correspondent, is president of the Foundation for Defense of Democracies, a policy institute focusing on terrorism.
Clifford D. May
Foundation for the Defense of Democracy, January 7, 2010
A few days of vacation in the Rocky Mountains is a good time to catch up on one's reading. But if I was looking for escape from the issues on which I spend most of my time, I didn't find it in "Churchill," the brief but penetrating biography by Paul Johnson, among the world's greatest living historians. In particular, Johnson's account of the 1930s holds up an eerie mirror to the present.
Johnson notes that when Hitler and the Nazis came to power in Germany in 1933, most Europeans failed to recognize either the nature or the gravity of the threat. Winston Churchill - retired soldier, popular writer, not very popular politician -- was the exception. He understood that unless free peoples acted decisively, they would come under attack, sooner or later.
Churchill was derided as an alarmist, or even a "warmonger." The well-known economist, John Maynard Keynes, argued that Hitler had legitimate grievances: in particular the unjust Versailles Treaty that had held Germany down since the conclusion of the first great war of the 20th century. Clifford Allen, a prominent British politician, "applauded Hitler," saying: "I am convinced he genuinely desires peace." Archbishop Temple of York agreed. Hitler had made "a great contribution to the secure establishment of peace," he said.
Today, of course, it is the ruling Islamists of Iran who candidly express their aggressive and even genocidal intentions. In speeches and sermons, they pledge to wipe Israel off the map, and vow to bring about "a world without American." For three decades, "Death to America!" has been the regime's rallying cry, inscribed also on the sides of missiles whose range and accuracy increase year after year.
And once again, those who would take these threats seriously and act decisively are dismissed as alarmists, or denigrated as warmongers by foreign policy mandarins. Once again, they insist that grievances must be addressed: Did not the CIA meddle in Iranian domestic politics in the 1950s? With American troops in Iraq and Afghanistan, don't Iran's rulers have cause for concern?
In the 1930s, the Nazis bought heavy weapons from Joseph Stalin, the Soviet dictator, who could not imagine that Hitler would use those weapons against him a few years later.
Iran's Khomeinists have been working feverishly to acquire nuclear weapons and the means to protect and deliver them. They have had little difficulty buying what they can't develop on their own from Russia, as well as from Western European countries whose leaders have persuaded themselves that a nuclear-armed Iran will be someone else's problem.
Hitler made common cause with Fascists in Italy and Spain, and with the militarists in Japan. Iranian President Mahmoud Ahmadinejad has established close alliances with such anti-American leftist strongmen as Venezuela's Hugo Chavez and Bolivia's Evo Morales.
Iran's war machine includes Hizbollah, which has developed not just as an armed militia inside Lebanon but also as an international terrorist proxy. Our intelligence community appears to know little about Tehran's relations with al-Qaeda. But there can be no doubt that Shia militants and Sunni militants collaborate on occasion against their common enemies. The recent revelation that Osama bin Laden's closest relatives -- including one of his wives, six of his children, and 11 of his grandchildren -- have been living in a compound outside Tehran provides additional evidence, if any were needed.
Johnson recounts that in 1930s Britain, the elites wanted to "leave everything to the League of Nations." As German military strength grew, such top British government officials as Anthony Eden insisted that the armies of the United Kingdom and France should not expand, as Churchill urged, but should shrink instead, in order "to secure for Europe that period of appeasement which is needed."
Finally, in 1938, British Prime Minister Neville Chamberlain engaged the German Führer - "supreme leader" would be a reasonable translation of that title -- at Munich, returning home to announce that through his diplomatic efforts common ground had been found, and that "peace in our time" had been assured.
Churchill saw through this fog of self-deception. Chamberlain's diplomacy, he said, had resulted in "total and unmitigated defeat." Churchill anticipated that the nations of Central and Eastern Europe would recognize how weak the democracies had become and "make the best terms they can with the triumphant Nazi power." Hitler would then absorb those nations, and "sooner or later he will begin to look westward."
