O lado bom do Wikileaks é ver tanta gente boa (ops!) pega em frases incômodas (para dizer o mínimo). Gente que achava que sua frase iria ficar ali, entre quatro paredes, no máximo encerrada na fortaleza inexpugnável do Department of State (que aliás parece um bunker), e de repente, zut, voilà, lá está aquela frase incômoda estampada nos jornais.
E para que o desmentido? Não compreendo: se todo mundo sabe que é assim mesmo, para que se dar ao trabalho de desmentir? O próprio interessado poderia desmentir o desmentidor, desmentindo a nota e reafirmando aquilo que foi mentido e desmentido, ou desmentido mentirosamente, não sei se vocês me seguem...
Enfim, tudo isso é muito gozado...
Aguardaremos novos episódios hilariantes...
Tem de ter alguma história picante nisso tudo: 250 mil telegramas e nada de mais saboroso? Só essa aridez da high politics?! Não é possível! Queremos cenas explícitas de alguma coisa...
Paulo Roberto de Almeida
Em nota, Nelson Jobim nega ter dito que Samuel Guimarães ‘odiava os EUA’
por Rodrigo Alvares
O Estado de S.Paulo, 30.novembro.2010
O Ministério da Defesa divulgou nota nesta terça-feira, 30, através da qual o titular da pasta, Nelson Jobim, nega as afirmações atribuídas a ele em telegrama da embaixada dos Estados Unidos divulgado pelo site Wikileaks. Jobim, que encontra-se hoje em visita oficial à Polônia, teria ligado para o ministro-chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE), Samuel Pinheiro Guimarães. De acordo com o telegrama, de 2008, Jobim teria dito ao então embaixador dos Estados Unidos do Brasil, Clifford Sobel, que Guimarães “odeia os Estados Unidos”. À época, Guimarães atuava como secretário-Geral das Relações Exteriores, o segundo cargo na hierarquia do Itamaraty.
Jobim desmentiu a afirmação e esclareceu a Guimarães que realmente em algum momento conversou sobre ele com o embaixador, mas disse que o tratou com respeito e classificou Guimarães como “um nacionalista, um homem que ama profundamente o Brasil”. De acordo com o ministro, “se o embaixador disse que Samuel não gosta dos Estados Unidos, isso é interpretação do embaixador, eu não disse isso. Samuel é meu amigo”, afirmou.
No telegrama, datado de 25 de janeiro de 2008, Jobim teria dito a Sobel que Guimarães aparecia como um “sério problema em diversos níveis”. Além de “odiar os EUA”, Guimarães também é descrito como alguém que trabalhava ativa e calculadamente para dificultar as relações do Brasil com os americanos e outros países industrializados.
Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas. Ver também minha página: www.pralmeida.net (em construção).
quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
America Latina: insistindo no atraso...
Eu, na verdade, acho que esse conceito de "América Latina" é profundamente enganador: ele busca representar origens e problemas comuns, quando na verdade existe uma grande diversidade na região, em termos de políticas e de resultados dessas políticas.
Mas, se vocês desejarem ler algo pessimista, adaptado aliás ao estado do continente, aqui vai um dos meus artigos recentemente publicados:
Mas, se vocês desejarem ler algo pessimista, adaptado aliás ao estado do continente, aqui vai um dos meus artigos recentemente publicados:
| Volta ao mundo em 25 ensaios: Por que a América Latina não decola: alguma explicação plausível? | |||
| . | |||
| |||
www.pralmeida.org
O traço que mais distingue a América Latina é a persistência da pobreza e da desigualdade, mesmo se o fenômeno não é exatamente residual, e sim um elemento estrutural de sua formação e ‘desenvolvimento’. Sim, o continente se desenvolveu, a despeito de comparações desfavoráveis não apenas com a América do Norte, mas também com o continente asiático, região que até um período ainda recente parecia concentrar toda a miséria da humanidade. De continente promissor em termos de catch-up, ou seja, possibilidade de alcançar os países desenvolvidos, numa fase em que a Ásia era sinônimo de pobreza extrema, a região estagnou em várias áreas de interesse social, recuou sob outros critérios – nas conjunturas de hiper-inflação, por exemplo – ou foi simplesmente superada pelos países asiáticos em diversas frentes do processo de desenvolvimento: perdeu espaço no comércio internacional e na atração de investimentos estrangeiros, com a agravante de ter mantido a baixa educação, as tentações populistas no terreno político e uma tendência recorrente a experimentar os mesmos equívocos econômicos do passado, numa repetição incompreensível de um déjà vu cinematográfico (do tipo: “já vimos esse filme, sabemos como vai acabar”). Para sermos mais precisos, nem toda a América Latina repassou o velho filme do populismo, do descontrole econômico e da persistência no atraso. Alguns países fizeram progressos no caminho do desenvolvimento, entre eles o Chile; mas o seu caminho foi longo, especialmente trágico durante treze anos, com a repressão brutal do começo, seguida de um lento processo de recuperação e de construção de um consenso econômico que se tem mantido desde o retorno da democracia (sem mais populismos na política econômica). O Chile foi o país que mais cresceu nos anos 1990 e durante boa parte da primeira década do século 21 e se prepara para ingressar na OCDE em prazo relativamente curto, sendo o primeiro país da América Latina a fazê-lo, depois que o México foi levado ao clube, pelas mãos dos Estados Unidos em 1994 (no mesmo processo que levou à formação do Nafta). O Brasil também fez progressos sensíveis desde que conseguiu domar a inflação, em meados dos anos 1990, e efetuou ajustes no regime cambial e no controle da inflação no final da década, medidas que foram sustentadas durante quase toda a década seguinte, mesmo na ausência de rigor fiscal e sob intensa demanda do partido hegemônico em favor de ‘desenvolvimentismo’ ao velho estilo. Outros países também conseguiram escapar do dragão inflacionário e adotaram a via das políticas econômicas responsáveis, o que não foi o caso de alguns poucos, especialmente os chamados “bolivarianos”. Estes enveredaram por políticas econômicas cujos efeitos são conhecidos dentro e fora da região: mais inflação, penúrias no abastecimento, fuga de capitais, desinvestimento estrangeiro e formação de um mercado cambial paralelo. Mesmo sem ser um país bolivariano, a Argentina conseguiu praticar as mesmas políticas erradas várias vezes, feitas de controles de preços, manipulação cambial, confiscos de fundos financeiros, calote da dívida externa e impostos sobre as exportações. Trata-se de um caso único na história econômica mundial: um processo deliberado de decadência auto-infligida, por obra e graça de seus políticos. Os críticos das políticas econômicas ditas neoliberais as acusam de serem responsáveis pelos desastres sociais na América Latina, recomendando, em seu lugar, as mesmas políticas aplicadas durante as décadas de desenvolvimentismo renitente, e que levaram a região à situação em que ela se encontra hoje, já descrita ao início deste ensaio. Poucos deles explicam como e porque a aplicação persistente dessas mesmas políticas recomendadas atualmente – encore et toujours – deixou a maior parte dos países no mesmo lugar e por que deveriam voltar a fazê-lo. Eles tampouco têm muito a dizer a