Antecipando a próxima vergonha na frente diplomática: uma escolha consciente de Lula III.
O lado mais escabroso do futuro governo Lula não vai ser sua aliança objetiva com o Centrão e sim sua aliança objetiva com o criminoso de guerra Putin e com os aiatolás assassinos. A diplomacia lulopetista promete retomar o apoio a ditaduras execráveis, mas só às de esquerda.
A tolerância com o Centrão, na frente doméstica, é guiada por critérios incontornáveis de governança: Lula não pode governar apenas com sua base congressual própria.
A tolerância com a violação da Carta da ONU, com os crimes de guerra continuados sendo perpetrados pelo tirano de Moscou contra a infeliz Ucrânia não é e não será ditada por NENHUMA obrigação externa do Brasil, e seria, como de fato é, contrária ao Direito Internacional e às nossas mais caras tradições de política externa, assim como aos princípios e valores de nossa diplomacia, aliás esculpidos nas cláusulas internacionais da Constituição de 1988.
Estaremos atentos aos desdobramentos nesse terreno.
Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 22/12/2022
2 comentários:
Sua interpretação dos fatos é, para dizer o mínimo, bastante controversa.
A tolerância com o Centrão se dá no âmbito da correlação de forças desequilibradas, onde a negociação, totalmente normatizada no cenário da política burguesa, se faz necessária.
Ou você conhece governo que tenha prescindido de ter relações com uma parte considerável do Congresso Nacional?
Com relação a Putin, não obstante ser o presidente russo uma figura passível de críticas severas, você trata do assunto da guerra do ponto de vista dos think tanks yanques, ou seja, totalmente ideologicamente comprometida, pois não leva em conta todo o contexto dos fatos que levaram a Rússia a intervir no país vizinho.
Grande abraço,
Almir Albuquerque
Panorâmica Social
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