Today, foreign policy elites want to rely on the United Nations -- which is more corrupt and dysfunctional than the League of Nations ever was. President Obama continues to extend his hand to Iran's rulers, apparently not perceiving the significance when a spokesman for Supreme Leader Ayatollah Ali Khamenei calls it "the hand of Satan in a new sleeve," and -- adding racist insult to injury -- tells the world: "The Great Satan now has a black face."
Adjustments are being made in the Middle East. In recent days, Ali Larijani, a top aide to Khamenei, has met with Egyptian President Hosni Mubarak. Turkey's leaders have signed multiple agreements with Syrian President Bashar al-Assad, who serves Khamenei, much as Mussolini served Hitler.
Lebanese Prime Minister Saad Hariri has just spent two days with Assad. He paid this visit, noted journalist Michael J. Totten, with "Hizbullah's bayonet in his back. Assad's regime assassinated Saad Hariri's father, Rafik, in 2005. There is no alternate universe where Saad Hariri is OK with this or where his generically ‘positive' statements at a press conference were anything other than forced. ... When Hariri went to Damascus, everyone in the country, aside from useless newswire reporters, understood it meant Syria has re-emerged as the strong horse in Lebanon."
The United States, Europe, the U.N. --- all had vowed that Hariri's murderers would be brought to justice. But they haven't been. The "international community" pledged it would not permit political benefit to derive from assassinations ordered in foreign capitals. But that's exactly what has been permitted - and licensed for the future.
After Munich, Churchill experienced moments of intense despair. In the past, he wrote to a friend, "the peace-loving powers have been definitely stronger than the Dictators, but next year we must expect a different balance." Indeed, he said, the democracies were unlikely to survive "unless by a supreme recovery of moral health and martial vigour, we arise and take our stand for freedom as in the olden time."
Today, taking a stand for freedom would require less. We would need to impose serious sanctions on Iran: A strong bipartisan majority in Congress already has voted for legislation that would put that arrow into Obama's quiver. The question is: Will he use it?
In addition, it would be useful to provide - at long last -- moral and material support to Iran's courageous anti-regime dissidents. Measures could be taken to isolate and ostracize those most responsible for Iran's oppression at home and terrorism abroad: the leaders of the Iranian Revolutionary Guard Corps, which may be seen as a kind of Iranian Gestapo. Military measures should remain on the table, in case all peaceful means of restraint prove inadequate.
In the end, Johnson's "Churchill" is inspiring and distressing. Inspiring because Churchill was, finally, vindicated. The Anglo-American alliance recovered its "moral health and martial vigour" and took its stand for freedom. Hitler and the Nazis were decisively defeated. But it's distressing because Churchill's spirit is so little in evidence these days, while the views and values of his detractors echo in the speeches of too many Western policy makers.
Just after September 11th, 2001, the British government loaned the White House a bronze bust of Churchill created by the great sculptor, Sir Jacob Epstein. Not long after he entered the Oval Office, President Obama sent it back.
Clifford D. May, a former New York Times foreign correspondent, is president of the Foundation for Defense of Democracies, a policy institute focusing on terrorism.
1673) Journal of Globalization and Development, number 1
A new kid in the field...
Journal of Globalization and Development
Editors: José Antonio Ocampo, Columbia University; Dani Rodrik, Harvard University; Joseph E. Stiglitz1, Columbia University; M. Shahe Emran, George Washington University
Journal of Globalization and Development is a new journal devoted to academic research and policy analysis on globalization, development, and in particular the complex interactions between them.
The journal publishes alternative perspectives from academics and practitioners on all aspects of development and globalization, and attempts to integrate the best development research from across different fields with contributions from scholars in developing and developed countries. Submissions benefit from fast decision time and publication (as little as 10 weeks), and extensive electronic dissemination to readers around the world.
