O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;

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sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Reflexao do dia: existem partidos e partidos...

Impossível avaliar o cenário político atual com os mesmos instrumentos, parâmetros e critérios políticos habituais, válidos para quaisquer outros sistemas políticos, em outros países.
Historicamente, eu só consigo pensar em dois processos políticos comparáveis ou assimiláveis, não pelos contextos, mas pelos comportamentos e tipo de gente neles envolvidos:

A) a consolidação do poder bolchevique depois do putsch leninista de novembro de 1917, em especial a partir de 1918;
B) a instalação, primeiro legal, depois ditatorial, do poder nazista na República de Weimar, logo desmantelada, e substituída pelo Terceiro Reich.

Tem também algumas paródias desses casos, como o que ocorre atualmente na infeliz Venezuela, mas os companheiros são mais preparados dos que os aloprados chavistas.

Paulo Roberto de Almeida
Filadelfia, 29/11/2013


quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Luta de classes na penitenciaria? Nao, apenas privilegios abusivos de quadrilheiros totalitarios...

Juntos, os quadrilheiros presos na Papuda roubaram mais, em menos de um ano de desgoverno do partido dos totalitários, do que todos os outros presos juntos, acumulados, reunidos, conseguiram roubar em todas as suas vidas até aqui e do que todos os 10 mil presos futuros -- ou seja, que ainda vão aparecer por lá, nos dez anos à frente -- conseguirão roubar nas suas futuras carreiras de bandidos, criminosos, larápios, estelionatários, enfim, ladroezinhos pés de chinelo, comuns, sem colarinho branco, como os primeiros criminosos.
Em outros termos, os quadrilheiros petralhas fizeram mais mal ao Brasil do que todos os outros presos reunidos jamais fizeram numa vida inteira dedicada ao crime.
Eles são os verdadeiros bandidos, como NUNCA ANTES houve no Brasil.
E agora querem privilégios.
Como argumentam os demais presos, isso causa instabilidade e revolta.
Vai ver os demais vão querer o mesmo tratamento.
Ou então, vão se vingar dos quadrilheiros, de uma maneira que eles costumam fazer contra traidores e outros bacanas, que pensam que são melhores que os outros...
Paulo Roberto de Almeida

Juízes determinam fim de ‘privilégios’ a presos na Papuda

Decisão da Vara de Execuções Penais do DF estabelece isonomia de tratamento na penitenciária onde estão condenados no mensalão

28 de novembro de 2013
Felipe Recondo - O Estado de S. Paulo
BRASÍLIA - A Justiça do Distrito Federal determinou que os condenados do mensalão recebam, no presídio da Papuda, o mesmo tratamento dado aos demais presos. Na decisão, os juízes da Vara de Execuções Penais do Distrito Federal afirmam que o tratamento desigual provoca instabilidades no sistema carcerário. Desde que foram presos, os condenados no mensalão receberam visitas fora no horário normal de visitações e chegaram, conforme o Ministério Público, a receber pizzas encomendadas pela Polícia Federal.
Os juízes da Vara de Execuções determinaram ainda que Simone Vasconcelos, ex-diretora da empresa SMPB, e Kátia Rabelo, ex-presidente do Banco Rural, sejam transferidas para o presídio feminino para cumprirem suas penas. As duas estão presas no 19º Batalhão da Polícia Militar no Complexo da Papuda, área reservada para presos militares.
O tratamento dispensado aos condenados foi criticado por familiares de demais presos, que costumam passar horas na fila para conseguirem visitar seus parentes. Um documento feito pelo MP, que inspecionou o local em que o ex-presidente do PT José Genoino está preso, mostrou que a PF chegou a pedir pizza "tarde da noite" no dia em que os condenados foram presos.
"Penso que não há qualquer justificativa para que seja dado a um interno/grupo específico tratamento distinto daquele dispensado a todos os demais reclusos, valendo consignar que é justamente a crença dos presos nesta postura isonômica por parte da Justiça do Distrito Federal que mantém a estabilidade do precário sistema carcerário local", decidiu a Vara.
Os juízes Bruno Silva Ribeiro, Ângelo Fernandes de Oliveira e Mário de Assis Pegado, que assinam a decisão, não mencionam expressamente o grupo de condenados por envolvimento no mensalão. O titular da Vara, Ademar Silva de Vasconcelos, não assinam a decisão. Suas decisões e postura desagradaram o presidente do STF, Joaquim Barbosa.
Deficiente. O tratamento diferenciado só teria justificativa, dizem os magistrados, se fosse possível admitir a existência de dois grupos de seres humanos: "um digno de sofrer e passar por todas as agruras do cárcere e, outro, o qual deve ser preservado de tais efeitos negativos, o que, evidentemente, não é legítimo admitir".
Os juízes afirmam ainda que é "fato público e notório" que o sistema carcerário brasileiro é deficiente, mas acrescentam que isso não seria justificativa para tratamento diferenciado. Por isso, alegando ser necessário o "restabelecimento da harmonia no sistema prisional", os juízes da Vara de Execuções Penais determinaram a "estrita observância por parte das autoridades penitenciárias locais das prescrições regulamentares, legais e constitucionais, especialmente no que se refere ao tratamento igualitário a ser dispensado".
A decisão decorre de manifestação do Ministério Público do DF, que fez uma inspeção nos dias 25 e 26 de novembro. A inspeção constatou um "clima de instabilidade e insatisfação" na penitenciária.

