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sábado, 29 de outubro de 2022

Retomando nossa triste história “republicana” - Paulo Roberto de Almeida

Retomando nossa triste história “republicana”

 

 

Paulo Roberto de Almeida

Diplomata, professor

(www.pralmeida.org; diplomatizzando.blogspot.com)

Nota sobre o domínio oligárquico das eleições no Brasil.

 

 

(Mas que não se pense que eu sou monarquista; apenas indiretamente, por ser parlamentarista racional, ou seja, sem qualquer ilusão.)

Este sábado, véspera do 2o. turno mais decisivo dos últimos 130 anos, promete ser o mais desagradável desta campanha, de todas as campanhas da República, talvez desde 1910, quando Rui Barbosa teve de enfrentar a mula fardada do Marechal Hermes da Fonseca. 

A Comissão de Verificação, que era quem decidia as eleições na República velha, já tinha resolvido a questão: Rui não podia ganhar, não podia ser eleito! 

Aliás, nem em 1919 ele foi “autorizado” a ganhar, enfrentando um “adversário” escolhido a dedo pelas oligarquias, que sequer fez campanha e nem no Brasil se encontrava: Epitácio Pessoa foi escolhido pelas oligarquias na morte (por gripe “espanhola”) do presidente eleito quando já estava a caminho das negociações de paz de Paris, nem programa apresentou, enquanto Rui, repetindo 1910, fazia campanha no estilo tradicional, expondo suas ideias ao grande público. Nada disso adiantou: as “elites” já tinham escolhido o seu candidato.

No Brasil atual, as “elites” econômicas também parecem ter escolhido o seu.

As elites intelectuais também fizeram a sua escolha, muito por exclusão da antidemocracia e da desumanidade.

Vamos ver se o Brasil vai voltar para a República velha, ou olhar para a frente.

Por acaso lembro agora da frase de Gilberto Amado: “Na Velha República, as eleições eram falsas, mas a representação era verdadeira.”

Se vivo fosse, hoje, talvez preferisse dizer: “Na Nova República, as eleições são perfeitamente verdadeiras, mas a representação é infelizmente falsa.”

Se a falsidade vencer, abandono a atualidade e retornarei a cuidar dos meus “clássicos revisitados”, de um passado já distante. Sugestões não faltam: Erasmo, Thomas Morus, Montaigne, Swift, Campanella, o patriota Niccolò, Tocqueville e muitos outros…

 

Paulo Roberto de Almeida

Brasília, 4259: 29 outubro 2022, 2 p.


Subsídios a uma biografia intelectual - Paulo Roberto de Almeida

 Subsídios a uma biografia intelectual

  

Paulo Roberto de Almeida

Diplomata, professor

(www.pralmeida.org; diplomatizzando.blogspot.com)

Compilação de trabalhos pertinentes.

 

 

464. “À guisa de prefácio”, Paris, 06 dezembro 1994, 4 p. Introdução à antologia pessoal de resenhas Vivendo com Livros(Paris: Editora Maíra, 1994, 406 pp.), expondo os objetivos da coletânea e resumindo meu itinerário de leituras. Relação de Publicados n. 170.

 

704. “Nosso homem no Itamaraty”, Brasília, 18 agosto 1999, 2 p. Elementos de informação sobre os “intelectuais” do Itamaraty, como subsídio a matéria de Paulo Moreira Leite, então na revista VEJA. Não aproveitado no momento, em virtude da transferência de PML para Washington, para trabalhar no jornal Gazeta Mercantil.

 

1041. “Mania de Brasil: reminiscências de um século a outro”, Washington, 27 abr. 2003, 3 p. Esquema tentativo de livro social-biográfico, para desenvolvimento progressivo nos próximos meses e anos, colocado sob a rubrica “pro patria semper”. Eventualmente mudar o título principal: “Recordações de um sociólogo aprendiz: memórias pouco diplomáticas de um século a outro” (Vide trabalho n. 1054). 

 

1054. O Sociólogo Aprendiz: reminiscências de um outro século, Washington, 26 mai. 2003, 202 p. Compilação linear das listas de trabalhos, bem como das introduções e prefácios preparados para os volumes encadernados de trabalhos originais e publicados (1968 a 1997), agregados de prefácio, como forma de subsidiar a preparação de livro de memórias intelectuais, de um século a outro. Relacionar ao esquema preparado no trabalho n. 1040 (“Mania de Brasil”: livro social-biográfico).

 

1082. “Vivendo com Livros: uma introdução quase desnecessária”, Washington, 19 de jul. de 2003, 7 p. Introdução a uma nova série de resenhas críticas para o site Parlata. Publicado em 22/07/2003, inaugurando a seção “Vivendo com Livros” do site Parlata (descontinuado, desde então). Relação de Publicados n. 434.

 

1539. “A arte da resenha (para uso de aprendizes, neófitos e outros amantes de livros)”, Brasília, 24 janeiro 2006, 5 p. Elementos centrais de uma boa resenha de livros. No Blog Book Reviews (link: http://praresenhas.blogspot.com/2006/01/02-arte-da-resenha.html#links). Colocado na seção “Vivendo com Livros” do site Parlata (em 2007). Blog Diplomatizzando (23/042011; link: http://diplomatizzando.blogspot.com/2011/04/arte-da-resenha-para-uso-de-aprendizes.html). Relação de Publicados n. 740.

 

1624. “Declaração de princípios: sou um homem de causas”, Brasília, 20 junho 2006, 2 p. Post inaugural no novo blog Vivendo com livros, voltado para os livros e o estudo (http://vivendocomlivros.blogspot.com/). Postado novamente no blog Diplomatizzando (31/01/2014: http://diplomatizzando.blogspot.com/2014/01/e-por-falar-em-blogs-uma-declaracao-de.html).

 

1745. “Meu segundo exílio: memórias de um ostracismo não-voluntário”, Chicago-Miami, 22 abril; Miami-São Paulo, 23 abril 2007, 3 p. Anotações em voo sobre minha situação atual.

 

1781. “Perguntas a um Espectador Engajado”, Brasília, 12 agosto 2007, 1 p. Questões formuladas ao personagem idealista que teima em desenvolver atividades intelectuais paralelas aos afazeres profissionais normais e às lides acadêmicas mais comuns. Postado pela primeira vez no blog Diplomatizzando (17/02/2022; link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2022/02/perguntas-feitas-um-espectador-engajado.html); postado novamente (29/10/2022; link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2022/10/perguntas-um-espectador-engajado-paulo.html ).

 

2052. “Memórias Intelectuais: Uma biografia das ideias que permearam a minha vida”, Brasília, 18 outubro 2009, 8 p. Começo do que pretende ser uma história das ideias, ou uma biografia intelectual, consistindo numa pequena introdução que se poderia chamar de metodológica a uma obra mais vasta e gradual. Inédito em versão integral; feita versão resumida em 22/12/2009. Postado no blog Diplomata Z (1/01/2010; link: http://diplomataz.blogspot.com/2010/01/29-memorias-intelectuais.html). Postado novamente, no blog Diplomatizzando (17/02/2022: link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2022/02/memorias-intelectuais-uma-biografia-das.html); reproduzido no mesmo blog (29/02/2022; link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2022/10/tramando-uma-biografia-intelectual.html).

