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terça-feira, 5 de abril de 2016

Capistrano de Abreu: um historiador politicamente incorreto: mulatos, negros, e mulatas...

Já não se fazem mais historiadores como antigamente. Revisando alguns livros de história para terminar um trabalho sobre Varnhagen, deparo-me com este trecho no capítulo IX, "Três Séculos Depois", do livro Capítulos de História Colonial (1908), de Capistrano de Abreu: 

"Os mulatos, gente indócil e rixenta, podiam ser contidos a intervalos por atos de prepotência, mas reassumiam logo a rebeldia originária. Suas festas, menos cordiais que as dos negros, não raro terminavam em desaguisados [brigas]; dentre eles saiam os assassinos e os capangas profissionais. Crescendo em número, desconheceram, e afinal extinguiram as distinções de raça e foram bastante fortes para romper com as formas do convencionalismo vigente e viver como lhes pedia a índole irrequieta. Para o nivelamento concorreu sobretudo a parte feminina, com seus dengues e requebres lascivos. Sipx e Martius ouviram cantar na Bahia: 
      Uma mulata bonita não carece de rezar
      Basta o mimo que tem para sua alma se salvar."

p. 232 de Capistrano de Abreu, J. (1934). Capítulos de História Colonial (1500-1800). [Rio de Janeiro:] Edição da Sociedade Capistrano de Abreu, F. Briguet & Cia.

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