respeito do Chile, que mudou radicalmente de políticas e foi praticamente o único a crescer num longo período de baixo crescimento ou de estagnação na região. A dificuldade – em certos casos a incapacidade – de manter uma taxa de crescimento sustentada em grande parte dos países da América Latina, com transformação estrutural e distribuição social, tem algumas causas bem conhecidas e um diagnóstico geral que não costuma ser feito pelos ‘especialistas’ da região. As causas usualmente identificadas com o atraso histórico têm a ver com a concentração da terra (e a ausência de reforma agrária), os baixos níveis educacionais da população, a especialização primária, com obstáculos institucionais à industrialização, e (fatores menos importante) a carência de capitais e a insuficiência de investimentos estrangeiros (posto que facilmente contornáveis pela inversão de políticas setoriais). Outras causas têm a ver com a irresponsabilidade fiscal, o exagero na emissão da moeda, o desregramento dos orçamentos, o excesso de despesas governamentais, manipulações do câmbio e da taxa de juros e o uso político de bancos estatais. No plano das políticas setoriais figuram o protecionismo comercial exagerado, a discriminação contra o capital estrangeiro e distorções gerais nas regras do jogo, afetando, em particular, a produção agrícola e industrial (com um terciário largamente informal). Fatores de caráter sistêmico podem ser vinculados ao desrespeito aos contratos e aos direitos de propriedade e, de forma geral, a violação da legalidade constitucional e o desvio constante do que os anglo-saxões chamam de rule of Law. Com as poucas exceções mencionadas, estes são alguns dos fatores que, em perspectiva histórica e em caráter conjuntural, explicam o atraso persistente e as dificuldades de decolagem dos países da América Latina: combinados eles continuam a reter o continente num patamar de baixo crescimento e de ausência de mudanças estruturais. Alguns poucos países conseguem escapar das armadilhas que a insistência em políticas equivocadas transforma em círculo vicioso; um esclarecimento correto quanto às verdadeiras causas do subdesenvolvimento econômico poderá corrigir as trajetórias dos demais igualmente. Mas é preciso insistir no diagnóstico adequado… Brasília, 8 de janeiro de 2010. Revisão: Shanghai, 14.04.2010. Fonte: ViaPolítica/O autor Ensaios preparado para OrdemLivre.org Paulo Roberto de Almeida é Doutor em Ciências Sociais e diplomata de carreira. E-mail: pralmeida@me.com Da série Volta ao Mundo em 25 Ensaios, leia também em ViaPolítica: “Preeminência, hegemonia, dominação, exploração: realidades ou mitos?” “Países ou pessoas ricas o são devido a que os pobres são pobres?” “Orçamentos públicos devem ser sempre equilibrados?” “Competição e monopólios (naturais ou não). Como definir e decidir?” “Políticas ativas pelos Estados funcionam? Se sim, sob quais condições?” “Duas tradições no campo da filosofia social, o liberalismo e o marxismo” “Individualismo e interesses coletivos: qual a balança exata?” “Como organizar a economia para o maior (e melhor) bem-estar possível” Mais sobre Paulo Roberto de Almeida | |||
Depois do AeroLula, vem ai o AeroDilma: faz sentido, um aviao so é pouco...
Lula disse que o avião que comprou não presta, e que precisa de outro, talvez para dar uma volta ao mundo sem precisar se reabastecer. Faz sentido: um presidente assim importante não pode ficar parando em qualquer posto de reabastecimento... Tem de ter autonomia de voo, ora essa!
Sobretudo para um presidente que é a encarnação da classe trabalhadora. Classe trabalhadora não pode ser obstaculizada em sua marcha ascensional...
Nunca mais um presidente vai se humilhar por ter de fazer pit stop...
Sobretudo para um presidente que é a encarnação da classe trabalhadora. Classe trabalhadora não pode ser obstaculizada em sua marcha ascensional...
Nunca mais um presidente vai se humilhar por ter de fazer pit stop...
Lula defende compra de novo avião presidencial
Segundo o presidente, a aeronave atual, um Airbus-319, não tem autonomia de voo suficiente para longos percursos
Leonêncio Nossa, da Agência Estado, 30 de novembro de 2010
ESTREITO, MA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu nesta terça-feira, 30, a compra de um novo avião para as viagens de sua sucessora Dilma Rousseff. Em entrevista realizada durante visita ao Maranhão, ele argumentou que a aeronave atual, um Airbus-319, não tem autonomia de voo suficiente para longos percursos. "Não tem porque não comprar", disse.
No canteiro das obras da usina hidrelétrica de Estreito, na divisa do Maranhão com Tocantins, ele aproveitou para ironizar as críticas à decisão tomada no início de seu governo de adquirir o Airbus-319. Esse avião, batizado pelo Planalto de Santos Dumont e pela imprensa de "Aerolula", poderá, no próximo governo, ser substituído por uma aeronave mais eficiente. "Acabou aquela bobagem do 'Aerolula'", disse. "Agora, estou chateado porque vou deixar a Presidência e não levar o avião comigo."
Ainda em tom de ironia, ele propôs uma campanha da imprensa para ficar com o "Aerolula" após deixar o governo. "Poderia fazer uma campanha e levar o avião comigo", disse. Ele avaliou que a autonomia de 12 horas de voo do Airbus-319 não atende à demanda das viagens mais longas da Presidência.
Daí a necessidade de uma nova aeronave, já batizada de "Aerodilma" antes mesmo de o governo bater o martelo. "O Brasil precisa de um avião com maior autonomia para o presidente da República viajar", afirmou Lula. "É uma vergonha ter um avião de apenas 12 horas de autonomia."
==============
No canteiro das obras da usina hidrelétrica de Estreito, na divisa do Maranhão com Tocantins, ele aproveitou para ironizar as críticas à decisão tomada no início de seu governo de adquirir o Airbus-319. Esse avião, batizado pelo Planalto de Santos Dumont e pela imprensa de "Aerolula", poderá, no próximo governo, ser substituído por uma aeronave mais eficiente. "Acabou aquela bobagem do 'Aerolula'", disse. "Agora, estou chateado porque vou deixar a Presidência e não levar o avião comigo."
Ainda em tom de ironia, ele propôs uma campanha da imprensa para ficar com o "Aerolula" após deixar o governo. "Poderia fazer uma campanha e levar o avião comigo", disse. Ele avaliou que a autonomia de 12 horas de voo do Airbus-319 não atende à demanda das viagens mais longas da Presidência.
Daí a necessidade de uma nova aeronave, já batizada de "Aerodilma" antes mesmo de o governo bater o martelo. "O Brasil precisa de um avião com maior autonomia para o presidente da República viajar", afirmou Lula. "É uma vergonha ter um avião de apenas 12 horas de autonomia."
==============
Em discurso, Lula diz que é a 'encarnação do povo'
De improviso, Lula reconheceu que seus antecessores não tiveram as mesmas condições que ele para governar
Leonencio Nossa/ESTREITO (MA) - O Estado de S.Paulo, 30 de novembro de 2010
A um mês de deixar o Planalto, o presidente Lula revelou nesta terça-feira, 30, que, na crise do mensalão, em 2005, ameaçou o Congresso dizendo-se "a encarnação do povo". Ele aproveitou um discurso de improviso durante visita ao canteiro de obras da usina hidrelétrica de Estreito para relatar encontros privados com o senador José Sarney (PMDB).