Novos livros publicados pela Funag - resumo de Mundorama

Transcrito do boletim Mundorama:

Posted: 27 Nov 2013 03:31 AM PST

A Fundação Alexandre de Gusmão publicou o novo Manual do Candidato: Inglês. Os livros da série “Manual do Candidato” são compilações abrangentes do conteúdo de cada matéria escritos por especialistas. As obras permitem ao candidato a imersão na matéria estudada com o nível de profundidade e reflexão crítica que serão exigidos no concurso de admissão à carreira diplomática.
O livro O Amazonas: breve resposta à Memória do tenente da armada americana-inglesa F. Maury sobre as vantagens da livre navegação do Amazonas foi publicado originalmente em 1854. Seu autor, o coronel João Baptista de Castro Moraes Antas, mostrou-se à altura do desafio a que se propôs: seus conhecimentos sobre a região e sua população deram-lhe sobejos argumentos para refutar, uma a uma, as proposições do tenente Matthew F. Maury, que, no ano anterior, publicara o livro Exploration of the Valley of the Amazon, em que discorria sobre as maravilhas do vale do Amazonas e propugnava pela abertura de tal rio à navegação internacional.
O Sistema de Solução de Controvérsias da Organização Mundial do Comércio – uma perspectiva brasileira traz textos elaborados a partir da experiência e da visão dos profissionais e representantes do setor privado que atuaram diretamente na condução e acompanhamento dos casos em que o País atuou – a participação no sistema contribuiu para consolidar e ampliar a participação do Brasil no sistema multilateral de comércio.
Escrito por Leticia Pinheiro, Foreign Policy Decision Making Under The Geisel Government busca explicar os conteúdos de três decisões de política externa implementadas durante o governo do General Ernesto Geisel (1974-1979). A hipótese central da tese é de que, embora a doutrina do regime (Doutrina de Segurança Nacional/DSN) tenha orientado os planos gerais de atuação do governo, ela não basta para explicar as mudanças nas principais diretrizes de política externa.
O quinto livro lançado em outubro foi Cadernos do CHDD Nº 22. A obra traz uma série documental voltada aos esforços brasileiros para obter, da Santa Sé, o reconhecimento da independência do Brasil.  Em sua segunda parte, traz a presente edição os ofícios da legação do Brasil em Berlim, no período coberto pelos anos 1936 a 1938, dando sequência à série começada no número anterior. E uma terceira seção apresenta um relatório, que José Maria da Silva Paranhos Jr., futuro barão do Rio Branco, na qualidade de comissário do pavilhão brasileiro, envia ao ministro da Agricultura, ao final da exposição dos cafés brasileiros em São Petersburgo, em 1884.
Todos esses livros estão disponíveis no site da Funag para download gratuito, mas também podem ser adquiridos na loja virtual ou nos estandes promocionais da Fundação, situada nos Anexos I e II do Ministério das Relações Exteriores.

O Brasil continua a retroceder... mentalmente (em outras coisastambem...)

Ainda não vimos tudo, ainda não vimos a metade, sequer vimos um terço, ou um quinto.
Posso apostar, toda a minha biblioteca, se quiserem: o Brasil ainda vai recuar muito mais, vai continuar retrocedendo, seguramente, fatalmente, algumas vezes lentamente, mas a tendência é que o movimento se acelere.
Quando a burrice atinge os estratos ditos dirigentes, sai debaixo, não tem mais remédio.
Vamos fazer um asilo a la Simão Bacamarte oara abrifar os poucos não alienados...
Paulo Roberto de Almeida 
O deputado Marco Feliciano (PSC-SP), tido, até outro dia, como a besta-fera de plantão dos politicamente corretos, agora já pode ser aplaudido. Leio naFolha Online que o presidente da Comissão de Direitos Humanos decidiu relatar no colegiado a proposta que reserva 20% das vagas do serviço público para negros. Trata-se de um projeto de lei apresentado pela presidente Dilma. Feliciano já avisou: “Se houver mudança, é para ampliar o percentual”.
Ah, assim, sim! Agora é o caso de a turma sair por aí cantando: “Feliciano é um bom companheiro; Feliciano é um companheiro…” E cota para gays no serviço público? Quando chegam? E para os anões, os míopes, os torcedores da Portuguesa, em São Paulo, e do América, no Rio?
Ironizo? Já escrevi a respeito. É claro que me oponho a qualquer cota, mas a que existe para estudantes, vá lá, ainda tem um argumento de uma solidez ao menos gelatinosa: seria preciso, pela educação, igualar os desiguais e coisa e tal. No serviço público, no entanto, há de se selecionarem os melhores, independentemente de sua cor, porque eles estarão oferendo sua sabedoria — não se trata de uma fase de formação — ao conjunto dos brasileiros. Qualquer outro critério que não seja a escolha do mais competente é um absurdo em si.
Feliciano, claro!, poderia ter ficado fora dessa, limitando-se a votar a favor. Mas ele, que é, segundo os critérios racialistas, um “negro” — foi bastante ironizado por fazer chapinha —, não perderia a chance de ser também aplaudido, certo?
De resto, Feliciano poderia perfeitamente defender que 7,61% das vagas fossem reservadas aos realmente negros, 43,13% aos pardos, 1,09% aos amarelos e 0,43% aos vermelhos (refiro-me aos índios; a de esquerdistas deve passar de 80%…). É a distribuição dos brasileiros segundo a cor da pele, informa o IBGE. Quem haveria de contestá-lo. Seria surrealistas, claro!, mas um surrealismo com critério.
composição racial Brasil 2010 ibge
Por que, afinal, o número mágico de 20% e não 23,7% ou 25,9%? Qualquer escolha diferente dos dados do IBGE não passa de arbítrio.
“Não dê a ideia, Reinaldo Azevedo! Vai que…” Sabe o que é, gente? Tenho a obsessão da objetividade.