Current Issue: Volume 1, Issue 1 (2010)
Research Foundations
Democracy, Autocracy and Bureaucracy
Avinash K. Dixit
Incomes in South Africa after the Fall of Apartheid
Murray Leibbrandt, James A. Levinsohn, and Justin McCrary
Poverty and Disequalization
Dilip Mookherjee and Debraj Ray
Dysfunctional Finance: Positive Shocks and Negative Outcomes
Karla Hoff
Policy Analysis
Impact of Political Reservations in West Bengal Local Governments on Anti-Poverty Targeting
Pranab K. Bardhan, Dilip Mookherjee, and Monica Parra Torrado
Rethinking Global Economic and Social Governance
Jose Antonio Ocampo
Public Finance and Economic Development: Reflections based on Experience in China
Roger H. Gordon
International Rules for Trade in Natural Resources
Paul Collier and Anthony J. Venables
Macro Crises and Targeting Transfers to the Poor
Ravi Kanbur
Symposium
Symposium: The Return of Counter-cyclical Policy - Editorial Preface
Jose Antonio Ocampo
Asia: Counter-Cyclical Policies: Indian Experience and Some General Observations
YV Reddy
Asia: China's Policy Responses to the Global Financial Crisis
Yongding Yu
Latin America: Counter-Cyclical Policy in Brazil: 2008-09
Nelson Barbosa
Latin America: The Structural Fiscal Balance Policy in Chile: A Move Toward Counter-Cyclical Macroeconomics
Ricardo Ffrench-Davis
Latin America: Comments on Financial Regulation and International Capital Flows in Latin America
Leonardo Villar
Africa: Africa's Counter-Cyclical Policy Responses to the Crisis
Louis Kasekende, Zuzana Brixova, and Leonce Ndikumana
Europe: How Deep Is a Crisis? Policy Responses and Structural Factors Behind Diverging Performances
Jean Paul Fitoussi and Francesco Saraceno
Europe: Counter-Cyclical Policies in Light of the Global Financial Crisis: The Case of Turkey
Fatih Ozatay
Journal of Globalization and Development
Editors: José Antonio Ocampo, Columbia University; Dani Rodrik, Harvard University; Joseph E. Stiglitz1, Columbia University; M. Shahe Emran, George Washington University
Journal of Globalization and Development is a new journal devoted to academic research and policy analysis on globalization, development, and in particular the complex interactions between them.
The journal publishes alternative perspectives from academics and practitioners on all aspects of development and globalization, and attempts to integrate the best development research from across different fields with contributions from scholars in developing and developed countries. Submissions benefit from fast decision time and publication (as little as 10 weeks), and extensive electronic dissemination to readers around the world.
Current Issue: Volume 1, Issue 1 (2010)
Research Foundations
Democracy, Autocracy and Bureaucracy
Avinash K. Dixit
Incomes in South Africa after the Fall of Apartheid
Murray Leibbrandt, James A. Levinsohn, and Justin McCrary
Poverty and Disequalization
Dilip Mookherjee and Debraj Ray
Dysfunctional Finance: Positive Shocks and Negative Outcomes
Karla Hoff
Policy Analysis
Impact of Political Reservations in West Bengal Local Governments on Anti-Poverty Targeting
Pranab K. Bardhan, Dilip Mookherjee, and Monica Parra Torrado
Rethinking Global Economic and Social Governance
Jose Antonio Ocampo
Public Finance and Economic Development: Reflections based on Experience in China
Roger H. Gordon
International Rules for Trade in Natural Resources
Paul Collier and Anthony J. Venables
Macro Crises and Targeting Transfers to the Poor
Ravi Kanbur
Symposium
Symposium: The Return of Counter-cyclical Policy - Editorial Preface
Jose Antonio Ocampo
Asia: Counter-Cyclical Policies: Indian Experience and Some General Observations
YV Reddy
Asia: China's Policy Responses to the Global Financial Crisis
Yongding Yu
Latin America: Counter-Cyclical Policy in Brazil: 2008-09
Nelson Barbosa
Latin America: The Structural Fiscal Balance Policy in Chile: A Move Toward Counter-Cyclical Macroeconomics
Ricardo Ffrench-Davis
Latin America: Comments on Financial Regulation and International Capital Flows in Latin America
Leonardo Villar
Africa: Africa's Counter-Cyclical Policy Responses to the Crisis
Louis Kasekende, Zuzana Brixova, and Leonce Ndikumana
Europe: How Deep Is a Crisis? Policy Responses and Structural Factors Behind Diverging Performances
Jean Paul Fitoussi and Francesco Saraceno
Europe: Counter-Cyclical Policies in Light of the Global Financial Crisis: The Case of Turkey
Fatih Ozatay
1672) El Pais: Programa de Derechos Humanos de la Izquierda de PT
¿Un programa de izquierdas en Brasil?