"Uma vez o Sarney foi conversar comigo e eu disse: Sarney, eu só quero que o senhor diga lá dentro (Congresso Nacional) o seguinte: Se eles (oposição) tentarem dar um passo além da institucionalidade, eles não sabem o que vai acontecer neste País", relatou. "Este País teve presidente que foi embora, presidente que se matou ou foi cassado. Eles vão saber que eu sou diferente. Que não é o Lula que está na Presidência, mas a classe trabalhadora".
Lula confidenciou que tinha "muita dúvida" se teria condições de governar o País. "Este País já tinha criado as condições para o Getúlio Vargas se matar, não deixar o Juscelino assumir e cassou o João Goulart. Eu falei: o que eles vão aprontar comigo? E eles tentaram em 2005. Só que eles não sabiam que este País, pela primeira vez, tinha eleito um presidente que era a encarnação do povo, lá em Brasília."
No discurso atípico, Lula reconheceu que seus antecessores não tiveram as mesmas condições que ele ao assumir o comando do País. "Eu tenho consciência que outros presidentes não tiveram as mesmas condições que eu. O presidente Sarney pegou o Brasil em época de crise. O Fernando Henrique Cardoso, mesmo se quisesse fazer, não poderia, pois o Brasil estava atolado numa dívida com o FMI. Quando você deve, tem até medo de abrir a porta e o cobrador te pegar", disse Lula.
Obra. O presidente observou que a inauguração da obra ficará para o próximo governo. "É a Dilma que virá inaugurar, mas eu tinha que vir para fechar a comporta, pelo menos", disse, lembrando que desmarcou três visitas à obra por causa de problemas nas áreas ambiental e social. Comunidades ribeirinhas denunciam que estão sendo prejudicadas pela construção.
O presidente afirmou que recentemente foi firmado um acordo entre o consórcio Estreito Energia, construtor do projeto, e o movimento de atingidos pelas barragens. Pelo acordo, a empresa se responsabilizará por garantir a realocação das famílias e criar condições para que os pescadores continuem suas atividades.
"Uma vez o Sarney foi conversar comigo e eu disse: Sarney, eu só quero que o senhor diga lá dentro (Congresso Nacional) o seguinte: Se eles (oposição) tentarem dar um passo além da institucionalidade, eles não sabem o que vai acontecer neste País", relatou. "Este País teve presidente que foi embora, presidente que se matou ou foi cassado. Eles vão saber que eu sou diferente. Que não é o Lula que está na Presidência, mas a classe trabalhadora".
Lula confidenciou que tinha "muita dúvida" se teria condições de governar o País. "Este País já tinha criado as condições para o Getúlio Vargas se matar, não deixar o Juscelino assumir e cassou o João Goulart. Eu falei: o que eles vão aprontar comigo? E eles tentaram em 2005. Só que eles não sabiam que este País, pela primeira vez, tinha eleito um presidente que era a encarnação do povo, lá em Brasília."
No discurso atípico, Lula reconheceu que seus antecessores não tiveram as mesmas condições que ele ao assumir o comando do País. "Eu tenho consciência que outros presidentes não tiveram as mesmas condições que eu. O presidente Sarney pegou o Brasil em época de crise. O Fernando Henrique Cardoso, mesmo se quisesse fazer, não poderia, pois o Brasil estava atolado numa dívida com o FMI. Quando você deve, tem até medo de abrir a porta e o cobrador te pegar", disse Lula.
Obra. O presidente observou que a inauguração da obra ficará para o próximo governo. "É a Dilma que virá inaugurar, mas eu tinha que vir para fechar a comporta, pelo menos", disse, lembrando que desmarcou três visitas à obra por causa de problemas nas áreas ambiental e social. Comunidades ribeirinhas denunciam que estão sendo prejudicadas pela construção.
O presidente afirmou que recentemente foi firmado um acordo entre o consórcio Estreito Energia, construtor do projeto, e o movimento de atingidos pelas barragens. Pelo acordo, a empresa se responsabilizará por garantir a realocação das famílias e criar condições para que os pescadores continuem suas atividades.
terça-feira, 30 de novembro de 2010
Wikileaks-Brasil: mediando as Farc, ou pelo menos tentando...
Dentro da tragédia americana que representa a revelação de todos esses documentos operacionais, cabe reconhecer que eles auxiliam os historiadores do presente e os analistas políticos a se fazerem uma ideia do duplo discurso das autoridades brasileiras em relação a certos temas, entre eles o do terrorismo das Farc, na Colombia e cercanias.
Eles também revelam quão inconscientes ou ingênuos podem ser certos homens públicos, a menos que seja má-fé deliberada.
Em outros termos, o Brasil reconhece a presença das Farc, reconhece que a Colômbia representa o principal ponto de tensão na região, não faz nada para ajudar o vizinho país a resolver o seu problema, e ainda reclama quando o próprio país adota as soluções que acha mais adequadas para resolver essa ameaça terrorista, inclusive fazendo acordos de cooperação militar com o único país que se declarou disposto a ajudá-la (ainda que por interesse próprio, não importa, mas empenhou recursos, armas, homens, de qualquer maneira, o que o Brasil nunca fez).
Inacreditável, por outro lado, a alegação de que o Brasil pretenderia ser um "mediador" do conflito, o que seria aceitável nas mentes distorcidas dos militantes pró-cubanos e pró-Farc, mas não na cabeça de alguém que se pretende ministro da Defesa do Brasil. Mediar entre um Estado legalmente constituído, com um governo constitucionalmente eleito, e um grupo terrorista, que faz tráfico de drogas, pratica sequestros para sobreviver economicamente e cuja única função atualmente é aterrorisar as populações das regiões onde atua? Em que mundo vivem os dirigentes brasileiros? Num mundo da fantasia?
O Wikileaks ainda vai destruir várias reputações, desmantelar diversas hipocrisias, pegar muita gente mentindo em público e desmoralizar algumas carreiras políticas. Nisso, ele é bem vindo...
Finalmente, mais abaixo, os comentários de alguém, certamente muito odiado nesses meios que tentam "mediar" o conflito entre a Colômbia e as respeitáveis Farc...
Paulo Roberto de Almeida
Eles também revelam quão inconscientes ou ingênuos podem ser certos homens públicos, a menos que seja má-fé deliberada.
Em outros termos, o Brasil reconhece a presença das Farc, reconhece que a Colômbia representa o principal ponto de tensão na região, não faz nada para ajudar o vizinho país a resolver o seu problema, e ainda reclama quando o próprio país adota as soluções que acha mais adequadas para resolver essa ameaça terrorista, inclusive fazendo acordos de cooperação militar com o único país que se declarou disposto a ajudá-la (ainda que por interesse próprio, não importa, mas empenhou recursos, armas, homens, de qualquer maneira, o que o Brasil nunca fez).