Infraestrutura logistica: muito pouco, muito tarde...

Só um governo comandado por gente extremamente incompetente ou totalmente idiota, poderia deixar essa situação perdurar por tanto tempo, com extremo desprezo pelas perdas incorridas pelo setor mais dinâmico da economia brasileira.
Paulo Roberto de Almeida 

Sete obras desatam o nó que estrangula a economia brasileira

O Brasil é o maior produtor mundial de soja, café, suco de laranja e cana de açúcar. Está na segunda posição em carne bovina e na terceira na produção de aves e no cultivo de milho. Todo esse desempenho exuberante se dá apesar da lastimável infraestrutura disponível. Porém, a conclusão e o início de operação de sete obras no coração do país, a região Centro-Oeste, também chamado de Brasil Central e única área ligada geograficamente às outras quatro regiões brasileiras, pode gerar uma economia de 30% no custo de transporte de produtos como soja e milho. Isso pode aproximar o custo de frete nacional ao do norte-americano, que é um terço do brasileiro.
Ao todo, o investimento estimado nos projetos, que têm previsão de início até o começo de 2015, é de 5 bilhões de reais (2,2 bilhões de dólares). A economia que trariam por ano, porém, é de 2,3 bilhões de reais por ano (1 bilhão de dólares), segundo dados reunidos por EL PAÍS, baseado em pesquisas da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), Confederação Nacional da Indústria (CNI) e doMovimento Pró-Logística do Mato Grosso.
São elas: as rodovias BR-163, no percurso entre Novo Progresso e Itaituba, no Pará (PA), que não está incluído no leilão que será realizado nesta quarta-feira; a BR-158, da região do Alto do Araguaia, no Mato Grosso (MT), até Marabá (PA); a BR-242, entre Sorriso e Canarana, ambas no MT; e a BR-080, de Ribeirão Cascalheira (MT) a Luiz Alves, em Goiás. Essas estradas servirão para alimentar os sistemas portuários da região Norte. Além delas, é necessária a integração pela Hidrovia Tapajós-Amazonas (PA), na região Norte, a partir da localidade de Miritituba (PA), até a região de Santarém. De lá, as cargas serão levadas a dois portos, que estão sendo ampliados: o primeiro instalado em Vila do Conde, no Pará, e o de Itaqui, no Maranhão, no Nordeste. Os três projetos têm previsão de conclusão em 2014. Quando em operação, cada viagem dos comboios de barcaças pela Hidrovia equivale ao carregamento de 1000 caminhões, que hoje precisam seguir até o porto de Santos, em São Paulo, a 2000 quilômetros de distância.

A falta de infraestrutura adequada engole parte do lucro que poderia ser revertido em mais investimentos
Essas obras servem para inverter a rota atual, que prioriza trajetos terrestres irracionais, seja por via rodoviária, seja pela ferrovia Malha Norte, entre Rondonópolis (MT) e o saturado Porto de Santos, em São Paulo. O terminal paulista e o Porto de Paranaguá, no Paraná, ao Sul, são hoje destino de 70% da soja e de 80% do milho do Estado de Mato Grosso. A lógica é aproveitar algo elementar: geograficamente, o escoamento da produção proveniente do paralelo 16 – uma linha imaginária que corta uma área que vai da capital mato-grossense Cuiabá ao norte da Bahia, no Nordeste – tem mais viabilidade econômica pelos portos do Norte do que via Sudeste ou Sul.
“Da maneira como a infraestrutura está estruturada hoje temos um sistema perde-perde. O agricultor perde parte do que poderia receber por causa do custo do frete. O consumidor acaba pagando mais pelo produto. E quem transporta a carga também perde, pois a gasto de trafegar pelas estradas brasileiras é muito alto”, afirma Seneri Paludo, diretor da Federação da Agricultura e Pecuária do Mato Grosso(Famato).

