O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;

Meu Twitter: https://twitter.com/PauloAlmeida53

Facebook: https://www.facebook.com/paulobooks

Mostrando postagens com marcador nazismo. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador nazismo. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 27 de maio de 2014

Historia sombria: Artistas e intelectuais franceses sob o domínio nazista

Enviado de Paris por meu amigo Mauricio David (26/05/2014):

Artistas e intelectuais franceses sob o domínio nazista
Carlos Russo Jr
Espaço Literário Marcel Proust, 22/05/2014

22 maio 2014por Carlos Russo JrPublicado em:ensaio3 comentários Description: http://proust.net.br/blog/wp-content/themes/inki_v.2.1/images/comments-icon.png

Ao contrário do que se possa pensar, para a maioria dos burgueses parisienses, a ocupação nazista que durou quatro anos (1940 /1944) não foi tão má quanto poderia parecer, afirma Gerassi, o biógrafo mais importante de Sartre.
O metrô funcionava bem, os teatros faziam sucesso, os bares e os restaurantes viviam cheios. É bem verdade que o café não era mais o mesmo, que a bebida tinha uma qualidade discutível, que a suástica drapejava sobre as Tulherias, sobre a Câmara dos Deputados e sobre o Palácio de Luxemburgo. Também é verdade que a tropa alemã descia diariamente os Champs-Élysées, sempre ao meio-dia e meia, marchando a passo de ganso; que a Torre Eiffel amanhecera, num dia de verão de 1940, adornada com um V gigantesco, acompanhado por um cartaz que dizia: “Deutschland siegt auf Allen Fronten”, ou “A Alemanha vence em todas as frentes”.
Ainda assim, os burgueses comiam muito bem, graças tanto às ligações mantidas ente a cidade e o campo, quanto ao mercado negro, tolerado e mancomunado com a autoridade de ocupação.
Em Paris, a “Festa Continuou”, diz Riding, em referência ao círculo intelectual e artístico daquela cidade então considerada, até pelos ocupantes nazistas, a capital cultural do mundo. A rigor, não houve nada no mundo do entretenimento e das artes de Paris que tenha sofrido durante a ocupação; a festa simplesmente seguira adiante. Os cinemas, por exemplo, viviam cheios, pese o banimento das películas norte-americanas e do jazz, porque, de acordo com um jornal colaboracionista, tinham um sabor “negro-judeu”.
E os comportamentos individuais? Num país onde os intelectuais e artistas eram reverenciados como “entes superiores”, e no qual a população era educada para reverenciar suas teorias e atitudes, o mundo cultural teve maiores responsabilidades pelo colaboracionismo com o nazismo, graças a essa influência.
Alguns cantores como Maurice Chevalier e Édith Piaf colaboraram com os invasores, realizando tournées musicais nos campos de prisioneiros de guerra franceses, como propagandistas do “bom tratamento” dado a eles pelos nazistas. Escritores como Célinecolaboraram ativamente na França e na Itália fascista. As atrizesDanielle Darrieux e Viviane Romance esqueciam as barbáries praticadas pelos nazistas enquanto, enquanto realizavam turismo através da pátria do nacional- socialismo hitlerista.
Coco Chanel vivia em sua suíte no Ritz com um alto oficial alemão. Le Corbusier, canonizado em vida como modernista por arquitetos do mundo inteiro no pós-guerra, inclusive no Brasil, grudou nas autoridades de ocupação em busca de verbas para seus projetos; afirmou, tentando agradar ao governo de ocupação, que “a sede dos judeus por dinheiro havia corrompido o país”.
O esperto André Gide disse: “Prefiro não escrever nada hoje, que possa me deixar arrependido amanhã”, o autor que ganharia o Nobel em 1947. Outros artistas adotaram atitudes semelhantes, calaram-se e procuraram pouco aparecer. Picasso optou por permanecer em Paris durante a ocupação, vendendo discretamente seus quadros, e recusou-se, por covardia, a assinar uma petição pela liberdade de um amigo, o poeta Max Jacob, preso pela Gestapo – documento que até mesmo colaboracionistas assinaram. Jacob morreu no infame campo de concentração de Drancy.
O editor Bernard Grasset, o primeiro a editar Proust em 1913, chegou quase a implorar a Joseph Goebbels o direito de publicar na França a “obra magistral” do sumo sacerdote da propaganda nazista.
Sacha Guitry, ator e cineasta de renome no pós-guerra, tornou-se íntimo do embaixador do III Reich, Otto Abetz; Tino Rossi, um dos melhores tenores de sua época, interpretou na Ópera de Paris para a alta oficialidade das tropas de ocupação.
Os escritores Drieu de La Rochelle e Robert Brasillack viajaram a Nuremberg para aplaudirem Goebbels. Os artistas plásticos Derain,Vlaminck e Maillot cruzaram o Reno para receberem medalhas por seus trabalhos, outorgadas pelos invasores da França.
A censura era feroz. Em 1941, nada menos que duas mil obras e mais de oitocentos e cincoenta escritores haviam sido banidos e todos os editores, com exceção de Emile-Paul, o aprovaram. O Presidente da Associação dos Editores Franceses, René Philippon disse “que essas disposições (listas de proibições), não criam grande problema para a atividade editorial, pelo contrário, possibilitam o desenvolvimento do pensamento autenticamente francês… e estimulam a união dos povos.”
Gallimard, o editor de Sartre, nomeou Drieu de La Rocheleeditor da prestigiada revista Nouvelle Revue Française, a qual editou traduções de escritores nazistas. É verdade que se livrou de editar Les Décombres, um lixo literário de exaltação aos “heróis do nazismo”, escrito por Lucien Rabanet, que terminou publicada por Denoel.