Inacreditável, por outro lado, a alegação de que o Brasil pretenderia ser um "mediador" do conflito, o que seria aceitável nas mentes distorcidas dos militantes pró-cubanos e pró-Farc, mas não na cabeça de alguém que se pretende ministro da Defesa do Brasil. Mediar entre um Estado legalmente constituído, com um governo constitucionalmente eleito, e um grupo terrorista, que faz tráfico de drogas, pratica sequestros para sobreviver economicamente e cuja única função atualmente é aterrorisar as populações das regiões onde atua? Em que mundo vivem os dirigentes brasileiros? Num mundo da fantasia?
O Wikileaks ainda vai destruir várias reputações, desmantelar diversas hipocrisias, pegar muita gente mentindo em público e desmoralizar algumas carreiras políticas. Nisso, ele é bem vindo...
Finalmente, mais abaixo, os comentários de alguém, certamente muito odiado nesses meios que tentam "mediar" o conflito entre a Colômbia e as respeitáveis Farc...
Paulo Roberto de Almeida
Brasil sabia da presença das Farc na Venezuela, segundo Wikileaks
Nelson Jobim, ministro da Defesa, também teria comentado a respeito da situação do Equador
Agencia Efe, 30 de novembro de 2010
O Brasil sabia da "presença" das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) na Venezuela e considerava a Colômbia como a "principal fonte de instabilidade" na região, mostraram nesta terça-feira, 30, os novos documentos revelados pelo Wikileaks.
Esta informação aparece em documentos enviados em novembro de 2009 da embaixada dos EUA em Brasília, que mostram conversas de uma funcionária americana, Lisa Kibuske, com o ministro da Defesa, Nelson Jobim.
"Falando de temas de segurança regional", diz uma das mensagens, "Jobim reconheceu na prática a presença da guerrilha das Farc na Venezuela e ofereceu sugestões para criar confiança na fronteira entre Colômbia e Equador".
No entanto, Jobim diz que reconhece publicamente a presença das Farc na Venezuela impediria o trabalho de mediação de seu Governo. "Perguntado sobre a presença das Farc na Venezuela, disse que se reconhecesse sua presença poderia arruinar a capacidade do Brasil como país mediador", explica a nota.
Posteriormente, em outra mensagem, Jobim situa a "Colômbia no centro da potencial instabilidade da região" e considera a tentativa do então presidente Álvaro Uribe de optar por um terceiro mandato na Colômbia como "terrível".
Mais adiante, o ministro brasileiro volta a mostrar suas preocupações a respeito de Uribe, a quem "insiste em qualificar como a primeira fonte de tensões" na região andina.
Na conversa entre Lisa e Nelson Jobim, o ministro da Defesa também mostra "inquietação" sobre o acordo de defesa entre EUA e Colômbia, que permitirá que militares americanos utilizem bases no país andino, ao apontar que um dos memorandos que acompanha o acordo deixa em "evidência a falta de compreensão da América Latina" por parte de Washington.
No entanto, a funcionária finaliza com um balanço positivo seu encontro com Jobim, de quem destaca sua "proximidade ao presidente Lula em questões de segurança". "Apesar da tendência do Governo do Brasil de culpar a Colômbia pelas tensões atuais, seus esforços por manter a paz são sinceros e deveriam ser apoiados", afirma na nota.
Trata-se dos primeiros documentos nos quais a Colômbia é citada desde que o Wikileaks começou a publicação em massa no domingo de mais de 250 mil documentos diplomáticos americanos, muitos deles com revelações embaraçosas para Washington e seus aliados.
==============
O antiamericanismo bocó somado ao personalismo jeca-tatu…
Reinaldo Azevedo, 30.11.2010
O problema dos telegramas vazados pelo site WikiLeaks é que muitos tentam ver como política oficial — ou escolhas de governo — o que está na esfera das considerações, das análises, dos chutes, da fofoca. Já falo mais a respeito. Vamos a um caso em particular.
Em conversa com ex-embaixador americano no Brasil Clifford Sobel (20067-2009), Nelson Jobim, ministro da Defesa, teria definido Samuel Pinheiro Guimarães, então segundo homem no Itamaraty e hoje chefe da Sealopra (lembram-se dela?), como antiamericano; teria dito mesmo que ele “odeia os EUA” e “trabalha para criar problemas na relação”. Clifford enviou a mensagem a seu governo, e agora ela está no mundo…
Jobim já ligou para Guimarães para assegurar que não disse nada daquilo; que conversou, sim, com o embaixador, mas ele interpretou mal o sentido de suas palavras etc e tal. Lula defende o ministro da Defesa. Vamos pensar.
Digamos que Jobim tenha dito o que lhe atribuem: mentira não é, certo? A hostilidade de Guimarães aos EUA e à política americana não precisa de conversa privada ou de fofoca para se manifestar. Está na cara. É pública. Mais: ao longo de oito anos, nas questões relevantes, o Itamaraty sempre procurou contrastar com os americanos: se eles queriam uma coisa, Celso Amorim demonstrava querer o contrário.
Nem Amorim nem Guimarães mandam em coisa nenhuma. Ambos refletiam as opiniões de Lula — é dele a política externa, certo? Tanto é assim que as relações do Brasil com os EUA pioraram com a eleição de Barack Obama. Já durante a campanha eleitoral do atual presidente americano, notava-se o incômodo de Lula. Ainda que pareça estúpido e mesquinho, o Babalorixá de Banânia achava que o outro era a única figura a lhe fazer sombra no mundo…
Some-se esse aspecto megalômano, delirante, à cultura antiamericana de onde deriva Guimarães, e encontraremos o Brasil a defender o programa nuclear do Irã e a se abster numa votação em que aquele país é condenado por violar os direitos humanos. Foi a soma do antiamericanismo bocó com o personalismo jeca-tatu.
"Falando de temas de segurança regional", diz uma das mensagens, "Jobim reconheceu na prática a presença da guerrilha das Farc na Venezuela e ofereceu sugestões para criar confiança na fronteira entre Colômbia e Equador".
No entanto, Jobim diz que reconhece publicamente a presença das Farc na Venezuela impediria o trabalho de mediação de seu Governo. "Perguntado sobre a presença das Farc na Venezuela, disse que se reconhecesse sua presença poderia arruinar a capacidade do Brasil como país mediador", explica a nota.
Posteriormente, em outra mensagem, Jobim situa a "Colômbia no centro da potencial instabilidade da região" e considera a tentativa do então presidente Álvaro Uribe de optar por um terceiro mandato na Colômbia como "terrível".
Mais adiante, o ministro brasileiro volta a mostrar suas preocupações a respeito de Uribe, a quem "insiste em qualificar como a primeira fonte de tensões" na região andina.
Na conversa entre Lisa e Nelson Jobim, o ministro da Defesa também mostra "inquietação" sobre o acordo de defesa entre EUA e Colômbia, que permitirá que militares americanos utilizem bases no país andino, ao apontar que um dos memorandos que acompanha o acordo deixa em "evidência a falta de compreensão da América Latina" por parte de Washington.
No entanto, a funcionária finaliza com um balanço positivo seu encontro com Jobim, de quem destaca sua "proximidade ao presidente Lula em questões de segurança". "Apesar da tendência do Governo do Brasil de culpar a Colômbia pelas tensões atuais, seus esforços por manter a paz são sinceros e deveriam ser apoiados", afirma na nota.