GRÁFICO
O valor pago por uma saca de milho a um produtor na cidade de Sorriso, em Mato Grosso, é de 10,5 reais (4,6 dólares). Já em Cascavel, no oeste do Paraná, o agricultor recebe 18 reais (7,8 dólares). No caso da soja, um agricultor recebe em média 63 reais (27,5 dólares) por saca no Mato Grosso, enquanto no Paraná, que está mais próximo dos portos, o valor gira em torno de 67 reais (29,2 dólares). A diferença de valores reflete a situação desfavorável do agricultor do Centro-Oeste em função da logística desastrosa. A falta de infraestrutura adequada engole parte do lucro que poderia ser revertido em mais investimentos.

Colheitadeira em lavoura de soja no Mato Grosso. / Felipe Barros/Aprosoja
Esse quadro torna mais evidente a importância estratégica do Centro-Oeste: de lá, saem 42% dos grãos produzidos no país, o que faz dele uma forte âncora da cadeia do agronegócio, responsável por cerca de 25% do PIB do Brasil. A estrela desse processo é o Estado do Mato Grosso, dono da terceira maior área do País, atrás do Amazonas e do Pará. Nos últimos cinco anos, enquanto o país tropeçava para crescer a uma taxa de 3%, Mato Grosso teve fôlego para disparar sua expansão a uma taxa média anual de 8%. Nos últimos 20 anos, Mato Grosso quintuplicou sua produção e hoje sustenta, sozinho, uma fatia de 22% do mercado de grãos. Os recursos de toda essa pujança ajudaram a formar uma estrutura composta por organizações de pesquisa econômica e de representação política que estão entre as mais ativas do país.
Mas essa expansão poderia ser ainda maior, como avaliam os líderes das organizações do setor agrícola. “O agricultor acaba freando sua capacidade de produzir pela falta de capacidade do Estado de oferecer uma infraestrutura decente para entregar esse excedente”, diz Décio Tocantins, diretor da Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão(Ampa). O Centro-Oeste é a área para onde, a partir da década de 1970, os agricultores da região Sul começaram a avançar, em busca de novas terras e de um clima mais regular e menos suscetível a quebras de colheitas. Por ter tido uma ocupação tardia, a região é a que mais padece do “apagão logístico”.
A falta de armazéns é outro dos grandes gargalos que aumenta a precariedade da estrutura de escoamento da produção. Devido ao déficit de espaço, estimado em 65 milhões de toneladas (cerca de 35% da produção total de grãos da última safra), as carretas servem de estoques ambulantes de grãos. Na época de colheita, uma cena triste, que infelizmente se incorporou à rotina brasileira, é a de toneladas de grãos que passam semanas ao relento e, com frequência, apodrecem.

O agricultor acaba freando sua capacidade de produzir pela falta de capacidade do Estado de oferecer uma infraestrutura decente para entregar esse excedente”, diz Décio Tocantins
O Governo Federal sinalizou que faria do assunto prioridade, e em agosto deste ano, anunciou um plano de investir 25 bilhões de reais em infraestrutura de estocagem. A ideia é que, durante os próximos cinco anos, 5 bilhões de reais (2,2 bilhões de dólares) em recursos subsidiados a uma taxa anual de 3,5% sejam direcionados a esses projetos. O gesto foi visto com bons olhos pelo setor.
Até agora, porém, nem um centavo foi liberado. “Os projetos estão sendo analisados e esses recursos devem começar a chegar aos beneficiários até o 2014”, afirmou uma fonte do Ministério da Agricultura responsável pela área.
“Nós vínhamos pedindo há muitas anos essa linha de crédito. Mas a demora é sempre muito frustrante”, diz Glauber Silveira, presidente daAprosoja, entidade que representa os produtores de grãos do Mato Grosso.
Corrigir esses problemas vai determinar se o país deixará esses nós estrangulando seu potencial ou se vai preferir desatá-los, mantendo-se como um potência competitiva no mercado internacional de produtos agrícolas.



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quarta-feira, 27 de novembro de 2013

A era do Nunca Antes: Autopsia de um Embuste - Marco Antonio Villa

O livro de Villa é a autópsia de um embuste

Na edição de VEJA que está nas bancas, comentei o livro mais recente de Marco Antonio Villa: Década Perdida ─ Dez Anos de PT no Poder. Segue-se o texto revisto e ampliado:
(Foto: Roberto Stuckert Filho)


(Foto: Roberto Stuckert Filho)