JUAN ARIAS
El Pais, 12/01/2010
El nombre es de lo más inocente: Programa Nacional de Derechos Humanos, un nuevo proyecto del Gobierno brasileño, que preside Luiz Inácio Lula da Silva. Y, sin embargo, sus 73 páginas se han convertido de repente en un plan de la discordia, que ha sido calificado de "disfraz de un Gobierno de izquierdas bolivariano", de "golpe blanco", de "vuelta al pasado"; que ha acabado enfrentando a varios ministros entre sí y que ha alarmado a la clase media. Pero lo que la gente de la calle se pregunta es si realmente le han metido un gol al Gobierno.
Según los principales analistas políticos de Brasil, lo que más ha chocado es que el texto en su conjunto es casi una copia del que el ala izquierda del Partido de los Trabajadores (PT) propuso a Lula como base de su programa en las elecciones de 2002. El entonces candidato acabó rechazándolo de plano con su famosa Carta al Pueblo de Brasil, en la que se comprometía, si era elegido, a mantener la política económica neoliberal de su antecesor, Fernando Henrique Cardoso, y ofrecía todo tipo de garantías jurídicas y políticas sobre la propiedad privada, la libertad de expresión y la defensa de las instituciones democráticas, como realmente ha hecho hasta ahora.
El programa izquierdista y populista que Lula rechazó fue elaborado por quien era alcalde de Santo André, en el Estado de São Paulo, Celso Daniel, que iba a ser el responsable de la campaña de Lula y que fue misteriosamente asesinado. Tomó su relevo Antonio Palocci, inspirador de la Carta al Pueblo y más tarde su ministro fuerte de Economía.
La pregunta que se hace incluso la gente de a pie es si la izquierda más dura de su partido, que nunca vio con buenos ojos la política económica del Gobierno de Lula, le ha marcado un tanto al presidente bajo el disfraz de la defensa de los derechos humanos, como afirma un editorial del diario O Globo.
De ahí una cierta expectación sobre lo que Lula pueda decir ahora en respuesta a la catarata de análisis y de editoriales sobre la sorpresa de un programa político y económico que contradice los siete años de Gobierno que le han dado una popularidad superior al 80%.
La primera señal de alarma sobre el nuevo programa fue lanzada por el ministro de Defensa, Nelsom Jobim, quien, junto con los tres comandantes del Ejército, presentaron a Lula sus dimisiones porque en el plan está incluida la posibilidad de revisar la ley de amnistía de 1979, que dio paso a la democratización del país tras la dictadura militar. Lula, que el día de las dimisiones se iba de vacaciones, confesó a Jobim que no había leído el texto y le prometió revisarlo. Ya de regreso en Brasilia, el presidente ha admitido que fue un error haber introducido el asunto de la amnistía. Pero el ministro de los Derechos Humanos, Paulo Vannuchi, declaró enseguida al diario Folha de São Paulo que, si se elimina del texto lo concerniente a la amnistía, también él presentará su dimisión.
Los ministros de Agricultura, Reinhold Stephanes, y de Desarrollo Agrario, Guilherme Cassel, también han acabado enfrentados. Para Stephanes, el programa aumenta la inseguridad jurídica, ya que concede más poderes a los Sin Tierra para poder invadir haciendas. El texto, según el ministro, es "un golpe a la agricultura".
