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quinta-feira, 29 de julho de 2021

Um depoimento pessoal sobre tempos não convencionais no Itamaraty - Paulo Roberto de Almeida

 Um depoimento pessoal sobre tempos não convencionais no Itamaraty

Paulo Roberto de Almeida


Nunca pretendi colocar assuntos funcionais à frente de questões institucionais, mas alguns episódios recentes me induzem a fazê-lo agora.

Lá atrás, aproximadamente entre 2013 e 2018, quando eu aparecia como opositor da roubalheira do PT, e da sua diplomacia equivocada, essa direita destrambelhada me contatou algumas vezes para “entrevistas”. 

Como sempre, nunca me neguei a falar com “jornalistas”, dizendo tudo o que penso sobre gregos e goianos, sem qualquer restrição mental.

Mas, depois que leram minhas críticas ao bolsolavismo alucinado (desde as eleições de 2018), passaram a me hostilizar, como esperado. Não foi surpresa para mim.

Tinha dado entrevistas para o Brasil Paralelo (primeiro em solo, em 2016, depois num “diálogo” com o Rasputin de Subúrbio, para minha surpresa, em 2017), e fui até contatado pelo Terça Livre, já em 2019, para “confirmar” que as manifestações no Chile e em outros países eram tudo obra do Foro de São Paulo (nunca publicaram as minhas respostas).

O guru presidencial, o subsofista então expatriado, nunca deixou de me atacar, até com palavrões grosseiros nos últimos dois anos e meio. Seguido, obviamente, pela tropa de aderentes alucinados, com ofensas ainda mais escabrosas.

Desde o início do desgoverno do degenerado, fui privado de cargos na Secretaria de Estado das Relações Exteriores, assim como ocorreu nos 13,5 anos de diplomacia lulopetista, de 2003 (quando fui vetado para dirigir o Mestrado do Instituto Rio Branco) a 2016, até o impeachment de Madame Pasadena. Passei meu tempo na Biblioteca, lendo e escrevendo, inclusive um livro dedicado ao lulopetismo diplomático chamado “Nunca Antes no Itamaraty” (2014).

Os bolsolavistas fizeram muito pior: me exoneraram do cargo de diretor do IPRI, no inicio de 2019, me lotaram na Divisão do Arquivo e passaram a controlar meus horários, sem que eu tivesse qualquer função nessa lotação puramente formal. Deduziram supostas “faltas injustificadas” (inclusive em dias em que eu estava com o patético chanceler acidental em eventos oficiais do MD) e me cobraram por “horas não trabalhadas”. Foram mesquinhos, prevaricadores e assediadores.


Resumo: Continuo onde sempre estive; larápios também!

Paulo Roberto de Almeida

Brasília, 29/07/2021

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