É muito milagre para pouco verso, constatam os brasileiros sensatos confrontados com o samba-enredo que canta as façanhas produzidas entre janeiro de 2003 e dezembro de 2013 pela fábrica de fantasias administrada pelo governo do PT. A letra garante que Lula, escalado pela Divina Providência para dar um jeito na herança maldita de FHC, só precisou de oito anos para fazer o que não fora feito em 500 ─ e repassar a Dilma Rousseff uma Pasárgada da grife Oscar Niemeyer. E a sucessora só precisou de meio mandato para passar a presidir uma Noruega com praia, sol de sobra, Carnaval e futebol pentacampeão.
O único problema é que, até agora, nenhum habitante do país real conseguiu enxergar esse prodígio político-administrativo. Nem vai conseguir, avisa a leitura de Década Perdida ─ Dez Anos de PT no Poder (Record; 280 páginas; 45 reais), do historiador Marco Antonio Villa. O Brasil maravilha registrado em cartório nunca existiu fora da imaginação dos pais, parteiros e tutores do embuste mais longevo da era republicana. Para desmontar a tapeação, bastou a Villa exumar verdades reiteradamente assassinadas desde o discurso de posse do produtor, diretor, roteirista e principal personagem da ópera dos farsantes.
“Diante das ameaças à soberania nacional, da precariedade avassaladora da segurança pública, do desrespeito aos mais velhos e do desalento dos mais jovens; diante do impasse econômico, social e moral do país, a sociedade brasileira escolheu mudar e começou, ela mesma, a promover a mudança necessária”, decolou Luiz Inácio Lula da Silva ao pendurar no peito a faixa entregue por Fernando Henrique Cardoso. “Foi para isso que o povo brasileiro me elegeu presidente da República.” A chegada do Homem Providencial à terra devastada, sem rumo e órfã de estadistas abriu o cortejo de bazófias, bravatas e invencionices que, para perplexidade dos que enxergam as coisas como as coisas são, parece ainda longe do fim.
Nunca antes neste país tanta gente foi ludibriada por tanto tempo, comprova a didática reconstituição conduzida por Villa. Nunca se mentiu tão descaradamente sem que um único e escasso político oposicionista se animasse a denunciar, sem rodeios nem eufemismos, a nudez obscena do reizinho. Em férias desde o início do século, a oposição parlamentar assistiu passivamente à montagem do Evangelho Segundo Lula, uma procissão de fraudes que enfileira pelo menos um assombro por ano.
Já no primeiro, o salvador da pátria conferiu a todos os viventes aqui nascidos ou naturalizados o direito de comer três vezes por dia. E a fome acabou. No segundo, com a reinvenção do Bolsa Família, estatizou a esmola. E a pobreza acabou. Não pôde fazer muito em 2005 porque teve de concentrar-se na missão de ensinar a milhões de eleitores que o mensalão nunca existiu — e livrar os companheiros gatunos do embarque no camburão que só chegaria em 2013. Indultado liminarmente pela oposição e poupado pela Justiça, o camelô de si mesmo atravessou os anos seguintes tentando esgotar o estoque de proezas fictícias.
Festejou o advento da autossuficiência na produção de petróleo, rebaixou a marolinha o tsunami econômico, proibiu a crise americana de dar as caras por aqui, condenou a seca do Nordeste a morrer afogada nas águas transpostas do Rio São Francisco, criou um sistema de saúde perto da perfeição e inaugurou mais universidades que todos os doutores que o precederam no cargo, fora o resto. E sem contar o que andou fazendo depois de nomear-se conselheiro do mundo.
Dilma teve de conformar-se com o pouco que faltava. Fantasiou de “concessão” a privatização dos aeroportos, por exemplo. Por falta de fregueses, criou o leilão de um lance só para desencalhar o pré-sal. Acrescentou alguns metros à Ferrovia do Sarney. Obrigada a cuidar da inflação em alta e do PIB em baixa, deixou para depois o trem-bala mais lento do mundo. Mas melhorou extraordinariamente a paisagem do país já desprovido de pobres ao anunciar pela TV a completa erradicação da miséria.
Haja vigarice, gritam os fatos e estatísticas que Villa escancara numa narrativa clara, irrefutável e contundente. Lula escapou do naufrágio graças à política econômica de FHC, que não se atreveu a mudar, e à bonança financeira mundial só interrompida no crepúsculo do segundo mandato. Sobrou para Dilma Rousseff: o “espetáculo do desenvolvimento” prometido pela herdeira só não perde em raquitismo para os de Floriano Peixoto e Fernando Collor, os dois mais retumbantes fiascos econômicos do Brasil republicano. Alheio aos problemas políticos e administrativos que comprometem o futuro da nação, o projeto do governo do PT está reduzido a um tópico só: eternizar-se no poder.
“O partido aparelhou o Estado”, adverte Villa. “Não só pelos seus 23 000 cargos de nomeação direta. Transformou as empresas e bancos estatais, e seus poderosos fundos de pensão, em instrumentos para o PT e sua ampla clientela. Estabeleceu uma rede de controle e privilégios nunca vista na nossa história. Em um país invertebrado, o partido desmantelou o que havia de organizado através de cooptação estatal. Foram distribuídos milhões de reais a sindicatos, associações, ONGs, intelectuais, jornalistas chapa-branca, criando assim uma rede de proteção aos desmandos do governo: são os tontons macoutes do lulopetismo, os que estão sempre prontos para a ação.”
O Brasil perdeu outra década. O PT ficou no lucro. E Lula ganhou mais do que todos.