É bem verdade que muitos intelectuais e artistas recusaram-se a trabalhar na França ocupada. Foi o caso do indignado Jean Renoir, diretor de obras-primas como “A Regra do Jogo”, que preferiu se refugiar nos Estados Unidos a filmar na França, no que foi seguido pelos seus colegas René ClairMax Ophalus e Duvivier, assim como pelos atores Michele MorganAumont e Dalio.
Uns poucos, bem poucos, como o ator Jean Gabin e o escritorAlbert Camus, incorporaram-se aos maquis, e colaboraram na resistência armada. Do mesmo modo que Jean Guehenno e Jean Brullerpassaram a escrever na clandestinidade fundando as clandestinasEditions de Minuit. Disse o filósofo Politzer, amigo de Sartre, em 1941:“Hoje, na França, literatura legal significa literatura de traição.”
No entanto, a grande maioria dos artistas e dos intelectuais, como o fez quase toda a burguesia francesa, simplesmente continuou sua vida normal, tentando ganhar o pão de cada dia, como se os alemães não existissem, e assim o fizeram escritores como Simenon, Paulhan e Aragon.
A divisão clássica sobre a conduta dos franceses durante os anos da ocupação, entre heroísmo e covardia, que permanece em vigor até hoje em romances e filmes, a começar pelo inevitável “Casablanca” é pura ficção. De um lado estariam os cidadãos decentes e patriotas, que optaram pela Resistência e vão combater o invasor na clandestinidade; no outro ficariam os colaboradores ou traidores, que continuam levando sua vida de sempre, convivendo em paz com o ocupante e ajudando-o a governar. Riding, entretanto, assim como Gerassi, recusam-se a aceitar essa divisão. Seus livros revisitam a vida real da gente real na Paris ocupada – e aí entramos numa zona de sombra onde é inútil procurar respostas em preto e branco.
Depois da guerra, Sartre tentaria explicar: “Durante quatro anos, nosso futuro nos foi roubado”. “Todos os nossos atos eram provisórios, seu significado limitado ao dia em que eram cometidos”. É verdade que havia uma Resistência, mas ela “afetava muito pouco a História, tinha mais um valor simbólico; é por isso que tantos resistentes entravam em desespero: sempre os símbolos! Uma rebelião simbólica numa cidade simbólica- só que as torturas eram reais”. E ainda: “O que era terrível não era sofrer e morrer, mas sofrer e morrer em vão… durante esse período, pouca gente se comportou na França com coragem e precisamos compreender que a Resistência ativa estava limitada a uma minoria que se oferecia deliberadamente e sem esperanças ao martírio, o que basta para resgatar nossas fraquezas.”
NUNCA BASTOU!

Fontes:
1. Gerassi, John. Talking with Sartre: Conversatios and debates.
2. Gerassi John. Sartre a consciência odiada de seu tempo.
3. Riding, Alain. Em Paris a Festa Continuou. Companhia das Letras, 2012.
4. Sartre, J.P. O que é um colaborador?



Leia o ensaio na íntegra no http://proust.net.br/blog/?p=469

terça-feira, 20 de maio de 2014

O Cespe da UnB tem professores idiotas, ignorantes, estupidos, ou tudo isso junto? Hitler, um liberal economico...

