O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;

Meu Twitter: https://twitter.com/PauloAlmeida53

Facebook: https://www.facebook.com/paulobooks

Mostrando postagens com marcador Banqueiros apoiam Dilma Rousseff. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Banqueiros apoiam Dilma Rousseff. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Eleicoes 2014: companheiros investem em mensagens mentirosas e sordidas

Juntar independência do Banco Central com a falta de comida na mesa dos brasileiros é uma das coisas mais canalhas, sórdidas e mentirosas que se pode conceber, mas combina com o espírito companheiro, sempre disposto a investir na fraude e na desinformação como forma de fazer política.
Pode ser que eles ganhem assim, e vamos passar a viver num país ainda mais degradado moralmente do que já é.
Paulo Roberto de Almeida 

ELEIÇÕES 2014

Valor Econômico – "Não tenho banqueiro me sustentando", diz Dilma / Capa

 10/09/2014
Por Letícia Casado, Raphael Di Cunto e Fernando Taquari | De São Paulo

A presidente Dilma Rousseff (PT), candidata à reeleição, disse ontem não ser sustentada por banqueiro, em referência a Neca Setubal, coordenadora do programa de governo de sua adversária Marina Silva (PSB), herdeira do banco Itaú e irmã do presidente da instituição, Roberto Setubal.
"Não adianta falar que eu fiz bolsa-banqueiro", disse Dilma a jornalistas em coletiva de imprensa. "Não tenho banqueiro me apoiando. Não tenho banqueiro, você sabe, me sustentando."
A fala de Dilma foi uma resposta a Marina Silva, que, em evento em Minas Gerais, disse que o governo federal beneficiou banqueiros e empresários, e criou "a bolsa empresário, a bolsa banqueiro, a bolsa juros altos".
A presidente se recusou a comentar a revisão de nota que a agência de rating Moody's fez sobre o risco de crédito do Brasil. Ela foi questionada se iria implementar alguma medida imediata para evitar o rebaixamento do rating pela Moody's. A agência de risco revisou de "estável" para "negativa" a perspectiva da nota de crédito soberana do Brasil e reafirmou em "Bba2", alegando crescimento baixo, piora nos indicadores da dívida e deterioração no sentimento dos investidores.
"Eu vou discutir isso que eu estou discutindo", disse Dilma, para em seguida afirmar que a banda larga é o maior desafio de infra-estrutura do país. Ela concedeu a entrevista antes de participar de evento sobre a internet de banda larga, no centro de São Paulo.
Jornalistas continuaram gritando para a presidente comentar sobre a Moody's, mas ela seguiu falando sobre banda larga.
Em outro momento da entrevista, Dilma voltou a alfinetar, sem citar nomes, a adversária Marina Silva. Disse que proposta de dar autonomia ao Banco Central, uma das principais medidas da parte econômica do programa de governo da candidata do PSB, vai tirar do Congresso Nacional a prerrogativa de fiscalizar a instituição.
"O Banco Central, como qualquer outra instituição, não é eleito por tecnocrata ou banqueiro. O Banco Central é indicado, sua diretoria, por quem tem o voto direto. E o que o Congresso faz com o Banco Central? Chama e manda prestar contas. Eu não digo isso porque sonhei com isso, está escrito no programa [de Marina Silva]: autonomia do Banco Central e todo mundo sabe que o que é autonomia do Banco Central. Todo mundo sabe", disse a presidente.
