No caminho da vitória, uma ponte longe demais?
Lembrei-me agora de um filme, nos distantes anos 1970, que falava de um episódio frustrante no caminho das forças aliadas em sua ofensiva final contra as forças nazistas na frente ocidental da Segunda Guerra Mundial? Antecipar um empreendimento já ganho pode prejudicar um planejamento bem feito sobre as condições da vitória.
O choque das apurações e o despertar de consciências: será que a velha esquerda brasileira já não envelheceu demais?
Não adianta chamar o Brasil de conservador ou reacionário. O fato é que o “espectro do comunismo” continua, ainda que ridiculamente, a rondar o Brasil.
No Chile, o choque foi com a aprovação de uma Constituição utópica demais; aqui parece ser a falta de ideias ou de propostas claras sobre o que fazer, uma vez no poder.
Vão acordar para a realidade ou continuar jogando com as palavras?
Essa coisa de esperança não pode ser apenas um slogan vazio: se não derem conteúdo concreto às propostas, vão morrer na praia.
Estou apenas comentando o que vejo; não sou porta-voz de qualquer tendência, mas me interessa mais profundamente o real afundamento da imagem internacional do país e o próprio sentido da política externa.
Quanto à diplomacia, esta já se humilhou e foi humilhada o bastante.
Não gostaria que se criasse uma barreira entre dois Brasis que se odeiam.
Acho que fui bastante claro na minha mensagem.
Depois não digam que eu não avisei.
Resumindo o andar da carruagem ou o andor da procissão triunfante, ao ver a bola bater na trave: corrupção e incompetência econômica ainda são os fatores mais relevantes no amargo sabor da vitória postergada. O espectro do comunismo vale como espantalho. Vão se corrigir? Talvez!
Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 3/10/2022
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