 

2063. “Etapas cronológicas (mais uma) e sentido da vida (se é que existe)”, Brasília, 19 novembro 2009, 5 p. Considerações sobre minhas orientações intelectuais e produção acadêmica. Postado no blog Diplomatizzando(19.11.2009; link: http://diplomatizzando.blogspot.com/2009/11/1520-proposito-de-mais-um-aniversario.html) e no blog DiplomataZ (http://diplomataz.blogspot.com/2009/11/22-mais-um-aniversario.html).

 

2103. “Sobre a responsabilidade dos intelectuais: devemos cobrar-lhes os efeitos práticos de suas prescrições teóricas?”, Brasília, 19 janeiro 2010, 12 p. Argumentos de natureza política e histórica sobre a falência do marxismo aplicado, elaborado com base no trabalho 2039: “Um intercâmbio acadêmico sobre a responsabilidade do Intelectual”. Revisto em 3.02.2010. Espaço Acadêmico (vol. 9, n. 105, fevereiro 2010, p. 149-159; ISSN: 1519-6186; link: http://periodicos.uem.br/ojs/index.php/EspacoAcademico/article/view/9275; pdf: http://periodicos.uem.br/ojs/index.php/EspacoAcademico/article/view/9275/5252). Postado no blog Diplomatizzando (4/09/2017; link: https://diplomatizzando.blogspot.com.br/2017/09/sobre-responsabilidade-dos-intelectuais.html). Relação de Publicados n 952. 

 

2187. “Memória e diplomacia: o verso e o reverso”, Shanghai, 23 setembro 2010, 4 p. Notas sobre memórias e memorialistas da carreira. Postado no blog Diplomatizzando (link: http://diplomatizzando.blogspot.com/2010/09/memorias-diplomaticas-paulo-r-de.html). Publicado em Boletim Mundorama (n. 37, setembro 2010, 23.09.2010; link: http://mundorama.net/2010/09/23/memoria-e-diplomacia-o-verso-e-o-reverso-por-paulo-roberto-de-almeida/#more-6474). Postado no Facebook (19/08/2017; link: https://www.facebook.com/paulobooks/posts/1627713110625466). Relação de Publicados n. 992.

 

2388. “Os diplomatas e a cultura brasileira”, Antuérpia, 28 abril 2012, 3 p. Comentários sobre as relações entre os diplomatas culturais, ou intelectuais, e o Itamaraty. Postado no blog Diplomatizzando(http://diplomatizzando.blogspot.com/2012/04/diplomacia-e-cultura-uma-relacao-sempre.html).

 

2440. “Memórias de um sociólogo aprendiz: Encontros e desencontros com a Escola Paulista de Sociologia”, Brasília, 30 Outubro 2012, 1 p. Proposta apresentada ao São Paulo Symposium, da Universidade de Chicago (10-11 de maio de 2013), encaminhada aos organizadores (http://spsymposium.blogspot.comspsymposium2013@gmail.com). Não preparado, por não seleção do tema.

 

2594. “Uma vida através dos livros: minhas memórias intelectuais”, Hartford, 24 março 2014, 10 p. Registro parcial dos livros mais importantes publicados no mundo e no Brasil, ao longo de minha vida. Para desenvolvimento futuro com comentários sobre os autores e suas obras, ano a ano.

 

2753. “Minhas memórias intelectuais”, Hartford, 17 janeiro 2015, 2 p. Apenas títulos, conceitos, símbolos de uma vida pensada, atravessa, refletida, produzida, para servir como base de futuras memórias sobre as ideias, e situações, que permearam uma vida de produção intelectual.

 

3003. “Considerações sobre o caráter efêmero das memórias, e das funções públicas (inspiradas em Chateaubriand)”, Brasília, 27 junho, 7 e 20 agosto 2016, 6 p. Notas reflexivas ao assumir funções como diretor do Instituto de Pesquisa de Relações Internacionais, subordinado à Funag. Divulgado no blog Diplomatizzando (03/08/2016, link: http://diplomatizzando.blogspot.com.br/2016/08/nomeacao-para-ipri-in-lieu-of.html); disseminado no Facebook (https://www.facebook.com/paulobooks/posts/1208787035851411).

 

3192. “Diplomatas intelectuais: grandes pensadores públicos do Brasil”, Brasília, 13 novembro 2017, 1 p. Projeto de livro em torno de grandes nomes do serviço exterior brasileiro que foram, mais do que diplomatas, grandes intelectuais públicos. Esquema para ser desenvolvido. Postado no blog Diplomatizzando (http://diplomatizzando.blogspot.com.br/2017/11/o-diplomata-como-intelectual-publico.html). Publicado no Facebook (https://www.facebook.com/paulobooks/posts/1714570781939698).

 

3282. “Diplomatas intelectuais: uma elite do conhecimento no Itamaraty”, Brasília, 5 junho 2018, 2 p. Projeto de nova edição da obra O Itamaraty na Cultura Brasileira (2001); correspondência enviada aos novos colaboradores, com exceção do capítulo sobre Sérgio Corrêa da Costa: Roberto Campos: Paulo Roberto de Almeida; Lauro Escorel: Rogério de Souza Farias; Sergio Corrêa da Costa: Antonio de Moraes Mesplé; Wladimir Murtinho: Rubens Ricupero; Vasco Mariz: Mary Del Priore; e José Osvaldo de Meira Penna: Ricardo Vélez-Rodríguez. Em preparação. 

 

3410. “Trajetórias intelectuais: uma coletânea de escritos”, Brasília, 11 fevereiro 2019, 3 p. Compilação dos escritos a propósito de intelectuais na diplomacia, preparatório a algum trabalho sobre o tema. Postado no blog Diplomatizzando (link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2019/02/intelectuais-e-diplomacia-coletanea.html).

 

3411. “Diplomates brésiliens dans les lettres et les humanités”, Brasília, 19 fevereiro 2019, 8 p. Ensaio sobre os diplomatas escritores no Brasil, para colóquio com professora francesa da Sorbonne, Laurence Badel (badel@univ-paris1.fr). Postado no blog Diplomatizzando (21/02/2019; link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2019/02/diplomates-bresiliens-dans-les-lettres.html); em Academia.edu (link: https://www.academia.edu/s/d1a565519e/diplomates-bresiliens-dans-les-lettres-et-les-humanites-2019); postado novamente no blog Diplomatizzando (29/10/2022; link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2022/10/diplomatas-brasileiros-nas-letras-e-nas.html).

 

3494. “Intelectuais na diplomacia brasileira: uma história em construção”, Brasília, 24 julho 2019, 26 p. Introdução provisória a obra sobre intelectuais na diplomacia brasileira, em revisão para incorporar novos nomes. Encaminhado a Celso Lafer, Rogerio Farias, Marcilio Marques Moreira, Ary Quintella, Rubens Ricupero e outros colaboradores. 

 

3557. Vivendo com Livros: uma loucura gentil, Brasília, 29 dezembro 2019, 265 p. Nova coletânea de artigos a partir do livro editado em Paris, em 1994, com eliminação de diversas resenhas. Publicada em formato Kindle (ASIN: B0838DLFL2). Divulgado no blog Diplomatizzando (link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2019/12/vivendo-com-livros-uma-loucura-gentil.html) e na plataforma Academia.edu (link: https://www.academia.edu/41459430/Vivendo_com_Livros_uma_loucura_gentil_2019_). Relação de Publicados n. 1331.