Trata-se dos primeiros documentos nos quais a Colômbia é citada desde que o Wikileaks começou a publicação em massa no domingo de mais de 250 mil documentos diplomáticos americanos, muitos deles com revelações embaraçosas para Washington e seus aliados.
==============
O antiamericanismo bocó somado ao personalismo jeca-tatu…
Reinaldo Azevedo, 30.11.2010
O problema dos telegramas vazados pelo site WikiLeaks é que muitos tentam ver como política oficial — ou escolhas de governo — o que está na esfera das considerações, das análises, dos chutes, da fofoca. Já falo mais a respeito. Vamos a um caso em particular.
Em conversa com ex-embaixador americano no Brasil Clifford Sobel (20067-2009), Nelson Jobim, ministro da Defesa, teria definido Samuel Pinheiro Guimarães, então segundo homem no Itamaraty e hoje chefe da Sealopra (lembram-se dela?), como antiamericano; teria dito mesmo que ele “odeia os EUA” e “trabalha para criar problemas na relação”. Clifford enviou a mensagem a seu governo, e agora ela está no mundo…
Jobim já ligou para Guimarães para assegurar que não disse nada daquilo; que conversou, sim, com o embaixador, mas ele interpretou mal o sentido de suas palavras etc e tal. Lula defende o ministro da Defesa. Vamos pensar.
Digamos que Jobim tenha dito o que lhe atribuem: mentira não é, certo? A hostilidade de Guimarães aos EUA e à política americana não precisa de conversa privada ou de fofoca para se manifestar. Está na cara. É pública. Mais: ao longo de oito anos, nas questões relevantes, o Itamaraty sempre procurou contrastar com os americanos: se eles queriam uma coisa, Celso Amorim demonstrava querer o contrário.
Nem Amorim nem Guimarães mandam em coisa nenhuma. Ambos refletiam as opiniões de Lula — é dele a política externa, certo? Tanto é assim que as relações do Brasil com os EUA pioraram com a eleição de Barack Obama. Já durante a campanha eleitoral do atual presidente americano, notava-se o incômodo de Lula. Ainda que pareça estúpido e mesquinho, o Babalorixá de Banânia achava que o outro era a única figura a lhe fazer sombra no mundo…
Some-se esse aspecto megalômano, delirante, à cultura antiamericana de onde deriva Guimarães, e encontraremos o Brasil a defender o programa nuclear do Irã e a se abster numa votação em que aquele país é condenado por violar os direitos humanos. Foi a soma do antiamericanismo bocó com o personalismo jeca-tatu.
Guia dos Arquivos Americanos sobre o Brasil - Edicao Funag 2010
Pude, finalmente, tomar conhecimento da obra que organizei ainda em Washington, quase dez anos atrás, e que demorou um bocado para ser editada em formato impresso, apesar de ter estado sempre disponível, ainda que discretamente, em meu site.
Trata-se do:
Guia dos Arquivos Americanos sobre o Brasil: coleções documentais sobre o Brasil nos Estados Unidos
Paulo Roberto de Almeida, Rubens Antônio Barbosa e Francisco Rogido Fins (organizadores)
(Brasília: Funag, 2010, 244p.; ISBN: 978-85-7631-274-1)
O sumário segue abaixo. Ele pode ser donwloadado (ops) neste link da Funag (mas sem a capa; que pode ser vista no meu site, neste link):
http://www.funag.gov.br/biblioteca-digital/pdfs_livros/lancamentos/pdf_guia_dos_arquivos_americanos.pdf
APRESENTAÇÃO
APRESENTAÇÃO GERAL DO PROJETO RESGATE: Esther Caldas Bertoletti (Biblioteca Nacional - IHGB)
PREFÁCIO: Embaixador Rubens Antonio Barbosa
INTRODUÇÃO: Paulo Roberto de Almeida e Francisco Rogido
1. NATIONAL ARCHIVES AND RECORDS ADMINISTRATION
1.1. Informações gerais
1.2. Principais Record Groups relacionados com o Brasil
1.2.1. RG 39 – Department of Treasury, Bureau of Accounts
1.2.2. RG 40 – Department of Commerce
1.2.3. RG 43 – International Conferences, Commissions and Expositions
1.2.4. RG 59 – Department of State
1.2.5. RG 63 – Committee on Public Information
1.2.6. RG 65 – Federal Bureau of Investigation
1.2.7. RG 84 – Foreign Service Posts of the Department of State
1.2.8. RG 90 – Public Health Service
1.2.9. RG 122 – Federal Trade Commission
1.2.10. RG 166 – Foreign Agricultural Service
1.2.11. RG 169 – Foreign Economic Administration
1.2.12. RG 229 – Office of Inter-American Affairs
1.2.13. RG 263 – Central Intelligence Agency
1.2.14. RG 275 – Export-Import Bank of the United States
1.2.15. RG 333 – International Military Agencies
1.3. Materiais referentes ao Brasil
1.3.1. Disponíveis no Brasil
1.3.2. Disponíveis nos EUA
2. BIBLIOTECAS PRESIDENCIAIS
2.1. Herbert Hoover Library
2.1.1. Informações gerais
2.1.2. Materiais referentes ao Brasil
2.2. Franklin D. Roosevelt Library
2.2.1. Informações gerais
2.2.2. Materiais referentes ao Brasil
2.3. Harry Truman Library
2.3.1. Informações gerais
2.3.2. Materiais referentes ao Brasil
2.4. Dwight D. Eisenhower Library
2.4.1. Informações gerais
2.4.2. Materiais referentes ao Brasil
2.5. John F. Kennedy Library
2.5.1. Informações gerais
2.5.2. Materiais referentes ao Brasil
2.6. Lindon B. Johnson Library
2.6.1. Informações gerais
2.6.2. Materiais referentes ao Brasil
2.7. Nixon Presidential Materials Staff
2.7.1. Informações gerais
2.7.2. Materiais referentes ao Brasil
2.8. Gerald R. Ford Library and Museum
2.8.1. Informações gerais
2.8.2. Materiais referentes ao Brasil
2.9. Jimmy Carter Library
2.9.1. Informações gerais
2.9.2. Materiais referentes ao Brasil
2.10. Ronald Regan Library
2.10.1. Informações gerais
2.10.2. Materiais referentes ao Brasil
2.11. George Bush Library
2.11.1. Informações gerais
2.11.2. Materiais referentes ao Brasil
2.12. William J. Clinton Presidential Library and Museum
2.12.1. Informações gerais
2.12.2. Materiais referentes ao Brasil
2.13. George W. Bush Presidential Library
2.13.1. Informações gerais
2.13.2. Materiais referentes ao Brasil
3. OUTRAS BIBLIOTECAS E INSTITUIÇÕES
3.1. Library of Congress – Washington, DC
3.1.1. Informações gerais
3.1.2. Materiais referentes ao Brasil
3.2. Oliveira Lima Library – Washington, DC
3.2.1. Informações gerais
3.2.2. Materiais referentes ao Brasil
3.3. Benson Latin American Collection – Austin, TX
3.3.1. Informações gerais
3.3.2. Materiais referentes ao Brasil
3.4. John Carter Brown Library – Providence, RI
3.4.1. Informações gerias
3.4.2. Materiais referentes ao Brasil
3.5. Columbus Memorial Library – Washington, DC
3.5.1. Informações gerais
3.5.2. Materiais referentes ao Brasil
3.6. Yale University – New Haven, CT
3.6.1. Informações gerais
3.6.2. Materiais referentes ao Brasil
3.7. Howard-Tilton Memorial Library – New Orleans, LA
3.7.1. Informações gerais
3.7.2. Materiais referentes ao Brasil
3.8. Joseph Mark Lauinger Library – Washington, DC