Dilma, que é criticada por analistas por ter pressionado o BC a reduzir a taxa básica de juros, sempre se manifestou contra a proposta de dar autonomia à instituição, embora a ideia tenha rondado seu governo impulsionada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que imaginava que isso mudaria a percepção que o mercado e os empresários têm deDilma.
A autonomia permitiria ao BC definir as condições de política de crédito, taxa de juros e câmbio sem prestar contas aos poderes Executivo e Legislativo, disse Dilma durante a entrevista. A afirmação seguiu a mesma linha do material apresentado no programa eleitoral gratuito exibido ontem.
O vídeo transmitido no horário eleitoral mostra uma mesa com executivos conversando; o cenário remete ao mercado financeiro, com um gráfico que indica volatilidade ao fundo. Enquanto os executivos, de terno, gravata e laptop sobre a mesa dão risadas, o narrador diz: "Marina tem dito que, se eleita vai fazer a autonomia do Banco Central. Parece algo distante da vida da gente, né? Parece, mas não é".
A cena corta para uma família na mesa de jantar. "Isso significaria entregar aos banqueiros um grande poder de decisão sobre a sua vida e de sua família. Os juros que você paga, seu emprego, preços e até salários", afirma o locutor. Aos poucos a comida some da mesa da família. "Ou seja, os bancos assumem um poder que é do presidente e do Congresso, eleito pelo povo. Você quer dar a eles esse poder?", diz o narrador.
Dilma não aparece na propaganda, e o vídeo não faz referência à amizade de Marina com Neca Setubal. A relação entre elas é explorada pelo PT nas redes sociais e na internet como um ponto negativo da candidata, que "governaria para os bancos".
Marina era contra a autonomia do Banco Central, mas foi convencida a apoiar a proposta pelo ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB), então candidato à Presidência da coligação até morrer em um acidente de avião no dia 13.
A presidente também foi questionada sobre qual seria o perfil de sua nova equipe econômica, caso vença a eleição, mas evitou fazer comentários; disse que sua equipe tem o compromisso de garantir que o Brasil tenha redução da desigualdade, seja país moderno, competitivo e inclusivo socialmente.
"Todo governo novo terá pessoas novas", afirmou. Em duas ocasiões na última semana, a presidente disse que vai trocar a equipe econômica em um eventual segundo mandato.Dilma disse que "tem coisas que o governo não muda", independentemente de mudar a equipe econômica. "Se porventura eu for eleita o segundo mandato terá conjectura melhor."
Pela manhã, Dilma visitou um centro de reabilitação para deficientes físicos em M' Boi Mirim que contou com recursos do governo federal. Na visita, feita na condição de presidente, Dilma estava acompanhada do prefeito Fernando Haddad (PT). De acordo com o secretário de Saúde do município, José de Filippi, que também acompanhou a visita, a presidente aproveitou para gravar imagens para seu programa de TV. A unidade recebeu recursos do governo federal.
Dilma deixou o local sem falar com a imprensa e a militantes que aguardavam sua passagem com bandeiras do PT acenou de dentro do carro baixando a janela. A visita durou cerca de 40 minutos.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Os banqueiros votam em Dilma (nao sei o que dirao os companheiros)