En el mundo de las comunicaciones, las asociaciones de periodistas y empresarios se han unido a las duras críticas al programa. Según dichas instituciones, con el pretexto de defender los derechos humanos se propone limitar la libertad de expresión volviendo a la propuesta, que ya había sido derrotada, de crear un órgano del Gobierno que controle a las empresas del sector y decida hasta qué punto cada una de ellas está comprometida con los derechos humanos. El texto prevé retirar la concesión a las empresas de radio y televisión que no sigan las directrices oficiales del Gobierno en materia de derechos humanos. Una nota firmada por varias entidades del sector de la comunicación recuerda que la libertad de prensa es un derecho de los ciudadanos y no puede ser tutelada por órganos gubernamentales.
La posibilidad de una "democratización de la propiedad" ha alarmado a la clase media, que ha visto en el texto el eco de la "propiedad social" predicada por el presidente venezolano, Hugo Chávez. Y, por último, el énfasis que el programa pone en la posibilidad de gobernar el país a través de plebiscitos ha sido visto como una forma implícita de ataque al sistema democrático de los partidos y a la independencia de los tres poderes.
Una gran incógnita es qué parte ha podido tener en la redacción y aprobación del programa Dilma Rousseff, ministra de la Casa Civil y candidata favorita de Lula como aspirante a la presidencia, y si ésa va a ser su línea política en el caso de que en octubre gane las elecciones.
Y, entretanto, la oposición ha encontrado una mina en la ambigüedad del texto para avivar la alarma que despierta la posibilidad de que Brasil, ya sin Lula en el poder, siga la línea de los llamados países del eje bolivariano.
JUAN ARIAS
El Pais, 12/01/2010
El nombre es de lo más inocente: Programa Nacional de Derechos Humanos, un nuevo proyecto del Gobierno brasileño, que preside Luiz Inácio Lula da Silva. Y, sin embargo, sus 73 páginas se han convertido de repente en un plan de la discordia, que ha sido calificado de "disfraz de un Gobierno de izquierdas bolivariano", de "golpe blanco", de "vuelta al pasado"; que ha acabado enfrentando a varios ministros entre sí y que ha alarmado a la clase media. Pero lo que la gente de la calle se pregunta es si realmente le han metido un gol al Gobierno.
Según los principales analistas políticos de Brasil, lo que más ha chocado es que el texto en su conjunto es casi una copia del que el ala izquierda del Partido de los Trabajadores (PT) propuso a Lula como base de su programa en las elecciones de 2002. El entonces candidato acabó rechazándolo de plano con su famosa Carta al Pueblo de Brasil, en la que se comprometía, si era elegido, a mantener la política económica neoliberal de su antecesor, Fernando Henrique Cardoso, y ofrecía todo tipo de garantías jurídicas y políticas sobre la propiedad privada, la libertad de expresión y la defensa de las instituciones democráticas, como realmente ha hecho hasta ahora.
El programa izquierdista y populista que Lula rechazó fue elaborado por quien era alcalde de Santo André, en el Estado de São Paulo, Celso Daniel, que iba a ser el responsable de la campaña de Lula y que fue misteriosamente asesinado. Tomó su relevo Antonio Palocci, inspirador de la Carta al Pueblo y más tarde su ministro fuerte de Economía.
La pregunta que se hace incluso la gente de a pie es si la izquierda más dura de su partido, que nunca vio con buenos ojos la política económica del Gobierno de Lula, le ha marcado un tanto al presidente bajo el disfraz de la defensa de los derechos humanos, como afirma un editorial del diario O Globo.
De ahí una cierta expectación sobre lo que Lula pueda decir ahora en respuesta a la catarata de análisis y de editoriales sobre la sorpresa de un programa político y económico que contradice los siete años de Gobierno que le han dado una popularidad superior al 80%.