Corrijo desde já o título desta postagem de Rodrigo Constantino: o CESPE da UnB não tem nada a ver com o Governo do Distrito Federal. Se trata de uma fundação da UnB especificamente dedicada a realizar concursos, para vários demandantes, privados e públicos, inclusive, e principalmente, para o governo federal, e para o governo do GDF. Mas seus funcionários, e os professores que elaboram e corrigem as questões são geralmente funcionários da UnB, não do GDF.
Em geral, professores universitários revelam um conhecimento do mundo superior à média universitária, que anda baixando perigosamente, sempre escorregando no precipício da ignorância e da estupidez ideológica, sobretudo nestes tempos companheiros, quando o alinhamento com o que há de mais anacrônico e atrasado supera o conhecimento técnico e o simples bom-senso. Professores que fazem as perguntas dos concursos, e que corrigem as provas deveriam, então, ser um pouco melhores do que os outros, porque supostamente estudarão aquela área de conhecimento, mas como vemos pelo exemplo abaixo, nem sempre é o caso.
Neste caso, então, a estupidez é flagrante, e deve revelar apenas ignorância. Pelo menos espero.
Seria terrível imaginar que a desonestidade subintelequitual, e a má-fé se unissem para tentar aproximar Hitler do liberalismo econômico. Que tal um Hitler neoliberal avant la lettre?
Seria perfeito para a campanha dos companheiros totalitários contra os neoliberais tucanos não e mesmo?
Paulo Roberto de Almeida

Rodrigo Constantino, 
20/05/2014
 às 21:06

Hitler, um liberal? Para o governo do Distrito Federal sim!

