Segundo esse estudo genético, ou seja, dotado de todas as garantias que a ciência pode fornecer atualmente, os supostos (como diriam os jornalistas) afrodescendentes brasileiros têm tanta herança genética europeia quanto africana. Ou seja, somos mais iguais do que parece.
Isso destrói, quase completamente, uma das bases legitimadoras da campanha viciosa e viciada de militantes da causa racialista (e racista) negra em favor de políticas de ação afirmativa com base unicamente num corte "racial", ou fenotípico, em favor da comunidade em causa.
Acho que não vai detê-los, pois vão continuar argumentando sobre a dívida histórica, a injustiça da discriminação social, etc.
Mas pelo menos acaba com essa coisa de afrodescendente...
Paulo Roberto de Almeida
DNA de negros e pardos do Brasil é muito europeu
Reinaldo José Lopes
Folha de S.Paulo, 18/02/2011
No Brasil, faz cada vez menos sentido considerar que brancos têm origem europeia e negros são “africanos”. Segundo um novo estudo, mesmo quem se diz “preto” ou “pardo” nos censos nacionais traz forte contribuição da Europa em seu DNA. O trabalho, coordenado por Sérgio Danilo Pena, da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), indica ainda que, apesar das diferenças regionais, a ancestralidade dos brasileiros acaba sendo relativamente uniforme. “A grande mensagem do trabalho é que [geneticamente] o Brasil é bem mais homogêneo do que se esperava”, disse Pena à Folha.
De Belém (PA) a Porto Alegre, a ascendência europeia nunca é inferior, em média, a 60%, nem ultrapassa os 80%. Há doses mais ou menos generosas de sangue africano, enquanto a menor contribuição é a indígena, só ultrapassando os 10% na região Norte do Brasil.
QUASE MIL
Além de moradores das capitais paraense e gaúcha, foram estudadas também populações de Ilhéus (BA) e Fortaleza (compondo a amostra nordestina), Rio de Janeiro (correspondendo ao Sudeste) e Joinville (segunda amostra da região Sul). Ao todo, foram 934 pessoas. A comparação completa entre brancos, pardos e pretos (categorias de autoidentificação consagradas nos censos do IBGE) só não foi possível no Ceará, onde não havia pretos na amostra, e em Santa Catarina, onde só havia pretos, frequentadores de um centro comunitário ligado ao movimento negro.
Para analisar o genoma, os geneticistas se valeram de um conjunto de 40 variantes de DNA, os chamados indels (sigla de “inserção e deleção”). São exatamente o que o nome sugere: pequenos trechos de “letras” químicas do genoma que às vezes sobram ou faltam no DNA. Cada região do planeta tem seu próprio conjunto de indels na população -alguns são típicos da África, outros da Europa. Dependendo da combinação deles no genoma de um indivíduo, é possível estimar a proporção de seus ancestrais que vieram de cada continente.
Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas. Ver também minha página: www.pralmeida.net (em construção).
sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011
Um partido balzaquiano (no mau sentido da palavra, claro...)
Apenas para registro de uma realidade nacional:
A trajetória do PT
Editorial - O Estado de S.Paulo
17 de fevereiro de 2011
Quando foi fundado, o Partido dos Trabalhadores (PT) se proclamou agente das transformações políticas e sociais que, pautadas pelo rigor da ética e pelo mais genuíno sentimento de justiça social, mudariam a cara do Brasil. Trinta e um anos depois, há oito no poder, o PT pode se orgulhar de ter contribuído - os petistas acham que a obra é toda sua - para melhorar o País do ponto de vista do desenvolvimento econômico e da inclusão social. Mas nada no Brasil mudou tanto, nessas três décadas, como a cara do próprio PT. O antigo bastião de idealistas, depois de perder pelo caminho todos os mais coerentes dentre eles, transformou-se numa legenda partidária como todas as outras que antes estigmatizava, manobrada por políticos profissionais no pior sentido, e, como nem todas, submissa à vontade de um "dono", porque totalmente dependente de sua enorme popularidade. Esse é o PT de Lula 31 anos depois.
Uma vez no poder, o PT se transformou em praticamente o oposto de tudo o que sempre preconizou. O marco formal dessa mudança de rumo pode ser considerado o lançamento da Carta ao Povo Brasileiro, em junho de 2002, a quatro meses da eleição presidencial em que pela primeira vez Lula sairia vitorioso. Concebido com o claro objetivo de tranquilizar o eleitorado que ainda resistia às ideias radicais e estatizantes do PT no âmbito econômico, entre outras coisas a Carta arriou velhas bandeiras como o "fora FMI" e passou a defender o cumprimento dos contratos internacionais, banindo uma antiga obsessão do partido e da esquerda festiva: a moratória da dívida externa. Eleito, Lula fez bom uso de sua "herança maldita". Adotou sem hesitação os fundamentos da política econômico-financeira de seu antecessor, redesenhou e incrementou os programas sociais que recebeu, barganhou como sempre se fez o apoio de que precisava no Congresso e, bafejado por uma conjuntura internacional extremamente favorável, bastou manejar com habilidade os dotes populistas em que se revelou um mestre para tornar-se um presidente tão popular como nunca antes na história deste país.
E o balzaquiano PT? O partido que pretendia transformar o País passou a se transformar na negação de si mesmo. E foi a partir daí que começaram as defecções de militantes importantes, muitos deles fundadores, decepcionados com os novos rumos, principalmente com os meios e modos com que o partido se instalou no poder. O mensalão por exemplo.
Os anais da recente história política do Brasil registram enorme quantidade de depoimentos de antigos petistas que não participaram da alegre festa de 31.º aniversário do partido - na qual o grande homenageado foi, é claro, ele - porque se recusaram a percorrer os descaminhos dos seguidores de Lula. Um dos dissidentes é o jurista Hélio Bicudo, fundador do PT, ex-dirigente da legenda, ex-deputado federal, ex-vice-prefeito de São Paulo. Em depoimento à série Decanos Brasileiros, da TV Estadão, Bicudo criticou duramente os partidos políticos brasileiros, especialmente o PT: "O Brasil não tem partidos políticos. Os partidos, todos, se divorciaram de suas origens. E o PT é entre eles - digo-o tranquilamente - um partido que começou muito bem, mas está terminando muito mal, porque esqueceu sua mensagem inicial e hoje é apenas a direção nacional que comanda. Uma direção nacional comandada, por sua vez, por uma só pessoa: o ex-presidente Lula, que decide tudo, inclusive quem deve ou não ser candidato a isso ou aquilo, e ponto final".
Bicudo tem gravada na memória uma das evidências do divórcio de seu ex-partido com o idealismo de suas origens. Conta que, no início do governo Lula, quando foi lançado o Bolsa-Família, indagou do então todo-poderoso chefe da Casa Civil, José Dirceu, os objetivos do programa. Obteve uma resposta direta: "Serão 12 milhões de bolsas que poderão se converter em votos em quantidade três ou quatro vezes maior. Isso nos garantirá a reeleição de Lula".
De qualquer modo, há aspectos em que o PT é hoje, inegavelmente, um partido muito melhor do que foi: este ano, com base na contribuição compulsória de seus filiados, pretende recolher a seus cofres R$ 3,6 milhões. Apenas 700% a mais do que arrecadava antes de assumir o poder.