 

3577. “José Guilherme Merquior: o esgrimista liberal”, Brasília, 7-19 fevereiro 2020, 48 p. Ensaio sobre a produção intelectual de José Guilherme Merquior no campo da sociologia política, para volume coletivo sobre os intelectuais na diplomacia brasileira. Enviado a embaixadores que conheceram e conviveram com Merquior. Complementado pelo trabalho 3579: “Merquior diplomata: o sistema internacional e a Europa ocidental”. In: José Guilherme Merquior, Foucault, ou o niilismo de cátedra (nova edição: São Paulo: É Realizações, 2021, 440 p.; ISBN; 978-65-86217-22-3; tradução de Donaldson M. Garshagen; posfácio; p. 251-320). Relação de Publicados n. 1383.

 

3581. “Intelectuais na diplomacia brasileira”, Brasília, 10 fevereiro 2020, 262 p. Consolidação de livro coletivo, sob a coordenação conjunta com Celso Lafer, e colaborações de Marcílio Marques Moreira (San Tiago Dantas), Ricardo Vélez-Rodríguez (Meira Penna), Rogério de Souza Farias (Lauro Escorel), Antonio Mesplé (Sergio Corrêa da Costa), Mary Del Priore (Vasco Mariz), Rubens Ricupero (Wladimir Murtinho) e eu mesmo, com introdução e dois capítulos (Roberto Campos e José Guilherme Merquior). Encaminhado aos autores, a Celso Lafer e a Gelson Fonseca, para verificar possibilidades de edição. Ainda em revisão de ampliação, para novos capítulos (Afonso Arinos por PRAlmeida), prefácio (Celso Lafer) e nova introdução (PRAlmeida). Em processo de finalização.

 

3585. “Afonso Arinos de Melo Franco e a política externa independente”, Brasília, 16-18 fevereiro 2020, 23 p. Ensaio sobre a vida e a obra intelectual do grande intelectual e político mineiro para integrar o livro Intelectuais na diplomacia brasileira, em fase de finalização com mais um capítulo dedicado a Rui Barbosa.

 

3586. “Os intelectuais da diplomacia brasileira: uma justa homenagem”, Brasília, 20 fevereiro 2020, 9 p. Sugestão de prefácio, como apresentação ao livro Intelectuais na diplomacia brasileira, em fase de elaboração. 

 

3657. “Diplomatas brasileiros nas letras e nas humanidades”, Brasília, 30 abril 2020, 6 p. Ensaio resumido sobre os intelectuais brasileiros que se distinguiram nas letras e nos trabalhos de ciências sociais e humanas. Destinado a volume a ser editado por Gilberto Morbach e Valerio Mazzuoli. Revisto em 5/05/2020, 7 p. Publicado no livro Arte, Cultura, Civilização: ensaios para o nosso tempo (São Paulo: Letramento, 2021, p. 119-126; ISBN: 978-65-8602-587-3). Informado no blog Diplomatizzando (13/12/2020; link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2020/12/arte-cultura-e-civilizacao-ensaios-para.html). Relação de Publicados n. 1474. 

 

3805. “Intelectuais na construção da diplomacia brasileira”, Brasília, 28 novembro 2020, 1 p. Novo esquema do livro sobre os intelectuais na diplomacia, sob minha organização, incluindo quatro contribuições minhas (Rui Barbosa, Afonso Arinos, Roberto Campos, José Guilherme Merquior), em preparação.

 

3913. “De um século a outro: dos livros para o mundo (uma trajetória intelectual)”, Brasília, 14 maio 2021, 4 p. Introdução, ou prefácio, preliminar a livro que pretendo escrever gradualmente enfocando cada novo capítulo como se fosse um ano completo de aprendizado, experiências e leituras ao longo da vida; escrito em algum momento entre 2020 e 2021 no soft Ulysses, e divulgado no blog Diplomatizzando (link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2021/05/uma-vida-atraves-dos-livros-1.html). Inserido na pasta Vivendo Com Livros, de Future Books, sob número 00, para ser refeito, aperfeiçoado e completado quando da preparação do manuscrito definitivo, em algum momento do futuro breve.

 

3914. “Uma Vida Através dos Livros: 1949”, Brasília, 15 maio 2021, 2 p. Primeiro capítulo do projeto de livro, focando, de maneira preliminar sobre o ano de meu nascimento. Divulgado no blog Diplomatizzando (link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2021/05/uma-vida-atraves-dos-livros-1949-paulo.html). Inserido na pasta Vivendo Com Livros, de Future Books, sob número 01, para ser refeito, aperfeiçoado e completado quando da preparação do manuscrito definitivo, em algum momento do futuro breve.

 

3962. “Estadistas e diplomatas na construção do Brasil, do século XIX ao XXI”, Brasília, 19 agosto 2021, 24 slides. Apresentação em PP para palestra no Centro de Estudos Globais da UnB, no dia 13/09, 10:00hs; Relatos breves sobre a vida, o pensamento e a obra de 21 grandes intelectuais e estadistas: 1) Hipólito José da Costa Pereira; 2) José Bonifácio; 3) Francisco Adolfo de Varnhagen; 4) Irineu Evangelista de Souza (Mauá); 5) Tobias Barreto; 6) Joaquim Nabuco; 7) Barão do Rio Branco; 8) Oliveira Lima; 9) Rui Barbosa; 10) Monteiro Lobato; 11) Oswaldo Aranha; 12) Fernando de Azevedo; 13) Roberto Simonsen; 14) Eugênio Gudin; 15) Raymundo Faoro; 16) San Tiago Dantas; 17) Afonso Arinos de Melo Franco; 18) Celso Furtado; 19) Roberto Campos; 20) Gustavo Franco; 21) Rubens Ricupero. Feito com base nos trabalhos 3582, 3616, 3635 e 3644 (2020), apresentados em seminário jurídico especial no Uniceub sobre Pensamento Político Brasileiro. Apresentado em 13/03/2021, 10:00hs (link: https://www.youtube.com/watch?v=YzQla4f5mgw). Relação de Publicados n. 1413.


3987. “Bibliomaníaco: uma vida através dos livros, 1949”, Brasília, 25 setembro 2021, 3 p. Começo de anotações sobre meu itinerário através dos livros. Ver os trabalhos n. 3913 (introdução) e 3914 (já tratando do ano 1949), para eventualmente reunir os textos num projeto de livro. Divulgado no blog Diplomatizzando (link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2021/09/bibliomaniaco-uma-vida-atraves-dos.html). 

 

3988. “Bibliomaníaco: uma vida através dos livros, 1950”, Brasília, 26 setembro 2021, 3 p. Continuidade das minhas notas de leitura sobre os livros que permearam minha vida, ainda que eu não os tenha lido no ano registrado; desta vez: Thor Heyerdahl: Kon-Tiki e Will Durant: História da Civilização; e outros que não li: Octavio Paz: El Labirinto de la Soledad e Isaac Asimov: I RobotDivulgado no blog Diplomatizzando (link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2021/09/bibliomaniaco-uma-vida-atraves-dos_26.html). 