La primera señal de alarma sobre el nuevo programa fue lanzada por el ministro de Defensa, Nelsom Jobim, quien, junto con los tres comandantes del Ejército, presentaron a Lula sus dimisiones porque en el plan está incluida la posibilidad de revisar la ley de amnistía de 1979, que dio paso a la democratización del país tras la dictadura militar. Lula, que el día de las dimisiones se iba de vacaciones, confesó a Jobim que no había leído el texto y le prometió revisarlo. Ya de regreso en Brasilia, el presidente ha admitido que fue un error haber introducido el asunto de la amnistía. Pero el ministro de los Derechos Humanos, Paulo Vannuchi, declaró enseguida al diario Folha de São Paulo que, si se elimina del texto lo concerniente a la amnistía, también él presentará su dimisión.
Los ministros de Agricultura, Reinhold Stephanes, y de Desarrollo Agrario, Guilherme Cassel, también han acabado enfrentados. Para Stephanes, el programa aumenta la inseguridad jurídica, ya que concede más poderes a los Sin Tierra para poder invadir haciendas. El texto, según el ministro, es "un golpe a la agricultura".
En el mundo de las comunicaciones, las asociaciones de periodistas y empresarios se han unido a las duras críticas al programa. Según dichas instituciones, con el pretexto de defender los derechos humanos se propone limitar la libertad de expresión volviendo a la propuesta, que ya había sido derrotada, de crear un órgano del Gobierno que controle a las empresas del sector y decida hasta qué punto cada una de ellas está comprometida con los derechos humanos. El texto prevé retirar la concesión a las empresas de radio y televisión que no sigan las directrices oficiales del Gobierno en materia de derechos humanos. Una nota firmada por varias entidades del sector de la comunicación recuerda que la libertad de prensa es un derecho de los ciudadanos y no puede ser tutelada por órganos gubernamentales.
La posibilidad de una "democratización de la propiedad" ha alarmado a la clase media, que ha visto en el texto el eco de la "propiedad social" predicada por el presidente venezolano, Hugo Chávez. Y, por último, el énfasis que el programa pone en la posibilidad de gobernar el país a través de plebiscitos ha sido visto como una forma implícita de ataque al sistema democrático de los partidos y a la independencia de los tres poderes.
Una gran incógnita es qué parte ha podido tener en la redacción y aprobación del programa Dilma Rousseff, ministra de la Casa Civil y candidata favorita de Lula como aspirante a la presidencia, y si ésa va a ser su línea política en el caso de que en octubre gane las elecciones.
Y, entretanto, la oposición ha encontrado una mina en la ambigüedad del texto para avivar la alarma que despierta la posibilidad de que Brasil, ya sin Lula en el poder, siga la línea de los llamados países del eje bolivariano.
segunda-feira, 11 de janeiro de 2010
1671) Zelaya: home alone
De fato, mais um pouco será possivel dizer: "Esqueceram de mim?"
Bem, acho que ele não vai precisar lutar contra bandidos invasores, nem inventar armadilhas para aprisionar e empastelar seus inimigos e eventuais atacantes.
Se ninguém fizer nada, ele fica quieto onde está, já que seu protetor, patrocinador e financiador já tem problemas demais. Chávez, eu quero dizer...
Sim, e o Brasil?
Não tenho a menor idéia; parece que cansaram do Zelaya; pelo menos pararam de tocar no assunto.
Abaixo, uma pequena crônica jornalística sobre estes dias tranquilos em Tegucigalpa...
Paulo Roberto de Almeida
Zelaya, só um sem-teto
Por João Bosco Rabello
Blog do João Bosco, 6 de janeiro de 2010
No próximo dia 27, termina o mandato que Zelaya estaria exercendo não tivesse sido deposto sob a acusação de descumprir a Constituição hondurenha. Assume Porfírio Lobo, eleito recentemente.
Zelaya permanecerá na embaixada brasileira, já na condição de ex-presidente. Será uma voz autista a exigir a renúncia de Micheletti, que não estará mais no cargo.