O PT está completamente peemedebizado.
A trajetória do PT
Editorial - O Estado de S.Paulo
17 de fevereiro de 2011
Quando foi fundado, o Partido dos Trabalhadores (PT) se proclamou agente das transformações políticas e sociais que, pautadas pelo rigor da ética e pelo mais genuíno sentimento de justiça social, mudariam a cara do Brasil. Trinta e um anos depois, há oito no poder, o PT pode se orgulhar de ter contribuído - os petistas acham que a obra é toda sua - para melhorar o País do ponto de vista do desenvolvimento econômico e da inclusão social. Mas nada no Brasil mudou tanto, nessas três décadas, como a cara do próprio PT. O antigo bastião de idealistas, depois de perder pelo caminho todos os mais coerentes dentre eles, transformou-se numa legenda partidária como todas as outras que antes estigmatizava, manobrada por políticos profissionais no pior sentido, e, como nem todas, submissa à vontade de um "dono", porque totalmente dependente de sua enorme popularidade. Esse é o PT de Lula 31 anos depois.
Uma vez no poder, o PT se transformou em praticamente o oposto de tudo o que sempre preconizou. O marco formal dessa mudança de rumo pode ser considerado o lançamento da Carta ao Povo Brasileiro, em junho de 2002, a quatro meses da eleição presidencial em que pela primeira vez Lula sairia vitorioso. Concebido com o claro objetivo de tranquilizar o eleitorado que ainda resistia às ideias radicais e estatizantes do PT no âmbito econômico, entre outras coisas a Carta arriou velhas bandeiras como o "fora FMI" e passou a defender o cumprimento dos contratos internacionais, banindo uma antiga obsessão do partido e da esquerda festiva: a moratória da dívida externa. Eleito, Lula fez bom uso de sua "herança maldita". Adotou sem hesitação os fundamentos da política econômico-financeira de seu antecessor, redesenhou e incrementou os programas sociais que recebeu, barganhou como sempre se fez o apoio de que precisava no Congresso e, bafejado por uma conjuntura internacional extremamente favorável, bastou manejar com habilidade os dotes populistas em que se revelou um mestre para tornar-se um presidente tão popular como nunca antes na história deste país.
E o balzaquiano PT? O partido que pretendia transformar o País passou a se transformar na negação de si mesmo. E foi a partir daí que começaram as defecções de militantes importantes, muitos deles fundadores, decepcionados com os novos rumos, principalmente com os meios e modos com que o partido se instalou no poder. O mensalão por exemplo.
Os anais da recente história política do Brasil registram enorme quantidade de depoimentos de antigos petistas que não participaram da alegre festa de 31.º aniversário do partido - na qual o grande homenageado foi, é claro, ele - porque se recusaram a percorrer os descaminhos dos seguidores de Lula. Um dos dissidentes é o jurista Hélio Bicudo, fundador do PT, ex-dirigente da legenda, ex-deputado federal, ex-vice-prefeito de São Paulo. Em depoimento à série Decanos Brasileiros, da TV Estadão, Bicudo criticou duramente os partidos políticos brasileiros, especialmente o PT: "O Brasil não tem partidos políticos. Os partidos, todos, se divorciaram de suas origens. E o PT é entre eles - digo-o tranquilamente - um partido que começou muito bem, mas está terminando muito mal, porque esqueceu sua mensagem inicial e hoje é apenas a direção nacional que comanda. Uma direção nacional comandada, por sua vez, por uma só pessoa: o ex-presidente Lula, que decide tudo, inclusive quem deve ou não ser candidato a isso ou aquilo, e ponto final".
Bicudo tem gravada na memória uma das evidências do divórcio de seu ex-partido com o idealismo de suas origens. Conta que, no início do governo Lula, quando foi lançado o Bolsa-Família, indagou do então todo-poderoso chefe da Casa Civil, José Dirceu, os objetivos do programa. Obteve uma resposta direta: "Serão 12 milhões de bolsas que poderão se converter em votos em quantidade três ou quatro vezes maior. Isso nos garantirá a reeleição de Lula".
De qualquer modo, há aspectos em que o PT é hoje, inegavelmente, um partido muito melhor do que foi: este ano, com base na contribuição compulsória de seus filiados, pretende recolher a seus cofres R$ 3,6 milhões. Apenas 700% a mais do que arrecadava antes de assumir o poder.
O PT está completamente peemedebizado.
quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011
Mercosul: duas noticias contraditorias
Registre, apenas en passant, que o Mercosul é um tratado de integração econômica, supostamente com o objetivo de formar um mercado comum, o que pressupõe, antes de mais nada a liberalização comercial completa entre os membros.
Se ele se desvia para outras funções, de caráter político, que seja humanitário, está se desviando do núcleo original de suas propostas e tentando maquiar o fracasso quanto à meta principal.
Abaixo, dois blocos de questões: a pretensa unidade do Mercosul, em temas que nada tem a ver com o comércio e a integração econômica, e a realidade do protecionismo argentino, tolerado pelo Brasil, que vai pouco a pouco minando o Mercosul.
Paulo Roberto de Almeida
(A) A suposta unidade do Mercosul:
Mercosul busca unidade e preservação dos direitos humanos
Jornal do Brasil, 16/02/2011
Em meio à crise política que se alastra pelos países árabes, o Mercosul caminha para a unidade, a defesa dos direitos humanos e a busca pelo equilíbrio econômico regional. O secretário-geral do Mercosul, Augustin Colombo, disse à Agência Brasil que há um clima de otimismo com a chegada da presidente Dilma Rousseff por ela ter anunciado que a prioridade na política externa será a América Latina.
“Estamos muitos confiantes e acreditando que neste ano vamos avançar muito e em várias áreas”, afirmou o secretário. “Esse otimismo se estende também às relações entre o Mercosul e a União Europeia no que diz respeito às negociações comerciais [paralisadas por quase uma década, retomadas no ano passado e novamente em compasso de espera]”.
Para Colombo, a crise econômica de 2002/2003 acabou fortalecendo o Mercosul porque os países da região buscaram alternativas comuns e adotaram medidas mais homogêneas para superar as consequências da instabilidade econômica global. Segundo ele, isso deu ao bloco "mais voz" no cenário mundial.
A mesma situação, disse o secretário, repetiu-se recentemente. “O comportamento [dos países que integram o Mercosul] indicando que as economias da região buscaram a estabilidade mostra que os nossos países estão mais desenvolvidos e fortes para as negociações”, acrescentou.
Em março, os negociadores do Mercosul e da União Europeia retomam as discussões sobre a redução da carga tributária que incide sobretudo nos produtos agrícolas da região. Os países sul-americanos querem que as tarifas sejam reduzidas, os europeus insistem em mantê-las para a preservação do próprio mercado.
Segundo Colombo, apesar do impasse, há disposição de ambos os lados de chegar a um consenso. “A tendência é a definição de um sistema de quotas”, disse. Na prática, é a adoção de redução gradual de tributos sobre alguns produtos específicos. Para o secretário, as negociações por parte do Mercosul ganharam mais força com a nomeação do embaixador brasileiro Samuel Pinheiro Guimarães para o cargo de alto representante do bloco.
