terça-feira, 20 de julho de 2010

Elevacao na escala tecnologica: maior valor agregado, maiores receitas

Essa experiência da indústria calçadista de Franca (SP) é exatamente o que já ocorreu em outros países, submetidos à concorrência chinesa, nessa ou em outras áreas: Itália, Espanha, Austrália, Estados Unidos.
Ou seja, o mundo se comporta como o bom senso comanda, e a teoria econômica prevê...

Franca vende menos calçados e ganha mais
Da Redação
Folha de S. Paulo, 20.07.2010

A indústria calçadista de Franca enviou um volume menor de produtos para o mercado externo no primeiro semestre deste ano. Em compensação, viu o valor obtido com essas vendas subir.
De acordo com levantamento mensal do Sindifranca (Sindicato da Indústria de Calçados de Franca), a cidade exportou 1,48 milhão de pares de sapatos nos seis primeiros meses deste ano, ante 1,52 milhão no mesmo intervalo de 2009.
O valor dessas negociações, em 2010, rendeu U$ 42,21 milhões aos fabricantes francanos, enquanto, no ano passado, o total foi de US$ 38,15 milhões.
Até junho, as vendas no mercado internacional de Franca foram puxadas por mercados tradicionais.
Somente os Estados Unidos compraram 28% mais, em valor, neste ano. As vendas para esse país representaram 42,88% das exportações do setor francano.
O Reino Unido elevou ainda mais suas compras da indústria de Franca: passou de US$ 1,48 milhão para US$ 2,82 milhões (alta de 91%).
De acordo com o presidente do Sindifranca, José Carlos Brigagão, a indústria conseguiu agregar mais valor a seus sapatos neste ano. Por isso, conseguiu ganhar mais, mesmo vendendo menos.
Para ele, no entanto, as compras em alta de mercados como Estados Unidos, Reino Unido e Espanha ainda não significam uma recuperação da crise econômica que abalou o poder aquisitivo desses países no ano passado e afetou as vendas internacionais de Franca.
O diretor comercial da Sândalo, Téti Brigagão, tem opinião divergente, pelo menos quando o assunto é a retomada do consumo em mercados importantes para o calçado brasileiro.
Com exceção do público norte-americano, que ainda não voltou a comprar de sua empresa como antes da crise, Téti Brigagão disse que os outros importadores têm acelerado as encomendas.
O incremento, disse ele, veio acompanhado da evolução do valor dos sapatos, resultado de uma mudança do gosto do consumidor externo, que está mais exigente com detalhes como modelagem, costuras e acessórios.

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