Resta a hipótese de transferir a exigência de renúncia ao novo presidente, com base na tese da ilegitimidade das eleições. Será ainda mais quixotesco, para não dizer surrealista.
O subsecretário adjunto dos EUA para o Hemisfério Ocidental, Craig Kelly, está em Tegucigalpa pela quinta vez, mas isso a cada dia parece ter menos importância efetiva no processo.
E o Brasil… bem, o Brasil espera que Zelaya se disponha a sair da embaixada. Mas se não o fizer, não haverá ação de despejo. Fica lá como sem-teto.
Bem, acho que ele não vai precisar lutar contra bandidos invasores, nem inventar armadilhas para aprisionar e empastelar seus inimigos e eventuais atacantes.
Se ninguém fizer nada, ele fica quieto onde está, já que seu protetor, patrocinador e financiador já tem problemas demais. Chávez, eu quero dizer...
Sim, e o Brasil?
Não tenho a menor idéia; parece que cansaram do Zelaya; pelo menos pararam de tocar no assunto.
Abaixo, uma pequena crônica jornalística sobre estes dias tranquilos em Tegucigalpa...
Paulo Roberto de Almeida
Zelaya, só um sem-teto
Por João Bosco Rabello
Blog do João Bosco, 6 de janeiro de 2010
No próximo dia 27, termina o mandato que Zelaya estaria exercendo não tivesse sido deposto sob a acusação de descumprir a Constituição hondurenha. Assume Porfírio Lobo, eleito recentemente.
Zelaya permanecerá na embaixada brasileira, já na condição de ex-presidente. Será uma voz autista a exigir a renúncia de Micheletti, que não estará mais no cargo.
Resta a hipótese de transferir a exigência de renúncia ao novo presidente, com base na tese da ilegitimidade das eleições. Será ainda mais quixotesco, para não dizer surrealista.
O subsecretário adjunto dos EUA para o Hemisfério Ocidental, Craig Kelly, está em Tegucigalpa pela quinta vez, mas isso a cada dia parece ter menos importância efetiva no processo.
E o Brasil… bem, o Brasil espera que Zelaya se disponha a sair da embaixada. Mas se não o fizer, não haverá ação de despejo. Fica lá como sem-teto.
Assinar:
Comentários (Atom)
Postagem em destaque
Livro Marxismo e Socialismo finalmente disponível - Paulo Roberto de Almeida
Meu mais recente livro – que não tem nada a ver com o governo atual ou com sua diplomacia esquizofrênica, já vou logo avisando – ficou final...
-
Uma preparação de longo curso e uma vida nômade Paulo Roberto de Almeida A carreira diplomática tem atraído número crescente de jovens, em ...
-
FAQ do Candidato a Diplomata por Renato Domith Godinho TEMAS: Concurso do Instituto Rio Branco, Itamaraty, Carreira Diplomática, MRE, Diplom...
-
Países de Maior Acesso aos textos PRA em Academia.edu (apenas os superiores a 100 acessos) Compilação Paulo Roberto de Almeida (15/12/2025) ...
-
Mercado Comum da Guerra? O Mercosul deveria ser, em princípio, uma zona de livre comércio e também uma zona de paz, entre seus próprios memb...
-
Reproduzo novamente uma postagem minha de 2020, quando foi publicado o livro de Dennys Xavier sobre Thomas Sowell quarta-feira, 4 de março...
-
Itamaraty 'Memórias', do embaixador Marcos Azambuja, é uma aula de diplomacia Embaixador foi um grande contador de histórias, ...
-
O Chanceler alemão Merz: "Caros amigos, as décadas da Pax Americana chegaram ao fim para nós na Europa, e para nós na Alemanha também...
-
Desde el post de José Antonio Sanahuja Persles (Linkedin) Con Camilo López Burian, de la Universidad de la República, estudiamos el ascens...
-
O Brics vai de vento em popa, ao que parece. Como eu nunca fui de tomar as coisas pelo seu valor de face, nunca deixei de expressar meu pen...