Ex-ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) e ex-secretário-geral do Ministério das Relações Exteriores, Pinheiro Guimarães levará nas discussões a bagagem de anos de negociações bilaterais e multilaterais. “A escolha do embaixador foi mensagem bastante forte da presidenta Dilma, pois ele é um dos nomes mais respeitados na área internacional. É uma mensagem interna e externa”, disse.
Para Colombo, outra demonstração de prioridade do Mercosul foi a reunião das presidentas Dilma e Cristina Kirchner, da Argentina, no último dia 21. Além de elas terem firmado 14 protocolos de intenção em áreas distintas, houve uma reunião com as mães e avós da Praça de maio – símbolo da resistência à ditadura argentina e de luta por justiça. “Definitivamente a questão da preservação dos direitos democráticos estreitou ainda mais as relações entre os países”, afirmou.
==================
(B) A realidade do protecionismo argentino:
Argentina decide aumentar barreiras contra importações
DCI, 16/02/2011
O governo da Argentina decidiu aumentar as barreiras contra importações, conforme medida publicada no Diário Oficial de ontem. O Ministério de Indústria anunciou a ampliação da lista de produtos atingidos pelo sistema de Licenças Não Automáticas (LNA), de 400 para 600 itens.
Este sistema exige a aprovação prévia do governo para a entrada dos produtos no mercado doméstico. A nova lista inclui produtos metalúrgicos, siderúrgicos, eletrônicos, linhas, tecidos, automóveis de luxo, vidros, bicicletas, motos, entre outros.
Os automóveis atingidos são os que possuem motores acima de 3.000 centímetros cúbicos, no caso dos que são movidos a gasolina, e os superiores a 2.500 centímetros cúbicos para os movidos a diesel. Na realidade, a importação de automóveis de luxo pela Argentina está paralisada desde o início de fevereiro.
Assessores da ministra de Produção, Débora Giorgi, explicaram que "a medida não afeta os automóveis provenientes do Brasil e México". Porém, segundo levantamento realizado pela consultoria Investigações Econômicas Setoriais (IES), as importações de autopeças cresceram 61,7% em 2010 frente a 2009.
Com as restrições, o governo pretende pressionar os empresários para que realizem investimentos no país e produzam mais autopeças nacionais. Em nota oficial, Giorgi explicou que a medida tem o objetivo de "preservar os produtos nacionais no mercado interno" e o "processo de reindustrialização". Ela diz que as novas licenças serão aplicadas em setores nos quais a Argentina tem uma produção nacional capaz de satisfazer a demanda.
"A estratégia de comércio administrado para resguardar os postos de trabalho deu resultados satisfatórios à nossa indústria, que conseguiu substituir importações no valor de US$ 9,2 bilhões, no último ano", afirmou a ministra. Ela detalhou, ainda, que "os setores cujas importações têm licenças não automáticas são os que mais aportaram para a substituição de produtos importados, como o automobilístico, eletrônicos, linha branca, calçados e têxteis". Débora Giorgi ressaltou que a medida "não significa que não se possa importar."
Nova lista de restrições deve reduzir vendas do Brasil para a Argentina
Marta Watanabe | De São Paulo
Valor Econômico, 17/02/2011
Débora Giorgi, ministra da Indústria da Argentina: intenção é proteger o mercado argentino da concorrência desleal
A ampliação de 400 para 600 itens na lista de produtos submetidos à licença prévia de importação pela Argentina pegou de surpresa importantes segmentos exportadores brasileiros. Divulgada às vésperas de reuniões bilaterais entre Brasil e Argentina, que serão realizadas hoje e amanhã, a lista com os 200 novos produtos sujeitos à restrição inclui desde automóveis de luxo, motocicletas, autopeças e acessórios, a máquinas de lavar roupa, ventiladores, celulares, computadores, laptops e produtos químicos e vidros.
"A nova medida argentina deve afetar 50% das exportações brasileiras do setor para a Argentina", diz Humberto Barbato, presidente da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee). Ele lembra que as restrições agora alcançam celulares e microcomputadores, dois itens que são muito comprados pelos argentinos.
Para Barbato, o resultado será a redução das exportações ao país vizinho. No ano passado, diz, as vendas para os argentinos no segmento elétrico e eletrônico somaram US$ 2,2 bilhões, com crescimento de 12,8% em relação ao ano anterior. Itens como monitores de vídeo, porém, que já estavam na lista anterior de exigência de licença prévia, tiveram redução de 53% nas vendas. Houve também queda de 27% nas exportações brasileiras à Argentina no ano passado. Com a ampliação da restrição também para os celulares, Barbato acredita em nova redução das vendas do produto aos argentinos.
O presidente da Abinee lembra que a medida deve desestimular ainda mais a fabricação de celulares no Brasil. "As regras do jogo não são respeitadas, o que está fazendo as indústrias se mudarem para a Terra do Fogo."
"Recebemos com surpresa a notícia ontem à noite", diz Antonio Carlos Meduna, que tem acompanhado as negociações bilaterais pelo Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças). Ele lembra que a agenda de reuniões entre os dois países inclui encontros hoje e amanhã para tratar de questões do setor automotivo. A expectativa, conta, era discutir nas reuniões restrições de comércio para alguns componentes, como sistemas de embreagem e freios, por exemplo. A medida argentina, porém, acabou criando restrições adicionais com a extensão da licença prévia para vários produtos do setor.
Meduna diz que o Sindipeças ainda não levantou a representatividade da nova lista no total exportado pelo setor aos argentinos, mas diz que a diversidade é grande. Segundo ele, a restrição atinge não apenas os grandes sistemistas, mas também os fabricantes das chamadas "commodities" do setor, com peças menores como pistões e anéis. Um dos receios, diz, é de que os fabricantes brasileiros de autopeças percam espaço no mercado de reposição de peças argentino. As montadoras, lembra, terão maior facilidade para importação não só para a fabricação de veículos como também para venda no mercado de reposição. Com a imposição da licença prévia, que causa atrasos no desembaraço das mercadorias, há risco de desabastecimento no mercado argentino, o que fará os consumidores adquirirem peças de reposição nas concessionárias. Para Meduna, as medidas argentinas aumentam as expectativas em relação à reunião, que deverá ser a primeira do governo Dilma, num ambiente de mercado aquecido tanto no Brasil quanto no país vizinho.
Domingos Mosca, coordenador da área internacional da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), acredita que a nova restrição divulgada às vésperas da reunião é um sinalizador de que a Argentina continuará dura para as negociações bilaterais. Para Mosca, o Brasil deveria mudar sua estratégia de negociação com o país vizinho. "Em vez de negociar licença por licença e produto a produto, no varejo, é preciso tentar negociar o assunto como um todo, de acordo com as normas do comércio internacional."
Segundo a Abit, a ampliação da lista de licença prévia atinge US$ 24 milhões dos US 392 milhões exportados do Brasil aos argentinos no ano passado, com a inclusão de tecidos e fios, principalmente. Com a nova listagem, o segmento fica com 230 produtos têxteis e confeccionados sob o regime de licenciamento não automático.
