O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;

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quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020

Confirmado: americanos ficaram paranoicos contra a China, todos eles...

Até pouco tempo atrás, eu considerava que os únicos paranoicos nos EUA, até por "obrigação" – na verdade, para garantir nacos ainda maiores do orçamento –, eram os generais do Pentágono, pois se não fossem paranoicos contra alguma coisa, qualquer coisa, ninguém lhe daria os bilhões de dólares que eles exigem todo ano para defender os EUA de qualquer perigo que se apresente (e se não existe nenhum, eles podem sempre inventar algum).
Pois agora, não apenas os acadêmicos, mas também empresários também viraram paranoicos anti-China, e isso sem qualquer justificativa.
Só tem uma justificativa, para os empresários: estão sentindo que estão perdendo espaço nos mercados globais e querem evitar que os "bárbaros amarelos" adentrem na fortaleza. Na verdade, os "bárbaros" já estão "inside the gates", e também nos demais mercados do mundo. É a "decadência" que se aproxima, o que quer que isso queira dizer.
Menos compreensível é o caso dos acadêmicos, que têm, por obrigação, o critério da análise isenta sobre desafios e ameaças ao império, e sua degeneração inevitável, sobretudo sob um "abruti" como é o atual presidente. Que os EUA estejam perdendo terreno no plano global isso é uma evidência.
Mas que acadêmicos reajam de forma paranoica, isso já é indesculpável...
Paulo Roberto de Almeida
China vs. USA: A Battle for Africa's Future
February 26, 2020
The Jackson Institute for Global Affairs will host the discussion, “China vs USA: A Battle for Africa's Future,” featuring Jackson Senior Fellow Colin Coleman. The conversation will be moderated by Eddie Mandhry, director for Africa and the Middle East, Office of International Affairs at Yale.
Topics to be addressed include:
  • the African economy: opportunities and threats
  • China's strategy and progress in Africa
  • US government and multinationals' interest
  • Africa's future: prospects for modernizing governance and liberating economic growth
A former partner of Goldman Sachs, Coleman was Chief Executive Officer, Sub Saharan Africa, Goldman Sachs up until his retirement in 2019. He was head of the Goldman Sachs South Africa office from 2000. In 2008, he was named head of the Investment Banking Division for Sub-Saharan Africa. He was named managing director in 2002 and partner in 2010. Coleman was an anti-apartheid activist and deeply involved in South Africa’s constitutional transition from apartheid to democracy. He served in working groups of the multi-party talks, facilitated the International Mediation Forum and helped to negotiate the agreement to facilitate all parties’ participation in South Africa’s 1994 elections.
Coleman was named one of the World Economic Forum’s "Global Leaders for Tomorrow". He was also a recipient of Harvard Business School’s “Business Statesman Award” on behalf of the Consultative Business Movement and was named one of Euromoney's World Top Ten “Financing leaders for the 21st Century." Coleman is an independent non-executive member of the Board of The Foschini Group. He also serves on the Steering Committee of the CEO Initiative, and is Co-Chairman of the Youth Employment Service (YES).

A enfermidade também atinge outros estratos: 

US political, business and media circles work together, but function ... world's largest goods trader, contributing to nearly 30 percent to the global economy. ... The Chinese Foreign Ministry announced on February 19 that China has ...

Politica Externa Bolsonarista: ameaça aos interesses do Brasil - Editorial O Globo