Um leitor me manda uma prova da CespeUnB para um concurso recente, organizado pela Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação do Governo do Distrito Federal. O aluno deve marcar C (certo) ou E (errado). Na questão 23, temos:
Adolf Hitler presidiu a Alemanha entre 1933 e 1945, tendo
implantado nesse tempo o Nacional Socialismo, também
conhecido como nazismo, movimento político e ideológico
baseado no nacionalismo, no racismo, no totalitarismo, no
anti-comunismo e no liberalismo econômico e político.
E eis o gabarito: C. Isso mesmo: certo! Hitler, líder do Nacional Socialismo, organizou um movimento nacionalista (ok), racista (ok), totalitário (ok), anti-comunista (ok, irmãos brigam entre si pelo poder) e LIBERAL!!! Não socialista, mas liberal! Pode isso, Arnaldo?
Já escrevi alguns textos mostrando como o nazismo era semelhante ao socialismo em inúmeros aspectos. Os 25 itens elaborados pelo Partido dos Trabalhadores Nacional-Socialista seriam endossados por diversos membros da esquerda, jamais por liberais. Eram coletivistas, repudiavam o capitalismo liberal (tanto que usavam os judeus, ícones deste capitalismo, como bodes expiatórios para todos os males do país), e depositavam no estado a solução para tudo. Liberal? Vejam alguns exemplos:
7. Nós exigimos que o Estado especialmente se encarregará de garantir que todos os cidadãos tenham a possibilidade de viver decentemente e recebam um sustento. 
10. O primeiro dever de todo cidadão deve ser trabalhar mental ou fisicamente. Nenhum indivíduo fará qualquer trabalho que atente contra o interesse da comunidade para o benefício de todos.
11. Que toda renda não merecida, e toda renda que não venha de trabalho, seja abolida.
13. Nós exigimos a nacionalização de todos os grupos investidores.
14. Nós exigimos participação dos lucros em grandes indústrias.
15. Nós exigimos um aumento generoso em pensões para idade avançada.
16. Nós exigimos a criação e manutenção de uma classe média sadia, a imediata socialização de grandes depósitos que serão vendidos a baixo custo para pequenos varejistas, e a consideração mais forte deve ser dada para assegurar que pequenos vendedores entreguem os suprimentos necessários aos Estaso, às províncias e municipalidades.
17. Nós exigimos uma reforma agrária de acordo com nossas necessidades nacionais, e a oficialização de uma lei para expropriar os proprietários sem compensação de quaisquer terras necessárias para propósito comum. A abolição de arrendamentos de terra, e a proibição de toda especulação na terra.
25. A fim de executar este programa, nós exigimos: a criação de uma autoridade central forte no Estado, a autoridade incondicional pelo parlamento político central de todo o Estado e todas as suas organizações.
Parecem bandeiras liberais? Ou socialistas? Segue um desses meus textos antigos. É realmente vergonhoso e revoltante que uma prova de um concurso público afirme que Hitler era representante do liberalismo econômico e político. Um ultraje! Um acinte! Mas sabemos como essa turma joga baixo e apela para a doutrinação ideológica. Não é de hoje. Só que agora há resistência mais atenta e organizada. Não passarão!
Socialismo e nazismo
“Que significa ainda a propriedade e que significam as rendas? Para que precisamos nós socializar os bancos e as fábricas? Nós socializamos os homens.” (Adolf Hitler, citado por Hermann Rauschning, Hitler m´a dit, Coopération, Paris 1939, pg 218-219)
Ensinada desde os tempos de Lênin, muitos socialistas usam a tática de acusar os opositores daquilo que eles mesmos são ou fazem. Tudo que for contrário ao socialismo, vira assim “nazismo”, ainda que o nacional-socialismo tenha inúmeras semelhanças com o próprio socialismo.