Se ele se desvia para outras funções, de caráter político, que seja humanitário, está se desviando do núcleo original de suas propostas e tentando maquiar o fracasso quanto à meta principal.
Abaixo, dois blocos de questões: a pretensa unidade do Mercosul, em temas que nada tem a ver com o comércio e a integração econômica, e a realidade do protecionismo argentino, tolerado pelo Brasil, que vai pouco a pouco minando o Mercosul.
Paulo Roberto de Almeida
(A) A suposta unidade do Mercosul:
Mercosul busca unidade e preservação dos direitos humanos
Jornal do Brasil, 16/02/2011
Em meio à crise política que se alastra pelos países árabes, o Mercosul caminha para a unidade, a defesa dos direitos humanos e a busca pelo equilíbrio econômico regional. O secretário-geral do Mercosul, Augustin Colombo, disse à Agência Brasil que há um clima de otimismo com a chegada da presidente Dilma Rousseff por ela ter anunciado que a prioridade na política externa será a América Latina.
“Estamos muitos confiantes e acreditando que neste ano vamos avançar muito e em várias áreas”, afirmou o secretário. “Esse otimismo se estende também às relações entre o Mercosul e a União Europeia no que diz respeito às negociações comerciais [paralisadas por quase uma década, retomadas no ano passado e novamente em compasso de espera]”.
Para Colombo, a crise econômica de 2002/2003 acabou fortalecendo o Mercosul porque os países da região buscaram alternativas comuns e adotaram medidas mais homogêneas para superar as consequências da instabilidade econômica global. Segundo ele, isso deu ao bloco "mais voz" no cenário mundial.
A mesma situação, disse o secretário, repetiu-se recentemente. “O comportamento [dos países que integram o Mercosul] indicando que as economias da região buscaram a estabilidade mostra que os nossos países estão mais desenvolvidos e fortes para as negociações”, acrescentou.
Em março, os negociadores do Mercosul e da União Europeia retomam as discussões sobre a redução da carga tributária que incide sobretudo nos produtos agrícolas da região. Os países sul-americanos querem que as tarifas sejam reduzidas, os europeus insistem em mantê-las para a preservação do próprio mercado.
Segundo Colombo, apesar do impasse, há disposição de ambos os lados de chegar a um consenso. “A tendência é a definição de um sistema de quotas”, disse. Na prática, é a adoção de redução gradual de tributos sobre alguns produtos específicos. Para o secretário, as negociações por parte do Mercosul ganharam mais força com a nomeação do embaixador brasileiro Samuel Pinheiro Guimarães para o cargo de alto representante do bloco.
Ex-ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) e ex-secretário-geral do Ministério das Relações Exteriores, Pinheiro Guimarães levará nas discussões a bagagem de anos de negociações bilaterais e multilaterais. “A escolha do embaixador foi mensagem bastante forte da presidenta Dilma, pois ele é um dos nomes mais respeitados na área internacional. É uma mensagem interna e externa”, disse.
Para Colombo, outra demonstração de prioridade do Mercosul foi a reunião das presidentas Dilma e Cristina Kirchner, da Argentina, no último dia 21. Além de elas terem firmado 14 protocolos de intenção em áreas distintas, houve uma reunião com as mães e avós da Praça de maio – símbolo da resistência à ditadura argentina e de luta por justiça. “Definitivamente a questão da preservação dos direitos democráticos estreitou ainda mais as relações entre os países”, afirmou.
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(B) A realidade do protecionismo argentino:
Argentina decide aumentar barreiras contra importações
DCI, 16/02/2011
O governo da Argentina decidiu aumentar as barreiras contra importações, conforme medida publicada no Diário Oficial de ontem. O Ministério de Indústria anunciou a ampliação da lista de produtos atingidos pelo sistema de Licenças Não Automáticas (LNA), de 400 para 600 itens.
Este sistema exige a aprovação prévia do governo para a entrada dos produtos no mercado doméstico. A nova lista inclui produtos metalúrgicos, siderúrgicos, eletrônicos, linhas, tecidos, automóveis de luxo, vidros, bicicletas, motos, entre outros.
Os automóveis atingidos são os que possuem motores acima de 3.000 centímetros cúbicos, no caso dos que são movidos a gasolina, e os superiores a 2.500 centímetros cúbicos para os movidos a diesel. Na realidade, a importação de automóveis de luxo pela Argentina está paralisada desde o início de fevereiro.
Assessores da ministra de Produção, Débora Giorgi, explicaram que "a medida não afeta os automóveis provenientes do Brasil e México". Porém, segundo levantamento realizado pela consultoria Investigações Econômicas Setoriais (IES), as importações de autopeças cresceram 61,7% em 2010 frente a 2009.
Com as restrições, o governo pretende pressionar os empresários para que realizem investimentos no país e produzam mais autopeças nacionais. Em nota oficial, Giorgi explicou que a medida tem o objetivo de "preservar os produtos nacionais no mercado interno" e o "processo de reindustrialização". Ela diz que as novas licenças serão aplicadas em setores nos quais a Argentina tem uma produção nacional capaz de satisfazer a demanda.
"A estratégia de comércio administrado para resguardar os postos de trabalho deu resultados satisfatórios à nossa indústria, que conseguiu substituir importações no valor de US$ 9,2 bilhões, no último ano", afirmou a ministra. Ela detalhou, ainda, que "os setores cujas importações têm licenças não automáticas são os que mais aportaram para a substituição de produtos importados, como o automobilístico, eletrônicos, linha branca, calçados e têxteis". Débora Giorgi ressaltou que a medida "não significa que não se possa importar."
Nova lista de restrições deve reduzir vendas do Brasil para a Argentina
Marta Watanabe | De São Paulo
Valor Econômico, 17/02/2011
Débora Giorgi, ministra da Indústria da Argentina: intenção é proteger o mercado argentino da concorrência desleal
A ampliação de 400 para 600 itens na lista de produtos submetidos à licença prévia de importação pela Argentina pegou de surpresa importantes segmentos exportadores brasileiros. Divulgada às vésperas de reuniões bilaterais entre Brasil e Argentina, que serão realizadas hoje e amanhã, a lista com os 200 novos produtos sujeitos à restrição inclui desde automóveis de luxo, motocicletas, autopeças e acessórios, a máquinas de lavar roupa, ventiladores, celulares, computadores, laptops e produtos químicos e vidros.
"A nova medida argentina deve afetar 50% das exportações brasileiras do setor para a Argentina", diz Humberto Barbato, presidente da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee). Ele lembra que as restrições agora alcançam celulares e microcomputadores, dois itens que são muito comprados pelos argentinos.
Para Barbato, o resultado será a redução das exportações ao país vizinho. No ano passado, diz, as vendas para os argentinos no segmento elétrico e eletrônico somaram US$ 2,2 bilhões, com crescimento de 12,8% em relação ao ano anterior. Itens como monitores de vídeo, porém, que já estavam na lista anterior de exigência de licença prévia, tiveram redução de 53% nas vendas. Houve também queda de 27% nas exportações brasileiras à Argentina no ano passado. Com a ampliação da restrição também para os celulares, Barbato acredita em nova redução das vendas do produto aos argentinos.