 

Paulo Roberto de Almeida

Brasília, 4258: 29 outubro 2022, 6 p.


 

 

Registro de uma primeira mudança fundamental, vinte anos atrás - Paulo Roberto de Almeida (2002)

Em 2002, contemplando a primeira mudança fundamental na política brasileira, eu redigia estas notas sobre o resultado das eleições que mudariam o Brasil de maneira significativa.

Brasília, 29/10/2022

 Crônica de uma Mudança Fundamental

Memórias para servir a uma nova História do Brasil

 

Paulo Roberto de Almeida

Início: 9 de outubro de 2002

959. “Crônica de uma Mudança Fundamental: Memórias para servir a uma nova História do Brasil”, Washington, 9 out. 2002, 3 p. Introdução ao registro de eventos, fatos e reflexões que pretendo fazer no curso das semanas e meses seguintes, como meio de oferecer testemunho pessoal sobre o processo de mudanças em curso no País a partir da definição de uma nova correlação de forças no sistema político nacional. Seguido por registros esparsos e ocasionais de fontes diversas. Inédito.


 

Introdução:

 

Tenho acompanhado o panorama político e social do Brasil desde os meus doze ou quatorze anos pelo menos, a partir do momento em que primeiro fui apresentado aos problemas políticos e econômicos do mundo contemporâneo, mediante o temor de uma confrontação nuclear a partir da crise dos foguetes em Cuba e, pouco adiante, desde o golpe militar de 1964, que interrompeu um ciclo da vida política brasileira.

Com efeito, à parte as imagens furtivas da era Kubitschek – mais ligadas propriamente à Copa do Mundo de Futebol de 1958 do que ao presidente “bossa nova” – e das eleições presidenciais de 1960 e seu imediato seguimento de episódios burlescos com a figura histriônica de Jânio Quadros, eu não tinha sido até então confrontado a questões reais do “mundo dos adultos”. Essa oportunidade chegou com a ameaça do confronto nuclear do segundo semestre de 1962, que primeiro me levou a interessar-me por problemas das relações internacionais e, oportunamente, pela situação de Cuba e seu estatuto especial no sistema interamericano. Cemecei a partir daí leituras dirigidas nessas questões internacionais, assim como o contato quase diário com os jornais, ou talvez mais corretamente, a leitura semanal do Estadão de domingo, aquele pesado calhamaço de notícias, de ensaios e de comentários que praticamente me formaram intelectualmente, tanto quanto os manuais escolares e os livros acadêmicos. Depois desse primeiro aprendizado prático de crises estratégicas, os meses seguintes foram ocupados pelos episódios agitados da crise política interna culminando no golpe de estado de 1964, que me lançou na atividade política já com um sentido determinado e uma orientação bem precisa quanto às minhas escolhas fundamentais. 

Não pretendo, contudo, retomar neste momento meu próprio itinerário político e ideológico, mas tão somente situar o quadro conceitual e os precedentes intelectuais em função dos quais decidi empreender, agora, o registro de um processo de mudanças – no plano societal brasileiro, no sistema político-partidário do País e na minha própria posição em relação a esses desenvolvimentos maiores – que desde muito antes das eleições de 6 de outubro de 2002 considerei como histórico e paradigmático de uma nova fase sendo inaugurada na vida nacional.

Consciente dessa importância, decidi iniciar um registro pessoal, necessariamente reservado mas não obrigatoriamente confidencial, dos eventos e processos mais importantes que estão enquadrando essa mudança fundamental na história atual do Brasil. Convencido também da utilidade de um registro objetivo e honesto, mas basicamente subjetivo (pois que pessoal e seletivo), das mudanças que possam estar sendo operadas em ambientes não exatamente cobertos pelos cronistas oficiais do Poder ou pelos escrevinhadores da imprensa diária, considerei particularmente interessante que essas memórias fossem sendo acumuladas contemporaneamente aos eventos que pretendo comentar, mais do que descrever, pois que elas devem coincidir com minhas quatro primeiras décadas do que se poderia chamar de “interação social consciente” com o mundo e com a sociedade que me cerca. 

Essa intenção já tinha sido aventada antes de 6 de outubro, e de fato, desde muitos meses, tenho acumulado notas e comentários sobre os aspectos que considerei mais importantes, ou interessantes, desse processo de mudança que sentia emergir como real a partir de pequenas indicações quanto à consistência das “transformações mentais” em curso no movimento que se converteu no centro do novo sistema copernicano da política brasileira. Uma consulta a meus trabalhos escritos – inéditos e publicados – poderia revelar em que sentido iam essas preocupações pessoais com as novas forças da mudança paradigmática: essencialmente no sentido de chamar a atenção para os limites impostos pelo sistema internacional e pelos constrangimentos internos (como pela racionalidade econômica stricto sensu) a essa “vontade de mudança” da nova maioria. 

Operada essa mudança, ou pelo menos tendencialmente, decidi começar este registro episódico, irregular e ocasional, para servir como uma espécie de “crônica dos eventos correntes”, tanto em relação a elementos externos – isto é, aqueles dos quais não sou parte direta, ou sequer interessada – como em face de aspectos internos, aqueles que envolvem minha própria ação ou interação com personagens, fatos ou processos que são consubstanciais a esse processo de mudança.

Não pretendo seguir um método particular e uniforme nestas “memórias”, sequer um padrão constante quanto ao registro desses elementos objetivos e subjetivos, pois como toda e qualquer memória, esta aqui também se faz de elementos diversos: notas pessoais, impressões de momento, “colagens” de documentos externos, compilação de dados ou registro de interações assistidas ou sabidas, enfim, retalhos de uma realidade bem mais complexa do que aquela suscetível de ser aqui captada e “explicada” (o que de toda forma estaria fora do alcance de simples memórias). Um único critério me serve de guia neste registro pessoal dos eventos correntes: a Honestidade Intelectual. Coloquei os conceitos em maiúsculas porque reputo essa dimensão essencial a qualquer testemunho que se pretenda legítimo ou fiel aos dados da história. Pretendo seguir escrupulosamente esse princípio diretor nas linhas e páginas que se vão seguir a partir de agora (pelas semanas e meses adiante, sem limites quanto ao “fechamento”), pois que se trata de postura que reputo como básica para mim mesmo como para qualquer relação que possa manter com colegas e outras pessoas com as quais possa vir a interagir. 

Uma última palavra introdutória a estas crônicas público-pessoais sobre uma mudança ainda em curso: apesar de intelectualmente marxista, pelo menos quanto ao método analítico, sou essencialmente “anarquista” no que se refere à postura em relação a autoridades ou instituições. Isto significa, apenas, que não fui, não sou, nem pretendo ser, filiado, associado, vinculado ou subordinado a qualquer grupo político ou filosófico, a qualquer agrupamento ideológico ou a qualquer entidade que possa representar alguma espécie de cerceamento de meu livre arbítrio intelectual. Ou seja, não tenho por hábito guiar meus escritos, reflexões, intervenções na realidade com base em programas, doutrinas ou posições que não representem meu próprio pensamento sobre a matéria, se possível alcançado mediante pesquisa em reflexão, ou mais frequentemente por meio de leituras e de muita informação (contínua, diversificada, intensa). Se posso resumir a postura, talvez devesse dizer que sou “marxista”, mas não sou “religioso”, isto é, não costumo pautar minhas reflexões e escritos por qualquer tipo de dogma ou verdade revelada. Independência absoluta, portanto, e honestidade intelectual, antes de mais nada.