Brazil: um corrupto ordinario (como muitos outros)

Brazil Is Entranced by a Tale of Love, Taxes and Bribery
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RIO DE JANEIRO — There were the boxes of Cuban cigars, which cost about $500 each at a shop in Vila Nova Conceição, one of the most exclusive districts of São Paulo, and the $2,260 bottles of Vega Sicilia Único, a legendary Spanish red. Throw in a Porsche Cayenne, speedboat jaunts to tropical islands and all-night soirees with high-end escorts, and what do you get?
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The unlikely lifestyle of a Brazilian tax inspector.
In one of the most salacious corruption scandals to captivate Brazil in years, the municipal government of São Paulo, the nation’s largest city, is reeling from revelations of a scheme in which investigators claim that a group of tax inspectors allowed construction companies to evade more than $200 million in taxes in exchange for bribes.
“We always had marvelous dinners, excellent trips by private plane to Angra dos Reis,” Vanessa Alcântara, 27, the former companion of one of the inspectors charged with accepting bribes, said in a televised interview, referring to the oceanfront city that is a playground for Brazil’s elite.
The titillating details of the scandal are emerging as an offshoot of a custody battle between Ms. Alcântara and Luis Alexandre Cardoso de Magalhães, 41, a low-ranking São Paulo official. Brazilians are absorbing their confessions and accusations against one another, some of which have been nationally televised, in a case that underlines how political corruption remains entrenched despite landmark efforts to send corrupt officials to jail.
So far, the scandal has tinged the administration of São Paulo’s current mayor, Fernando Haddad, and of his predecessor, Gilberto Kassab. Investigators say the bribes to Mr. Magalhães and his colleagues were largely used to gain approval for real estate projects.
A top aide to Mr. Haddad, Antonio Donato, resigned after tax inspectors implicated in the scheme told prosecutors that some of the bribes were channeled to Mr. Donato when he was a city councilman. Mr. Donato denied that claim on Tuesday, and Mr. Haddad said in a statement that his administration put an end to the inspectors’ actions shortly after he took office this year.
Intercepts of phone calls by Mr. Magalhães suggest that he met Ms. Alcântara in 2011 at Bamboa, a São Paulo nightclub frequented by prostitutes. She disputes that account, which Mr. Magalhães repeated over the weekend on the Globo television network, contending that they met when she tried to sell him a cellphone plan.
But when it comes to living high from ill-gotten gains, the estranged couple seem to agree on a lot of things.
Mr. Magalhães, who chose to cooperate with investigators after his arrest in October, described how developers delivered bags of cash, some containing about $30,000, on a weekly basis to his office. The money was then divided among four municipal officials, he said, recounting how he burned through much of his haul by spending more than $4,500 a night on prostitutes.
“I spent because the money was coming in,” he said. “I wanted to live.”
In telephone intercepts and newspaper interviews, Ms. Alcântara said she and Mr. Magalhães, who had a child together, would count the money in her living room, on occasion finding more than $180,000 on their hands. Prosecutors estimate his fortune at $8 million, an amount difficult to reconcile with his annual salary of about $82,000.
Ms. Alcântara said he used some of the money to decorate her apartment at a cost of $50,000, and local newspapers have reported that they would splurge on $2,200-a-night suites at a designer hotel and meals at steakhouses with $380 bottles of Charmes-Chambertin Grand Cru, a coveted French wine.
The high life apparently ended when Ms. Alcântara became enraged over what she saw as the meager monthly child support Mr. Magalhães offered her after they separated, prompting her to talk to prosecutors.
As is sometimes the case in the cycle of Brazilian corruption scandals, celebrities can emerge from such intrigue.
One aspirant to such status is Nagila Coelho, 38, a personal trainer who is now a romantic companion of Mr. Magalhães. She is planning to start her own line of bikinis, according to a report in Folha de São Paulo, a Brazilian newspaper. Ms. Alcântara, meanwhile, is mulling a venture into politics.
She said she already had a slogan: “Being a thief is easy; I’ll be honest amid all the thieves.”

Lis Horta Moriconi contributed reporting.

Big Brother tragicomico na Venezuela, ou prepotente-ridiculo, outotalitario-histrionico

Menos para os jornalistas, claro. Estes são sempre culpados se as notícias são ruins...
Paulo Roberto de Almeida 