Tanto o nazismo como o marxismo compartilharam o desejo de remodelar a humanidade. Marx defendia a “alteração dos homens em grande escala” como necessária. Hitler pregou “a vontade de recriar a humanidade”. Qualquer pesquisa séria irá concluir que nazistas e socialistas não eram, na prática e no ideal coletivista, tão diferentes assim. 
Não obstante, para os socialistas, aquele que não for socialista é automaticamente um “nazista”, como se ambos fossem grandes opostos. Assim, os liberais, que sempre condenaram tanto uma forma de coletivismo como a outra, e foram alvos de perseguição dos dois regimes, acabam sendo rotulados de “nazistas” pelos socialistas, incapazes de argumentar além dos tolos rótulos de “extrema-esquerda” e “extrema-direita”.
Tal postura insensata coloca, na cabeça dos socialistas, uma “direitista” como Margaret Thatcher mais próxima ideologicamente de um Hitler que este de Stalin, ainda que Thatcher tenha lutado para defender as liberdades individuais e reduzir o poder do Estado, enquanto Hitler e Stalin foram na linha oposta.
O fim da propriedade privada de facto foi um objetivo perseguido tanto pelo nazismo como pelo socialismo, que depositaram no Estado o poder total. O Liberalismo, em sua defesa pela liberdade individual cujo pilar básico é o direito de propriedade privada, é radicalmente oposto tanto ao nazismo como ao socialismo, que em muitos aspectos parecem irmãos de sangue.
A conexão ideológica entre socialismo marxista e nacional-socialismo não é fruto de fantasia, e Hitler mesmo leu Marx atentamente quando vivia em Munique, tendo enaltecido depois sua influência no nazismo. Para os nazistas, os grupos eram as raças; para os marxistas, eram as classes. Para os nazistas, o conflito era o darwinismo social; para os marxistas, a luta de classes. Para os nazistas, os vitoriosos predestinados eram os arianos; para os marxistas, o proletariado.
Além da justificativa direta para o conflito, a ideologia de luta entre grupos desencadeia uma tendência perversa a dividir as pessoas em parte do grupo e excluídos, tratando estes como menos que humanos. O extermínio dessa “escória” passa a ser desejável seja para o paraíso dos proletários ou da “raça” superior. Os individualistas, entrave para ambas ideologias coletivistas, acabam num campo de concentração de Auchwitz ou num Gulag da Sibéria, fazendo pouca diferença na prática.
A acusação de que a Alemanha nazista era uma forma de capitalismo não se sustenta com um mínimo de reflexão. O “argumento” usado para tal acusação é de que os meios de produção estavam em mãos privadas na Alemanha. Mas como Mises demonstrou, isso era verdade somente nas aparências. A propriedade era privada de jure, mas era totalmente estatal de facto, da mesma forma que na União Soviética. O governo não só nomeava dirigentes de empresas como decidia o que seria produzido, em qual quantidade, por qual método, e para quem seria vendido, assim como os preços exercidos.
Para quem tem um mínimo de conhecimento sobre os pilares de uma sociedade capitalista liberal, não é difícil entender que o nazismo é o oposto deste modelo. Para os nazistas, assim como para os socialistas, é o “bem comum” que importa, transformando indivíduos de carne e osso em simples meios sacrificáveis para tal objetivo. 
Existem, na verdade, vários outros pontos que podemos listar para mostrar que o nazismo e o socialismo são muito parecidos, e não opostos como tantos acreditam. O fato de comunistas terem entrado em guerra com nazistas nada diz que invalide tal tese, posto que comunistas brigaram sempre entre si também, e irmãos brigam uns com outros, ainda mais por poder.
Apesar do Liberalismo se opor com veemência a ambos os regimes, os socialistas adoram repetir, como autômatos, que liberais são parecidos com nazistas, apenas porque associam erradamente nazismo a capitalismo. Se ao menos soubessem como é o próprio socialismo que tanto se assemelha ao nazismo!
Rodrigo Constantino