Nada mais tenho a acrescentar nesta “introdução antecipada” à minha crônica pessoal dos eventos correntes. Chega de considerações abstratas: abro o caminho ao registro de uma mudança histórica recém iniciada.

 

Paulo Roberto de Almeida

Washington, 9 de outubro de 2002


1. Os dados da nova maioria

 

9 de outubro de 2002

 

            Transcrição de alguns parágrafos de trabalho meu, sob a rubrica “Conseqüências econômicas da vitória” (22.09.02), que primeiro antecipou a mudança em curso:

 

“No momento em que escrevo estas linhas, 21-22 de setembro de 2002, antes portanto de qualquer definição eleitoral, parece estar ficando muito claro que o Brasil se prepara para atravessar uma das mais importantes fases de transição política em toda a sua história contemporânea, equivalente, talvez, ao desmantelamento do Estado econômico varguista, supostamente operado durante os oito anos da administração FHC. / De fato, o País passou a viver, a partir do início da campanha eleitoral, em meados de 2002, uma situação de nítida recomposição das forças políticas e da própria estrutura da representação político-eleitoral, resultando no desmantelamento do sistema político varguista instalado a partir de 1945. (…) Cabe enfatizar essa realidade, inédita e surpreendente em toda a história política brasileira: esse partido, seja como referência positiva ou negativa, ocupa uma posição absolutamente central no sistema copernicano da política brasileira, em torno do qual todos os demais atores passam a se posicionar, a favor ou contra (não importa), como se ele fosse o paradigma de fato desse sistema político-partidário. Talvez no cenário pós-eleitoral essa centralidade venha a retroceder, em termos de forças e pesos reais na arena parlamentar, mas do ponto de vista político-ideológico ela parece destinada a perdurar.”

 

Apud: 

947. “Companheiros, muita calma: trata-se agora de não errar!: As conseqüências econômicas da vitória (ou: manual de economia política para momentos de transição)”, Washington, 22 setembro 2002, 11 pp. Ensaio sobre o novo centro político que está se formando no Brasil a partir da transição operada na campanha eleitoral presidencial, com algumas recomendações de política econômica.

 


 

2. Os resultados 

 

            No domingo, 6 de outubro, 94.3 milhões de brasileiros atribuiram a Lula uma clara maioria nas eleições presidenciais, embora não a vitória esperada no primeiro turno. Ele obteve 46.4% dos votos válidos, colocando-o num segundo turo com o segundo mais votado, José Serra (23.2%) no dia 27 de outubro. Garotinho ficou em terceiro com 17.9% desses votos e Ciro Gomes terminou em quarto com apenas 12%. A abstenção foi de 17.8% e os brancos e nulos representaram 10.4% do total.

 

            No plano do Legislativo, a mudança foi também significativa: o PT elegeu 10 novos Senadores e 90 deputados, ficando com a maior bancada, seguido pelo PFL (84), PMDB (74), PSDB (71) e o PPB (49). Em princípio, quando a nova Legislatura se abrir, em feveereiro de 2003, o PT poderá fazer o presidente da Casa, a menos que recomposições nos demais partidos altere a maioria saída das urnas.

 

            A mudança de maioria pode ser evidenciada nestes números: a antiga aliança governamental perdeu 45 Deputados e 7 Senadores, ao paso que a oposição ganhou 42 Deputados e 4 Senadores.

 

            O cientista político David Flesicher, da Universidade de Brasília, elaborou os seguintes quadros para refletir a mudança de maiorias:

 

 

Table 1 - Summary of 6th October Elections for Congress

 

______________________________________________________

 

Presidential                   Federal     Senate                          Chamber  of  Deputies   

Coalition/                    Sept.                Feb.                    Sept.                      Feb.

Party*                          2002     Change   2003                      2002     Change   2003

_______________________________________________

José Serra

   PSDB                      24        -5        19                    94      -23        71

   PMDB                     14        -3        11                    87        -4         74

 

Lula

   PT                           08        +6        14                    58      +32       90

   PCdoB                    00        --         00                    10       +2        12

   PL/PSL                   01        +2       03                    27          0        27     

 

Ciro Gomes

  PPS                          02        -1        01                    12        +3        15

   PDT                        05        -2        03                    16        +5        21

   PTB                         05        -2        03                    33        -7        26

Garotinho

   PSB                         03        +1        04                    16        +7        23

 

Independents#

   PFL                         17        +2        19                    98       -14       84

   PPB                         02        -1        01                    53        -4        49

 

Small Parties

    Left                        00        - -        00                    00        +6        06*

    Right                      00        +1        01@                09        +6        15*

            

TOTAL                      81                    81                   513                  513  

 

______________________________

# - Parties that did not participate in presidential coalitions.

@ - PSD elected one Senator.

*- Small parties in the Chamber elected:

       Left - PV (5) and PMN 1.

       Right - PRONA (6), PSD (4), PST (3), PSC (1) and PSDC (1)

 

 

Table 2 - Possible Support Coalitions for Lula and Serra in Congress in 2003

 

______________________________________________________

 

Presidential                   Federal     Senate                          Chamber  of  Deputies   

Coalition/                    Feb.                                       Feb.

Party*                          2003       Lula     Serra                    2003      Lula       Serra

_______________________________________________________________________

José Serra

   PSDB                      19        08        19                    71        16        71

   PMDB                     11        04        11                    74        44        74

 

Lula

   PT                           14        14        00                    90        90        00

   PCdoB                    00        00        00                    12        12        00

   PL/PSL                   03        03        03                    27        27        18

 

Ciro Gomes

   PPS                         01        01        00                    12        12        00

   PDT                        03        03        00                    21        21        00

   PTB                         03        03        03                    26        26        26

 

Garotinho

   PSB                         04        04        00                    23        23        00

 

Independents#

   PFL                         19        04        19                    84        32        55 

   PPB                         01        01        01                    49        00        49

 

Small Parties

    Left                        00        00        00                    06*      06        00

    Right                      01@    01        01                    15*      00        15

            

TOTAL                      81        48        57                   513     309      308

______________________________

# - Parties that did not participate in presidential coalitions.

@ - PSD elected one Senator.

*- Small parties in the Chamber elected:

       Left - PV (5) and PMN 1.

       Right - PRONA (6), PSD (4), PST (3), PSC (1) and PSDC (1)

         

 

Transcrição: 9/10/2002

 

 

Diplomatas brasileiros nas letras e nas humanidades - Paulo Roberto de Almeida (2019)

 Este trabalho precedeu de pouco minha exoneração do cargo de Diretor do IPRI, no governo dos novos bárbaros...

Paulo Roberto de Almeida


quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019

Diplomates bresiliens dans les lettres et les humanites - Paulo Roberto de Almeida

Um trabalho preparado para um colóquio em Brasília, no mês de março, ainda em revisão.
Coloquei em pdf em Academia.edu (https://www.academia.edu/s/d1a565519e/diplomates-bresiliens-dans-les-lettres-et-les-humanites-2019).