3.8.1. Informações gerais
3.8.2. Materiais referentes ao Brasil
3.9. Newberry Library – Chicago, IL
3.9.1. Informações gerais
3.9.2. Materiais referentes ao Brasil
3.10. Smithsonian Institution – Washington, DC
3.10.1. Informações gerais
3.10.2. Materiais referentes ao Brasil
3.11. Center for Research Libraries: Latin American Microform Project (LAMP)
3.11.1. Informações gerais
3.11.2. Materiais referentes ao Brasil
4. APÊNDICES
4.1. RG 59 – General Records of the Department of State
4.1.1. Microfilmes disponíveis no Brasil
4.1.2. Microfilmes disponíveis nos EUA
4.2. RG 263 – Central Intelligence Agency
4.3. Chefes de Missão dos Estados Unidos no Brasil, 1825-2010
4.4. Chefes de Missão do Brasil nos Estados Unidos, 1824-2010
4.5. Modelo de carta para recurso ao FOIA
4.6. Recursos para pesquisa online
4.7. Feriados nacionais
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Trata-se do:
Guia dos Arquivos Americanos sobre o Brasil: coleções documentais sobre o Brasil nos Estados Unidos
Paulo Roberto de Almeida, Rubens Antônio Barbosa e Francisco Rogido Fins (organizadores)
(Brasília: Funag, 2010, 244p.; ISBN: 978-85-7631-274-1)
O sumário segue abaixo. Ele pode ser donwloadado (ops) neste link da Funag (mas sem a capa; que pode ser vista no meu site, neste link):
http://www.funag.gov.br/biblioteca-digital/pdfs_livros/lancamentos/pdf_guia_dos_arquivos_americanos.pdf
GUIA DOS ARQUIVOS AMERICANOS SOBRE O BRASIL Coleções Documentais sobre o Brasil nos Estados Unidos
Organizadores: Paulo Roberto de Almeida, Rubens Antônio Barbosa e Francisco Rogido Fins
(Brasília: Funag, 2010, 244 p.; ISBN: 978-85-7631-274-1)
ÍNDICE
APRESENTAÇÃO
APRESENTAÇÃO GERAL DO PROJETO RESGATE: Esther Caldas Bertoletti (Biblioteca Nacional - IHGB)
PREFÁCIO: Embaixador Rubens Antonio Barbosa
INTRODUÇÃO: Paulo Roberto de Almeida e Francisco Rogido
1. NATIONAL ARCHIVES AND RECORDS ADMINISTRATION
1.1. Informações gerais
1.2. Principais Record Groups relacionados com o Brasil
1.2.1. RG 39 – Department of Treasury, Bureau of Accounts
1.2.2. RG 40 – Department of Commerce
1.2.3. RG 43 – International Conferences, Commissions and Expositions
1.2.4. RG 59 – Department of State
1.2.5. RG 63 – Committee on Public Information
1.2.6. RG 65 – Federal Bureau of Investigation
1.2.7. RG 84 – Foreign Service Posts of the Department of State
1.2.8. RG 90 – Public Health Service
1.2.9. RG 122 – Federal Trade Commission
1.2.10. RG 166 – Foreign Agricultural Service
1.2.11. RG 169 – Foreign Economic Administration
1.2.12. RG 229 – Office of Inter-American Affairs
1.2.13. RG 263 – Central Intelligence Agency
1.2.14. RG 275 – Export-Import Bank of the United States
1.2.15. RG 333 – International Military Agencies
1.3. Materiais referentes ao Brasil
1.3.1. Disponíveis no Brasil
1.3.2. Disponíveis nos EUA
2. BIBLIOTECAS PRESIDENCIAIS
2.1. Herbert Hoover Library
2.1.1. Informações gerais
2.1.2. Materiais referentes ao Brasil
2.2. Franklin D. Roosevelt Library
2.2.1. Informações gerais
2.2.2. Materiais referentes ao Brasil
2.3. Harry Truman Library
2.3.1. Informações gerais
2.3.2. Materiais referentes ao Brasil
2.4. Dwight D. Eisenhower Library
2.4.1. Informações gerais
2.4.2. Materiais referentes ao Brasil
2.5. John F. Kennedy Library
2.5.1. Informações gerais
2.5.2. Materiais referentes ao Brasil
2.6. Lindon B. Johnson Library
2.6.1. Informações gerais
2.6.2. Materiais referentes ao Brasil
2.7. Nixon Presidential Materials Staff
2.7.1. Informações gerais
2.7.2. Materiais referentes ao Brasil
2.8. Gerald R. Ford Library and Museum
2.8.1. Informações gerais
2.8.2. Materiais referentes ao Brasil
2.9. Jimmy Carter Library
2.9.1. Informações gerais
2.9.2. Materiais referentes ao Brasil
2.10. Ronald Regan Library
2.10.1. Informações gerais
2.10.2. Materiais referentes ao Brasil
2.11. George Bush Library
2.11.1. Informações gerais
2.11.2. Materiais referentes ao Brasil
2.12. William J. Clinton Presidential Library and Museum
2.12.1. Informações gerais
2.12.2. Materiais referentes ao Brasil
2.13. George W. Bush Presidential Library
2.13.1. Informações gerais
2.13.2. Materiais referentes ao Brasil
3. OUTRAS BIBLIOTECAS E INSTITUIÇÕES
3.1. Library of Congress – Washington, DC
3.1.1. Informações gerais
3.1.2. Materiais referentes ao Brasil
3.2. Oliveira Lima Library – Washington, DC
3.2.1. Informações gerais
3.2.2. Materiais referentes ao Brasil
3.3. Benson Latin American Collection – Austin, TX
3.3.1. Informações gerais
3.3.2. Materiais referentes ao Brasil
3.4. John Carter Brown Library – Providence, RI
3.4.1. Informações gerias
3.4.2. Materiais referentes ao Brasil
3.5. Columbus Memorial Library – Washington, DC
3.5.1. Informações gerais
3.5.2. Materiais referentes ao Brasil
3.6. Yale University – New Haven, CT
3.6.1. Informações gerais
3.6.2. Materiais referentes ao Brasil
3.7. Howard-Tilton Memorial Library – New Orleans, LA
3.7.1. Informações gerais
3.7.2. Materiais referentes ao Brasil
3.8. Joseph Mark Lauinger Library – Washington, DC
3.8.1. Informações gerais
3.8.2. Materiais referentes ao Brasil
3.9. Newberry Library – Chicago, IL
3.9.1. Informações gerais
3.9.2. Materiais referentes ao Brasil
3.10. Smithsonian Institution – Washington, DC
3.10.1. Informações gerais
3.10.2. Materiais referentes ao Brasil
3.11. Center for Research Libraries: Latin American Microform Project (LAMP)
3.11.1. Informações gerais
3.11.2. Materiais referentes ao Brasil
4. APÊNDICES
4.1. RG 59 – General Records of the Department of State
4.1.1. Microfilmes disponíveis no Brasil
4.1.2. Microfilmes disponíveis nos EUA
4.2. RG 263 – Central Intelligence Agency
4.3. Chefes de Missão dos Estados Unidos no Brasil, 1825-2010
4.4. Chefes de Missão do Brasil nos Estados Unidos, 1824-2010
4.5. Modelo de carta para recurso ao FOIA
4.6. Recursos para pesquisa online
4.7. Feriados nacionais
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Wikileaks-Brasil: corrupcao, a praga do governo Lula
Os americanos costumam falar as coisas como as coisas são. Claro, sabendo que suas palavras seriam reveladas, eles seria mais contidos, não colocariam tantas sinceridades em seus telegramas oficiais. É o que provavelmente vai ocorrer agora: partindo do princípio de que tudo pode ser revelado, ninguém mais vai querer conversar com oas americanos, e os próprios serão muito mais cautelosos em seus expedientes internos. Ou seja, vamos perder sinceridade e ganhar hipocrisia, ou os expedientes internos vão ficar muito parecidos com o bullshit habitual dos documentos públicos. O que é realmente uma pena.