sábado, 15 de março de 2014

Venezuela: milicias assassinas do chavismo delinquente -- como nos tempos do nazismo

Quem conhece a história da Europa, nos anos 1920 e 1930, sabe que no período de formação do partido nazista, e depois nos primeiros tempos do hitlerismo no poder, quando eles ainda não tinham consolidado inteiramente o seu controle sobre a sociedade, mediante forças totalmente organizadas, armadas e protegidas pelo Estado nazista, o partido hitlerista tinha à sua disposição pelotões de "exterminação" (literalmente) de comunistas, de sindicalistas, de socialistas, enfim, de todo e qualquer "inimigo" do partido e do regime.
Grupos de tamanho variado percorriam as ruas, batendo, pilhando, assaltando, queimando, até matando, em total impunidade, com especial violência quando se tratava de tudo isso, e judeus...
O fascismo italiano também praticou esse tipo de marginalidade criminosa, embora com menor intensidade, ou crueldade, do que os gangsters do partido nazista.
O chavismo caminhou para a mesma direção, e não apenas no que se refere a essas milícias de lumpen armados pelo regime, mas também em sua evolução institucional.
Tive o cuidado, uma vez, de comparar as medidas "legais", todas inconstitucionais, arbitrárias, ditatoriais, obviamente, tomadas por Hitler nos primeiros meses do seu governo de gangsters políticos, com medidas similares, semelhantes, análogas àquelas que Chavez tomou em diversas etapas de sua "revolução" socialista, todas elas arbitrárias, ditatoriais, inconstitucionais.
A diferença entre o nazismo e o chavismo não é de natureza, é apenas de grau, por enquanto...
Paulo Roberto de Almeida 

ESCUADRONES DE LA MUERTE: El brazo armado del chavismo


  facebook  twittear     eMail
ESCUADRONES DE LA MUERTE: El brazo armado del chavismo
Protesta por Tupamoro en el 23 de Enero. Caracas , 03-04-2008 (ALEX DELGADO / EL NACIONAL )
DolarToday / March 13, 2014 @ 5:00 pm
Los llamados “colectivos” o “Escuadrones de la Muerte”, son el brazo armado más radical del chavismo, operan con total apoyo y protección del poder Ejecutivo.
Estas bandas delictivas salen a patrullar las calles en sus motos, y se reconocen fervientes combatientes de la “revolución bolivariana”. Desde el primer día de protestas de estudiantes y opositores, han emprendido una cruenta represión, que ya se cobró la vida de 24 personas. Muchas de ellas han sido responsabilidad de estos grupos armados.
 Los “colectivos” tienen su origen en los grupos subversivos de izquierda, radicados en el movimiento 23 de Enero. En un principio eran conocidos como los Tupamaros, quienes hoy en día siguen activos, pero en los 80 comenzaron las divisiones y se formaron nuevos bastiones. Así nacieron otras agrupaciones como Carapaica, Alexis Vive y La Piedrita, entre otras.
Especialistas en la materia sostienen que el número de estas bandas delictivas en Venezuela puede ascender a nueve mil. Además, su presencia ha ido en aumento desde el fallido golpe de Estado a Hugo Chávez en 2002.
Muchos de estos grupos, como por ejemplo el Movimiento Revolucionario Tupac Amaru (MRTA), controlan diversas zonas carenciadas del país. Allí actúan como jueces y policías, ofreciendo “protección” ilegal contra delincuentes y narcotraficantes. Ellos mismos son los que determinan quiénes pasan a ser enemigos y quiénes no.
Incluso los propios Tupamaros han sido acusados en reiteradas ocasiones por ataques a comercios e importantes edificios, por considerarlos oligarcas y burgueses.
A su vez, muchas de estas bandas también cuentan en su poder con radios y canales de televisión, en las zonas que operan.
El vínculo que mantienen con la cúpula política es innegable. En las presentes manifestaciones reprimen a mansalva y su rol cada vez es más protagónico. La prensa local en más de una oportunidad ha vinculado a estas organizaciones con el presidente de la Asamblea Nacional, Diosdado Cabello.
Mientras el presidente Maduro sigue respaldando a estos “combatientes de la revolución”, los estudiantes y la oposición no cesan su reclamo, y semana tras semana la cantidad de muertos va en ascenso.