Diplomates brésiliens dans les lettres et les humanités

Paulo Roberto de Almeida
 [Objectif: colloque « Diplomates et écrivains »; finalité: exposé synthétique]


Diplomates écrivains ou écrivains qui sont aussi diplomates ?
Quelle est la différence entre un diplomate écrivain, et un écrivain qui devient diplomate ? Il n’y a pas une réponse univoque à cette question, car l’origine, ou la condition professionnelle ou littéraire, de l’un et de l’autre est dépendante d’une certaine structure sociale, ou institutionnelle, qui préside aux rapports entre les deux conditions. Être écrivain n’est pas, sinon rarement, une profession, du moins pour la plupart, ou la quasi majorité de ceux qui se dédient aux arts de l’écriture. N’est pas Georges Simenon, ou Paulo Coelho, qui veut, mais seulement ceux qui ont accédé à une situation de prestige dans l’exercice de l’écriture permanente, les happy few qui peuvent vivre à l’aide de sa plume (ou machine à écrire et ordinateur) exclusivement.
Dans le cas brésilien, aucun écrivain ne sera invité à s’exercer dans la carrière diplomatique – sinon pour des missions spéciales – parce que cela est impossible dans la législation actuelle du Ministère des Affaires Étrangères, qui réserve l’entrée dans la carrière à ceux qui passent les concours de sélection de l’Institut Rio Branco. Mais, il n’a pas toujours été ainsi : avant l’institutionnalisation du concours, en 1945, on pouvait entrer « par la fenêtre », soit désigné politiquement, par les rapports de famille ou d’amitié. Sous la monarchie (1822-1899) et la « vielle » République, et même jusqu’à la Seconde Guerre, le concours était occasionnel et aléatoire.
On peut, donc, faire cette distinction fonctionnelle : auparavant, il était facile d’être un écrivain diplomate ; par après, le plus souvent est l’existence des diplomates écrivains, mais seulement en tant qu’une sorte de hobby, en marge de l’exercice professionnel dans la carrière. Les gens de lettres de la monarchie ou de la République oligarchique cherchaient dans la carrière cette possibilité de vivre à Paris ou à d’autres places de prestige, rien que pour profiter d’une bonne ambiance de travail, en se frottant à des membres connus de la République des Lettres ; on voulait s’éloigner de la misère brésilienne, du désert culturel d’un pays tropical, peuplé d’ignorants. Actuellement, il faut échapper de la bureaucratie oppressante et se refugier dans l’écriture, à des heures libres, ou essayer de combiner le travail à l’ambassade avec des cours et de recherches menées quasi à la sauvette, pour ceux qui veulent maintenir une carrière académique.

Au début, la construction de la nation : Hipólito da Costa
Le premier brésilien qui s’est adonné à l’écriture, tout en étant proche de la vie diplomatique, même s’il n’a jamais exercé des fonctions officielles dans la diplomatie portugaise ou brésilienne, a été Hipólito José da Costa, sujet Portugais, né dans la colonie de Sacramento (Uruguay) au dernier tiers du XVIIIe siècle, élevé et éduqué dans les premières lettres à Rio Grande, au sud du Brésil, entré en université à Coimbra, Portugal, plus tard persécuté par l’Inquisition portugaise par son adhésion à la maçonnerie, et refugié en Angleterre vers 1805, où il a créé et maintenu pendant 14 ans le premier journal brésilien indépendant, le Correio Braziliense, une entreprise d’écriture exceptionnelle, de prises de position en faveur du Brésil avant l’indépendance en 1822. Même s’il a n’a jamais retourné au Brésil après son départ très jeune au Portugal, et d’être mort en Angleterre un an après la proclamation de l’indépendance, il peut être considéré le premier homme d’État du Brésil, étant donné son rôle magistral dans la construction intellectuelle de la nouvelle nation, de par son travail infatigable de chroniqueur des événements courants en Europe et dans la péninsule ibérique, et par rapport aux indépendances latino-américaines.
Les pages de son Courrier Brésilien, qu’il appelait « Armazém Literário », soit, une « épicerie littéraire », sont remplies à chaque édition de rapports, des dépêches et des commentaires sur toutes les régions de la planète, tant sur le cours des affaires politiques, les guerres d’indépendance, que sur la production littéraire justement, souvent des livres d’histoire ou d’économie, parmi lesquels Adam Smith, Sismondi et d’autres. Il peut être aussi considéré le premier américaniste brésilien, une espèce de Tocqueville avant la lettre, car ayant accompli, aux dernières années du XVIIIe siècle (1798-99), un voyage de recherches scientifiques et économiques aux Etats-Unis, au service du plus puissant ministre de la cour portugaise à cette époque, le Comte de Linhares, D. Rodrigo de Souza Coutinho, qui lui avait demandé d’enquêter sur les progrès techniques, agricoles et manufacturiers de la toute nouvelle République américaine. Son voyage d’inspection, presque d’espionnage économique aux Etats-Unis, a fait l’objet d’un rapport officiel, rendu à son ministre, et d’un cahier de mémoires qui n’a été découvert qu’en 1955 et publié par l’Académie Brésilienne de Lettres, plusieurs fois édité depuis lors.
Cet esprit illuministe, libéral et libertaire, maçon, peut être, en effet, considéré comme le premier homme d’État brésilien, car c’est lui qui, au moyen de l’écriture de son Courrier Brésilien, a vraiment conçu comment le Brésil devait se placer au centre d’un vaste Empire portugais éparpille dans quatre continents, et n’ont pas se décider pour la séparation. À la fin de sa vie, ayant déjà adhéré au Brésil indépendant, il a été nommé par le « père fondateur » du nouveau gouvernement, et premier ministre des affaires étrangères, José Bonifácio, Consul en Grande-Bretagne, bien qu’il n’ait pu jamais exercé cette fonction, étant décédé en Septembre 1823.
Il est important d’enregistrer qu’au moment des grandes commotions soulevées par la révolution libérale de Porto, en 1820, qui a résulté dans l’abolition de l’absolutisme et l’instauration d’une monarchie constitutionnelle au Portugal, Hipólito était contraire à la séparation des deux États, préférant le maintien de l’unité politique entre eux, mais avec la prééminence du Brésil, depuis bien avant devenu la principale base économique du vaste empire portugais d’outre mer, avec ses richesses de mines, du sucre, du coton, et d’un produit qui allait devenir le symbole du pays dans les deux siècles suivants, le café. Mais, ayant suivi les tractations de l’Assemblée Constituante à Lisbonne, pour discuter de la nouvelle situation crée par le retour du roi du Brésil, il a conclut que les représentants portugais voulaient tout simplement faire le Brésil retourner à sa condition coloniale, et prend donc fait et cause pour l’indépendance, en suivant dans cela son grand ami et fondateur du nouvel État, José Bonifácio de Andrada e Silva, devenu l’homme clé du premier gouvernement de Pedro, fils de D. João VI.
Dans cette condition de Consul désigné, mais de probable premier représentant diplomatique du Brésil auprès de la plus grande puissance politique, économique et militaire à cette époque, la Grande Bretagne, la pensée et l’œuvre d’Hipólito da Costa auraient pu donner le départ à la collection de grands noms de la diplomatie brésilienne qui se sont aussi exercé dans l’écriture, O Itamaraty na Cultura Brasileira. Conçue en 2001 par un véritable homme de lettres, l’ambassadeur Alberto da Costa e Silva, cet ouvrage a été composé par un autre homme de lettres, le ministre des affaires étrangères Celso Lafer. Une nouvelle édition est en train d’être préparée, avec l’addition de six nouveaux noms de diplomates écrivains décédés depuis la première édition.