Quando um grande jornal toma posição sobre um item da política externa, ainda que seja sobre uma questão aparentemente tópica, é porque esse Editorial também tem escopo conceitual e pretende firmar posição sobre questões fundamentais que atingem os interesses do país como um todo.
Há muito tempo que a diplomacia olavo-bolsonarista vem causando constrangimentos ao Brasil, não apenas à sua imagem lá fora, que já está terrivelmente diminuída – como poderiam atestar TODOS os diplomatas em postos no exterior, se pudessem falar livremente –, mas também aos interesses concretos de setores econômicos DENTRO do país.
Parece que o comitê de tutela militar sobre o Itamaraty, e sobre o próprio presidente, que andava um pouco desativado nos últimos meses, vai ter de voltar ao trabalho, para evitar desgastes ainda maiores, não só à nossa imagem, mas sobretudo aos interesses de exportadores e empresários em geral. Parece que o ministro da Economia já andou reclamando da área ambiental; deveria se preocupar com a área diplomática também.
Apenas um reparo a esse Editorial do Globo, "Guinada do Itamaraty põe em risco os interesses do país": quando se fala de Itamaraty, o coletivo está ERRADO. Não se trata do Itamaraty, e sim do chanceler acidental, em sua fidelidade sabuja a um dirigente totalmente incompetente em matéria de política internacional, de relações exteriores e de diplomacia.
Reproduzo aqui textualmente o último parágrafo, cujo argumento está reproduzido no lead: 
"As atuais posições político-religiosas na política externa refletem os ideais totalitários de uma ala que, ocasionalmente, ocupa áreas-chave no governo. O problema é que tais imposições começam a redundar na multiplicação de riscos aos interesses nacionais."
Paulo Roberto de Almeida.


Educação em Sobral, CE: separando mito e realidade (FSP)

Transcrevo, sem todas as informações editoriais, matéria que recebi via lista, mas que é importante demais para ser deixada de lado para complementar os dados.

Education
Clodoveu Arruda sent
a very interesting article about public education in Sobral and Ceará published February 25 in Folha de São Paulo, based on studies done by the World Bank.

Ceará e Sobral têm muito a ensinar ao Brasil e ao mundo sobre aprendizagem
Especialistas do Banco Mundial estiveram no município cearense para conhecer as estratégias
FSP, 25/02/2020 
A crise na educação é um dos principais fatores que contribuem para o déficit de capital humano, minando o crescimento sustentável e os esforços para reduzir a pobreza.
 
O percentual de crianças de 10 anos que não conseguem ler e interpretar um texto simples é o que chamamos de Pobreza de Aprendizagem. Mas por que focar na leitura para crianças de 10 anos?
 
Pelo menos por quatro razões: (i) a alta taxa de Pobreza na Aprendizagem é um alerta prévio de que todos os objetivos da educação estão em risco; (ii) leitura é a fundação sobre a qual outras habilidades são construídas; (iii) no decorrer da vida é mais difícil recuperar o atraso e as crianças correm o risco de ficar para trás; (iv) a habilidade de ler com entendimento tem uma forte ligação com os empregos de qualidade.
 
A dimensão da crise de aprendizagem global que enfrentamos é muito grande. Hoje, pouco mais da metade ?53%? das crianças de 10 anos nos países em desenvolvimento não consegue interpretar um texto adequado para sua idade. No Brasil, essa taxa também está próxima de 50%.
 
Nesse contexto, o Banco Mundial estabeleceu uma meta global de aprendizagem ambiciosa, porém factível: até 2030, reduzir, no mínimo pela metade, a proporção de crianças que não sabem ler aos 10 anos. Mas essa é só uma meta intermediária e a ambição é trabalhar com os países e parceiros de desenvolvimento para reduzir esse número a zero!
 
Como chegar lá? Com exemplos como o do estado do Ceará e a cidade de Sobral que melhoraram a qualidade da educação muito mais rápido que o resto do país, alcançando níveis de competências educacionais fundamentais comparáveis com as dos países mais desenvolvidos.
 
Os municípios cearenses tiveram o maior aumento no Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) no anos iniciais e finais do Ensino Fundamental desde 2005, quando o Ideb começou a ser medido.
 
Quase todos os seus 184 municípios apresentavam, inicialmente, níveis muito baixos de qualidade no ensino, investindo por aluno cerca de um terço do valor investido em estados mais ricos, como São Paulo.
 
Hoje, o Ceará tem as menores taxas de pobreza na aprendizagem do Nordeste e Norte do Brasil e 9 dos 20 municípios com a melhor colocação no ranking nacional de qualidade da educação nos anos iniciais do Ensino Fundamental, de acordo com a última rodada do IDEB, em 2017.
 