Venezuela desabastecimiento

Fiscalía de Venezuela contra periodistas por hablar de la escasez

Infolatam
Caracas, 26 noviembre 2013
Las claves
  • Diario 2001 señaló en un titular en primera página que los "usuarios se quejan por la falta de gasolina de 91 octanos", que las "estaciones de servicio reciben menos de la mitad de combustible de hace tres años" y que "consumidores hacen colas de hasta dos horas para surtirse".
El Ministerio Público de Venezuela citó hoy a declarar al presidente y a los vicepresidentes del Diario 2001 de Caracas a los que acusa de “información falsa” por un titular sobre una supuesta escasez de combustibles.
Andrés de Armas, presidente de la empresa editorial Bloque De Armas, propietaria del diario, deberá presentarse este miércoles, en tanto que los dos vicepresidentes, Martín de Armas y Armando de Armas, fueron citados para los próximos 2 y 4 de diciembre, respectivamente, detalló la Fiscalía en una nota de prensa.
Las citaciones, añadió el texto, “forman parte de la investigación iniciada el pasado 9 de octubre, ante la denuncia interpuesta en el Ministerio Público acerca de un plan desestabilizador” y “un día después fue publicada una información falsa como titular de primera página en el Diario 2001″.
Diario 2001 señaló en un titular en primera página que los “usuarios se quejan por la falta de gasolina de 91 octanos”, que las “estaciones de servicio reciben menos de la mitad de combustible de hace tres años” y que “consumidores hacen colas de hasta dos horas para surtirse”.
El presidente venezolano, Nicolás Maduro, reaccionó entonces contra los dueños del diario, afirmando que había que meterlos en la cárcel y que lo que estaban haciendo era un delito.
Con posterioridad, a principios de noviembre, un equipo de periodistas del mismo diario fueron arrestados durante unas horas en una jornada de venta de alimentos a precios bajos organizada por el Gobierno, debido a que, según la dirección del medio, habían registrado incidentes en las colas.
Mandaron a los periodistas “a provocar violencia”, dijo entonces Maduro sobre los directivos del Bloque De Armas.
Buena parte de los diarios tradicionales venezolanos son reiteradamente acusados por el Gobierno de estar alineados a favor de la oposición e incluso de formar parte de supuestos planes conspiradores que denuncia periódicamente.
Maduro ha venido lanzando en los últimos meses acusaciones contra diarios y propietarios de medios de comunicación por lo que considera tratamiento sesgado de las informaciones y ha pedido boicotearlos.
La Defensoría del Pueblo interpuso en un tribunal de menores la semana pasada una acción judicial por “infracción a la protección debida” contra el diario El Universal por una fotografía que mostró en portada una mano y una mancha de sangre de una víctima de secuestro.
La imagen provocó un “gran impacto visual” que vulneró “la integridad psíquica de los niños, niñas y adolescentes” y su “derecho a recibir información adecuada a su desarrollo integral y el derecho a la salud”, argumentó la Defensoría del Pueblo.

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Um contrato exemplar, um trabalhador exemplar, uma hipocrisia excepcional, do Stalin Sem Gulag...

O Stalin Sem Gulag está zombando da sociedade brasileira: faria o mesmo em uma prisão em regime fechado?
PRA

JOSÉ DIRCEU JÁ ASSINOU CONTRATO PARA SER GERENTE DE HOTEL POR R$ 20 MIL 
Luiz Orlando Carneiro 
Jornal do Brasil, 26/11/2013

O ex-ministro-chefe da Casa Civil José Dirceu – condenado na ação penal do mensalão a 10 anos e 10 meses de prisão, mas já cumprindo no regime semiaberto a pena de 7 anos e 11 meses por corrupção ativa – conseguiu um contrato de trabalho, cuja cópia já foi enviada ao ministro Joaquim Barbosa, relator da AP 470. O contrato com o Hotel Saint Peter, no centro de Brasília – que depende da aprovação do juiz da Vara de Execução Penal do Distrito Federal para ser cumprido durante o dia – prevê um salário de R$ 20 mil para a prestação de serviços como gerente administrativo. O horário de trabalho é das 8h às 17h, com uma hora de intervalo de almoço. 
Na petição enviada ao Supremo Tribunal Federal, o advogado de José Dirceu, José Oliveira Lima, lê-se: “No contrato de trabalho (...), o St. Peter Hotel ainda faz constar a informação de que ‘tem plena ciência e anui com as condições do empregado, no sentido de cumprir a atividade laboral, seja no tocante a horário, seja por outra exigência a qualquer título, relativamente ao regime profissional semiaberto ou outro a que seja determinado pelo poder judiciário para cumprimento da pena a que foi submetido em razão da condenação na Ação Penal 470, em trâmite perante o STF”. 

O contrato 
O contrato apensado aos autos do processo tem a assinatura da gerente geral do hotel, Valéria Linhares. Documentos em anexo informam que a gerente foi contratada em agosto de 2012 com salário de “R$ 1.800”; que o hotel é de propriedade de Paulo Masci de Abreu e de uma empresado Panamá, a Truston International Inc. O contrato tem vigência inicial de 45 dias, prorrogáveis pelo mesmo tempo. 
Numa ficha preenchida por José Dirceu, anexada à petição, lê-se – além dos nomes dos pais e outros dados pessoais – que ele é “católico”, gosta de fazer caminhadas, assistir a filmes e de viajar. 

À pergunta de por que gostaria de trabalhar em hotel, o réu do mensalão respondeu: “Necessidade e por apreciar hotelaria e a área administrativa”.

A insustentavel leveza do comercio internacional: OMC fracassa, mais uma vez...

Alguém esperava um sucesso? Alguém está ligando para a OMC?
Paulo Roberto de Almeida

Azevêdo reconhece fiasco nas negociações da OMC
Por Assis Moreira
Valor Econômico, 26/11/2013

GENEBRA  -  
O diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Roberto Azevêdo, disse hoje que vai informar aos ministros, na conferência de Bali, na semana que vem, que não foi possível "encontrar convergência" para um acordo de liberalização comercial.
Segundo fontes que acompanham as discussões na plenária, fechada à imprensa, Azevêdo frisou que vai dizer aos ministros que ficou "realmente perto" o alcance de um resultado positivo, mas, que uma vez mais, não se chegou à reta final.
Conforme Azevêdo, "o fiasco em Bali terá graves consequências para o sistema multilateral de comércio". "A maioria de vocês sabe disso", sustentou em reunião com 159 países.
O fiasco, nota o diretor-geral, nao é só para a OMC e para o sistema multilateral, como também para as populações, os empresários e, sobretudo, para os mais vulneráveis.
"Ninguém em qualquer parte do mundo vai viver melhor se fracassamos em Bali", disse Azevêdo, segundo participantes da reunião.
Para ele, o pior de tudo é que o fiasco não tem justificativas. Insistiu que nada que está na mesa exige dos membros que vá além do que é possível.