O presidente da Abinee lembra que a medida deve desestimular ainda mais a fabricação de celulares no Brasil. "As regras do jogo não são respeitadas, o que está fazendo as indústrias se mudarem para a Terra do Fogo."
"Recebemos com surpresa a notícia ontem à noite", diz Antonio Carlos Meduna, que tem acompanhado as negociações bilaterais pelo Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças). Ele lembra que a agenda de reuniões entre os dois países inclui encontros hoje e amanhã para tratar de questões do setor automotivo. A expectativa, conta, era discutir nas reuniões restrições de comércio para alguns componentes, como sistemas de embreagem e freios, por exemplo. A medida argentina, porém, acabou criando restrições adicionais com a extensão da licença prévia para vários produtos do setor.
Meduna diz que o Sindipeças ainda não levantou a representatividade da nova lista no total exportado pelo setor aos argentinos, mas diz que a diversidade é grande. Segundo ele, a restrição atinge não apenas os grandes sistemistas, mas também os fabricantes das chamadas "commodities" do setor, com peças menores como pistões e anéis. Um dos receios, diz, é de que os fabricantes brasileiros de autopeças percam espaço no mercado de reposição de peças argentino. As montadoras, lembra, terão maior facilidade para importação não só para a fabricação de veículos como também para venda no mercado de reposição. Com a imposição da licença prévia, que causa atrasos no desembaraço das mercadorias, há risco de desabastecimento no mercado argentino, o que fará os consumidores adquirirem peças de reposição nas concessionárias. Para Meduna, as medidas argentinas aumentam as expectativas em relação à reunião, que deverá ser a primeira do governo Dilma, num ambiente de mercado aquecido tanto no Brasil quanto no país vizinho.
Domingos Mosca, coordenador da área internacional da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), acredita que a nova restrição divulgada às vésperas da reunião é um sinalizador de que a Argentina continuará dura para as negociações bilaterais. Para Mosca, o Brasil deveria mudar sua estratégia de negociação com o país vizinho. "Em vez de negociar licença por licença e produto a produto, no varejo, é preciso tentar negociar o assunto como um todo, de acordo com as normas do comércio internacional."
Segundo a Abit, a ampliação da lista de licença prévia atinge US$ 24 milhões dos US 392 milhões exportados do Brasil aos argentinos no ano passado, com a inclusão de tecidos e fios, principalmente. Com a nova listagem, o segmento fica com 230 produtos têxteis e confeccionados sob o regime de licenciamento não automático.
Wikileaks: Brasil-Colombia-EUA: entre dois imperios...
Wikileaks: Colômbia reclamou com EUA do `espírito imperialista brasileiro`
UOL, Thu, 17 Feb 2011 11:11:33 -0200
Em 15 de dezembro de 2004, entre as 17h30 e 18h (15h30 e 16h em Brasília), o então presidente colombiano Álvaro Uribe participou de uma reunião de alto nível no palácio presidencial com o então subsecretário-adjunto do Departamento de Estado dos Estados Unidos para Assuntos do Hemisfério Ocidental, Charles Shapiro, o subsecretário-adjunto para o combate às drogas Jonathan Farrar e o embaixador norte-americano em Bogotá, William B. Wood, além do diretor de temas andinos, David Henifin.
O fato é relatado em um dos documentos obtidos pelo Wikileaks aos quais esta repórter teve acesso. São despachos da diplomacia norte-americana que tratam das relações entre o Brasil e outros países sul-americanos. Em vários deles, a resistência de algumas nações em relação à influência brasileira é evidente, embora também haja quem a veja com bons olhos e como contraponto aos EUA.
Na época da reunião, Uribe estava há dois anos no cargo e empreendia a política que chamou de “segurança democrática”, para combater os grupos armados que atuam no país. A política, abertamente apoiada pelos EUA, fortaleceu o Exército do país e liberou estradas colombianas antes controladas pelas guerrilhas, empurrando os combatentes das FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) e do ELN (Exército de Libertação Nacional) para as montanhas.
O principal tema da reunião foi a ajuda norte-americana na luta contra as FARC. Uribe afirmou, na reunião, que os grupos armados não poderiam resistir mais que cinco anos à pressão militar. O presidente colombiano também se queixou de Hugo Chávez, presidente da Venezuela. A certa altura a conversa chegou ao Brasil.
“Uribe disse que a sua relação com [o então presidente] Lula é complicada pelos esforços de Lula em construir uma aliança anti-EUA na América Latina”, relata o documento. Em seguida, Uribe afirma que o Brasil teria pretensões imperialistas: “Lula é mais prático e inteligente que Chávez, mas é levado pelo seu passado de esquerda e o ‘espírito imperial’ brasileiro a se opor aos EUA”.
O ex-presidente colombiano disse ter pouca influência sobre Lula ou Chávez porque eles o veriam como um amigo dos EUA. Mesmo assim, afirmou que continuaria a pressionar Chávez a tomar ações contra narcotraficantes. Afirmou ainda que Lula não cumpriu suas promessas de lutar contra o narcotráfico.
Conselho de Defesa Sul-Americano
Essa não foi a única vez que o alto escalão do governo colombiano reclamou do Brasil com diplomatas norte-americanos. Outro despacho, datado de 9 de maio de 2008, revela a desconfiança do ex-ministro da Defesa colombiano, Juan Manuel Santos (presidente da Colômbia desde junho de 2010) em relação à proposta de criação do Conselho de Defesa Sulamericano (CDS), defendida pelo Brasil.
UOL, Thu, 17 Feb 2011 11:11:33 -0200
Em 15 de dezembro de 2004, entre as 17h30 e 18h (15h30 e 16h em Brasília), o então presidente colombiano Álvaro Uribe participou de uma reunião de alto nível no palácio presidencial com o então subsecretário-adjunto do Departamento de Estado dos Estados Unidos para Assuntos do Hemisfério Ocidental, Charles Shapiro, o subsecretário-adjunto para o combate às drogas Jonathan Farrar e o embaixador norte-americano em Bogotá, William B. Wood, além do diretor de temas andinos, David Henifin.
O fato é relatado em um dos documentos obtidos pelo Wikileaks aos quais esta repórter teve acesso. São despachos da diplomacia norte-americana que tratam das relações entre o Brasil e outros países sul-americanos. Em vários deles, a resistência de algumas nações em relação à influência brasileira é evidente, embora também haja quem a veja com bons olhos e como contraponto aos EUA.
Na época da reunião, Uribe estava há dois anos no cargo e empreendia a política que chamou de “segurança democrática”, para combater os grupos armados que atuam no país. A política, abertamente apoiada pelos EUA, fortaleceu o Exército do país e liberou estradas colombianas antes controladas pelas guerrilhas, empurrando os combatentes das FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) e do ELN (Exército de Libertação Nacional) para as montanhas.
O principal tema da reunião foi a ajuda norte-americana na luta contra as FARC. Uribe afirmou, na reunião, que os grupos armados não poderiam resistir mais que cinco anos à pressão militar. O presidente colombiano também se queixou de Hugo Chávez, presidente da Venezuela. A certa altura a conversa chegou ao Brasil.