Os resultados educacionais das escolas cearenses estão bem acima do esperado quando se considera o contexto socioeconômico, ou seja, a maioria delas está entre as escolas com maior proporção de alunos mais pobres e ao mesmo tempo está entre os maiores IDEBs do Brasil.
 
Esse sucesso se sustenta em três pilares, que encontram respaldo na evidência internacional sobre sistemas de educação com alto nível de aprendizagem: (i) um compromisso político sustentável com a educação, com ênfase na alfabetização universal na idade certa; (ii) incentivos financeiros para os municípios atingirem as metas de aprendizagem definidas; e (iii) assistência técnica para os municípios com dificuldades em melhorar as taxas de aprendizagem.
 
Esse modelo de incentivos e apoio pressupõe que haja também (iv) um elevado grau de autonomia dos municípios para desenhar e implementar suas políticas de educação e (v) a existência de um sistema robusto e confiável de monitoramento e avaliação, que avalie continuamente os principais resultados da educação, incluindo a aprendizagem dos alunos.
 
O município de Sobral tem liderado o avanço na aprendizagem e é o melhor exemplo da qualidade da educação pública no Ceará, com o melhor Ensino Fundamental do Brasil. Está em primeiro lugar entre os 5570 municípios nos rankings dos anos iniciais e finais do Ensino Fundamental.
 
As notas de Sobral no IDEB são superiores à média das escolas particulares de São Paulo e apesar das condições socioeconômicas desafiadoras (o Ceará tem o 5º menor PIB per capita entre as 27 Unidades da Federação), os alunos das escolas municipais de Sobral têm um desempenho de leitura comparável aos alunos dos países da OCDE.
 
Não há receita milagrosa na política educacional de Sobral, mas uma abordagem abrangente, composta por diversos programas, atividades e estratégias.
 
As ações incluem dar prioridade a um programa de alfabetização na idade certa; um sistema de monitoramento e avaliação que responsabiliza os atores educacionais a conseguir resultados; seleção de gestores da escola baseada no mérito; disponibilização de materiais didáticos estruturados; formação de professores com foco na prática pedagógica dentro da sala de aula; avaliação da aprendizagem dos estudantes com monitoramento e devolutivas para as escolas; estabelecimento de metas de aprendizagem; estratégias para melhorar a gestão da sala de aula; e motivação de professores e bonificação com base em resultados.
 
Não é estranho, portanto, que uma equipe de especialistas do Banco Mundial de mais do que oito nacionalidades diferentes estiveram em Sobral no início do mês para conhecer a sua experiência.
 
Dentre todas a lições que eles ouviram, a que mais chamou a atenção foi a importância da liderança política forte e o compromisso para mudar a qualidade da educação pública, além do trabalho árduo com foco e diálogo.
 
É uma grande oportunidade para o mundo e para o resto do Brasil poder aprender com uma experiência educacional tão bem-sucedida.
 
Colaboraram André Loureiro, economista sênior do Banco Mundial, e Omar Arias, gerente de conhecimento da prática global de Educação do Banco Mundial

Novos ventos no Planalto (?) - Rubens Barbosa

Os ventos sopram para todos os lados, inclusive movendo aquelas birutas de aeroporto, que possuem uma incrível semelhança com o quê mesmo? 
Paulo Roberto de Almeida

