Aconteceu uma tragédia, pelo menos para mim. Dezenas de trabalhos originais, muitos dos quais eu não havia feito back-up, e não tinha feito cópia em lugar nenhum, simplesmente desaparecem de meu computador.
Toda uma seção de meus arquivos originais, contidos na pasta de trabalhos de 2015, se volatilizou no ar, e não encontro em nenhuma parte de meus dois computadores, o laptop e o de mesa. Fini, kaput, disappeared, lost, scomparsi, perdus, obliterados, se fueran...
Tragédia...
Como eu não acredito em bruxas ou em teorias conspiratórias -- a ponto de acreditar que algum agente do da CIA, do FSB, do Mossad, da SDECE, da ABIN, da DGI e do PT -- entraram subrepticiamente no meu computador, expressamente com o desejo de apagar, deletar, incinerar 75 arquivos correspondendo a trabalhos originais, só posso atribuir o desaparecimento à minha própria inépcia, uma dessas noites em que fico dormindo em cima do teclado, tentando trabalhar, ao mesmo tempo em que leio jornais e revistas, vejo o noticiário na TV e tento prestar atenção ao que minha querida Carmen Lícia comenta, alerta, pede, conversa comigo, e por inadvertência, sonolência ou loucura induzida acabei simplesmente apagando da pasta.
Maldição: eu ainda não havia feito back-up, e não tenho uma pasta de reserva.
A gente sempre promete fazer back-up algum dia, e vai se arrastando até encontrar tempo útil, até que uma tragédia como esta se abate sobre nossas cabeças, como as chuvas que Deus mandou (mas ele pelo menos avisou o Noé antes, a mim, necas de pitibiribas, pois deve ter ficado com raiva de que sou um irreligioso, e não temente a seus poderes universais).
Não
sei porque me lembrei agora daquela velha canção do Lupiscínio
Rodrigues que segue naquela toada do amor perdido para outro alguém: "Você sabe o que ter um amor, meu senhor?..."
Pois é, eu preciso ter nervos de aço para aguentar.
Da relação dos trabalhos de 2015, foram preservados o primeiro, de n. 2.741 até o n. 2760.
Daí para a frente, até o último, feito ainda dois dias atrás, simplesmente não existem traços. Ele era o de n. 2.836, ou seja, são 76 trabalhos que se volatilizaram, sem que eu saiba explicar como, por que, quando, e por onde isso foi acontecer.
Agora estou tendo de reconstruir penosamente esses arquivos, com base nos materiais que foram publicados, e que podem ser recuperados a partir dos veículos de divulgação (inclusive o meu blog), mas existem vários que já estavam prontos, esperando revisão, e que simplesmente não tenho onde buscar.
Idiota...
Vamos em frente...
Lupiscínio, deixa tua harpa de lado, OK?
Você sabe o que é ter um amor, meu senhor?
Paulo Roberto de Almeida
Hartford, 30 de junho de 2015
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