Existem Palacios e moradas; Despesas e despesas; algumas MAIUSCULAS, outras normais, ate minusculas

Da coluna do jornalista Carlos Brickmann, 26/11/2013:


Economizar, jamais

A coluna Diário do Poder (www.diariodopoder.com.br), de Cláudio Humberto, faz uma comparação impressionante entre Brasil e Estados Unidos. O Palácio do Planalto, sede do Governo brasileiro, tem 4.600 funcionários; a Casa Branca, sede do Governo americano, tem 460 funcionários. O presidente americano mora e trabalha na Casa Branca. O presidente brasileiro trabalha no Palácio do Planalto, mora no Palácio da Alvorada e dispõe da Granja do Torto; tem também à disposição o Palácio Rio Negro, em Petrópolis.

E a mania de palácios à vontade não é exclusiva dos presidentes, seja qual for seu partido: o governador de São Paulo mora e trabalha no Palácio dos Bandeirantes, tem um palácio no Horto Florestal, em São Paulo, tem outro palácio em Campos do Jordão. Para que? Para nada.

The British way

O primeiro-ministro britânico mora e trabalha numa casa em Downing Street, 10. A casa foi um presente do rei George 2º a seu principal ministro, Robert Walpole, por bons serviços prestados. Walpole aceitou o presente, desde que não fosse algo pessoal: a casa seria utilizada por quem quer que ocupasse o cargo.

Existem Ordens, e ordens; alguns recebem, outros nao cumprem, ou cumprem...

Da coluna do jornalista Carlos Brickmann, 26/11/2013


Os mais iguais

O artigo 231 do Estatuto do PT determina a expulsão de petistas condenados "por crime infamante ou práticas administrativas ilícitas, com sentença transitada em julgado". Nenhum dos condenados com trânsito em julgado no processo do Mensalão foi expulso, ou teve o processo de expulsão iniciado.

O decreto 4.207/02 determina a cassação de medalhas oficiais de condenados com trânsito em julgado. José Dirceu tem a Medalha da Ordem do Mérito Militar; José Genoíno, a Medalha do Pacificador; Roberto Jefferson, a Medalha do Pacificador e a Ordem do Mérito Militar; Valdemar Costa Neto, a Medalha do Pacificador. A Medalha do Pacificador deve ser cassada por ato do comandante do Exército, general Enzo Peri; cabe ainda a ele notificar o Conselho da Ordem do Mérito Militar da situação dos condenados. Mas até agora ninguém se moveu, muito menos ele: essa história de obedecer às normas é para os menos iguais.

Brasil: um pais fascista que humilha seus cidadaos

Fascismo é quando o Estado diz, comanda, ordena o que você pode ou não pode fazer, certo?
Ou seja, você, como cidadão honesto, contribuinte, cumpridor dos seus deveres, não tem o direito de dispor dos seus recursos e ativos, mas depende de burocratas desse órgão fascista por excelência que é a Receita Federal para dizer o que você pode ou não pode fazer com o seu dinheiro.
Este é o Brasil do fascismo corporativo. 
Paulo Roberto de Almeida 

Receita Federal aplica R$ 10 mil em multas em fiscalização no aeroporto Salgado Filho

Trabalho tem como meta aumentar controle sobre mercadorias trazidas de voos internacionais

Zero Hora, 26/11/2013
Receita Federal aplica R$ 10 mil em multas em fiscalização no aeroporto Salgado Filho Ronaldo Bernardi/Agencia RBS
Multas e tributações somaram R$ 10 mil na primeira manhã de Operação Ícaro, três vezes mais que o normalFoto: Ronaldo Bernardi / Agencia RBS
Com o aumento dos voos internacionais com destino ao aeroporto Salgado Filho, a Receita Federaldeu início nesta terça-feira, dia 26, à Operação Ícaro. O trabalho busca aumentar controle sobre o que é trazido pelos passageiros do exterior.
O limite atual de compras é de US$ 500 por pessoa. Além disso, também é proibida a entrada de alimentos e produtos de origem vegetal ou animal no país.
Até as 11h, cerca de 300 passageiros dos três voos internacionais que chegaram ao terminal da Capital foram fiscalizados. Segundo o chefe da equipe de fiscalização aduaneira da Receita Federal Paulo Roberto da Silva, a operação de hoje contou com o dobro de funcionários – seis, em vez dos três habituais – e com o uso de um scanner móvel, que é um equipamento no qual os fiscais fazem uma avaliação prévia das bagagens antes de encaminhar o passageiro para a área interna de fiscalização do aeroporto.
Nos três voos de hoje, foram aplicadas tributações e multas no valor de R$ 10 mil, contra R$ 3 mil registrados normalmente. O trabalho da Receita Federal segue ainda no início da tarde, quando chega ao Salgado Filho o voo com origem de Miami.
O trabalho intensificado da Receita deve seguir até o final da semana em Porto Alegre.