“Uribe disse que a sua relação com [o então presidente] Lula é complicada pelos esforços de Lula em construir uma aliança anti-EUA na América Latina”, relata o documento. Em seguida, Uribe afirma que o Brasil teria pretensões imperialistas: “Lula é mais prático e inteligente que Chávez, mas é levado pelo seu passado de esquerda e o ‘espírito imperial’ brasileiro a se opor aos EUA”.
O ex-presidente colombiano disse ter pouca influência sobre Lula ou Chávez porque eles o veriam como um amigo dos EUA. Mesmo assim, afirmou que continuaria a pressionar Chávez a tomar ações contra narcotraficantes. Afirmou ainda que Lula não cumpriu suas promessas de lutar contra o narcotráfico.
Conselho de Defesa Sul-Americano
Essa não foi a única vez que o alto escalão do governo colombiano reclamou do Brasil com diplomatas norte-americanos. Outro despacho, datado de 9 de maio de 2008, revela a desconfiança do ex-ministro da Defesa colombiano, Juan Manuel Santos (presidente da Colômbia desde junho de 2010) em relação à proposta de criação do Conselho de Defesa Sulamericano (CDS), defendida pelo Brasil.
Noticias do Imperio: nem tudo sao mas noticias...
Pois é, nem tudo está perdido no império, como prova esta estudo da consultoria McKinsey, que revela números otimistas quanto ao progresso da produtividade, e portanto do crescimento e inovação na economia americana, bem mais do que várias outras economias do mundo.
Blueprint for a Renewed U.S. Economy
An exclusive preview of results from the McKinsey Global Institute study.
BY MCKINSEY GLOBAL INSTITUTE | FEBRUARY 16, 2011
Se trata de uma série de quadros, que cabe visualizar neste link.
Também se pode ver que, perto dos EUA e da China, a UE e o Japão têm de fazer muito mais esforços para retomar o crescimento econômico e da produtividade.
Mas seria preciso melhorar a infra-estrutura. Aliás, o Brasil deve estar nos últimos lugares nessa área...
Vocês têm alguma reclamação quanto ao serviço de internet banda larga?
Pois é, o Brasil nem aparece nas comparações internacionais, e nem é por falta de graça...
Viajando pelo mundo, ou olhando esse tipo de informação, tomamos consciência de como estamos atrasados ainda.
Em alguns setores, o atraso é justificável e fazemos força para avançar.
Em outros, como educação, por exemplo, o fato é que estamos andando para trás...
Não deixem de dormir por isso, ou talvez sim: durmam menos e estudem mais...
Paulo Roberto de Almeida
Blueprint for a Renewed U.S. Economy
An exclusive preview of results from the McKinsey Global Institute study.
BY MCKINSEY GLOBAL INSTITUTE | FEBRUARY 16, 2011
Se trata de uma série de quadros, que cabe visualizar neste link.
Também se pode ver que, perto dos EUA e da China, a UE e o Japão têm de fazer muito mais esforços para retomar o crescimento econômico e da produtividade.
Mas seria preciso melhorar a infra-estrutura. Aliás, o Brasil deve estar nos últimos lugares nessa área...
Vocês têm alguma reclamação quanto ao serviço de internet banda larga?
Pois é, o Brasil nem aparece nas comparações internacionais, e nem é por falta de graça...
Viajando pelo mundo, ou olhando esse tipo de informação, tomamos consciência de como estamos atrasados ainda.
Em alguns setores, o atraso é justificável e fazemos força para avançar.
Em outros, como educação, por exemplo, o fato é que estamos andando para trás...
Não deixem de dormir por isso, ou talvez sim: durmam menos e estudem mais...
Paulo Roberto de Almeida
Noticias do Imperio: ficando parecido com o Brasil...
Bem, parecido é um exagero, pois eles ainda não conseguiram ter um Congresso como o nosso (embora eles tenham tantos caipiras quanto temos aqui), e ainda não conseguiram alcançar nossos níveis de corrupção, esses verdadeiramente inigualáveis.
Mas, quanto a dívida pública e comprometimento de recursos orçamentários com o seu serviço, ou seja, pagamento de juros sobre o montante assustador da dívida, aí sim, o Império se aproxima perigosamente do Brasil.
Leiam a importante matéria abaixo.
Paulo Roberto de Almeida
Obama budget plan shows interest owed on national debt quadrupling in next decade
By Steven Mufson
Washington Post Staff Writer
Thursday, February 17, 2011; 1:59 AM
Interest payments on the national debt will quadruple in the next decade and every man, woman and child in the United States will be paying more than $2,500 a year to cover for the nation's past profligacy, according to figures in President Obama's new budget plan.
Starting in 2014, net interest payments will surpass the amount spent on education, transportation, energy and all other discretionary programs outside defense. In 2018, they will outstrip Medicare spending. Only the amounts spent on defense and Social Security would remain bigger under the president's plan.
The soaring bill for interest payments is one of the biggest obstacles to balancing the federal budget, pushing the White House and Congress to come up with cuts deeper than previously imagined. Unlike with discretionary spending or even entitlement programs, the line item for interest payments cannot be altered except through other budget cuts.
The phenomenon is a bit like running up the down escalator. Without interest payments, the president's plan would balance the budget by 2017. But net interest payments that year are expected to reach $627 billion, up from $207 billion in the current fiscal year.
"This goes to the heart of why we have to address our fiscal problems," said Mark Zandi, co-founder and chief economist at Moody's Economy.com. "If we don't, we're going to get swamped by our interest payments."
Benjamin Friedman, a Harvard economic professor and author of "Day of Reckoning," about U.S. economic policy, said, "I think it's a reminder that we have a very serious problem and that the budget that's on the table does not address that problem."
Even with the cuts in Obama's budget, relief would not come until 2021, when the deficit as a percentage of gross domestic product would stop rising and plateau at 3.4 percent.
The explosion of interest payments comes from a double whammy of economic factors. First, the nation's debt is growing faster than the economy. Second, interest rates are rising. Over the next decade, net interest payments will amount to nearly 80 percent of the debt added, an indication of how past borrowing is forcing the country deeper into debt.
"We're running a gigantic deficit, and we're not growing very fast," said Kenneth Rogoff, an economics professor at Harvard University and former chief economist at the International Monetary Fund. "We're on a dramatically unsustainable path."
The Obama administration's latest forecasts starkly illustrate the phenomenon of generation shifting, moving today's costs to future taxpayers. The borrowing the United States did over the past decade - to pay for the 2001 tax cut, the wars in Iraq and Afghanistan, and propping up the economy during the steep 2009 downturn - is coming due this decade.
As bad as the outlook is in the Obama budget proposal for fiscal year 2012, it could get worse. So far, interest payments have been relatively low because of the willingness of global investors to lend the U.S. government money at abnormally low interest rates. But that could change.
"The scary scenario - which I am not predicting but is a real possibility - is an incident of capital flight, where investors lose confidence in the U.S., causing interest rates to rise precipitously and pushing the budget deficit even further into the red," said N. Gregory Mankiw, a Harvard economics professor and former chairman of President George W. Bush's Council of Economic Advisers.
The Obama budget's assumptions include a substantial increase in rates. It predicts that the interest rate on 10-year Treasury notes will climb from 3 percent this year to 3.6 percent next year. It forecasts rates of 5 percent by 2015 and 5.3 percent at the end of the decade.