Bem, a gente já sabia que os banqueiros preferem Lula. Não podendo tê-lo outra vez, como seria desejável, eles se contentam com a sua indicada a sucedê-lo certos de que haverá perfeita continuidade na política de favorecimento de banqueiros e capitalistas em geral.
Não sei o que diriam os companheiros a esse respeito, eles que tanto odiavam os banqueiros e outros representantes do grande capital.
Pior ainda, vários desses banqueiros fazem parte daquilo que os petistas, naquela linguagem antiga, antiquada e portanto anacrônica, sempre chamaram de capital monopolista financeiro internacional, ou seja, a pior espécie de banqueiro que possa existir, aqueles vampiros sugadores da seiva financeira dos países explorados e periféricos como o nosso.
Pois bem, esse pessoal detestável está agora, de corpo e alma, com os seus bolsos cheios, se ouso dizer, com a candidata oficial, a sucessora do grande benefactor, o homem que deu aos banqueiros muito mais que eles poderiam desejar.
Aqui vai portanto o relatório dos banqueiros internacionais sobre o processo eleitoral (suponho que os companheiros não se incomodarão com essa intervenção estrangeira nos assuntos internos do Brasil).
Paulo Roberto de Almeida

Brazil - We expect Mrs. Rousseff to win in the first round
Citi: Emerging Markets Daily, Latin American Edition, 17 August 2010

Brazil – We expect Mrs. Rousseff to win in the first round. We now expect the government-backed presidential candidate to win in the first round given the latest round of opinion polls and our 2H'10 activity outlook. (p. 4)

Latest round of opinion polls show the government-backed candidate is ahead in voting intention. According to Datafolha institute, Dilma Rousseff leads polls with 41% of voting intention, whereas Jose Serra has 33%. The previous Datafolha poll, on July 23, showed a technical tie, as Mrs. Rousseff had 36% and Mr. Serra, 37%.In third-place, Marina Silva’s voting intention remained at 10%. On the spontaneous survey, without mentioning the candidates’ names in the questionnaire, voting intention for Mrs. Rousseff’s increased to 26% from 21% and Mr. Serra remained at 16%. Simulations of a runoff between these two candidates also showed the same trend, as Mrs. Rousseff reached 49% while Mr. Serra came at 41%. Regarding rejection rates, Mrs. Rousseff is also in a more comfortable position, as she scored 20% while 28% reject Mr. Serra.
Overall, Mrs. Rousseff’s popularity has been on a steady upward trend whereas the opposition candidate’s has remained stable until July and now seems to be experiencing a slight downward trend.

Governor elections are favoring Mrs. Rousseff. The Datafolha polls for regional elections showed that candidates from within Mrs. Rousseff’s alliance are leading in vote intention. Strong results in local elections tend to be positive for presidential candidates and the Datafolha survey seems to reinforce this view.
In the Northeastern region, where the income transfer programs are more widespread, voting intention for Mrs. Rousseff’s stands at 49%, while Mr. Serra has 25%. In the Southeastern region − the most relevant as it encompasses the states of São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ) and Minas Gerais (MG) − Mr. Serra is now trailing Mrs. Rousseff (35% vs. 37%). The latter, considering the PMDB’s strong showings in MG and RJ, where the candidates likely to win in the first round, are supporting the government-backed candidate. Finally, in the Southern region, Mr. Serra holds the lead with 41% vs. Mrs. Rousseff’s 34%.
President Lula’s influence in the campaign has been remarkable and we believe there is more to come. President Lula has pushed hard for connecting his image to Mrs. Rousseff’s, in order to transfer some of his popularity over to her.
His first step was to tag her as the “mother of the PAC” (Growth Accelerating Program). In the Datafolha poll, 42% answered that the President’s support would be key in the voting definition, while an additional 22% declared they would take such information into account. Finally, 29% disregarded the President’s support as playing any role in the voting decision. In addition, the Datafolha poll showed that 7% did not know that Mrs. Rousseff is President Lula’s candidate and would be certain to vote for the President-backed candidate. This could be considered as an additional upside for Mrs. Rousseff, which could eventually lead to a first-round definition. Moreover, President
Lula managed to keep his record-high approval rating at 77%, while only 4% regard his administration as bad.

We now believe the presidential elections will be decided in the first round. We held a view of a tight race all the way trough the first round, with a bias toward Mrs. Rousseff’s victory. We are now changing this view to a Rousseff victory in the first round. Mrs. Rousseff needs only three more points to finish off the race, because in the ballot only the valid votes are taken into account. The latest poll showed 5% of invalid votes (null and blank votes). Therefore, she already has 47% of the valid votes. The above-mentioned aspects of the latest Datafolha poll are already self-assuring but there is more. Previous elections indicate a small effect from media campaign, which is to begin this week on Tuesday August 17. Leaders in polls ahead of the TV and radio campaigns usually remain in that place throughout the first round. Finally, the economic deceleration in 2Q’10 was temporary and the labor market conditions continued to improve while consumption resumed the upward trend, according to the latest retail sales results. Overall, these are all signs supporting Mrs. Rousseff’s candidacy and making Mr. Serra's task of reaching the runoff evermore difficult.