NOVOS VENTOS NO PLANALTO

Rubens Barbosa
O Estado de S. Paulo, 25/022020 

Os ventos no Palácio do Planalto poderão mudar com a nomeação do general Braga Neto para a chefia da Casa Civil e do Almirante Flavio Rocha para a Secretaria de Assuntos Estratégicos.
A Casa Civil, que deve coordenar todas as ações do governo federal, sai fortalecida e tem o potencial de transformar a maneira como o Executivo lida com o Legislativo e o Judiciário.  Com uma reviravolta nas atribuições ministeriais, a SAE passa a ter a responsabilidade da elaboração de subsídios para a formulação do planejamento estratégico e de ações externas de governo
A SAE, agora vinculada diretamente ao presidente da República, foi significativamente fortalecida. As atribuições da Assessoria Internacional passam para a SAE que deverá assistir o Presidente da República no desempenho de suas atribuições e, especialmente, na realização de estudos e contatos por ele determinados em assuntos que subsidiem a coordenação de ações com organizações estrangeiras; assistir o Presidente da República, em articulação com o Gabinete Pessoal do Presidente da República, na preparação de material de informação e de apoio, de encontros e audiências com autoridades e personalidades estrangeiras; preparar a correspondência do Presidente da República com autoridades e personalidades estrangeiras; participar, em articulação com os demais órgãos competentes, do planejamento, da preparação e da execução das viagens internacionais do Presidente da República; e encaminhar e processar as proposições e os expedientes da área diplomática, em tramitação na Presidência da República. O assessor internacional, Felipe Martins, passa a ser subordinado do secretário da SAE, o Almirante Flavio Rocha.
            A recomposição do equilíbrio de poder no Planalto enfraquece a influência do grupo ideológico e familiar. Será interessante acompanhar a reação do núcleo olavista palaciano à decisão presidencial. A mudança de cadeiras tem o potencial de facilitar a busca de maior racionalidade e de resultados para as iniciativas na área internacional, além do relacionamento com o Congresso e o Judiciário, sujeitos a fortes turbulências na semana passada. 
           Cabe ressaltar a volta dos militares ao centro do processo decisório do atual governo. Logo depois da posse, houve a ocupação de um importante espaço por militares, que exerceram um papel moderador.  Depois de um período de baixa visibilidade, o retorno dos oficiais generais, três deles da ativa, desperta a expectativa de que algumas ênfases deverão mudar. Se a eles se acrescentar o papel do Vice-Presidente como coordenador do Conselho da Amazônia, tem-se a extensão do poder e da influência da militarização do Planalto. A Instituição, contudo, procura se manter independente das ações do governo como um todo.
            E de se esperar também, um discurso mais conciliador com o Congresso e o Judiciário e uma ação menos ideológica do Itamaraty na política externa. O interesse nacional acima da pregação ideológica.  Isso não significa que a retórica do atual governo vai mudar. Ela deve continuar para alcançar objetivos políticos internos do interesse presidencial, mas é possível especular que foram criadas condições para que o governo possa desenvolver políticas internas e externas mais pragmáticas com visão de médio e longo prazo.
            Os mais de dez militares, nas funções públicas que ocupam atualmente, tem reiterado suas convicções democráticas, apesar de alguns excessos retóricos, e atuam acima de interesses clientelísticos ou partidários, como vimos nesse primeiro ano de governo.        
Resta saber como a alta assessoria militar do presidente vai enfrentar os desafios a que está sendo submetida.
A coordenação com o Congresso no encaminhamento, discussão e votação das reformas tributária e administrativa e as políticas a serem aprovadas em âmbito federal no Conselho da Amazônia serão talvez os desafios mais importantes do grupo militar. A política ambiental e as ações na Amazônia tendo em vista a mudança no cenário internacional e a vinculação de empréstimos e investimentos e de boicote de consumidores a políticas de desenvolvimento sustentável, deverão estar no centro das preocupações do Planalto nos próximos anos. Inclusive pela necessidade de convencimento de alguns governos e parlamentos europeus para a ratificação do acordo do Mercosul com a União Europeia. 
Na área externa, pelos efeitos internos e externos imediatos, podem ser lembradas as tratativas com o novo governo da Argentina, em especial, no comércio exterior e no processo de integração regional; com Israel, no tocante à mudança da embaixada para Jerusalém, de interesse dos evangélicos; as incerteza no tocante ao alinhamento com os EUA à luz das eleições presidenciais norte-americanas e de decisões que poderão ter efeito sobre o relacionamento com a China, como, por exemplo, a estratégica e urgente decisão sobre a licitação do 5G; e, pelas relações entre as Forças Armadas dos dois países, à Venezuela, onde o Brasil poderia ter um papel relevante nas negociações para a democracia, sem abrir mão da posição crítica ao governo de Maduro - como estão fazendo os EUA e o Canadá. 

