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quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Nossos aliados nos Brics: liberais libertarios, para o poder, liberticidas para a imprensa...

Pois é, quem diria?: tu quoque África do Sul?
A gente sabia que China e Rússia eram, assim digamos, um pouco liberticidas em matéria de imprensa, sobrando a defesa das liberdades democráticas para Brasil e Índia, pelo menos no plano formal...
Agora vem essa, e a gente começa a pensar se os Brics não são uma má ideia para a liberdade de imprensa...
Paulo Roberto de Almeida 



Abrindo o jogo
Carlos Brickmann, 30/11/2011

Parece incrível, mas um país que voltou há tão pouco tempo à democracia, cicatrizando com rara habilidade as feridas do passado, com amplo apoio internacional, está querendo retornar aos tempos da sombra. A África do Sul acaba de aprovar penas de prisão (de até 25 anos) a jornalistas que divulguem informações que o Estado considerar sigilosas. O nome da censura, lá, é "Lei de Proteção da Informação"; e seu objetivo é, segundo o deputado Molopo Mothapo, do partido governista Congresso Nacional Africano, CNA, "garantir a segurança nacional".

E quem ameaça a segurança nacional sul-africana? Isso o pessoal favorável à censura não conta. Molopo Mothapo diz também que a censura sul-africana "está totalmente de acordo com a prática internacional". De certa forma, tem razão: China, Arábia Saudita, Cuba, Irã, Sudão, Coréia do Norte e outras nações usam esta maneira, entre outras, de "garantir a segurança nacional". E até no Brasil há gente que gostaria muito de, sob a mesma bandeira, evitar que jornalistas descubram e divulguem coisas que os governos não querem ver descobertas e divulgadas.

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