Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, em viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas.
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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.
domingo, 20 de março de 2011
Corrigindo Obama; sem querer, claro...
"Graças ao sacrifício de pessoas como a presidente Dilma Roussef, o Brasil saiu da ditadura para a democracia..."
Foi o que disse Obama, ontem, na solenidade do Palácio do Planalto.
Claro, ele não tem nada a ver com o seu conteúdo, pois a frase foi preparada por assessores e ele caiu numa mentira, simplesmente.
A frase é absolutamente equivocada, e quem afirma sou eu mesmo, que também, como a "presidenta" (ugh!) participou da "resistência à ditadura militar", como é a expressão consagrada nos meios de esquerda (de antes e depois, ou de agora mesmo, para os nostálgicos e os "retardados", ou seja, os que ficaram parados no tempo).
Com a "autoridade" (de mentirinha) de quem participou dessa "resistência", posso assegurar a vocês, que nós, ou seja, TODOS aqueles que estavam envolvidos na luta contra a "ditadura" não estávamos engajados em nenhuma luta pela democracia.
O que nós pretendíamos, de verdade, era a substituição seja da ditadura, seja da "democracia burguesa" -- aquela que supostamente existia antes do golpe militar -- por uma DITADURA DO PROLETARIADO.
Era isso, simplesmente, o que queríamos, um regime ao estilo cubano.
Reconheço, retrospectivamente, que foi bom que não tenhamos tido sucesso, pois do contrário provavelmente eu poderia não estar aqui escrevendo estas coisas. Ditaduras, do proletariado ou outras, não gostam muito de democracia e da liberdade de expressão...
As simple as that...
Mister Obama não tem culpa, embora devesse pedir a seus assessores que fossem fieis à verdade histórica. Apenas isto...
Paulo Roberto de Almeida
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