Con Información de: Infobae

domingo, 2 de março de 2014

Memorias de tempos obscuros: viver sob as botas nazistas - Joachim Fest

Sempre é difícil ficar contra a corrente, resistir ao pensamento único, suportar humilhações, privações e desprezo. Mas sempre é gratificante ficar com a sua consciência...
Paulo Roberto de Almeida

Continue reading the main storyShare This Page
Continue reading the main story
Joachim Fest’s fascinating memoir about what it was like to come of age during the years of the Third Reich is unusual because its central character is not the author but the author’s remarkable father. Johannes Fest was the middle-class headmaster of a primary school in suburban Berlin, a pious Catholic and father of five, a cultural conservative who revered Goethe and Kant, and a loyal German patriot — “a dyed-in-the-wool Prussian,” in Fest’s words — the kind of person who might have been expected to become an active supporter of Adolf Hitler and the National Socialists. In a foreword by Herbert Arnold (a professor emeritus of German studies at Wesleyan University who has also supplied informative notes throughout the text), the elder Fest is described as “tailor-made for a career” with the Nazis. And yet some quirk in his personality made him a fierce Weimar republican, ready to sacrifice himself, even his family, to principles he knew to be right even as everyone around him was yielding to mass hysteria. “Not I,” a best seller in Germany when it appeared in 2006, the year of the author’s death at age 79, is a memorable tale of lonely courage, stoic endurance, self-imposed hardship and a life lived amid ubiquitous, all-­encompassing danger: “Even innocent-sounding remarks could be life-and-death matters.” It reminds us that simple human decency is possible even in the most trying of ­circumstances.
Photo
Launch media viewer
All-encompassing danger: The author and his father, 1941.CreditIllustration by Rex Bonomelli; photographs: background, Getty images (1934); foreground, courtesy of the author
The outspoken Johannes Fest was dismissed from his position a few months after Hitler took power in 1933, and prohibited from finding other employment. The family survived on a small pension and help from relatives, but throughout the Nazi years the Fests lived on the edge of poverty, with spartan meals and patched clothing. One of the largest changes in their lives, however, was watching friends and acquaintances withdraw from them. Johannes’s colleagues at work avoided him; the family nursemaid and the cleaning lady soon departed. A neighbor turned one of the Fest boys away from her apartment because he hadn’t read “Mein Kampf.” Among the greatest surprises, Johannes later recalled, was that it was impossible to predict who, of the people they knew, would stand by them and who would shun them.
And even those lines blurred. On several occasions, the family received anonymous telephone calls warning them that the Gestapo was about to pay a visit. After the war, Johannes learned the caller’s identity: He was a dedicated Nazi who remained guilt-ridden and embarrassed by his act of kindness because it had violated the oath he had taken to Hitler and demonstrated unforgivable weakness.
Almost inevitably, Johannes drew closer to his Jewish friends. They, of course, were suffering far more than the Fests: the wife of one of them, who had given up all hope, starved herself to death. Most of them were like Johannes, bourgeois German nationalists who couldn’t believe what was happening to the country they loved. “A nation, they said, that had produced Goethe and Schiller and Lessing, Bach, Mozart and so many others, would simply be incapable of barbarism.”
In a particularly striking passage, Joachim reports that his father once said of his Jewish friends that “in their self-discipline, their quiet civility and unsentimental brilliance, they had really been the last Prussians” — the embodiment of all that was good and right about Germany. (It’s necessary to add a wrinkle here: At least some of these Jewish-German conservatives would probably have become Nazis if they could have. As a youthful Leo Strauss wrote to a friend in 1933: “Just because the right-wing oriented Germany does not tolerate us, it simply does not follow that the principles of the right are therefore to be rejected.”) Toward the end of his book, Joachim offers a rueful meditation on the fraught German-Jewish relationship, saying it went much deeper than the French-Jewish or English-Jewish connection, and suggesting that the Holocaust “may be interpreted as a kind of fratricide.”
Johannes, who repeatedly urged the Jews he knew to get out while they could, complained that they seemed to have lost the instinct of self-preservation. The same could be said of him. His wife, for one, though she shared her husband’s politics, served as a kind of Greek chorus of lamentation, constantly reminding him of the risks he was taking when he helped those in need with money and forged documents, or sheltered Jews. He was endangering not only his own life but the lives of his children — and for what?
At first, Johannes could have answered that he was upholding the spirit of the true Germany, but as Hitler went from success to success, winning ever greater popularity, that justification became harder to sustain. Then there was his Catholicism. Johannes was not unhappy when Austria was incorporated into the Reich, hoping that a large infusion of Catholic citizens would temper the fanaticism of his largely Protestant countrymen. When the Austrians proved to be even more rabid Nazis and anti-Semites than the Germans, that ethical bulwark, too, was knocked out from under him. In the end, he had nothing to fall back on but himself and his conscience — while a tearful wife persisted in urging him to bend, at least a little, for the sake of his children. She had a point. Joachim makes it clear that the other side of Johannes’s heroism was an unattractive stubbornness and rigidity; he wouldn’t allow Thomas Mann novels into the house because of what he considered Mann’s questionable politics.
The worst never did arrive for the Fests. The Gestapo questioned Johannes several times, to no particular effect, and members of the Hitler Youth angrily demanded to know why his boys hadn’t joined up, but never seem to have pressed the matter. Joachim himself was once interrogated by the police for a juvenile act of anti-Hitler rebelliousness. Only the war brought genuinely grievous suffering. Joachim’s adored older brother died at the Baltic front, while Joachim was captured by the Americans and spent two years in a prisoner-of-war camp. (The account of his failed escape attempt, when he lived for six days in a wooden box, could fit comfortably into a Hollywood World War II movie, except for the fact that the hero was a German soldier trying to get away from the Allies.) Johannes, who was sent east as a laborer, was captured by the Russians, survived and returned home 100 pounds lighter. Meanwhile, the Fest women endured horrors of their own as the Red Army went on a sexual rampage across Germany. A crippled aunt was gang-raped before being thrown down the cellar stairs and left to die. The classmates of Joachim’s young sisters, ranging in age from 12 to 15, were all raped. Joachim isn’t explicit about the fate of his mother and sisters, but he does say that “in those days almost every story ended with acts of violence of some kind.”
In a few cursory pages at the end of “Not I,” Fest tells us that he went on to a successful career as a journalist and a historian of the Third Reich. He is the author of one of the best biographies of Hitler. Other survivors retreated into bitterness, denial or silence (up to his death in the 1960s, his father would not discuss the Nazi period and objected that his son had chosen to write about a “gutter subject”). Some turned to Communism, which to Fest was no better than Nazism. Most simply tried to get on with their lives as best they could. Through it all, a few Berliners did manage to retain their famous sense of humor. Shortly after the war, one German exile returning to the city asked the taxi driver on the ride from the airport how things had been under the Nazis. Gesturing at the bombed-out ruins all around them, the driver replied: “You actually didn’t miss much!”