Rubens Barbosa, presidente do Instituto de Relações Internacionais e Comércio Exterior (IRICE)

Josias de Souza: sem parlamentarismo branco, apenas governo pálido


Não há parlamentarismo branco, mas governo pálido

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Josias de Souza
Colunista do UOL
26/02/2020 05h23
Jair Bolsonaro afeiçoou-se à marcha da insensatez. Sempre que lhe apertam os calos, atiça as ruas. Fez isso, por exemplo, ao trombetear no ano passado o texto apócrifo que dizia que o Brasil é "ingovernável fora dos conchavos". Ou ao difundir o vídeo em que desempenhava o papel de um leão cercado pelas hienas do STF, da imprensa e dos partidos. Requenta novamente o truque agora, ao distribuir via WhatsApp o vídeo acima.
Na peça, adornada com imagens da facada e cenas hospitalares, súditos de Bolsonaro convocam o asfalto para apoiá-lo em 15 de março, emparedando o Congresso. Mas há uma diferença: o capitão agora carrega atrás de si o rastro de 14 meses de gestão. Um eleitor de boa-fé pode acreditar que o Congresso é parte do problema do país. Mas terá dificuldade para culpar o Legislativo que reformou a Previdência pela sedação da economia e pelo desânimo do Posto Ipiranga.
Os congressistas também não têm nada a ver com: o desinteresse do presidente pela agenda de reformas, os erros na correção do Enem, o flagelo da fila do INSS, o apodrecimento da ala investigada da Esplanada, a inépcia do pedaço ideológico do ministério, a biografia rachadinha do primogênito Flávio Bolsonaro e a companhia tóxica do cadáver do miliciano Adriano da Nóbrega.
Na campanha de 2018, havia três grandes problemas sobre a mesa: a ruína fiscal, a estagnação econômica e uma corrupção endêmica. No alvorecer de 2020, a promessa de Paulo Guedes de zerar o déficit no primeiro ano era de vidro e se quebrou. O crescimento pujante, que os otimistas projetavam em 3%, virou um PIB à Michel Temer, rodando na casa de 1%. A bandeira da Lava Jato desapareceu.
Para aprumar o governo, convertendo mediocridade em pujança, Bolsonaro precisaria exibir foco, serenidade e diálogo. Ele fornece tuítes, crises e caneladas. Desentende-se com a banda técnica de sua equipe, briga com a imprensa e avaliza a tese do general-ministro Augusto Heleno segundo a qual o Orçamento foi abocanhado por chantagistas do Congresso.
O capitão e seu general de estimação enxergam uma trama do Congresso para implantar um parlamentarismo branco. Bolsonaro e Heleno não se dão conta de que os congressistas apenas ocupam o espaço aberto por um governo pálido.

terça-feira, 25 de fevereiro de 2020

Ascensão e queda do controle de armas cooperativo na Europa - Ulrich Kühn

Ulrich Kühn
The Rise and Fall of Cooperative Arms Control in Europe 
Nomos e-library; 1st ed. 2020,
ISBN print: 978-3-8487-6207-1, ISBN online: 978-3-7489-0323-9, 

Abstract: 
Thirty years after the fall of the Berlin Wall, America and Russia have again returned to conflict. But this renewed confrontation did not come out of the blue. Rather, it was preceded by a long period of stagnation and a final crisis in the realm of arms control. In particular, the agreements of cooperative arms control in Europe eroded after the turn of the millennium. Why did that neatly established network of security agreements collapse? In this volume, Ulrich Kühn traces the rise and fall of cooperative arms control in Europe from the early Helsinki days to the Russian annexation of the Crimea in 2014. Applying a multi-theory approach in order to assess the foreign and security policies of the United States and Russia, the author not only answers who is to blame for the sorry state of arms control, but he also uncovers a regime complex that has so far remained unknown and that spans across various organisations and institutions.

Prologue , pp. 20–22
1 Introduction , pp. 23–38










Epilogue , pp. 363–365
Annex IV: References , pp. 383–414