L’historien diplomate, au service de l’État : Varnhagen
Cette très belle entreprise de synthèse monographique des grands diplomates brésiliens qui se sont excellés dans les lettres, les humanités, l’économie, commence en fait par notre premier historien, d’ailleurs le patron de l’historiographie brésilienne, Francisco Adolfo de Varnhagen, fils d’un ingénieur militaire allemand venu au Brésil pour installer les premières forges du pays et reparti au Portugal au moment de départ du roi. Le jeune Varnhagen fait toutes ses études à l’ancienne métropole, devenant, comme son père, ingénieur militaire, mais depuis très jeune dédié aux recherches historiques dans les archives coloniales portugaises. C’est lui qui a établi, d’après plusieurs manuscrits consultés, la rédaction des premiers documents sur la nouvelle terre découverte et occupée par les Portugais ; c’est aussi lui qui a redécouvert la tombe du « découvreur » du Brésil, Pedro Alvares Cabral, dans une petite église à l’intérieur.
C’est Varnhagen qui donne le départ à une histoire alignée au pouvoir monarchique, totalement légitimiste, offrant la version officielle, la raison d’État, aux révoltes régionales, souvent fédéralistes et contre le régime unitaire, mais que suit dans tout son parcours coloniale la lente conformation de l’unité territoriale d’un pays qui, avant de se convertir en nation indépendante, a vu grandir son territoire original, limité à la côte atlantique au début, mais qui est devenu presque la moitié de toute l’Amérique du Sud. À l’origine, le Brésil ne devrait même pas être Portugais, car la première division du monde, faite par le pape Alejandro Borgia, la bulle Inter Coetera, de 1493, fixait la ligne de partage entre les empires portugais et espagnols au milieu de l’Atlantique. Le roi portugais, certain de l’existence de terres plus loin à l’Ouest, a menacé son voisin espagnol d’un guerre, ce qui les a menés à signer le Traité de Tordesillas (1494), qui peut être considéré le premier traité bilatéral de division du monde, une espèce de Yalta à l’aube du monde moderne, et qui a survécu pendant deux siècles et demi, jusqu’à la négociation d’un nouvel traité, celui de Madrid, de 1750, en étendant les terres portugaises jusqu’en Amazonie, à peu près dans les dimensions du Brésil actuel ; c’est l’œuvre d’un diplomate portugais, mais né au Brésil, Alexandre de Gusmão, au service du roi D. João V. Mais c’est à propos du Traité de Tordesillas que le roi français François 1er a dit qu’il « voudrais bien voir la clause du testament d'Adam qui m'exclut du partage du monde ».
Francisco Varnhagen a écrit toute cette histoire jusqu’à l’indépendance, et même après, toujours défendant la couronne des Braganças contre les révoltes provinciales qui cherchaient à avoir plus des droits dans un système fortement centralisé. Sa collection monumentale en cinq volumes de l’Histoire Générale du Brésil est resté pendant plusieurs générations la référence primordiale de l’historiographie brésilienne, mais il ne faut pas oublier non plus son Mémorial Organique, de 1849, qui a établit le premier planning stratégique pour la construction de la nation, toujours inachevée, deux cents ans après l’indépendance. L’historien qui a le plus écrit sur lui et son œuvre, Arno Wehling, président de l’Institut Historique et Géographique Brésilien (IHGB), remarque que Varnhagen est entré en diplomatie « à partir de ses titres intellectuels, en tant que jeune chercheur déjà bien accompli dans le domaine de l’historiographie, avec la mission expresse de mener des investigations présentant un intérêt pour le pays. Il ne s’agissait pas d’un diplomate avec des intérêts d’historien, mais d’un historien qui devrait, dans son activité diplomatique [à partir de 1842], s’occuper de la recherche historique ». (Arno Wehling, « Varnhagen, história e diplomacia », revue 200, n. 1, 2018, pp. 17-39, cf. p. 19.)

Les écrivains diplomates brésiliens : la vie en douceur dans la diplomatie
Il y a ensuite, dans ce grand livre O Itamaraty na Cultura Brasileira, tout une succession de diplomates écrivains, qui sont en fait des écrivains diplomates, des hommes de lettres qui sont entrés en diplomatie, pendant un siècle a partir de la deuxième moitié du XIXe siècle, précisément pour écrire, pas nécessairement pour faire de la diplomatie. Ce sont des litterati, des dandy capables d’écrire des verses en Français, mais pas de trouver des solutions aux problèmes les plus pressants du pays : l’esclavage, un Loi de Terres qui empêche l’accès aux immigrants, l’option républicaine supposément égalitaire plutôt que l’aristocratisme de la monarchie, la défense des intérêts nationaux en face de l’agressivité des impérialismes, la promotion de l’éducation de masse. Certains s’en inquiètent, comme Joaquim Nabuco, lui même un aristocrate du sucre du Nord-Est, monarchiste entré au service de la République par goût de l’histoire et de la poésie, devenu le premier Ambassadeur du Brésil aux Etats-Unis, au moment où la grande aigle du Nord projette son œil sur l’Amérique centrale et les Caraïbes. L’essai sur Joaquim Nabuco est d’ailleurs écrit par un autre diplomate, Evaldo Cabral de Mello, lui-même originaire du même état que Nabuco, le Pernambouc sucrier, et probablement le plus grand historien brésilien à l’actualité.
D’autres, comme Oliveira Lima, historien entré en diplomatie lors de l’avènement de la République, mais qui est devenu monarchiste après bien des déceptions avec le nouveau régime. Il avait aussi ce besoin pressant de continuer des activités littéraires et de recherche dans des archives, pour poursuivre une carrière en douceur, aux grands postes de l’Europe impérialiste. Que la carrière diplomatique flatte son amour propre, qu’elle soit un actif de prestige social et un atout pour des promotions et accès à des postes plus convenables, ce sont là des compensations additionnelles qui ne sauraient entamer les buts originaux. Il y a là toute une accumulation de prestige e de reconnaissance sociale qui se situe à la même dimension des efforts déployés dans les activités littéraires et académiques exercées en parallèle. Son essai biographique a été fait par un grand historien brésilien, Carlos Guilherme Mota, qui n’a cependant pas aucun rapport la diplomatie ou la politique étrangère du Brésil.
D’une manière générale, les écrivains diplomates ne sont pas très friands des marchés – c’est-à-dire, les activités de promotion commerciale seulement dignes des boutiquiers et des épiciers – préférant l’ombre paisible des gouvernements, et les écrits sur la High Politics, plutôt que les contacts avec les importateurs de café. Mais, les diplomates écrivains, qui sont ceux appartenant déjà à la République, ayant entré en carrière pendant ou après la Seconde Guerre, ne se sont pas, pour autant, dédiés aux sujets d’histoire diplomatique ou à des questions politiques et sociales, comme Oliveira Lima et Joaquim Nabuco. Ils ont, pour la plupart, pris le choix de la littérature en tant que telle, avec très peu d’exceptions. Le plus grand d’entre eux, par exemple, Guimarães Rosa, est le constructeur d’un langage unique dans la littérature et même dans la terminologie régionale et la lexicographie du Portugais brésilien, puisant son vocable dans le parler spécial des éleveurs et trappeurs de l’intérieur de Minas Gerais, son état d’origine, appartenant encore à ce vaste heartland rustique des hauts plateaux du Brésil. Son essai a été préparé par un diplomate écrivain, Felipe Fortuna, qui s’est dédié à la poésie et aux essais, probable futur membre de l’Académie Brésilienne des Lettres. Beaucoup d’autres son restés effectivement des hommes de lettres, et très rarement des bureaucrates ayant laissé une forte empreinte dans la diplomatie officielle.
L’un de ces diplomates écrivains était déjà un poète reconnu avant d’entrer dans la carrière, Vinicius de Moraes, devenu l’un des plus importants compositeurs de la musique populaire, mis à la retraite par le gouvernement militaire, et le seul parmi les « sujets » littéraires qui sont contemplés dans ce beau livre à mériter deux chapitres, l’un en tant que poète, l’autre en tant que poète et compositeur populaire. Moraes a été, entre autres, l’auteur du script poétique du fameux film de Marcel Camus, Orphée Noir. Lui, comme tant d’autres, a contribué beaucoup plus à la culture brésilienne en tant que poète e compositeur, qu’en tant qu’un scribouillard des sujets arides et bureaucratiques de la diplomatie officielle. Chroniqueurs, romanciers, poètes ou prosateurs s’exerçant dans la diplomatie peuvent, ou non, avoir laissé dans les archives dormants du ministère des affaires étrangères des très beaux offices, rédigés dans un Portugais excellent, mais qui ont été destinés, pour la plupart, à la critique rongeuse des souris ou tout simplement à poussière des étagères, plutôt qu’au souvenir des collègues ou aux rapports annuels au président ou au Parlement. Ils se sont distingués dans la société, au Brésil ou ailleurs, en tant qu’intellectuels de renom, pas en tant que bureaucrates de la diplomatie ; ils ont fait beaucoup plus pour l’essor de la culture brésilienne dans les recoins silencieux de leurs bibliothèques personnelles que dans les cabinets austères du ministère ou dans les salons feutrés des négociations diplomatiques.