Short-term rates will rise even more sharply, from nearly zero now to 4 percent by 2015 in the Office of Management and Budget assumptions.
Rogoff calls the administration's forecast "reasonable," but he warns that the actual number is hard to know with any certainty.
"The basic issue is that when you hold a lot of debt you're vulnerable to shifts in sentiment and sharp rises in the interest rates," Rogoff said.
He said that combined federal, state and municipal debt in the United States is at a record high, beyond the famous post-World War II levels. Unlike interest payments made then, however, a huge portion of interest payments are flowing to investors in other countries, draining funds out of the U.S. economy. (There are other interest payments made to the Social Security fund, but because they shift money from one pocket of the government to another, they are not counted in the net interest numbers.)
Some positive developments could ease the interest payment crisis, including faster-than-expected economic recovery, higher-than-expected tax receipts and lower-than-expected government borrowing rates.
Ultimately, Rogoff said, the federal government should aim to reduce the amount of debt as a percentage of GDP. But for now, the U.S. government is still borrowing just to meet the interest payments on earlier borrowing.
"We are in a self-reinforcing, vicious cycle," Zandi said.
He compared the United States to European nations such as Greece or Portugal, or developing nations that in the past have received bailouts from the European Central Bank or the IMF.
"But there's no one we can get help from," Zandi said, noting that no economy is bigger than the U.S. economy. "There's no sugar daddy out there for us."
Mas, quanto a dívida pública e comprometimento de recursos orçamentários com o seu serviço, ou seja, pagamento de juros sobre o montante assustador da dívida, aí sim, o Império se aproxima perigosamente do Brasil.
Leiam a importante matéria abaixo.
Paulo Roberto de Almeida
Obama budget plan shows interest owed on national debt quadrupling in next decade
By Steven Mufson
Washington Post Staff Writer
Thursday, February 17, 2011; 1:59 AM
Interest payments on the national debt will quadruple in the next decade and every man, woman and child in the United States will be paying more than $2,500 a year to cover for the nation's past profligacy, according to figures in President Obama's new budget plan.
Starting in 2014, net interest payments will surpass the amount spent on education, transportation, energy and all other discretionary programs outside defense. In 2018, they will outstrip Medicare spending. Only the amounts spent on defense and Social Security would remain bigger under the president's plan.
The soaring bill for interest payments is one of the biggest obstacles to balancing the federal budget, pushing the White House and Congress to come up with cuts deeper than previously imagined. Unlike with discretionary spending or even entitlement programs, the line item for interest payments cannot be altered except through other budget cuts.
The phenomenon is a bit like running up the down escalator. Without interest payments, the president's plan would balance the budget by 2017. But net interest payments that year are expected to reach $627 billion, up from $207 billion in the current fiscal year.
"This goes to the heart of why we have to address our fiscal problems," said Mark Zandi, co-founder and chief economist at Moody's Economy.com. "If we don't, we're going to get swamped by our interest payments."
Benjamin Friedman, a Harvard economic professor and author of "Day of Reckoning," about U.S. economic policy, said, "I think it's a reminder that we have a very serious problem and that the budget that's on the table does not address that problem."
Even with the cuts in Obama's budget, relief would not come until 2021, when the deficit as a percentage of gross domestic product would stop rising and plateau at 3.4 percent.
The explosion of interest payments comes from a double whammy of economic factors. First, the nation's debt is growing faster than the economy. Second, interest rates are rising. Over the next decade, net interest payments will amount to nearly 80 percent of the debt added, an indication of how past borrowing is forcing the country deeper into debt.
"We're running a gigantic deficit, and we're not growing very fast," said Kenneth Rogoff, an economics professor at Harvard University and former chief economist at the International Monetary Fund. "We're on a dramatically unsustainable path."
The Obama administration's latest forecasts starkly illustrate the phenomenon of generation shifting, moving today's costs to future taxpayers. The borrowing the United States did over the past decade - to pay for the 2001 tax cut, the wars in Iraq and Afghanistan, and propping up the economy during the steep 2009 downturn - is coming due this decade.
As bad as the outlook is in the Obama budget proposal for fiscal year 2012, it could get worse. So far, interest payments have been relatively low because of the willingness of global investors to lend the U.S. government money at abnormally low interest rates. But that could change.
"The scary scenario - which I am not predicting but is a real possibility - is an incident of capital flight, where investors lose confidence in the U.S., causing interest rates to rise precipitously and pushing the budget deficit even further into the red," said N. Gregory Mankiw, a Harvard economics professor and former chairman of President George W. Bush's Council of Economic Advisers.
The Obama budget's assumptions include a substantial increase in rates. It predicts that the interest rate on 10-year Treasury notes will climb from 3 percent this year to 3.6 percent next year. It forecasts rates of 5 percent by 2015 and 5.3 percent at the end of the decade.
Short-term rates will rise even more sharply, from nearly zero now to 4 percent by 2015 in the Office of Management and Budget assumptions.
Rogoff calls the administration's forecast "reasonable," but he warns that the actual number is hard to know with any certainty.
"The basic issue is that when you hold a lot of debt you're vulnerable to shifts in sentiment and sharp rises in the interest rates," Rogoff said.
He said that combined federal, state and municipal debt in the United States is at a record high, beyond the famous post-World War II levels. Unlike interest payments made then, however, a huge portion of interest payments are flowing to investors in other countries, draining funds out of the U.S. economy. (There are other interest payments made to the Social Security fund, but because they shift money from one pocket of the government to another, they are not counted in the net interest numbers.)
Some positive developments could ease the interest payment crisis, including faster-than-expected economic recovery, higher-than-expected tax receipts and lower-than-expected government borrowing rates.
Ultimately, Rogoff said, the federal government should aim to reduce the amount of debt as a percentage of GDP. But for now, the U.S. government is still borrowing just to meet the interest payments on earlier borrowing.
"We are in a self-reinforcing, vicious cycle," Zandi said.
He compared the United States to European nations such as Greece or Portugal, or developing nations that in the past have received bailouts from the European Central Bank or the IMF.
"But there's no one we can get help from," Zandi said, noting that no economy is bigger than the U.S. economy. "There's no sugar daddy out there for us."
Google e censura no Brasil: uma retificação importante
Agradeço ao leitor e comentarista Fernando Marés de Souza, responsável por um excelente blog chamado Roteiro de Cinema News, pela retificação importante e qualificação necessária, que fez em relação a este meu post:
Google: minha solidariedade, meu protesto contra a censura (16/02/2011)
Abaixo, seu post que desmente as informações alarmistas, e recomendo sua leitura na fonte, por inteiro, com gráficos, tabelas e quadros reproduzindo as principais matérias a respeito.
Só posso chegar a uma conclusão evidente: não podemos mais confiar sequer nos grandes jornais para uma informação correta sobre questões importantes.
Ceticismo sadio, portanto.