Historiadores do futuro: vocês terão muito menos motivos de divertimento do que até agora...
Nunca mais teremos saborosas apreciações cristalinas sobre chefes de Estado, sobre como um é maluco, como outra é desequilibrada, um terceiro arrogante, sem esquecer de certos loucos perigosos que são eleitos (fraudulentamente) por aí.
Aliás, creio que nunca mais teremos papéis à la Stasi: os cubanos já devem estar destruindo os seus...
Paulo Roberto de Almeida
Historiadores do futuro: vocês terão muito menos motivos de divertimento do que até agora...
Nunca mais teremos saborosas apreciações cristalinas sobre chefes de Estado, sobre como um é maluco, como outra é desequilibrada, um terceiro arrogante, sem esquecer de certos loucos perigosos que são eleitos (fraudulentamente) por aí.
Aliás, creio que nunca mais teremos papéis à la Stasi: os cubanos já devem estar destruindo os seus...
Paulo Roberto de Almeida
EUA apontam para corrupção na gestão de Lula
Em telegrama secreto revelado pelo Wikileaks, a crítica é feita pelo próprio embaixador americano
Jamil Chade, correspondente de O Estado de S.Paulo
30 de novembro de 2010 | 10h 50
GENEBRA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva concluirá seus oito anos no poder com uma gestão marcada pela corrupção entre seus "mais próximos aliados", com uma "praga" de compra de votos no PT e sem ter dado uma resposta ao crime no Brasil. Essa é a avaliação da diplomacia americana sobre a gestão de Lula e os principais elementos de seu governo, escancarando a avaliação do governo americano em relação a Lula.
Em um telegrama secreto revelado pela organização Wikileaks, a crítica é feita pelo próprio embaixador americano em Brasília, Clifford Sobel.
"A principal preocupação popular - crime e segurança pública - não melhoraram durante sua administração (de Lula)", afirmou o telegrama enviado entre a embaixada americana em Brasília e o Departamento de Estado norte-americano.
O documento ainda cita os vários escândalos de corrupção durante a gestão de Lula. "A Administração Lula tem sido afetada por uma grave crise política", afirma o documento, indicando que "escândalos de compra de votos e tráfico de influência" se transformaram em "pragas para certos elementos do partido de Lula, o PT".
Sobel, porém, deixa claro que a "popularidade pessoal do presidente não sofreu, mesmo depois que muitos de seus associados mais próximos foram pegos em práticas de corrupção".
O telegrama faz parte de um relatório que a embaixada americana em Brasília enviou para Washington, com vistas a preparar uma visita do ministro da Defesa, Nelson Jobim. A meta dos americanos no início de 2009 era o de se aproximar ao Brasil, propondo acordos de cooperação no setor militar e uma colaboração para garantir certa estabilidade na América Latina.
O documento ainda insinua que teria sido o Bolsa Família que o teria ajudado a se reeleger em 2006. "O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi eleito em 2002 em grande parte diante da promessa de promover um agenda social ambiciosa, incluindo generosos pagamentos aos pobres. Diante da força da popularidade desses medidas, ele foi reeleito em 2006, ainda que um apoio diminuído da classe média", completou.
Veja também:
Para EUA, Brasil oculta prisão de terroristas, revela WikiLeaks
Veja a íntegra dos documentos do WikiLeaks referentes ao Brasil
Em um telegrama secreto revelado pela organização Wikileaks, a crítica é feita pelo próprio embaixador americano em Brasília, Clifford Sobel.
"A principal preocupação popular - crime e segurança pública - não melhoraram durante sua administração (de Lula)", afirmou o telegrama enviado entre a embaixada americana em Brasília e o Departamento de Estado norte-americano.
O documento ainda cita os vários escândalos de corrupção durante a gestão de Lula. "A Administração Lula tem sido afetada por uma grave crise política", afirma o documento, indicando que "escândalos de compra de votos e tráfico de influência" se transformaram em "pragas para certos elementos do partido de Lula, o PT".
Sobel, porém, deixa claro que a "popularidade pessoal do presidente não sofreu, mesmo depois que muitos de seus associados mais próximos foram pegos em práticas de corrupção".
O telegrama faz parte de um relatório que a embaixada americana em Brasília enviou para Washington, com vistas a preparar uma visita do ministro da Defesa, Nelson Jobim. A meta dos americanos no início de 2009 era o de se aproximar ao Brasil, propondo acordos de cooperação no setor militar e uma colaboração para garantir certa estabilidade na América Latina.
O documento ainda insinua que teria sido o Bolsa Família que o teria ajudado a se reeleger em 2006. "O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi eleito em 2002 em grande parte diante da promessa de promover um agenda social ambiciosa, incluindo generosos pagamentos aos pobres. Diante da força da popularidade desses medidas, ele foi reeleito em 2006, ainda que um apoio diminuído da classe média", completou.
Veja também:
Wikileaks: Deep Throat gosta de Lady Gaga
Ex-analista militar dos EUA seria fonte do WikiLeaks
Por Phil Stewart
WASHINGTON (Reuters) - Bradley Manning, 23 anos, ex-analista de inteligência do Exército norte-americano, é o pivô da investigação norte-americana a respeito do vazamento de milhares de comunicações diplomáticas secretas, divulgadas nesta semana pelo site WikiLeaks, dizem funcionários dos EUA sob a condição de anonimato.
Os mais de 250 mil documentos desse lote expõem avaliações francas e embaraçosas de funcionários dos EUA a respeito de líderes mundiais. Meses atrás, o WikiLeaks - especializado na divulgação de documentos sigilosos - já havia trazido a público 500 mil documentos dos EUA relacionados às guerras do Afeganistão e Iraque.
As autoridades dos EUA não falam abertamente sobre Manning, para não prejudicar as investigações.