Pas seulement la République des Lettres : des essais économiques et sociaux
Peux d’entre les diplomates qui se sont distingués dans la République des Lettres, retenus dans ce beau volume sur la culture brésilienne – au sens raffiné de ce mot –, l’ont été par leurs contributions aux sciences sociales, au sens large du mot. Une bonne partie a préféré se cantonner dans la littérature, et deux ou trois dans l’histoire du Brésil, éventuellement dans le contexte international. L’un d’entre eux a commencé une carrière politique et de publiciste en luttant contre l’esclavage : Joaquim Nabuco ; un autre s’est distingué dans la musique – Brazílio Itiberê da Cunha –, mais a laissé un précoce appel, au début du XXe siècle, en faveur l’éducation commerciale au Brésil, en vue d’intégrer le Brésil aux courants de la modernité économique de la belle époque ; un ancien poète frustré, Gilberto Amado, converti en consultant juridique du Service Extérieur est devenu pendant longtemps le représentant brésilien au Comité de Droit International, bien que son choix pour le volume a été dû à son travail de mémorialiste.
Cependant, le tout dernier inclus dans l’ouvrage, José Guilherme Merquior, mort prématurément à 49 ans en 2001, mériterait un hommage spécial, en complément au témoignage très émouvant de son ancien éditeur, José Mario Pereira, qui retrace dans le volume l’itinéraire d’un des plus grands intellectuels brésilien. Merquior, commencé son parcours intellectuel par la critique littéraire et, élu très jeune à l’ABL, a refait sa pensée politique, économique et sociale en contact avec de grands penseurs brésiliens, des diplomates éclairés (en contraste avec les bureaucrates, car il y en a), mais aussi en faisant des études spécialisées à Paris et à Londres (LSE, avec Ernest Gellner, parmi d’autres). À Londres il a travaillé en compagnie de l’ambassadeur Roberto Campos, lui même un des grands hommes d’Etat pendant toute la seconde moitié du XXe siècle au Brésil. Ayant assisté aux conférences de Bretton Woods (1944) et de la Havane (1947-48), qui ont inauguré l’ordre économique contemporain, Campos a été l’un des plus importants technocrates avant et durant le régime militaire, auquel il a servi en tant que ministre du Plan et réformateur de toute la politique économique, préparant le Brésil pour les années de « miracle » de croissance à fin des années 1960 et début des 70. Par après, reprenant son esprit libéral, il est devenu un critique acéré de l’interventionnisme et un ennemi enragé du poids de l’État dans l’économie et même dans la vie privée des citoyens.
Roberto Campos a été l’objet de deux récents livres au Brésil, l’un sur tout son itinéraire intellectuel, O Homem que Pensou o Brasil (2017), l’autre en tant que pourfendeur de la Constitution de 1988 : A Constituição Contra o Brasil (2018). Il va recevoir un chapitre à la troisième édition de l’ouvrage de 2001, O Itamaraty na Cultura Brasileira, en compagnie d’autres notables diplomates écrivains. Merquior, de par son importance dans la critique littéraire, mais aussi de par ses livres et essais sur les questions politiques et sociales au Brésil, sur une approche libérale progressiste, mérite lui aussi un hommage intelligent des nouveaux représentants de la théorie sociale, moins imprégnés du marxisme culturel des dernières décennies, et plus connectés aux courants libéraux qui commencent à se renforcer au pays.
D’ailleurs les nouvelles additions à cette troisième édition sur les diplomates intellectuels sont beaucoup plus axées sur les humanités et les sciences sociales appliquées, que sur les belles lettres comme auparavant. À côté de Roberto Campos, il y aura un spécialiste en Machiavel – Lauro Escorel, aussi un brillant critique littéraire –, un musicologue et historien – Vasco Mariz –, un historien et linguiste – Sergio Corrêa da Costa –, un promoteur des arts et de la culture, responsable pour le transfert des Affaires Etrangères à Brasília et la très belle décoration du Palais Itamaraty à la nouvelle capitale – Wladimir Murtinho –, finalement, un penseur conservateur, qui était aussi un fin sociologue des idiosyncrasies brésiliennes : Meira Penna. Restant peu d’années jusqu’aux commémorations des deux premiers siècles de l’indépendance du Brésil, en 2022, et tenant compte que la diplomatie a vraiment participé, intensément, à la construction de la nation – tel est l’argument principal de l’ouvrage déjà classique de l’ambassadeur Rubens Ricupero, A Diplomacia na Construção do Brasil, 1750-2016 (2017) –, il serait très bienvenu qu’à cette date on puisse compter avec un livre en hommage aussi bien aux écrivains diplomates qu’aux diplomates écrivains au long de ces deux derniers siècles.

Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 19/02/2019
[Première version ; en révision]