Paulo Roberto de Almeida
A VERDADE SOBRE O GOOGLE E A SUPOSTA CENSURA DE NOTÍCIAS NO BRASIL
Roteiro de Cinema News - Fernando Marés de Souza
quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011
O Estado de São Paulo, a Veja, incluindo o blog do Reinaldo Azevedo, e a Exame noticiaram hoje que o Brasil “é recordista de notícias censuradas no Google”, que o "Google foi obrigado por autoridades brasileiras a tirar do ar 398 textos jornalísticos". Os veículos apresentam como fato que "398 matérias" foram deletadas dos servidores Google por ordem das “autoridades”. Seria um fato escandaloso se fosse verdade, mas não é.
Por motivos que não compreendo, os grandes veículos de imprensa online não “linkam” suas fontes, não permitem que o leitor vá direto ao dado original para checar por si mesmo e para que possa interpretá-lo e inclusive levar adiante novas abordagens, como é o costume entre blogueiros independentes. Porém, fazendo uma pesquisa rápida, um "fact-check" de rotina, facilmente se descobre que o “fato” noticiado pelos três veículos - e por mais de cinqüenta outros veículos que foram na onda dos três - não é verdadeiro.
UPDATE: Depois de ler as informações publicadas aqui, o jornalista Gabriel Manzano corrigiu parcialmente a informação equivocada do Estadão sobre Google e suposta Censura de Notícias no Brasil. Veja, Reinaldo e Exame ainda não. Mesmo corrigindo a matéria, creio que não tenha sido eficiente. Notas ao final.
UPDATE 2: O jornalismo brazuca online, do "gillette press", do "ctrl C + ctrl V", das "matérias kibadas", foi todo na onda do Manzano e os veículos publicando desinformação e fatos não verdadeiros sobre "notícias censuradas no google" já se pode contar às dezenas, no mínimo 59, incluindo G1, UOL, Zero Hora, Portal Imprensa - clientes da Agência Estado - Coletiva Net, Folha de Ibitinga, Rio News, Comunique-se, entre outras, procure no Google News "censura + google".
UPDATE 3: Veja não reconhece publicamente que disseminou informação não verdadeira mas altera texto para versão mais próxima ao texto revisado do Estadão. Considero falta de ética da Editora Abril não publicar nota de esclarecimento sobre as informações equivocadas que publicou no site durante horas e lançou no Twitter, mensagem que foi retuitada por centenas de pessoas, como documentado nesta matéria.
O dado reportado é supostamente baseado em relatório elaborado pelo argentino Carlos Lauria, do Committee to Protect Journalists - que não fala em 398 "matérias jornalísticas", e sim "content" - informação que por sua vez é baseada em relatório do próprio Google, que pode ser facilmente acessada e “linkada” pela URL: http://www.google.com/transparencyreport/governmentrequests/?p=2010-06&r=BR&t=DETAIL
Pois bem, abaixo está o screenshot do relatório. Segundo os dados publicados pelo Google nenhuma “notícia” ou "matéria" foi censurada ou retirada do site (Google News = 0), o número expressivo de 398 pedidos de remoção de conteúdo dos servidores Google é formado por páginas do Orkut (99 pedidos de remoção por ordens judiciais e 220 extra judiciais, num total de 319), vídeos do Youtube (47 pedidos no total), fotos do Picasa (1 pedido), etc. As remoções são baseadas na legislação brasileira de direito de propriedade intelectual, de privacidade e/ou de personalidade. Nada tem a ver com censura, como bradam os jornalistas desinformados.
(ler a integra neste link)
Google: minha solidariedade, meu protesto contra a censura (16/02/2011)
Abaixo, seu post que desmente as informações alarmistas, e recomendo sua leitura na fonte, por inteiro, com gráficos, tabelas e quadros reproduzindo as principais matérias a respeito.
Só posso chegar a uma conclusão evidente: não podemos mais confiar sequer nos grandes jornais para uma informação correta sobre questões importantes.
Ceticismo sadio, portanto.
Paulo Roberto de Almeida
A VERDADE SOBRE O GOOGLE E A SUPOSTA CENSURA DE NOTÍCIAS NO BRASIL
Roteiro de Cinema News - Fernando Marés de Souza
quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011
O Estado de São Paulo, a Veja, incluindo o blog do Reinaldo Azevedo, e a Exame noticiaram hoje que o Brasil “é recordista de notícias censuradas no Google”, que o "Google foi obrigado por autoridades brasileiras a tirar do ar 398 textos jornalísticos". Os veículos apresentam como fato que "398 matérias" foram deletadas dos servidores Google por ordem das “autoridades”. Seria um fato escandaloso se fosse verdade, mas não é.
Por motivos que não compreendo, os grandes veículos de imprensa online não “linkam” suas fontes, não permitem que o leitor vá direto ao dado original para checar por si mesmo e para que possa interpretá-lo e inclusive levar adiante novas abordagens, como é o costume entre blogueiros independentes. Porém, fazendo uma pesquisa rápida, um "fact-check" de rotina, facilmente se descobre que o “fato” noticiado pelos três veículos - e por mais de cinqüenta outros veículos que foram na onda dos três - não é verdadeiro.
UPDATE: Depois de ler as informações publicadas aqui, o jornalista Gabriel Manzano corrigiu parcialmente a informação equivocada do Estadão sobre Google e suposta Censura de Notícias no Brasil. Veja, Reinaldo e Exame ainda não. Mesmo corrigindo a matéria, creio que não tenha sido eficiente. Notas ao final.
UPDATE 2: O jornalismo brazuca online, do "gillette press", do "ctrl C + ctrl V", das "matérias kibadas", foi todo na onda do Manzano e os veículos publicando desinformação e fatos não verdadeiros sobre "notícias censuradas no google" já se pode contar às dezenas, no mínimo 59, incluindo G1, UOL, Zero Hora, Portal Imprensa - clientes da Agência Estado - Coletiva Net, Folha de Ibitinga, Rio News, Comunique-se, entre outras, procure no Google News "censura + google".
UPDATE 3: Veja não reconhece publicamente que disseminou informação não verdadeira mas altera texto para versão mais próxima ao texto revisado do Estadão. Considero falta de ética da Editora Abril não publicar nota de esclarecimento sobre as informações equivocadas que publicou no site durante horas e lançou no Twitter, mensagem que foi retuitada por centenas de pessoas, como documentado nesta matéria.
O dado reportado é supostamente baseado em relatório elaborado pelo argentino Carlos Lauria, do Committee to Protect Journalists - que não fala em 398 "matérias jornalísticas", e sim "content" - informação que por sua vez é baseada em relatório do próprio Google, que pode ser facilmente acessada e “linkada” pela URL: http://www.google.com/transparencyreport/governmentrequests/?p=2010-06&r=BR&t=DETAIL
Pois bem, abaixo está o screenshot do relatório. Segundo os dados publicados pelo Google nenhuma “notícia” ou "matéria" foi censurada ou retirada do site (Google News = 0), o número expressivo de 398 pedidos de remoção de conteúdo dos servidores Google é formado por páginas do Orkut (99 pedidos de remoção por ordens judiciais e 220 extra judiciais, num total de 319), vídeos do Youtube (47 pedidos no total), fotos do Picasa (1 pedido), etc. As remoções são baseadas na legislação brasileira de direito de propriedade intelectual, de privacidade e/ou de personalidade. Nada tem a ver com censura, como bradam os jornalistas desinformados.
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