Veja, a seguir, mais informações sobre o suspeito.
ONDE ESTÁ BRADLEY MANNING?
Está detido na base Quantico dos Marines, na Virgínia, depois de haver sido indiciado em julho por ter obtido ilegalmente um vídeo secreto, de 2007, que mostrava um ataque de helicóptero que matou 12 pessoas no Iraque, inclusive 2 jornalistas da Reuters. Esse vídeo foi divulgado em abril pelo WikiLeaks.
Ele também foi acusado de ter baixado em seu computador mais de 150 mil documentos do Departamento de Estado quando trabalhava na operação de inteligência da Segunda Brigada da Décima Divisão de Montanha, no Iraque. Ele passou adiante parte desses documentos, mas as autoridades dos EUA não esclareceram se essas são as mesmas comunicações divulgadas pelo WikiLeaks.
COMO ELE FOI PRESO?
Ele se gabou dos seus feitos ao ex-hacker Adrian Lamo, que o entregou às autoridades, segundo relato de Lamo à Reuters. Manning foi prontamente detido pelo Exército e ficou preso no Kuait antes de ser transferido para os EUA.
COMO ELE PEGAVA OS DADOS?
Em um chat na internet com Lamo, ele dizia que ia trabalhar levando um CD com músicas de Lady Gaga, sobre o qual ele gravava dados retirados de uma rede militar secreta da internet. A transcrição do chat (em inglês), revelada inicialmente pela revista Wired, pode ser vista no endereço http://www.wired.com/threatlevel/2010/06/wikileaks-chat/
ELE FOI FORMALMENTE VINCULADO AO WIKILEAKS?
As autoridades dos EUA evitam estabelecer diretamente tal vinculação, e o nome do WikiLeaks não consta no prontuário distribuído ao público. Mas, nas suas conversas com Lamo, Manning admitia que havia entregado material a Julian Assange, fundador do WikiLeaks. "Sou uma fonte de alta relevância (...) e desenvolvi uma relação com Assenge," escreveu.
ELE AGIU SOZINHO?
Lamo disse à Reuters que aparentemente os investigadores dos EUA estão também procurando pessoas que sejam ligadas simultaneamente a Manning e ao WikiLeaks. "Eu não acreditava que ele tivesse o conhecimento tecnológico (...) para arranjar isso sozinho", disse Lamo.
Plantão O Globo, 30/11/2010 às 11h17m
Por Phil Stewart
WASHINGTON (Reuters) - Bradley Manning, 23 anos, ex-analista de inteligência do Exército norte-americano, é o pivô da investigação norte-americana a respeito do vazamento de milhares de comunicações diplomáticas secretas, divulgadas nesta semana pelo site WikiLeaks, dizem funcionários dos EUA sob a condição de anonimato.
Os mais de 250 mil documentos desse lote expõem avaliações francas e embaraçosas de funcionários dos EUA a respeito de líderes mundiais. Meses atrás, o WikiLeaks - especializado na divulgação de documentos sigilosos - já havia trazido a público 500 mil documentos dos EUA relacionados às guerras do Afeganistão e Iraque.
As autoridades dos EUA não falam abertamente sobre Manning, para não prejudicar as investigações.
Veja, a seguir, mais informações sobre o suspeito.
ONDE ESTÁ BRADLEY MANNING?
Está detido na base Quantico dos Marines, na Virgínia, depois de haver sido indiciado em julho por ter obtido ilegalmente um vídeo secreto, de 2007, que mostrava um ataque de helicóptero que matou 12 pessoas no Iraque, inclusive 2 jornalistas da Reuters. Esse vídeo foi divulgado em abril pelo WikiLeaks.
Ele também foi acusado de ter baixado em seu computador mais de 150 mil documentos do Departamento de Estado quando trabalhava na operação de inteligência da Segunda Brigada da Décima Divisão de Montanha, no Iraque. Ele passou adiante parte desses documentos, mas as autoridades dos EUA não esclareceram se essas são as mesmas comunicações divulgadas pelo WikiLeaks.
COMO ELE FOI PRESO?
Ele se gabou dos seus feitos ao ex-hacker Adrian Lamo, que o entregou às autoridades, segundo relato de Lamo à Reuters. Manning foi prontamente detido pelo Exército e ficou preso no Kuait antes de ser transferido para os EUA.
COMO ELE PEGAVA OS DADOS?
Em um chat na internet com Lamo, ele dizia que ia trabalhar levando um CD com músicas de Lady Gaga, sobre o qual ele gravava dados retirados de uma rede militar secreta da internet. A transcrição do chat (em inglês), revelada inicialmente pela revista Wired, pode ser vista no endereço http://www.wired.com/threatlevel/2010/06/wikileaks-chat/
ELE FOI FORMALMENTE VINCULADO AO WIKILEAKS?
As autoridades dos EUA evitam estabelecer diretamente tal vinculação, e o nome do WikiLeaks não consta no prontuário distribuído ao público. Mas, nas suas conversas com Lamo, Manning admitia que havia entregado material a Julian Assange, fundador do WikiLeaks. "Sou uma fonte de alta relevância (...) e desenvolvi uma relação com Assenge," escreveu.
ELE AGIU SOZINHO?
Lamo disse à Reuters que aparentemente os investigadores dos EUA estão também procurando pessoas que sejam ligadas simultaneamente a Manning e ao WikiLeaks. "Eu não acreditava que ele tivesse o conhecimento tecnológico (...) para arranjar isso sozinho", disse Lamo.
Assinar:
Comentários (Atom)
Postagem em destaque
Livro Marxismo e Socialismo finalmente disponível - Paulo Roberto de Almeida
Meu mais recente livro – que não tem nada a ver com o governo atual ou com sua diplomacia esquizofrênica, já vou logo avisando – ficou final...
-
Uma preparação de longo curso e uma vida nômade Paulo Roberto de Almeida A carreira diplomática tem atraído número crescente de jovens, em ...
-
FAQ do Candidato a Diplomata por Renato Domith Godinho TEMAS: Concurso do Instituto Rio Branco, Itamaraty, Carreira Diplomática, MRE, Diplom...
-
Países de Maior Acesso aos textos PRA em Academia.edu (apenas os superiores a 100 acessos) Compilação Paulo Roberto de Almeida (15/12/2025) ...
-
Mercado Comum da Guerra? O Mercosul deveria ser, em princípio, uma zona de livre comércio e também uma zona de paz, entre seus próprios memb...
-
Reproduzo novamente uma postagem minha de 2020, quando foi publicado o livro de Dennys Xavier sobre Thomas Sowell quarta-feira, 4 de março...
-
Itamaraty 'Memórias', do embaixador Marcos Azambuja, é uma aula de diplomacia Embaixador foi um grande contador de histórias, ...
-
Desde el post de José Antonio Sanahuja Persles (Linkedin) Con Camilo López Burian, de la Universidad de la República, estudiamos el ascens...
-
O Chanceler alemão Merz: "Caros amigos, as décadas da Pax Americana chegaram ao fim para nós na Europa, e para nós na Alemanha também...
-
Israel Products in India: Check the Complete list of Israeli Brands! Several Israeli companies have established themselves in the Indian m...