NOT I

Memoirs of a German Childhood
By Joachim Fest
Translated by Martin Chalmers
Illustrated. 427 pp. Other Press. Paper, $16.95.

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Um Hitchcock para um terror mais que real: o nazista, das exterminacoes nos campos de concentracao

Cinema

Documentário esquecido de Hitchcock sobre Holocausto é restaurado

O cineasta Alfred Hitchcock
O cineasta Alfred Hitchcock (AP)
Um documentário de Alfred Hitchcock sobre os campos de concentração nazistas, rodado em 1945, será projetado pela primeira vez na íntegra, após ser restaurado pelo Imperial War Museum, de Londres.
O cineasta se envolveu no projeto em 1945, depois que seu amigo Sydney Bernstein pediu ajuda para editar um documentário sobre as atrocidades cometidas pelos alemães durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). O conteúdo das imagens feitas por operadores de câmera da Unidade de Cinema do Exército Britânico, enquanto as tropas aliadas libertavam os judeus dos campos de concentração, "horrorizaram" e atraíram o criador de Vertigem e Os Pássaros. O diretor, reconhecido como o "mestre do suspense", ficou tão chocado com as gravações que se afastou dos estúdios Pinewood por uma semana.
Toby Haggith, curador do Departamento de Pesquisas do Imperial War Museum (Museu de Guerra Imperial, em tradução direta), afirmou ao jornal britânico The Independent que o documentário terminou deixado de lado devido ao choque sofrido por Hitchcock e à fragilidade da situação política de então. O desejo aliado de não irritar a Alemanha derrotada, que americanos, russos, ingleses e franceses passaram a controlar, levou ao esquecimento cinco dos seis rolos cinematográficos do filme, que terminaram nos arquivos do museu.
Nos anos 1980, as imagens foram descobertas por um pesquisador americano e, em 1984, uma versão incompleta do documentário foi projetada no Festival de Cinema de Berlim. Um ano depois, a mesma cópia foi exibida nos Estados Unidos sob o título Memória dos Campos, mas com má qualidade e sem incluir o sexto rolo.
Agora, há planos para que o filme seja projetado no final de 2014 em uma versão restaurada pelo museu londrino. A decisão de ressuscitar esse documentário deve provocar um debate, pois inclui imagens realmente impactantes dos campos, em particular de Belsen-Berger. 
(Com agência EFE)
Before Hollywood dubbed him the "Master of Suspense," Alfred Hitchcock made anti-Nazi propaganda films for the British Ministry of Information. Some of his work from that period, including "Foreign Correspondent" (1940) and "Saboteur" (1942), enjoyed wide release, but two of the films -- "Bon Voyage" (1944) and "Aventure Malgache" (1944) -- were deemed by ministry officials "too subversive" to serve the allied cause and remained in storage until the 1990s.
Now another of his long-forgotten propaganda films -- perhaps the most disturbing -- is set to make its worldwide debut. The Imperial War Museum announced Wednesday that it had digitally restored and re-edited a nearly 70-year-old Holocaust documentary that Hitchcock worked on with Sidney Bernstein, the film chief of Britain's Psychological Warfare Division. The film has never been publicly screened in its entirety.
Toby Haggith, a senior curator at the Imperial War Museum and one of the people responsible for reviving the film, told the Independent that "colleagues, experts, and film historians" who had pre-screened the movie were profoundly disturbed by it. "One of the common remarks was that it was both terrible and brilliant at the same time," he said.
The film consists of footage captured inside concentration camps by Army videographers at the end of World War II. As the story goes, Hitchcock found the footage so horrific, he refused to return to the studio for a week after first screening it. When he finally did come back, he worked with Bernstein to give the film a cinematic treatment that would set it apart from conventional newsreel documentaries from the period.
The project was meant to be a British-American collaboration and the film was to have three versions, according to documents drafted by Bernstein: one for Germans living in Germany, one for German prisoners of war, and one for Allied audiences. The German versions were intended to remind "the German people of their past acquiescence in the perpetration of [war] crimes" and encourage them to take responsibility for those crimes.
It's not clear how much Hitchcock contributed to the film. He certainly didn't oversee any of the filming -- but he helped Bernstein order and set the mood of the piece. One of his major contributions, according to Bernstein, was situating the atrocities of the Holocaust within a familiar, pastoral setting, the proximity of which would shock audiences. A 2011 article in the journalArcadia argued that the auteur's influence is "clear already in the beginning of the film when images of an idyllic countryside create, in light of the horror to come, a kind of vintage Hitchcockian suspense."
The project was abandoned for a number of reasons. The production ended up taking much longer than expected due to myriad logistical challenges. The U.S. Department of War and its collaborators, impatient to produce a short, to-the-point atrocity film, pulled out in light of these delays to make their own movie, "Death Mills." After hostilities ended in May 1945, the psychological warfare office was dissolved, leaving the film in the hands of the British Ministry of Information. By 1946, official demand for atrocity films had diminished in response to the changing political climate. A note (documentedhere) to Bernstein from an official at the Foreign Office highlighted some of the challenges to completing the film: "Policy at the moment in Germany is entirely in the direction of encouraging, stimulating, and interesting the Germans out of their apathy and there are people around the [regional commander] who will say 'No atrocity film.'"
Eventually, Bernstein, too, abandoned the film. Comprising six reels, the documentary lay forgotten in government archives until the 1980s, when they were discovered by a researcher. Shortly thereafter, PBS aired a version of the documentary made up of the first five reels and some additional Russian footage used in previous Holocaust films.
The digitally remastered version of the film to be released by Imperial War Museum next year will include all six reels, edited in a the way "that Hitchcock, Bernstein, and the other collaborators intended."
But will the footage leave contemporary audiences as traumatized as it left Hitchcock?