Datafolha: Para 70% dos brasileiros, há corrupção no governo Bolsonaro
Para 70% dos brasileiros, há corrupção no governo de Jair Bolsonaro. O percentual é de pesquisa Datafolha divulgada neste domingo, 11, que mostra que 63% acham que há corrupção também no Ministério da Saúde e que outros 64% acreditam que Bolsonaro sabia da existência dessa prática. Os resultados surgem após uma série de outras pesquisas mostrarem que o presidente passa por seu pior momento desde o início do mandato. O levantamento foi feito entre os dias 7 e 8 de julho e foram ouvidas 2.074 pessoas com mais de 16 anos. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais para mais ou menos.
Segundo o Datafolha, entre os que reprovam o governo, 92% acham que há corrupção na gestão Bolsonaro. Na sequência, os maiores percentuais registrados nos grupos estratificados foram entre moradores do Nordeste, jovens (ambos com 78%) e mulheres (74%). O resultado mais favorável ao presidente está entre os empresários, grupo no qual 50% acham que há malfeitos no governo.
Os que acham que não há corrupção no governo federal correspondem a 23% dos entrevistados na pesquisa. Nesse grupo, essa crença é maior entre moradores das regiões Norte e Centro Oeste (31%), evangélicos (30%), pessoais com mais de 60 anos (29%) e homens (28%). Entre os que aprovam o governo, o percentual de quem acha que não há corrupção é de 60% — no caso dos que confiam na palavra de Bolsonaro, o percentual é de 74%.
O Datafolha também perguntou aos entrevistados qual a percepção que eles tinham em relação à prática de corrupção no Ministério da Saúde. A resposta foi afirmativa para 63% deles, enquanto 25% disseram que não e 12% não souberam responder. As suspeitas da existência de corrupção são maiores entre quem tem curso superior (68%) e, de acordo com as respostas, 64% dos entrevistados acreditam que Bolsonaro sabia dos problemas — 25% não acreditam nisso e 11% não opinaram.
Os maiores percentuais que registrados para o conhecimento presidencial estão entre os jovens de 16 a 24 anos (72%) e os nordestinos (71%), enquanto os menores estão entre os que têm remuneração de 5 a 10 salários mínimos (36%) e os empresários (44%).
Os resultados mostram a percepção da população em relação a suspeitas de cobranças de propinas na compra de vacinas pelo Ministério da Saúde e sobre as acusações de que o presidente teria sido avisado, mas não teria tomado nenhuma providência. Os casos vieram à tona no âmbito das investigações da CPI da Pandemia.
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